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História All Luck In The World - Miracles


Escrita por: Kashi_

Notas do Autor


Boa leituraaa

Capítulo 21 - Miracles


20 – Miracles

Às vezes as estrelas decidem

Refletir em pétalas na terra

Quando eu olho em seus olhos

Me esqueço de tudo aquilo que machuca

Agora estou flutuando tão alto

Draco POV

Eu achei particularmente estranho quando Harry mandou o patrono pedindo para que eu fosse até seu trabalho assim que possível, porque precisava da minha ajuda.

Ainda assim, eu fui até lá e tentei não pensar sobre o assunto quando passei na cafeteria do outro lado da rua e peguei um grande copo de café forte para ele, porque eram quase dez horas e ele adorava tomar café puro nesse horário porque dizia ser revigorante.

Mesmo que não gostasse de deixar que percebessem o tanto que eu pensava sobre ele, e que às vezes queria fazê-lo feliz, eu fingi casualidade ao adentrar o prédio, sorrindo ácido para Judy, a secretária que tinha uma queda por Harry.

Entrar ali sempre era gratificante, e eu admito que andava pelos corredores como se fosse dono do lugar, mas eu me permitia me sentir assim mesmo.

Eu sou o futuro marido de Harry Potter.

Eu sou sim praticamente o dono do mundo que meu noivo salvou.

Sorri comigo mesmo com o pensamento, e Ronald ao longe acenou para mim.

– Que bom que você chegou! O cara só abre a boca para falar que tudo o que precisa agora é de você.

– É nojento de presenciar – Thomas reforçou ao passar – Harry fica cada dia mais meloso.

– Me diga algo que não sei – Resmunguei, acenando para eles e segui pelo corredor até a sala do moreno, adentrando sem bater, porque ele havia me autorizado a isso.

E ali estava ele, sorrindo fracamente para um coisinha miúda, com cabelos escuros e escorridos, que ria.

Franzi o cenho, sem entender, porque esperava uma emergência.

Mas ele parecia bem.

Apenas um pouco cansado e tenso.

– Draco! – Se ergueu do chão onde estava sentado assim que me viu, e sorriu abertamente, se adiantando para me abraçar.

Não pude deixar de notar que a coisinha de cabelos escuros e pele extremamente clara acompanhou os movimentos dele com os olhos incrivelmente verdes, parecendo desconfiado.

Estendi o café para ele, ainda sem dizer nada, vendo-o sorrir carinhosamente.

– Você é um anjo, Draco.

– É, eu sou.

Me permit sorrir fracamente para ele, indicando o garoto com os olhos.

– Ah, esse aqui é um novo amigo meu – Explicou com a voz mansa, e o garotinho olhou para ele e sorriu bem de elve, quase como se temesse algo.

– Draco – O garotinho falou baixo, com a voz rouca e tremida, e Harry assentiu.

– Isso! Esse é o Draco, que eu te falei – Harry concordou, e quando abriu a boca para dizer algo, ouvi a voz de Robbs berrando ele no corredor – Eu já volto.

E me peguei ali sozinho com o garoto, que cruzou as penas com cuidado, ainda me olhando com receio e curiosidade.

– Qual é o seu nome?

– Eu não tenho nome – Responeu e eu me sentei na cadeira próxima a ele, examinando com a atenção que anos de medimago de deram, vendo algumas escoriações pelo corpo, cortes, hematomas e duas grandes cicatrizes nas penas finas e magras.

– Não?

– Não. Você é bonzinho? Harry disse que sim.

– Ele disse?

– Ele diz bastante coisa de Draco – Apontou o dedo para algo sobre a mesa de Harry, e eu sorri bobamente ao ver algo que eu não tinha notado de primeira.

Harry havia colocado  um porta retratos com uma foto minha  junto com Scorpius.

– É, Harry é um tagalera as vezes, não é?

Ele assentiu com um sorriso fraco.

– Quem é o menino?

– É meu filho. Scorpius – Contei vendo ele se aproximar do porta retratos, observando com atenção.

– Sc–cor–pius – Falou pausadamente, parecendo ter certa dificuldade na pronuncia – O mesmo filho do Harry? Ele diz que tem um filho com esse nome difícil.

– Sim, Scorpius é nosso filho – Respondi incerto sobre a interpretação dele sobre isso, mas o garoto pareceu não se importar, apenas assentindo com um gesto de cabeça, e nesse instante Harry voltou para a sala.

