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História All About Us - My Blue


Escrita por: MillaSenpai e Pan_Alban

Notas do Autor


♫ Eu voltei, agora pra ficar.

Primeiramente, boa noite para você! Oh leitor lindo que não quis me matar ou jogar pedras pela demora, você vai pro céu. Que Hashirama te abençoe.

Pras manas: Mirys, Pan, Kinester, Xena, Mrs.Fox, ICunha e Nyuu <3

~boa leitura e leiam as notas finais.

Capítulo 6 - My Blue


Fanfic / Fanfiction All About Us - My Blue

Karin bufou enquanto sentava-se sobre o balcão do banheiro fitando a pequena peça que girava entre os dedos na esperança de que mudasse algo ali. Em cima da privada, diversas caixas e mais itens daquele com mil marcas diferentes juntavam-se a mais aquele que ela jogou ali. Apoiou o rosto entre as mãos deixando um suspiro desanimado sair. Encarou novamente os testes de gravidez ao seu lado. Estava sentindo algo entre a frustração e ansiedade, poxa, passou o dia todo esperando por nada?

Todos negativos e com um atraso de quatro dias começava a sentir as cólicas menstruais. O que antes era motivo de alívio - por uma boa parte da vida de solteira - mas agora… Já estava indo para um ano e meio de casada, o que estava faltando para dar certo? Definitivamente não podia reclamar do desempenho de Suigetsu e já havia parado de tomar remédio há meses e nada! 

Agradeceu a si mesma por não ter compartilhado a suspeita com o marido, já bastava meses atrás, ele acompanhar junto dela os pontinhos mudarem no teste de farmacia. E ela bem sabia como Suigetsu estava, imensamente, louco para ser pai, tanto que o Hozuki conseguiu deixar a esposa ansiosa para tal acontecimento.

— Achei que dessa vez ia rolar. - A ruiva comentou para si mesma, pondo-se em pé juntando as embalagens e testes. Precisava colocar tudo no lixo da rua antes que Suigetsu chegasse.

Passou pela casa com o saco preto em mãos e a garrafa de cerveja. Vestiu o moletom para ir até a calçada jogando a “prova do crime” na lixeira. A noite estava mais fria do que o comum para a época do ano, mas mesmo assim ficou observando o movimento noturno. Como moravam próximo à um shopping, o bairro não era um dos lugares mais calmos da cidade, mas combinava com eles, que deixassem pra sumir da cidade quanto fosse velha! Sentou-se na varanda e puxou o celular do bolso, observando a foto de Temari na tela até que a loira atendesse.

— Karin?

— Eai, super mãe? Dando banho no Nara pai ou no Nara filho? - bebeu um gole da cerveja enquanto ouvia os resmungos da amiga.

— Estou aproveitando que Shikadai está vendo desenho e tentando adiantar alguma coisa do escritório, mas quando ele para a única coisa que quero fazer é tomar banho e dormir. Você tá legal?

— Estou bebendo, então tudo ficará melhor.

— Mas que merda, Karin, o que houve? Só um minuto, vou para o quarto… -

Ouviu a loira avisar o filho que qualquer coisa estaria no quarto, logo os sons do desenho infantil foram diminuindo. — Filho, estou no quarto ok?-  e então a porta ser fechada, deixando a ligação em silêncio.

— Fala logo, criatura! Por deus, quer me matar?

Karin riu, engasgando com a cerveja. — Calma, Tema! Estou bem, eu ahn… Fiz uns testes de farmácia hoje. - Afastou o telefone devido ao grito da amiga. — Deu negativo, porque acha que eu estou bebendo, Temari?

— Ah amiga, sabe que não é algo do dia para a noite. Shikadai foi quase dois anos depois de casada! Já te falei sobre isso, não se culpe ou algo do tipo. - Temari suspirou. — Acredito muito que o nervosismo pode estar te atrapalhando, Suigetsu anda te cobrando algo?

— Oh não! Ele não esconde que está pronto, mas ele nunca fez nada do tipo… E vem fazendo um ótimo trabalho, se quer saber.

— Kami, não. Acho que você não precisa se deprimir, podemos marcar um dia para você ir até o hospital na semana que vem, para falar com uma ginecologista. O que acha? Talvez ela possa te passar algumas informações.

