26 de novembro de 1960
*Jane's point of view*
Saio do camarim arrumando o meu vestido e secando as minhas lágrimas.
Eu estava quase passando pela porta do Cavern, até que senti uma mão me segurando.
- George... - falo sem nem me virar - é melhor eu ir.
- Então deixa eu pelo menos te deixar em casa? - ele diz com uma cara que eu não aguento.
- Tudo bem, tudo bem... - suspiro - mas você sabe que usar essa cara não vale!
- Não vale? Parece que valeu agora... - ele ri indo em direção ao carro.
No caminho fica um clima estranho e nós não falamos nada, quando nós chegamos eu estava quase saindo do carro, quando ele segurou minha mão e eu paralisei.
- O-o que? - pergunto nervosa.
- Tchau - ele diz suavemente.
Me sento no banco da frente de novo e o abraço forte.
- Queria passar mais tempo com você antes de eu ir embora - ele sussurra.
- Você pode, agora! - "MEU DEUS GAROTA O QUE VOCÊ ACABOU DE DIZER??" - o... ou... e...quer dizer... é... se... se você quiser, né? - falo nervosa.
- Eu tenho que voltar para o Cavern...
- Eu entendo, George... - falo virando e indo para casa.
- Jane! - viro para trás com o coração disparado - eu podia entrar só por alguns minutos - ele fala envergando, quase não dando para ouvir.
- Tá - digo nervosa.
Ele sai do carro e segura minha mão para atravessarmos a rua deserta.
Quando entramos em casa, Martha, minha cachorrinha, sai pulando em cima de nós dois.
- Oi Martha - ele diz se abaixando para brincar com ela.
Ligo todas as luzes da sala, procurando por alguém.
- Parece que ele ainda não chegou - digo baixinho.
- Jane... - ele diz me abraçando - fica calma - ele diz acariciando minha cabeça.
- Tá tudo bem - minto.
Ele me olha desconfiado mas eu ignoro.
- Você tá com fome? Aí mas que pergunta boba, você tá sempre com fome! - falo rindo indo para cozinha.
Mas ele me puxa pela cintura.
- Não, você não vai fazer nada agora, pode sentar lá sentar no sofá, que eu já vou lá - ele fala sorrindo.
Sento nó sofá e ligo a televisão.
Depois ele vai para cozinha, e sobe e depois vai para cozinha de novo.
Ele chega na sala com um chá e um cobertor.
- Aqui, isso é para você - ele fala me dando o chá quente com cuidado e desdobrando o cobertor - esse cobertor é seu, né?
- Na verdade, era da minha mãe.
- Ah, desculpa, quer que eu traga outro?É que eu sei que tem gente que não gosta de usar coisa de gente morta e tal...
Depois de um tempo ele percebe o que acabou de dizer e ergue os olhos desesperado.
- AH NÃO! CALMA, NÃO FOI ISSO QUE EU QUIS DIZER - ele apoia a mão na cabeça desapontado - eu só falo besteira.
- Tudo bem George, só senta aqui - falo rindo e apontando para o lugar vazio.
Ele me cobre e senta do meu lado, eu apoio a minha cabeça no ombro dele e percebo que ele estava tremendo.
- George?
- Fala
- Você tá bem? - pergunto rindo.
Ele fica vermelho.
- Desculpa, é que você é tão... tão...
- Tão? - pergunto sorrindo.
- Tão...
- George?
- Que? - ele vira para mim ( até esse ponto ele estava olhando para televisão)
- Nada - falo olhando fixamente para ele.
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