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História All For Love - Cassis


Escrita por: ZoraidaPierre

Notas do Autor


Oiii amorinhas do meu <3
Um minuto para apreciação dessa capinha de Aoi todo it malia. Eu morro com esse homenzinho, meu pai do céu!
Voltando...
Eu demorei a escrever esse capitulo e voltei com algo que simplesmente adoro que são as referências. Essa em especial é uma que simplesmente amo! Juntei o útil ao agradável e só fui hahaha.
Espero que gostem pois foi feito com muito carinho....
Música tema nas notas finais como de costume.

Boa Leitura <3

Capítulo 30 - Cassis


Fanfic / Fanfiction All For Love - Cassis

[AOI]

Eu sabia que não dava para confiar nesses dois. Eu era péssimo para perceber o que estava diante dos meus olhos. Meu irmão e meu melhor amigo estavam de rolo debaixo do meu nariz e sequer desconfiei.

Depois do que meu irmão tinha me contado lá no quarto aquele dia e o Reita? Ele se dizia confuso e achava que estava até doente. Os dois abaixaram a guarda e nem brigavam mais. Tava na cara que estavam falando um do outro. Pssst, eu sou um idiota mesmo. Parando para pensar, eles que se entendam.

Passei o dia pensando sobre o que havia acontecido durante o baile e entendi que entre o Kou e eu nada mais poderia existir. Se existia qualquer possibilidade de reconciliação, a mesma se foi quando o ataquei daquela maneira.

Estava descontrolado e ele fez certo em me deter porque tinha completa certeza que não seria capaz de me frear sozinho. Eu estava movido pelo ciúme, pela raiva de ter aquela visão outra vez dele nos braços de outro que não fosse os meus. Eu enlouqueci...o amor às vezes faz isso conosco.

O Toshiya também não brincava em serviço. Não perdia sequer uma oportunidade de tirar proveito de um de nós dois mas isso acabou. Eu vou deixar o caminho totalmente livre para que fique com o Kouyou, se assim o faz feliz e vou seguir com a minha vida da mesma forma.

Pelo menos tentar juntar os pedaços do que um dia foi um coração. Por uma interpretação equivocada do que aconteceu entre Kai e eu, o grupo inteiro já deve estar sabendo que estou “namorando” o mais novo.

Até poderia desmentir mas se o Kai quiser continuar, eu o farei. Não tenho nada a perder e ele parece precisar de companhia. Não sei com quem ele está ou quem fez aquilo com ele, mas se quiser continuar com o outro ei de respeitar sua vontade. Agora, se ele estiver só assim como eu, quem sabe essa não seria a oportunidade para nós nos conhecermos melhor?

Fui tirado dos pensamentos quando alguém bateu na porta e era Ruki.

– Aoi, meu nii-san! – disse ele dando pulinhos de alegria. O que esse menino quer agora? E pra que essa felicidade toda?

– O que você quer agora, Ruki? Não vê que estou descansando?

– Pode parar! Você ficou aqui o dia todo e teve tempo suficiente para se recuperar. Tome um banho, nós vamos sair – respondeu ele, simplista.

– Nós vamos sair? Mas ninguém me disse nada – respondi. Não me lembro dos nossos pais dizerem que tínhamos um compromisso de família.

– Estou dizendo agora. Fique bem bonito, apesar de não precisar de esforço algum pra isso. Se apresse que já já o Reita e o Kai vão passar aqui pra pegar a gente.

– Como? Kai e o Reita? Mas porquê? Para onde? – perguntei. Não estava entendendo nada. Ruki bufou antes de se virar e responder. Às vezes esse baixinho tinha a menor paciência para lidar com as pessoas e até com o seu velho irmão aqui.

– Qual parte do vamos sair você ainda não entendeu, Aoi? – perguntou indo até a porta, abrindo-a – o seu namorado e o meu virão nos buscar para irmos ao cinema então larga de ser um estraga prazer e ande logo.

Ruki me deixou sozinho e não tive outra alternativa senão a de me arrumar e esperar por ele. Não me arrumei muito. Uma calça preta justa, camiseta básica e os cabelos amarrados me pareceu mais que suficiente, mas não para o meu irmão.

Insistiu para que eu trocasse de roupa e de tanto embirrar dizendo que não, ele me sentou na cama e me maquiou. Com uma leve camada de base para esconder as olheiras e uma sombra escura nos olhos compunham o look para a noite.

Dentro de poucos minutos a campainha tocou e Ruki saiu do quarto dando pulinhos de alegria, me puxando pela mão para que descessemos. Pra que esse entusiasmo todo?