— Isso seria ótimo! - Comemorou, encarando a garrafa vazia. — Suigetsu chegou! Pode ser na quarta?

— Certo, vai produzir bebês enquanto cuido do que eu já tenho. Até quarta!

Desligou o telefone, observando Suigetsu estacionar o carro na vaga destinada para si e ir até ela, após desligar o veículo. Debruçou-se sobre os joelhos enquanto esperava ele chegar até si, Suigetsu vestia a farda negra do sétimo distrito com a jaqueta por cima, para combater o frio que fazia. Sorriu ao encará-lo, sabia da rotina dura dele, principalmente por ser um dos braços direitos de Sasuke, mas Suigetsu jamais trazia o estresse da delegacia para casa.

Haviam se conhecido no trabalho, Karin já trabalhava há muito tempo na corporação e assim que Sasuke conseguira atingir sua patente, chamou a Uzumaki para trabalhar em sua recém formada equipe. Quase um ano depois, Suigetsu veio transferido da cidade de Hiroshima, um brincalhão e charlatão em sua opinião na época. Jamais poderia adivinhar que em menos de dois anos estaria casada com aquele cabeça oca do Hozuki. E mais feliz do que nunca.

— O que está fazendo aqui fora? - Suigetsu parou a sua frente, observando a esposa sentada no chão. — Está frio aqui, princesa.

Karin sorriu, desde que se conheceram Suigetsu usava aquele apelido - dentro e fora do serviço - para provocá-la. O apelido se fez tão presente no relacionamento dos dois, que fez parte do pedido de casamento e dos votos feitos por parte de Suigetsu.

— Estava te esperando. Pensei em pedir algo para jantarmos. - Karin se levantou emaranhado-se entre os braços dele em um abraço. — Okaeri. - Por cima dos ombros do marido, podia enxergar a sacola de lixo preta onde colocou os testes negativos levando a apertar mais Suigetsu em seus braços inconscientemente inspirando o perfume do homem. Havia montado a cena em sua mente várias vezes durante o dia, pensando no momento que revelaria que estava grávida, suspirou, não adiantaria se magoar com aquilo agora.

— Está tudo bem? - Suigetsu perguntou intrigado, Karin estava tão silenciosa…

— Está sim. - Karin sorriu para ele. — Vamos comer, sim?

oOo

 

Temari sentou ao lado do filho, o pequeno estava concentrado nos rabiscos que fazia no papel. Observava curiosa os tracejados que o menino fazia tão empenhado utilizando todas as cores disponíveis em seu arsenal.

— O que está fazendo ai, filho? - Perguntou, instigando o pequeno.

— Pan-sensei pediu que fizéssemos um desenho da nossa família para amanhã. - Shikadai respondeu, mostrando sua obra. — Você está vestida de médica e o papai de policial. Este sou eu com vocês.

Temari sorriu, o desenho característico de uma criança de seis anos, mas que não podia negar seu lado mãe babona de querer pendurar ele na geladeira ou em seu consultório. Pegou o papel em mãos, ela usava um estetoscópio enquanto o marido estava ao seu lado vestido como um característico policial - por mais que não utilizasse uniformes no dia a dia - e uma capa de super herói. Não resistiu, pegou o celular e tirou uma foto e em seguida encaminhou para o marido pelo aplicativo de mensagens.

“Parabéns, super-herói! Shikadai fez isso agora a noite, tão lindo! <3”

Devolveu o desenho para o filho terminar ouvindo o som de notificações do telefone.

“Queria poder estar ai com vcs”

“Não se preocupe, sei que está empenhado. Deixei o jantar na geladeira, se cuide ok? Mande o Sasuke aliviar, preciso do meu marido inteiro.”

“Obrigado! Durmam bem ok? Coloque ele para dormir com você essa noite.”

“Okay, te amamos”

“Amo vocês tb, até amanhã”

Temari sorriu, sabia como ele apreciava um final de noite com eles, mas também tinha consciência de como ele era comprometido com o trabalho e o amor pela profissão. Enviou uma última foto do filho numa tentativa de animá-lo e assim se despediu. Sabia que ele precisava de atenção no novo caso.

