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História All I Ever Need - Eu quero adota-la!


Escrita por: Mariselemaho

Notas do Autor


Boa leitura!
E desculpem a demora!

Capítulo 29 - Eu quero adota-la!


Acordei cedo, acho que cedo demais, as outras garotas ainda não havia acordado, e o sol ainda não tinha aparecido, resolvi sair do quarto, fui andando até o que chamavam de sala, vi o movimento de alguns enfermeiros, resolvi sentar em um dos sofás que haviam ali, fiquei observando a grade de ferro que havia ali, a grade que me separava do mundo das pessoas “normais”, o pior era não saber por que eu estava ali, por que eu fui trazida para um sanatório.
De acordo com o que tinham falado o Mike era um traficante de drogas e de algum jeito ele fez eu ingeri-las, o pior é que eu confiei nele, eu nunca deveria ter saído daquele quarto de hotel, eu deveria ter esclarecido as coisas com o Austin naquela hora, e não esperar para que tudo isso acontecesse.

- Desculpa, senhor, mas o horário de visitas começa somente às dez horas! – a voz de uma mulher ecoou pelos corredores do Radley.

Ouvi alguém resmungar em resposta, mas não consegui entender devido a distância, tentei imaginar que alguém aqui de dentro tem alguém que o ama lá fora, diferente de mim, o Austin deve ter criado aquela cena na delegacia e agora deve estar rindo da minha cara, beijando uma vadia, mas por quanto tempo eu teria que ficar aqui?
- Garota, vá para o seu quarto! – a voz de um homem falou atrás de mim, me tirando de meus pensamentos, me virei de frente para ele.
- Pode me dizer que horas são? – pedi o encarrando.
- Seis horas, agora volte a dormir! – ele falou seco e eu fui em direção ao quarto sem falar nada.

Eu não iria conseguir dormir novamente então fiquei olhando pela janela, a rua estava completamente deserta, a cidade só era iluminada pela luz dos postes, mais nada, não se ouvia pessoas conversando, nem músicas tocando, nada, parecia que estávamos em um deserto, só que com uma cidade ao redor. Eu precisava ir ao banheiro, e assim fiz, calcei o meu chinelo e fui em direção ao banheiro, entrei em uma das cabines. Quando eu sai uma avistei uma das bonecas que estavam na Ala das Crianças estava ali na minha frente, iria pegá-la para levar de volta, mas quando estava quase tocando nela alguém grita:
- Não!! – era a Rosalie.
- P-por quê? – peço espantada me virando para ela.
- Por que essa boneca era da minha irmã, e se você não a pegar do jeito certo você corre o risco de ter sua mão quase-amputada. – ela falou e ergueu a boneca pelos cabelos, saindo do banheiro.
- Como assim? – pedi interessada.
- Dentro dessa boneca existem milhares de objetos cortantes, que se você encostar em qualquer parte do corpo dela surgem e cortam as mãos ou seja lá o que você usar para ergue-la...
- Bizarro! – exclamei – Porém, interessante.
- É, mas como essa boneca foi parar lá no banheiro?
- Não faço a mínima ideia, quando eu saí de uma das cabines ela estava lá. Alguém mais sabe sobre as facas?
- A Júlia.
- Resolvido o mistério! Percebi que ela não foi muito com a minha cara.
- Então é melhor se prevenir. – ela falou guardando a boneca dentro de um armário que havia ali.
- Por quê? – pedi enquanto saímos do quarto.
- Por que a Júlia não ia com a cara da Bia. – engoli em seco.
- C-como? – pedi tremendo.
- Nada, só brincadeira. – soltei o ar que eu nem tinha percebido que estava preso, ela deu risada.