– Bom, eu vou ser rápido, porque isso virou uma bola de neve. Eu fui atender um chamado hoje com Ron. Uma explosão que bateu alto o nosso detector no mundo trouxa. Encontramos ele lá – Indicou o garoto, que olhava Harry com atenção – Ele diz que não tem nome, não sabe exatamente quantos anos tem. Sabe muito pouco. Estamos tentando conseguir uma liminar para examinar as memórias dele e tentar descobrir mais alguma coisa.

– Ele é muito novo para ter as memórias escavadas, Harry.

– Eu sei, Draco. Vai ser feito com cuidado. A questão é que... o que conseguimos descobrir é que a explosão foi causada por ele, num rompante de magia. Pelo o que nos contou, a mãe faleceu há alguns anos. E o pai, trouxa, passou a fazer experiências com ele. Tentar descobrir de onde vem a magia dele.

– Como? – Questionei sem entender, e o garotinho suspirou.

– Papai diz que a mamãe era uma bruxa. E que eu sou também. E que vai tirar a magia daqui – Tocou o próprio peito – E tirar uma cópia para ele ficar bruxo também.

Engoli seco, olhando novamente paras feridas e escoriaões na pele da criança.

– E como você fez a explosão? Conta para o Draco.

– Papai colocou uma agulha bem grande, assim – Estendeu os braços, indicando uma coisa enorme com os mesmos, e eu sorri fracamente pela doçura do ato – Aqui – Esticou o braço, mostrando uma cicatriz horrível de perfuração – Eu senti dor, e gritei. E então a agulha voou bem longe. E tudo explodiu. E o machucado da agulha sumiu, e deixou só uma marquinha.

A dor havia feito a magia explodir para fora.

– E então o papai se machucou com a agulha – Contou diminuindo o tom de voz, parecendo temeroso.

Olhei de relance para Harry, mas o olhar dele já me esclareceu que o pai do garoto estava morto.

– Harry, podemos conversar por um instante? – Robbs voltou ainda vermelho, o que indicava que estava nervoso, e novamente Harry saiu, mas Ronald entrou.

– Já conheceu Draco?

– Sim!

– Ele é bem famoso por aqui, não é? – Ronald questionou com diversão, e eu me peguei surpreso ao ver como ele parecia se esforçar para interagir com a criança.

Mas então lembrei que a pequena Rose nasceria logo e compreendi que o desespero de se tornar pai deveria estar batendo na porta dele.

– Harry fala o tempo todinho de Draco – O garoto concordou, e Ronald riu.

– É, Harry é um bobão.

– Tagarela – O garoto acrescentou, e Ronald riu.

– Mas bem que gostou dele, não é?

– Um pouqinho – O garoto concordou, e voltou a atenção para a folha que tinha a sua frente junto com alguns lápis, e eu sorri ao reconhecer ao lado dele o porta canetas que Scorpius havia feito para Harry no dia dos pais quando era pequeno.

Harry era extremamente apegado a todas essas coisas.

– Ele não desgrudou de Harry. Custamos fazer ele falar alguma coisa. Está muito assustado, por isso o trancamos aqui. Ele não quer ver ninguém, nem falar com ninguém além de Harry e eu.

Assenti, suspirando.

– Pode ficar um instante aqui? Eu preciso falar com Harry – Pedi, e ele concordou com um maneio de cabeça, se sentando no chão próximo ao garoto que nos olhava com curiosidade.

Sai da sala, encontrando Harry vindo pelo corredor.

Tinha a testa franzida em preocupação, e parecia estar extremamente cansado.

– Harry? Você ficou maluco? – Questionei assim que ele estava perto o suficiente para que eu pudesse falar com ele num tom baixo e ser ouvido.

– O que? O que foi que eu fiz?

– Harry, nós estamos velhos demais para criar uma criança! Nosso filho logo se forma, ele já tem até mesmo um namorado! Da onde você tirou essa insanidade? – Me deixei falar tudo o que estava revirando a minha cabeça naquele momento, reprendendo o moreno pela ideia insana.

– Mas, Draco...

– Harry, pelo amor de Merlin, você precisa parar de ser tão impulsivo as vezes, sabia?! Estamos as vésperas de um casamento, e você...

