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História All I want is you - Feliz Aniversário


Escrita por: stayfabx

Capítulo 2 - Feliz Aniversário


Fanfic / Fanfiction All I want is you - Feliz Aniversário


     Não consegui dormir a noite inteira. Não consigo parar de pensar no que aconteceu ontem. Foi de loucos!
     Hoje é dia 20 de Agosto. Faço 15 anos, mas não ligo muito a isso. Nunca celebrei o meu aniversário. Só o meu irmão Joseph se lembra e dá-me sempre uma carta. Ele tem muito jeito para escrever cartas, melhor presente não poderia haver. No ano passado, o meu pai embrulhou uma garrafa de vinho e ofereceu-me. Depois disse que como era demasiado nova, não podia beber, e "guardou" a garrafa de vinho. Passado 5 minutos, a garrafa estava vazia. Eu também não fazia intenções de beber, claro.
     Fui dar uma volta ao parque. Estava um dia luminoso e não corria vento nenhum. Assim que entrei no parque, comecei a ouvir vozes. Umas gritavam, aterrorizadas, outras falavam entre si, preocupadas com algo, mas não conseguia entender o que diziam. Cada vez o ruído das vozes se tornava mais intenso. Eu olhava à minha volta, e não via ninguém. Será que atingi um novo nível de maluquice? Só queria que parassem. 
     - PAREM DE FALAR! PAREM, PAREM, PAREM!
     Instala-se um silêncio avassalador no ar. Comecei a olhar em meu redor.
     - Quem é que está aí?
     - Consegues ouvir-nos? 
     - Sim...
     - Ela consegue ouvir-nos!
     Comecei a ouvir sussurros vindos de todo o lado. As vozes comentavam entre si, e penso que o tema era eu.
     - Quem está a falar?
     - Somos nós, as árvores. 
     Okay, estou definitivamente maluca. Agora também ouço árvores falarem? Mas que raio? 
     - É normal as pessoas ouvirem-vos?
     - De facto, não é. Como consegues fazer isso?
     - Não faço a mínima, e isso assusta-me. Mas à bocado, vocês estavam a gritar, e pareciam preocupados com alguma coisa. Quem vocês temem tanto?
     - São eles, vão destruir tudo! É hoje, o dia. 
     - Eles quem? "O dia"?
     - Os demónios! Eles ascenderam à Terra e vão destruir tudo aquilo que estiver no seu caminho.
     Demónios? Wow, calma aí... O que eu tenho tomado nestes últimos dias?
     Subitamente alguém começa a falar.
     - Essa árvore estúpida tem razão.
     Os olhos do homem ficaram completamente negros.
     - Deus nos ajude. Ele chegou!
     - Estamos aqui por tua causa, miúda.
     - Por minha causa? Porquê?
     - Porque hoje completas 15 anos. E assim está escrito: quando completar o seu 15º aniversário, os seus poderes irão-se manifestar, e as portas do inferno abrir-se-ão para a futura líder descer para as terras do Senhor Infernal.
     
- Não li a bíblia mas tenho a certeza que isso não está lá escrito.
     - Nós demónios temos um livro tal como vocês, pessoas estúpidas com crenças que não têm sentido nenhum. Acreditam num Deus que não quer saber de vocês. 
     - E-eu não sou quem vocês estão à procura. 
     - És sim, Íris, sempre foste. Desde que nasceste, o teu destino é este, junto com outro grande líder, comandares os demónios numa guerra que chegará em breve.
     - Eu não vou comandar coisíssima nenhuma, estás é maluco!
     - Vais sim, sua cabra, e se não vieres a bem, vais a mal.
     O homem começou a caminhar na minha direcção. O meu coração começou a acelerar, e comecei a ficar apavorada.
     De repente, aquela mulher aparece ao meu lado. Pergunto-me como ela fará aquilo.
     - Tu consegues parar aquele demónio. E, com o devido treino, consegues mandá-lo de volta para onde pertence, fazer coisas que não estão ao alcance da tua imaginação. 
     - Eu não sou quem vocês pensam.
     - Então vê por ti. Concentra-te naquele demónio.
     Comecei a olhar para ela com um ar muito sério e a beliscar-me ao mesmo tempo, para ver se ela estava realmente a falar a verdade e se aquilo não seria um sonho. Infelizmente não era.
     - FAZ ISSO, CRIANÇA DISSONANTE.
     Ela gritou tão alto que eu podia jurar que por um instante a sua voz ficou num tom bastante grave e podia-se ouvir no país inteiro. 
     Será que se fizer o que ela quer, deixa-me em paz de uma vez por todas?
     Comecei a concentrar as minhas forças nele. Olhei-lhe nos olhos e senti algo que nunca havia sentido. Não sei bem como explicar. Estava a ficar com dores de cabeça horríveis. O homem parou instantaneamente, e começou a tremer. Soltou um grito de longa duração e a sua cara foi dominada por uma expressão que transparecia sofrimento. Cada vez me concentrava mais nele. As dores tornavam-se cada vez mais intensas. Começou a escorrer sangue pelo meu nariz. Uma fumaça negra saía da boca do homem, mas não durou muito. Estava a ser tão doloroso que tive que parar, se não desmaiava. 
     - Isto que acabaste de fazer não é nada. Se quiseres, podes incendiar um país só com o teu olhar, elevar as águas dos oceanos, alterar a direcção dos ventos. Mas para isso, tens que vir comigo.
     - Para onde me queres levar?
     - Para o Inferno.
     O Inferno? Eu rezo para que nunca vá parar lá. Não rezo para ter entrada VIP para o Inferno.
     - Olha uma coisa, miúda, eu sei que te pode assustar esta ideia. Eu não te vou mentir, é um processo doloroso, mas necessário.
     - E se eu não quiser ir contigo?
     - Tens mesmo a certeza que queres ficar aqui? Quer dizer, não tens amigos, o teu pai é um alcoólico e um filho da mãe que te deixa a cozinha toda suja para tu limpares. O teu namorado só namora contigo por pena, e os teus irmãos desprezam-te. Na realidade eles odeiam-te, culpam-te pela morte da tua mamã. Tens a certeza que é esta a vida que queres? 
     Tentei segurar a tristeza, mas não aguentei. As lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto, O que ela disse é verdade, mas mesmo assim não quero ir para o Inferno. 
     - Sei que não é fácil esta coisa de demónios, poderes sobrenaturais, blah blah, mas eu não me importo. Se não quiseres vir, por mim tudo bem, gosto de fazer as coisas de maneira mais violenta. Até me divirto mais.
     Apavorada, comecei a chorar. Sou uma pessoa bastante sensível, e não é lá muito agradável ser ameaçada por um demónio.
     Subitamente entrou no parque um homem relativamente baixo. Tinha um cabelo preto e desarrumado e a barba um pouco grande. Levava consigo uma arma na mão e disparou sem pensar duas vezes para o homem possuído. Será que veio para me matar? Comecei a ficar nervosa.
     - Tens que me seguir para todo o lado. Até quando estou noutro Continente vens atrás de mim. Já não te bastou ter morto a tua mulher e amaldiçoado o teu filho?
     - Vou acabar contigo, cabra.
     O homem olhou para mim.
     - Afasta-te e tapa os ouvidos.
     O que se está a passar?
     Ele disparou várias vezes contra a mulher.
     - Q-quem és tu?
    - Sou o John Winchester.

   



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