Voltamos para o quarto e nenhuma garota havia acordado, Rose alegou que estava com sono e foi dormir, eu estava bem descansada então voltei a olhar pela janela.
Aos poucos a cidade ia acordando, alguns jovens e crianças saiam para a escola e alguns adultos para trabalhar. Vi uma mãe que levou os filhos até o ônibus escolar, deu um beijo na testa de cada um e depois ficou vendo o ônibus se distanciar, logo depois ela entrou para dentro de casa. Lembrei automaticamente da minha mãe, ela nunca foi carinhosa assim comigo, geralmente era o meu pai que me levava na escola quando eu era criança, mas ele também não se importava de me desejar uma boa sorte quando eu tinha testes ou trabalhos para apresentar, não me lembro qual foi a última vez que eles foram até o meu quarto me dizer um boa-noite. A única lembrança de dia alegre que eu tenho eu prefiro esquecer, por que foi no mesmo dia que a minha mãe se matou, o pior dia da minha vida é, ao mesmo tempo, o melhor. Ironia, não?

Austin POV’s on

Não consegui dormir bem na última noite, quando acordei eram apenas cinco da manhã, eu queria sair e ir para o escritório, mas era muito cedo, resolvi tomar meu banho, e ir comer alguma coisa, quando eu acabei já eram 6 horas, ainda era cedo, mas eu iria acordar os garotos agora.

Por sorte eu não precisei chama-los muitas vezes, eles acordaram logo e foram se arrumar, teríamos que passar no apartamento do Alex antes, por que ele tinha que pegar alguma coisa, eu estava muito ansioso, não conseguia parar quieto, eu tinha que conseguir tirar a SeuNome de lá.
(...)
- Vamos logo! – falei saindo do apartamento do Alex.
- Calma cara! Ela não vai fugir! – Zach respondeu.
- Haha! – ri sem emoção – Vamos logo! – falei enquanto entravamos no elevador e eu apertava freneticamente o botão do térreo.
- Calma! Você vai acabar quebrando o elevador, e aí sim nós não vamos chegar lá a tempo! – Robert falou e eu me acalmei, pelo menos um pouco.

(...)

Depois de um tempo chegamos no escritório, já eram exatamente 8 horas, e o escritório estava aberto, mas meu advogado ainda não havia chegado, apenas a secretária dele estava lá. A Foolish teve que me manter longe dos telefones, por que se não eu ligaria a qualquer momento pedindo para ele vir logo.

- Desculpem pela demora! – o advogado falou entrando na sala minutos depois.
- Finalmente! – deixei escapar.
- Me desculpem, mesmo, o transito estava um caos. – a sala ficou em silêncio – Bom, vamos ao que interessa, ela esta no sanatório Radley, que fica em uma cidade à 5 horas de distância daqui, mas não teremos como tira-la de lá sem o pai ou a mãe dela...
- A mãe dela faleceu. – Alex falou me poupando de contar isso.
- Oh, e o pai dela? – os garotos me olharam confusos.
- O pai dela sumiu no mundo, ninguém tem notícias dele. – falei rapidamente.
- Pode me explicar direito? – engoli em seco mas continuei.
- O pai da SeuNome chegou em casa com uma outra mulher, a mãe dela viu e expulsou ele de casa, e foi por causa disso que a mãe dela se matou. E o pai da SeuApelido só tentou falar uma vez com ela.
- Hum, então nossa história complica, por que precisamos que alguém assine de responsável por ela... Sabe de alguém?
- Bom, tinha a empregada deles, a Maria, a SeuNome considerava ela como uma mãe.
- Ótimo! Tem o número dela?
- Não aqui, mas em casa eu devo ter, vamos para lá!
- Ok! – ele falou e nós seguimos para o carro.
Tivemos que nos dividir pois depois iriamos direto para o Radley. Então eu fui com o advogado no carro dele e os garotos foram no caro do Alex.
Quando chegamos vi um carro na frente da casa da SeuNome, era um carro de luxo, então eu desconfiei e fui direto para lá, eu precisava saber quem estava lá.

Entrei devagar, já que a porta estava aberta, mas não vi ninguém.
- Austin? – alguém pede atrás de mim, fazendo eu levar um susto, me viro rapidamente.
- Maria! Te encontrei, preciso falar com você!
- Ok, mas acho que agora não é uma boa ideia, o pai da SeuNome está louco procurando por ela. – então a Maria ainda não sabia, e infelizmente sou eu que vou ter que contar.
- É sobre ela que eu preciso falar. – falei mas fui interrompido.