– Amor? – Questionou, e eu fechei a expressão, olhando ao redor porque me sentia extremamente constrangido quando ele me chamava daquela forma, embora jamais fosse admitir ate mesmo para a minha própria sombra que adorava a forma que ele fazia aquela simples palavrinha soar – Draco, eu não pensei em criar o menino.

– E então porque me chamou aqui, para eu ver aquele garoto sozinho e machucado, se não para me fazer ficar encantado e querer adotar ele? – Rebati se entender, e ele sorriu.

– Você gostou dele?

– Responde, Potter.

– Bom, eu te chamei porque você tem uma grande e renomada instituição para acolher crianças sem família – Explicou e eu franzi o cenho, porque aquilo era totalmente coerente e eu não havia pensado sobre.

Mas em minha defesa, em menos de uma semana eu iria inaugurar meu hospital, e estava uma pilha de nervos.

Harry riu, tocando meu rosto de forma carinhosa, e demonstrou estar até menos cansado ao fazer um carinho breve, se afastando em seguida por saber do meu constrangimento com demonstrações públicas demais de afeto.

Na realidade não tinham relação com o carinho em si. E sim com o sentimento de que todos poderiam perceber como ele me fazia abaixar a guarda, como me fazia sentir tranquilo, calmo, e feliz.

Eu tinha pavor de que qualquer pessoa pudesse perceber o quão dependente do amor de Harry eu havia me tornado.

Suspirei, e ele riu, dando de ombros.

– Você gostou dele?

– Você quer que eu o leve para a Narcissus? – Questionei, assentimento comigo mesmo – Vamos precisar de uma autorização do ministério, já que ele faz parte de uma investigação do esquadrão de aurores.

– Draco, não entre na defensiva comigo – Choramingou – Você gostou dele então? É isso?

Revirei os olhos, dando de ombros.

De alguma forma eu estava conseguindo me sentir quase ofendido por ter errado na suposição. Como Harry não poderia ter tentado me manipular para adotarmos o garotinho?

– Desde que o peguei no colo, no meio da explosão, ele não me largou por um só minuto. Demoramos para fazer ele falar alguma coisa. Ele parece ter sofrido tanto nas mãos daquele homem que dizia se pai dele. Mas é um garoto muito inteligente. E é uma graça.

Suspirei, negando com a cabeça.

– Não vou negar que por alguns instantes eu quis levar ele para casa. Mas eu sei o que está pensando, Draco. Nós... simplesmente não podemos lidar com uma criança agora. Eu não sei nem mesmo lidar com o filho que já temos, que resolveu namorar! Namorar! – Resmungou e eu revirei os olhos, porque tudo era motivo para ele reclamar do namoro das crianças.

– Eu vou pedir para arrumarem um espaço para ele, e pertences e assim que tiverem terminado com ele aqui, levo para Narcissus. E então vamos adapta–lo lá. Ele vai ficar bem – Expliquei e Harry assentiu – Ele é adorável, mas realmente não temos como adotar uma criança a essa altura do campeonato.

Concordamos entre nós com um sorriso, e eu acalmei meu coração confuso ao pensar que poderia ver o menino sempre que quisesse. Afinal, de certa forma ele seria meu. Dentro da minha instituição, eu poderia mimá-lo tal como fazia com todas as outras crianças quando ninguém estava vendo.

Entramos na sala, e o menino que ria para Ronald pulou do chão, vindo até nós com um sorriso, fazendo um gesto para que nos abaixássemos na sua altura.

– Tio Ron disse que vocês vão casar. Então eu fiz um presente – Estendeu a folha dobrada de forma completamente torta, e eu senti meu coração se apertar ao ver que ele havia tentado desenhar a mim e a Harry. Eram traços confusos, mas consegui nos distinguir, sorrindo ao ver que ele tinha feito um coração azul e verde gigante ao nosso redor.

Engoli seco, olhando para Harry, que me encarava, e naquele momento eu sabia que ele pensava uma insanidade muito próxima da minha.

Sim, nós iríamos adotar uma criança naquela altura do campeonato.

Poderiamos considerar aquilo como uma coisa de sorte?


Notas Finais


Ahh gente, adoro Draco Pov's. É sempre bom ver como andam os pensamentos dele, que no caso sempre são sobre o Harry, mas ele não admite nem para ele mesmo kk
Reviravolta na historia hahaha
Todos estavam pedindo um irmão para o Scorpius, mais especificamente pedindo por Albus. O que a tia K não faz por vocês não é?
Depois dessa, acho que mereço comentários não é?


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