Assim que abriu a porta, Ruki praticamente pulou em cima do Reita o agarrando. Reita gargalhou com a ação exagerada do menor. Mesmo sendo estranho vê-los assim, pareciam felizes juntos e se estavam assim, eu também estava por eles.

Kai estava na porta com as bochechas coradas e seu rosto estampava um sorriso largo mostrando a única covinha presente no rosto. Ele estava adorável.

– Ruki, se vocês não pararem de se beijar agora, nós não vamos conseguir ver o filme – disse Kai me fazendo rir porque estava claro que a última coisa que esses dois fariam no cinema seria assistir ao filme.

Me aproximei do Kai o cumprimentando. Ele disse que estava bem e depositou um selar em minha bochecha, ficando corado logo em seguida.

Seguimos para o cinema. Ruki se limitou a dizer ao Reita que estávamos juntos sem dizer as razões, o que achei bom porque ele deixou claro que seria eu a contar os detalhes para meu melhor amigo.

Falando em irmão, Ruki fazia de tudo para juntar Kai e eu. Primeiro colocando nós dois andando mais colados e quando penso que não, já andava de mãos dadas com ele no shopping.

No início fiquei receoso mas depois me acostumei com sua presença, as conversas agradáveis e as brincadeiras com teor maliciosas dos outros dois. Eu estava de fato gostando do passeio.

Ruki e Kai foram deixados na fila do cinema enquanto os mais velhos compravam a pipoca já que Kai tinha comprado antecipadamente as entradas.

– Cara, você está feliz? – perguntou Reita. Ele me conhecia, sabia que tinha alguma coisa nessa história de namoro e eu contaria depois porque ali não era o lugar adequado pois precisávamos de tempo.

– Sim, estou. Tudo ainda é novo para mim, mas nós estamos conseguindo ir bem com tudo isso. Sem forçar a barra, sabe? Ele é um rapaz legal e eu, estou tentando seguir em frente. Acho que é o certo, afinal.

Assim que compramos tudo, nos dirigimos para a entrada. A fila já avançara muito e os dois já haviam entrado. Reita subiu os degraus praticamente correndo no escuro para alcançar logo meu irmão. Esses dois estão muito apegados para o meu gosto. Desde quando meu melhor amigo é assim tão pegajoso?

Os trailers já estavam passando quando me aconcheguei na poltrona indicada pelo ticket do cinema. Desse modo, assim que me virei para entregar o balde de pipoca para o Kai, meu coração falhou uma batida.

Se meu corpo sabia de forma automática como respirava, ele precisava ser reprogramado porque não conseguia fazê-lo sozinho. Eu estava sonhando? Certamente estava tendo uma visão.

Kouyou estava sentado ao meu lado e parecia tão espantado quanto eu. O que ele estava fazendo aqui? Cadê o Kai?

– O que... – comecei mas ele logo me cortou com uma pergunta que também gostaria de saber a resposta.

– Cadê o Kai? – perguntou ele e é claro que não sabia a resposta. Quando eu ia responder fomos interrompidos com os demais pedindo silêncio porque o filme já começara e nem sequer percebemos.

Tentei prestar atenção no filme sem perder uma chance sequer e pelo canto dos olhos vê-lo através da claridade do filme o seu belo rosto de porcelana. Eu sabia que esse não era o tipo de filme que ele gostava, se bem me recordava. Ele apreciava filmes com luzes e lasers. E no fim do filme sempre perguntava o que aquilo tinha significado porque sequer havia entendido todo o contexto da história. Era adorável quando fazia isso.

Será que com o passar dos tempos ele passou a apreciar outro gênero de filme que eu até então desconhecia? Por mais que ele prestasse atenção no filme, percebia que estava inquieto, provavelmente ciente do meu olhar nele.

O filme não era ruim. Uma moça ruiva com seus dezessete anos, muito bonita e da alta sociedade estava praticamente sendo obrigada pela mãe a se casar com um noivo milionário já que elas estavam na falência, porém ninguém sabia disso. Enquanto seguiam viagem em um navio, Rose se viu em um beco sem saída pois não se sentia satisfeita com a vida que levava. Via todos da alta sociedade vivendo futilmente, exibindo riquezas e sentindo empatia alguma pelos demais. Tudo ali era baseado em ouro e pedras preciosas. O status de relacionamento era baseado no que tinha no cofre e não no coração.

Quando a moça estava quase se jogando do navio em uma noite bastante fria, eis que aparece um rapaz loiro da terceira classe fazendo-a mudar de ideia. Eles iniciam uma amizade e não demoram para se mostrarem bastante apaixonados um pelo outro.