- Sai da minha casa agora! – o homem que descia pela escada gritava.
- Eu não vou sair daqui! – falei firme.
- POR SUA CULPA EU NÃO SEII ONDE MINHA FILHA ESTAVA AGORA! POR SUA CULPA ELA NÃO FALA MAIS COMIGO! ISSO É TUDO SUA CULPA! SAIA. JÁ. DAQUI!! – ele falou pausadamente a última parte.
- Não vou embora sem conversar com o senhor antes. – falei com a voz firme, mas sem gritar.
- Quer saber? Se você não sai então eu saio! Só entregue esses papeis para ela! E peça para ela nunca mais me procurar. – falou me entregando uma pasta com vários papeis dentro.
- O que são esses papeis? – Maria, que até agora estava quieta pediu.
- Aqui tem a escritura dessa casa, dos carros que tem aqui na garagem e a empresa de perfumes que era da mãe dela, agora tudo está no nome da SeuNome. Ah, antes que eu me esqueça, também tem um papel onde diz que ela já é maior de idade, ou seja, já pode se virar sozinha.
- Mas ela ainda é menor de idade! Você não pode fazer isso! – agora a discussão era entre a Maria e ele eu estava apenas observando.
- Eu posso e eu fiz! Adeus, até nunca mais! – ele falou e saiu da casa batendo os pés, entrou no carro e foi embora.

- Austin, - Maria começou, me puxando para a sala – onde está a SeuNome?
- Bom, eu ainda não sei o certo, mas tudo indica que ela esta no – respirei fundo antes de continuar – Sanatório do Radley.
- No Radley?? Mas como?? – ela pediu apavorada.
- É uma longa história, mas precisamos da sua ajuda para tira-la de lá, e temos cinco horas de viagem ainda. Então vamos!

Ela não falou mais nada, apenas assentiu com a cabeça, atravessamos a rua e, por sorte todos já estavam dentro dos carros, entramos no carro e logo os motoristas deram partida, tínhamos que chegar lá o mais rápido possível.
No caminho eu expliquei toda a história para a Maria, que ficou chocada, mas falou que faria de tudo para ajudar.

Depois de quase cinco horas no trânsito finalmente meu advogado falou que nós já estávamos chegando. Logo paramos em frente a um prédio, era gigante, mas ao mesmo tempo triste, a fachada era branca, mas completamente mofada, cheia de riscos negros, e com grades nas janelas, era horrível.
Entramos no prédio e fomos em direção a uma bancada, nem esperei meu advogado começar a falar, pulei na frente dele e comecei:
- Eu preciso ver a SeuNome SeuSobrenome! Por favor! É urgente!
- Desculpe, mas o horário de visita começa daqui uma hora, quando for as 15pm você pode entrar. – a seretária falou com calma.
- Mas eu preciso ver ela, agora!
- Espero que se acalme senhor, se não terei que pedir que se retire! – resolvi me calar.

- Senhora, eu sou o advogado do senhor Mahone, - meu advogado apontou para mim – e nós queremos saber por que a Senhorita SeuNome está aqui.
- Bom, preciso de provas que você é formado em direito. – ela falou e imediatamente ele entregou um documento para ela, que o observou por alguns segundos e depois o devolveu.