— Certo, meu DaVinci, vamos para a cama que já está mais do que na hora. - Pegou o filho no colo roubando uma risada da criança. Desligou a televisão e rumou para o quarto do casal ajeitando o filho no lado em que o pai ocupava. — Seu pai irá trabalhar essa noite, então você dorme comigo, assim me sinto protegida, o que acha?

— Papai falou que eu era o homem da casa quando ele não estivesse! Vou cuidar de você, mãe!

Rindo do tom orgulhoso do filho, deitou-se ao seu lado, beijando-o no rosto e desligando as luzes.

oOo

 

Observava o Uchiha andar de um lado para o outro, sentar e olhar o jogo, levantar e pegar água na cozinha e assim recomeçar o ciclo. Tentava se concentrar em seu trabalho para a pós graduação em seu notebook, o som do teclado misturava-se com os passos de Itachi pelo piso de madeira do apartamento. Desistiu de sua tarefa, fechando o computador para encarar Itachi que agora voltava da cozinha com uma cerveja em mãos.

— O que você tem, ein? - Izumi cruzou os braços. —  Por kami, você não para quieto, Itachi!

Estava sentada à mesa de jantar, de onde podia ver o noivo a encarar assustado, certamente não havia percebido o tamanho do seu nervosismo, seja lá o que, tinha algo o incomodando imensamente. — Você não parou quieto desde que chegou… O que houve?

— Te atrapalhei? - Itachi fez uma careta, jogando a cabeça para trás no encosto do sofá. — Me desculpe, sei que precisa se concentrar.

— Itachi, não estou te xingando. - Izumi levantou-se e foi até ele. — Você está inquieto e fica encarando o celular de dois em dois minutos. Tem certeza que Sarada está bem? - perguntou nervosa, o Uchiha havia a contado o susto que a sobrinha dera durante a tarde, mas que já estava tudo bem com ela quando partira.

— Sim, a médica disse que ela estava bem já. E Sakura certamente não irá esquecer a medicação. - Itachi deitou o rosto no pescoço dela. — O problema não é a criança, são os pais. Sabia que em algum momento o Sasuke iria explodir, mas não daquela forma com a Sakura.

— Ele estava nervoso, amor. Os dois na verdade, ele sabe que foi errado e certamente vai pensar em como conversar com ela talvez espere a poeira abaixar… Ambos estão cansados, sabe disso. - Izumi acariciava os cabelos negros do Uchiha. — Sei que você e Naruto se importam com eles, mas deixe que eles tenham o próprio tempo. As garotas estão enchendo a cabeça dela com isso, e vocês dois não devem estar deixando o seu irmão em paz também!

— Eu sei, não sabe como doeu em mim ver aquelas expressões nos olhos deles de novo igual ao dia que Sasuke fez aquela mudança… Eles precisam-

— Eles precisam de um tempo para eles, mas quem pode ditar isso são apenas os dois. Eles não são mais as crianças que você conheceu querido. - Izumi sorriu achando fofo como ele se preocupava com o casal.  — Acho que você tem uma boa agente infiltrada, talvez deixe que ela faça o que deve.

Itachi riu, ficou preocupado com o irmão, mas sequer conseguia lembrar o nervosismo quando soube que Sarada havia parado no hospital. Já não bastasse as preocupações que tinha com Sasuke, desde que ele nascera, o irmão mais novo havia decido procriar. Como ele não ia se apaixonar por aquela coisa pequena que o chamava de tio?

— Me desculpe ter te atrapalhado. - Itachi sorriu sem graça. — Eu deveria estar te ajudando, não o contrário.

— Ei seu dramático! - Izumi cortou. — Eu amo eles assim como você, me preocupo demais! Mas você precisa relaxar. - levou as mãos para os ombros dele, massageando-o. — Quem sabe você liga para o seu irmão? Enquanto isso eu vou vestir algo.

— Oh.

— Te espero no quarto. - O beijou e deu uma piscada antes de sair em direção ao segundo andar da casa. — Ligue pro seu irmão!

Itachi arqueou uma sobrancelha, observando descaradamente o par de pernas da morena, Kami, que sorte que ele tinha.

Pegou o telefone no bolso, discando para o último número contatado. — Sasuke?

oOo

 

— Estou bem, Itachi. - Sasuke respondeu. — Estou dirigindo, depois nos falamos.