Logicamente que nem a mãe dela e muito menos o noivo aprovaram essa aproximação. Eles conseguiram fugir por alguns instantes dos capangas do noivo e ela conseguiu descer para a terceira classe, se sentindo satisfeita em fazer parte de algo mais humano e real ao invés do pequeno e ilustre espaço da primeira classe, lugar este que se sentia deslocada e infeliz.

O auge foi quando o noivo deu a ela um colar bastante bonito em prata, todo cravejado de diamantes com um pingente grande e azul, intitulado de O Coração do Oceano. Ciente de que o amigo que conhecera desenhava bem, o trancou em seu aposento pessoal, se despiu usando somente o colar recém ganhado e pediu para que seu amante pintor a desenhasse.

Descansei no braço da poltrona meu braço enquanto eu me rendia ao filme ali na minha frente. Era muito interessante e olha que não é também o meu estilo de filme. Por um instante havia me esquecido até onde me encontrava e quem estava ao meu lado.

Quando o navio acertou um iceberg, caindo pedaços do mesmo dentro da parte de cima do navio, quase acertando os personagens principais, senti Kouyou apertar meu braço pelo medo. Ele estava tão imerso na história que nem percebeu o que fez. Fiquei olhando para a sua mão ali no meu braço até que ele apertou mais e nem vi quando minha outra mão foi parar em cima da sua o acalentando.

Kou olhou para mim naquele momento com seus olhos amendoados arregalados e eu o encarei. Encarei aqueles olhos que eu tanto sentia falta de mirar como se nada no mundo existisse além de nós dois. A boca entreaberta fazendo-me suspirar deleitado com a visão. Kouyou sempre foi tão bonito.

Ele tentou tirar a mão, porém fui mais rápido em segurar a mesma. Ele me olhou incrédulo e voltei minha atenção para o filme como se segurar a mão macia dele fosse a coisa mais natural do mundo. Meu coração batia tão rapidamente que fazia meu peito doer. Sentia as mãos suando e o estômago revirar.

Tudo sobre ele ou que vinha dele deveria ser cuidado. Eu não podia fazer algo mais que estragasse tudo. Sei que ele está com raiva de mim e às vezes até com receio de me ter por perto, caso eu tente fazer algo que ele não queira mas era mais forte que eu. Estava cansado de sofrer sem tentar mostrar como gosto dele. Quem sabe exigir do seu coração um espaço mesmo que pequeno dele.

 

“– Alguém tem que ceder, Aoi. Seu problema é de fácil solução porque é só conversarem e se perdoarem. Darem uma chance para o relacionamento de vocês que sempre foi o mais bonito de se ver.... – disse Kai.”

 

 Assim como Yoshiki, Kai estava certo. Eu precisava tentar. Será que teria uma chance?

No desenrolar do filme as coisas começaram a ficar dramáticas demais até meu peito apertou e vi pelo canto dos olhos, Kou abaixando a cabeça com a mão no rosto. Eu conheço essa visão. Ele estava chorando.

Mais rápido do que meus pensamentos a me refrear do ato, passei o braço ao seu redor o puxando para perto de mim, apoiando a cabeça no meu ombro e seguimos assim até o final do filme. Ele chorava mais e eu enlacei nossos dedos mostrando para ele que estava ali para consolá-lo.

O filme chegara nos créditos finais e o vi tentando esconder o rosto para que eu não o visse chorar mais. Achava bonito como ele era tão sensível às histórias. Fazia tempo que não via filmes com ele, muito menos vê-lo chorar.

– Calma Kou, estou aqui com você – disse fazendo com que levantasse o rosto para me olhar. Ele estava com o rosto banhado em lágrimas, o nariz assim como os lábios completamente vermelhos. Ele continuava tão bonito.

Eu poderia ter me afastado, poderia ter dito algo a mais para acalmá-lo mas o sentimento que tínhamos ali era palpável demais, forte demais para contar. Afastei os fios loiros dele fazendo uma leve carícia no seu rosto enquanto sentia minha face queimar de vergonha.

Kou me olhava em expectativa e ele estava tão próximo, tão perto que podia ver todos os detalhes daquele rosto bonito que eu sempre admirei. Tudo saiu do controle quando senti seus olhos presos nos meus lábios e aquilo foi tudo que vi antes de me aproximar e tomar seus lábios fofinhos pra mim.

Selei os lábios sentindo como eles eram macios como imaginava, mas a vontade era tanta de provar mais dele que minha língua pediu passagem e ele cedeu, me dando o espaço que precisava para senti-lo.

O beijo foi lento, carinhoso, sentindo o sabor, a temperatura e a textura da sua língua na minha. Posso dizer com todas as letras e com toda a certeza do que tenho que nem no meu sonho mais perfeito esse beijo poderia ser assemelhado. Nada era mais maravilhoso que isso.