A mulher digitou alguma coisa no computador à sua frente e depois voltou a falar:
- A Senhorita SeuSobrenome, esta aqui porque foi avaliada a história dela, desde que o pai dela saiu de casa e a mãe cometeu suicídio, achamos que ela pode ter usado drogas por causa de tudo isso que aconteceu, então o delegado de Miami resolveu mandá-la para cá.
- Ok, obrigado pelas informações, sabe quanto tempo ela ficará? – a conversa era entre o meu advogado e a secretária, mas eu prestava atenção em tudo.
- Até que ela fique melhor ou que algum responsável venha buscá-la. O que eu acho que vai demorar, pois nem a delegacia conseguiu rastrear o pai dela.
- Com licença, - a Maria começou – eu falei com o pai dela hoje pela manhã, mas ele não quis muita conversa e nem pediu sobre a filha, mas ele entregou esse papel. – ela falou e entregou um dos papeis que havia dentro daquela pasta que ele nos entregou mais cedo.
- Esse é um papel que se tira em orfanatos quando as crianças são deixadas para a adoção... – a mulher falou enquanto observava o papel – Agora ela é uma órfã, e até alguém adota-la ela ficará aqui, então esse papel fica conosco.
- E-eu quero adota-la! – Maria se pronunciou o que fez todos olharem para ela espantados.
- Mas quem é você?
- Eu sou empregada e amiga da família, tenho uma casa e emprego, acho que posso adotá-la.
- Bom, eu não sei, teríamos que falar com o juiz, mas para adiantar responda essas perguntas. – a mulher entregou um papel e uma caneta para ela.

Um relógio grande que havia ali tocou marcando às 15 horas, a mulher disse que agora eu poderia visitar a SeuNome, mas eu tive que deixar tudo com ela: relógio, piercings, celular...
Eu estava ansioso e meu coração estava acelerado, um dos enfermeiros me acompanhou até a porta do quarto onde ela estava. Ela estava me lado para a parede olhando pela janela, havia mais 3 garotas ali, mas elas não me importavam. Chamei pela SeuNome, mas ela não respondeu.
- SeuNome? – repeti me aproximando, mas ainda sem tocar nela, ela não respondeu – Sou eu, o Austin... – falei baixinho, colocando a mão sobre o ombro dela.
- A-austin... – ela falou em quanto colocava a mão sobre a minha, se virando lentamente.
- Sim, vim te ver, e te tirar daqui. – falei e ela pulou no meu pescoço me dando um abraço apertado, o melhor abraço do mundo.
- Isso é um sonho? – ela me perguntou seria depois que nos separamos.
- Não... – falei e abri um sorriso em quanto tirava uns fios de cabelo que tinham caído no rosto dela, ela sorrio também e me beijou, um beijo profundo e calmo.
- É sério que você vai me tirar daqui? – ela pediu com um sorriso no rosto.
- Eu vou fazer o possível e o impossível.
- Obrigada! – ela respondeu e pegou na minha mão – E me desculpe, por tudo.
- Você não tem que se desculpar, eu tenho que me desculpar, eu fui um idiota, eu fiz tudo errado. – ela apenas me olhou – Bom, resolvemos isso mais tarde, agora tenho que te contar uma coisa não tão boa, pelo menos em parte.
- Fala!
- O seu pai.. – engoli em seco antes de continuar – ele te abandonou, e agora a Maria está tentando te adotar.
- Eu já desconfiava do meu pai, mas é serio que a Maria quer me adotar, uau, isso seria incrível! – ela falou abrindo um sorriso.
- Ah, seu pai deixou a casa onde você morava, os carros da garagem e a fábrica de perfumes no seu nome, agora você escolhe o que vai fazer com eles.
- Hum, se a Maria me adotar eu vou dar parte para ela e a outra parte eu não sei o que vou fazer mas eu tenho tempo para pensar.
- Bom, agora você tem que aproveitar para descansar, por que quando você sair daqui vamos sair muito juntos, eu quero que todo mundo saiba que eu e você voltamos com tudo! – ela riu, era tão bom ouvir a risada dela.
- Ei, a Maria está aí?
- Sim, ela ficou completando uns papeis...
- Pode pedir para ela vir aqui? Estou com saudades...
- Claro que sim, mas tchau, por que eu não sei se vou poder te ver novamente.
- Tchau! – ela respondeu e eu a selei rapidamente.

Saí do quarto e pedi para a Maria entrar, não deixaram nós dois ficar lá então eu resolvi ficar esperando lá fora com os garotos.
Agora sim eu sentia que a minha vida realmente ia voltar ao normal.

 


Notas Finais


Obrigada por lerem!


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