Desligou o telefone enquanto encostava o carro em frente a casa branca e de detalhes amadeirados, poucas luzes estavam acesas, mas podia ver as sombras pela janela do segundo andar - no quarto do casal. Reconheceu o carro vermelho que estava estacionado a frente do seu, já esperava que os sogros vinhessem ver Sakura e Sarada.

Desceu do carro, vendo a porta principal ser aberta e Minato passar por ela, sozinho, caminhando pela trilha que levava até a calçada. O Uzumaki parou quando o reconheceu e sorriu para si, rumando até sua direção tranquilamente com as mãos no bolso. Aguardou até que Minato se aproximasse, o loiro o cumprimetou com um aperto no ombro, um gesto já habitual entre os dois homens.

—  Como vai, Sasuke? - Minato perguntou encostando-se na lataria do carro do Uchiha, o que não importunou Sasuke, ambos tinham uma ótima relação. — Algumas semanas que não te via.

— Estamos com um caso complicado. Não ando conseguindo ver os meus pais também. - Apertou a nuca. —  Estamos correndo contra o tempo.

— Oh, sim! Eu vi no noticiário e Naruto me contou por cima também. Mas você precisa descansar garoto, você está com olheiras enormes. - Minato disse realmente preocupado. Não era segredo de ninguém o carinho que tinha pelos filhos do amigo Fugaku principalmente pelo mais novo. — Não precisava se preocupar, vocês podem conversar amanhã.

— Estava dormindo quando Sakura avisou sobre Sarada, não consegui pregar mais os olhos…

—  Esta é uma das coisas mais fortes na paternidade, Sasuke. Você deixa de comer e dormir por sua menina. - Minato sorriu nostálgico. — Não importa a idade dela.

— Nós discutimos hoje… - Admitiu com a voz cansada.

— Ela comentou, mas Sarada acordou e deixamos o assunto para depois. Todos nós erramos garoto, cometemos falhas e isso é normal. - Minato apertou seu ombro. — Kushina estava com Sarada para que Sakura tomasse um banho, entre logo e fale o que tem para falar.

Sasuke encarou o pai de Sakura. Minato o olhava serenamente, o sorriso tranquilo e os olhos azuis mostrando toda a calma que fazia parte do caráter do Namikaze. Havia aprendido muito com Minato, desde sua infância a adolescência, e mesmo após a idade adulta sempre levava um novo conselho consigo. Tinha uma boa relação com Fugaku, mas muito sobre ser pai, havia aprendido com Minato.

Após se despedir,  entrou na casa de Sakura, sendo recebido pelo perfume já a muito conhecido, no andar térreo as luzes estavam baixas, contrastando com o andar superior onde, o som de desenhos infantis dava para ser ouvido, mesmo com o pouco volume e a voz de Kushina que tagarelava com a neta. Fechou a porta atrás de si, pronto para rumar até o segundo andar quando a silhueta pequena, sentada à mesa da cozinha, o chamou a atenção.

Sakura estava debruçada sobre a mesa, enquanto seus dedos brincavam com o copo de vidro a sua frente. Podia ver os cabelos se mexerem com a sua respiração enquanto mantinha a cabeça abaixada. Limpou a garganta, achando engraçado como ela levantou tão rápido enquanto ele adentrava ao cômodo.

— Desculpe, não quis te assustar. - disse sincero, sentindo o nervosismo consigo.

— Oh, não tem problema… Acho que se continuasse aqui, eu iria cair no sono! - Sakura respondeu sem graça. O observou tensa, enquanto ele sentava-se na cadeira ao lado da sua, fitando os móveis. — Você pode subir para vê-la, Sasuke.

— Aa.

Direcionou seu olhar até ela. A cozinha não tinha luzes acesas, apenas a iluminação externa não deixava o lugar em total escuridão. Os olhares se cruzaram, não tendo dificuldades para enxergar um ao outro, enquanto um silêncio engolia a ambos, uma tentativa de procurar palavras para dizer e ao mesmo tempo, procurando o que era aquele mistos de sentimentos que corriam por seus corpos.

Sakura sentia as próprias unhas ficarem em sua pele, enquanto abraçava-se. Sentia aquele velho arrepio na espinha ao ser alvo daquele par de olhos negros. Mentiria se dissesse que não analisou cada detalhe do rosto dele e uma pequena angústia formou-se em sua garganta. Estava chateada e magoada, mas no fundo não conseguia culpar inteiramente ele, sabia que aquelas palavras ditas no hospital não foram somente pela ligação não recebida.