Seus lábios se afastaram dos meus e eu olhei nos seus olhos e vi ali o que eu queria ter visto toda a minha vida. Kou gostava de mim. Ele sentia o mesmo que eu e eu sabia agora.

Ainda tocando My Heart Will Go On da Celine Dion, tema do filme Titanic, virei seu rosto ainda mais para o meu lado, espalmando as duas mãos no seu rosto, vi suas lágrimas ali de novo. A música parecia o tema certo para nós dois ali dentro e não precisou dizer sequer uma palavra para que ele entendesse.

Tomei seus lábios mais uma vez para mim. Eu acho que nunca me cansaria de beijá-lo, de amá-lo como sempre foi desde o princípio. Desde que o conheci só fiz pensar nele, em como fazer esse garoto feliz em todas as dimensões possíveis.

O perder sem dúvida alguma foi o meu pior pesadelo. Saber que se interessava por outro que não fosse eu era o inferno na terra. Sei que é egoísmo pensar assim, eu sei, mas ele era meu porto seguro.

Quando me afastei dele, me senti mal a ponto de não querer mais viver, mas agora com ele aqui comigo, me beijando, sabia que eu era capaz de morrer por ele se necessário fosse só para ter a sensação de que ele é meu outra vez.

Não sei por quanto tempo ainda nos beijamos mas não queria que esse momento acabasse. Assim que o ar ficou rarefeito nos afastamos por um momento e encostei minha testa na dele. Sua pele estava gelada devido ao ar condicionado contrastando com o meu corpo que quase se incendiara.

O que ele foi capaz de fazer comigo somente com um beijo?

Acho que por vergonha, Kou passou os braços ao meu redor, escondendo o rosto na curva do meu pescoço e com seu hálito ali naquela pequena área já me fez arrepiar por inteiro. Ele ainda tinha aquele cheiro gostoso que senti no dia do baile, já senti esse cheiro, mas onde?

– Kou, eu...– sentia minha voz falhar. O que eu deveria dizer a ele? Eram tantas coisas e nunca fui bom com as palavras. Tantos sentimentos, sensações novas, eu queria dizer tantas coisas. Fazer e conhecer tantas coisas ao lado dele. Eu senti tanta falta, tanta saudade.

– Eu gosto de você, Yuu – disse apertando os braços ao meu redor. Ele...gosta de mim. Takashima Kouyou disse que gosta de mim. O que digo? Meu coração está batendo descompassado, fazendo ouvir as batidas em meus ouvidos. Ele era capaz de ouvi-lo também?

– Eu também, Kou...eu também, Kou...eu também – respondi diversas vezes para que me ouvisse passando meus dedos pelos seus cabelos aloirados e macios.

Ouvimos uma tosse ao nosso lado e meus olhos ficaram em alerta ao lembrar de onde estávamos. Todos já tinham ido embora do cinema, ficando somente nós e é claro, os que chamavam nossa atenção, Ruki e Reita.

Ruki gargalhava olhando para a minha cara de assustado que logo ficou vermelho de vergonha enquanto que Kou estava também envergonhado olhando para as minhas mãos que agora seguravam as dele. Reita nos observava sem dizer nada mas podia dizer que pelo olhar dele estava feliz pela minha escolha.

– Vocês vão ficar aí ou vão esperar o pessoal da limpeza nos expulsar daqui? – perguntou Ruki e eu levantei exageradamente lento, afinal de contas foram três horas e vinte cinco minutos sentado.

O que faríamos dali em diante? Esse beijo e essas palavras do Kouyou significava que ele queria ficar comigo? Tomara que ele escolha ficar comigo. Tomara.

 

“Amanhã, mesmo que seus sentimentos se separem de mim

Com certeza continuarei te amando

Amanhã, mesmo que você não possa me ver, com certeza

Continuarei te amando

Eu andarei junto, ao futuro ainda não prometido, yeah

Continuaremos andando juntos, para o futuro que é você”

 


Notas Finais


Link: https://youtu.be/37dGDZ0hlB4

Eu não sou do tipo que diz isso, mas vocês precisam me amar...de verdade! Me encham de comentários (♥ω♥*)
E essa referência bem anos 90? Só quem viveu sabe! HAHAHA
Eu sigo a risca desde 97 em ver esse filme pelo menos 1 vez no ano. Nem eu consigo entender como eu amo esse filme mas tenho ainda a fita VHS dupla, dvd edição especial, tinha a trilha sonora e agora tenho um coração do oceano pra chamar de meu! É pra glorificar de pé, né não?
Agora vocês já sabem em que ano estamos na história.

Kissus <3


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