— Me desculpe.

— Hn? - Sakura piscou algumas vezes, a voz de Sasuke ecoando por sua mente ainda.

— Me desculpe por hoje, você não merecia ter ouvido aquilo. - Sasuke repetiu, encarando a mesa de madeira. Sabia que era o certo a fazer. — Nunca descontei meu estresse em você, não vai ser agora que irei fazer isso.

— Eu errei em não deixar você se explicar… Você já me ouviu tanto, sei que você não queria brigar e entendo que estava nervoso, mas Sasuke eu nunca, em nenhum segundo da minha vida, te negaria qualquer coisa sobre Sarada, jamais! Por favor, não pense em algo assim novamente. Eu nunca quis te magoar, em nenhum momento. - Sakura instintivamente segurou uma de suas mãos, um toque que Sasuke respondeu entrelaçando seus dedos. — Eu só… Me desculpe.

— Você nunca fez nada de errado, Sakura… - Sasuke encarou suas mãos juntas. — Sempre foi o meu acerto.

Sakura sentiu o ar faltar de seus pulmões, a boca se abria, mas o calor de seu toque em sua mão tirava toda sua linha de raciocínio de ordem. Sabia que ele esperava uma resposta, e talvez ver Sasuke daquela forma, tão aberto enquanto ela estava tão fechada… O que era apenas irônico, pois Sakura sempre foi conhecida como a falante do casa, enquanto o Uchiha muitas vezes ficava em silêncio apenas a escutando. Sentia que havia passado tanto tempo, presa em seus medos e sentimentos que não havia percebido o quanto Sasuke havia mudado e amadurecido também.

— Eu estava pensando… - Sakura recolheu sua mão um pouco desconcertada, pelo toque quente dele em sua pele. — De que… Sarada gostaria, de que este ano… - encarou o Uchiha que estava atento a ela. — Que realizássemos a festa de aniversário dela… Apenas, uma festa.

— Ela me pediu isso alguns dias atrás. - Sasuke respondeu genuinamente surpreso. — Sabe que nunca teria problemas com isso.

— Eu sei… - Sakura acenou. — Talvez, Sasuke.... Eu tenha sido injusta nos últimos meses. E eu não quero continuar parecendo que estou te evitando. Ela sente sua falta e não quero que não venha até aqui para vê-la por achar que vai me deixar desconfortável. Sei que tem saudades dela e não posso deixar que espere até os finais de semana para vê-la com tranquilidade.

Ele a escutava silencioso, reconhecia os gestos que ela fazia por nervosismo. Os dedos enrolavam-se uns nos outros e os olhos verdes pareciam tão assustados que ele sentia dentro de si um impulso para puxá-la para seus braços. Ela estava se abrindo e, principalmente, era a primeira conversa que tinham de verdade em dez meses! Talvez… Naruto, Itachi e todos os outros, não estivessem tão errados.

— Vamos fazer funcionar, Sakura.

— Eu sei. - Ela sorriu sentindo um peso sair de cima de si. — Vamos subir? Minha mãe está lá em cima e Sarada certamente dobrou ela para não dormir. - Sakura levantou-se para ir em direção ao segundo andar, ficar sozinha com Sasuke e ser o alvo daqueles olhos não era fácil.

Estava passando pela divisória entre a cozinha e a sala quando sentiu o corpo ser parado, a mão firme segurando-a pelo antebraço. Foi puxada contra ele, sentindo seu perfume e o rosto colado no peito dele, aquele calor já tão conhecido por ela. Os braços dele não a circularam totalmente e sentia a mão dele passar vagamente por seus cabelos.

— Podemos fazer funcionar, Sakura. - Ele reafirmou antes de beijá-la no topo da cabeça. — Vamos vê-la?

Riu quando ela acenou com a cabeça, muda e saiu tão vermelha quanto a um tomate, acenando para as escadas que ela subira chamando pela mãe. Subiu logo atrás dela, com as mãos no bolso, talvez com um sorriso patético nos lábios, principalmente depois de ouvir a voz da filha cantando Let It Go.

Gostaria de entender, como diabos, que Sarada não enjoava daquela música ainda.

Kushina observava atenta a pequena de pé em cima da cama infantil com um pijama rosa de pandas - este que acompanhava com uma toca que obviamente a pequena usava (um presente da própria Uzumaki)- enquanto dançava em sua melhor coreografia de Elsa.

Sakura e Sasuke limitaram-se a parar na porta, quase babando na filha e a ideia de repreendê-la passando longe da cabeça de qualquer um dos dois ali.

— Querida, acho que você tem visitas. - Kushina sorriu para a neta apontando para a entrada.

O resultado foi uma Uchiha Sarada gritante, mesmo com a voz rouca, e voadora e um pai sendo rápido demais para segurar a pequena antes que um belo tombo no chão acontecesse.

— Por Kami! - Kushina exclamou já de pé e com as mãos em frente ao peito. — Mas essa menina!

— Sarada! - Sasuke e Sakura disseram juntos. Sasuke segurava a criança tão apertada contra si, como se no mais leve deslize ela caísse dos seus braços, enquanto o coração parecia que sairia pela boca.

— Desculpaaa! - Encarou o pai, travessa.

— Você não pode fazer essas estripulias, Sarada! Estava no hospital! - Sasuke passou a mão pelo rosto infantil. — Vim ver você, estava preocupado.

— A vovó falou que você estava aqui! Mas disse para esperar porque vocês poderiam estar aprontando. - Sarada respondeu contente. — O que vocês estavam aprontando, papa?

— Mãe!

— Boa noite, querida! - Kushina pegou sua bolsa, passando pelos três e dando um beijinho em Sarada. — Boa noite, Sasuke-kun! - a ruiva acenou com um sorriso para o Uchiha e saiu deixando apenas os três ali.

— Mama? - Sarada chamou.

— Não estávamos aprontando nada filha! Ao contrário. - Sakura queria enfiar a cabeça em um buraco. — Eu e seu pai estávamos apenas conversando e temos uma notícia para você.

— Sua mãe e eu, decidimos que faremos apenas uma festa no seu aniversário. - Sasuke completou o raciocínio de Sakura. — Assim como você havia nos pedido, lembra?

Sarada, em seus quase cinco anos de idade, encarava os pais com os olhinhos arregalados e a boca aberta pela notícia, o que preocupou os dois em primeiro momento. Surpreendendo a todos, o quarto foi preenchido pela risada da menina, que segurava-se com os bracinhos ao redor do pescoço do pai. Uma risada que ecoou pelo cômodo e encheu o coração de todos ali.

— Filha? O que foi? - Sakura perguntou, passando a mão pelas costas dela. Além de um carinho, também queria sentir se a filha tinha alguma dor derivada da queda.

— É tão bom ver vocês juntos.

 

Betado pela minha Mirys!


Notas Finais


Ai, de boa... Essa Sarada é meu ponto fraco cara <3 Coisa mais fofa.

Casa da Sakura: https://goo.gl/OcPy3j

Posso dizer? Adorei escrever POV's com os outros personagens, eles vão ser mt importantes durante a história, até porque quero desenvolver seus próprios plots e espero que tenham gostado também :3

Uma coisa que podemos ver nesse capitulo é como o Sasuke está amadurecido, sabemos o jeito silencioso dele, mas devido a tudo o que aconteceu, ele sabe o que precisa fazer. Queria deixar isso evidente neste capítulo, nenhum dos dois está feliz daquela forma, mas ele respeita esse espaço que ela pediu.

Mas não quer dizer que vai deixa-lá. E com essa conversa, fica entrelinhas que eles não falam somente da falta de convivência dos dois, e sim do próprio casamento deles. Eles podem fazer funcionar, mas não será de uma hora pra outra.

Gostaria de avisar que All About Us "voltou" - não tinha entrado em hiatus nem nada, mas realmente não consegui atualiza-lá. Porém, diga ao povo que voltamos as atts quinzenais e claro, se eu conseguir postar ainda mais seguido, pode ter certeza que farei. Porém, o que posso me comprometer é novos caps de 15 em 15 dias.

Espero que tenham gostado e até logo <3

SasuSaku Fanfiction: https://www.facebook.com/groups/305135733220030/


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