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História All of me - Capítulo 34


Escrita por: UenaMota

Notas do Autor


Boa noite queridas.
Espero que curtam o capítulo postado, e digam o que acharam.
Boa leitura.

Capítulo 34 - Capítulo 34


Fanfic / Fanfiction All of me - Capítulo 34

-Êêee. -Thomas pulava de alegria enquanto eu colocava sua fantasia, para a festa de Halloween na casa do Peter. Eu não estava nenhum pouco animada, mas as meninas haviam planejado e organizado a festa, e queria a nossa presença. Fomos todas pro shopping, foi uma loucura só. A Luci riu horrores com as loucuras e o Thomas ganhou tanta coisa que eu mandei mais da metade para a casa do pai dele.

-É Halloween Mel. -Luci chegou com sua mochila. 

-Êê Luluzinha. -Meu menino pulava na cama.

-Thomas para de pular na cama. Já visualizo sua cara no chão, e teremos que mudar a fantasia do Batman para o Chucky, meu filho. -Reclamo e ele para.

-Vishh que animação. -Luci senta ao meu lado. -E falta de dar.

-Também acho. -Concordo.

-Dar o que Mamai? -Thomas pergunta. Como é bela a inocência.

-Dar um beijo, e um abraço gostoso no bebe da Mamai. -O agarro e beijo seu rostinho. Meu celular vibra e eu olho a mensagem.

"Estou aqui em baixo." Dre

-Vamos pessoas, antes que eu desista. -Pego a bolsa do Thomas e saimos de casa. O Dre nos aguardava na frente do predio, eu esperava que o Peter que fosse nos buscar, mas dado ao nosso contato, quase nulo, dos últimos dias, ele não iria nos buscar mesmo. Nem me importo.

-Dê. -Thomas cumprimenta o Dre enquanto eu o coloco na cadeirinha.

-Tudo bem carinha? -Ele pergunta.

-Batman Dê. -Diz animado. Amo quando ele está assim. Prefiro mil vezes ele me deixando louca, correndo pela casa, que ardendo em febre. Sem comer e sem brincar.

-Você vai arrasar cara. -Rimos da carinha que ele fez.

"Qual o plano para hoje?" Mel 

Mandei uma mensagem para os meus amigos. Eu não estava no clima, não sei, talvez uma bebedeira ajudasse no final? E um foda-se pra tudo? Porque um Foda-se é sempre um Foda-se.

-As meninas estão deixando o Bruno louco. -Dre ri enquanto entramos em casa. Vemos a Tahiti, a Pres e a Tiara no jardim. Arrumando as coisas. 

-Amoreees. -Tiara grita quando nos vê. 

-Ihhhh. -Thomas corre para as minhas pernas. As meninas gargalham da pobre Tiara.

-Não adianta correr mini Peter. -Ela o pega nos braços beijando.

-Ihhh Yara. -Reclama.

-Ih coisa nenhuma coisa linda. -Ela o abraça.

-Hoje é dia de encher a cara Mel. -Pres me abraça.

-Amo tudo isso. -Cumprimento a Tahiti, que como sempre, linda. -Cadê os meninos?

-Na sala com o Peter, o papai, o Billy e o Eric. -Ela revira os olhos. -Vamos colocar as coisas lá em cima. Que a Jaime te espera na cozinha com a Cindiah, e você loira, vamos sentar e ver as outras trabalharem.

-Muito lindo isso Tahiti. -Tiara reclama colocando o Thomas no chão.

-Ok, se querem que nós trabalhemos, então vamos experimentar os drinks. -Luci gargalha com a Tahiti. 

-Daqui a meia hora, elas estão chamando urubu de meu louro. -Digo rindo.

-Carrega eu. -Thomas pede. Entrego a bolsa pra Luci e o pego, antes de entrarmos já podemos ouvir o barulho da sala. Uma gritaria sem fim, criança correndo, bebê chorando. 

-Hoje estou de folga. -Tahiti ergue as mãos quando os filhos veêm em nossa direção. -Pede pro Billy. 

-Mãe, o Haze está com fome e o Billy não tem leite. -Nyjah diz me fazendo rir.

-Sua folga precisa ser adiada por algumas horas. -Digo.

-Parece que nossos drinks também. -Luci ri da cara que ela faz.

-Eu me rendo. -Vai até o filho e o pega nos braços.

Sinto alguém atras de mim, sua proximidade me deixa parecendo uma menina virgem.

-Papai. -Thomas diz atras de mim, e logo de joga nos braços do pai.

-Vamos amores. -Tahiti vem com o Haze nas mãos e depois de cumprimentar os meninos na sala, vamos para o andar superior da casa. Prefiro um quarto para mim, pra Luci e pro Tommy. E longe do Peter de preferência. -Vou dar de mamar pra ele, e colocá-lo pra dormir. Então, até já gatinha. -Ela nos deixa sozinha e eu sento na cama.

-Ok. Me diz. -Luci senta ao meu lado.

-O que? 

-Cadê a animação? -Pergunta.

-Sei lá. Preferia estar em casa, assistindo Atividade paranormal e bebendo vinho. -Rimos.

-Não é nada referente a ele? -Me pergunta.

-Não. -Digo com sinceridade. -A presença dele não me incomoda, só não estou num dia bom. E queria ficar sozinha, encher a cara e dormir. -Rimos.

-TPM? -Faz careta.

-Sim. -Dou de ombros. 

-Só não relaxe dando pro Bruno.

-Só se for uma surra. -Digo e ela gargalha. 

-Mamai bubu. -Thomas entra no quarto acompanhado do Pai. Pego na bolsa dele a chupeta e o entrego.

-Pronta para uma festa Hernández Luci? -Ele pergunta.

-Pelo visto vai ser animada. -Minha amiga sorri.

-A Melanie já conhece. -Ele diz e eu comfirmo.

-Bebe bastante agua, pra aliviar a ressaca amanhã. -Sugiro e ela gargalha.

-Mamai, Mila chorando, caiu. -Meu menino faz uma carinha fofa.

-Cuidado para não cair também. Já disse que a fantasia é outra. -Luci faz cara feia pra mim. Ela morre de medo do Chucky. Ainda me divertirei com isso.

-Papai Batman. -Ele diz animado e o pai sorri. Os deixo de lado, a Luci vai para o jardim e eu pra cozinha.

-Olá pessoal que realmente trabalha. -Olho para a mesa repleta de coisas já preparadas. 

-Mel minha querida. -Jaime me abraça. -Estavamos sentindo a sua falta.

-Muitíssimo. Nossa companheira de trabalho. -Cindiah vem ao meu encontro.

-Vamos colocar a mão na massa então. 

-Primeiro toma um vinho que nós merecemos. -Jaime me entrega uma taça de vinho branco. O que há com esse povo alcoólico? Tomei o vinho, fazer o que né? Nada que um pouco de vinho não melhore certo? Errado!

-Mel terminamos o jantar e os meninos já prepararam as carnes do churrasco. -Cindiah me informa. -Vamos fazer alguns doces agora. 

-Pensei numa sobremesa com frutas, que todos amam. E em alguns cupcakes pra enfeirar a mesa lá fora.

-Vamos lá então. -Digo e ouço uma voz bem conhecida. 

-Olá meninas, passei pra dizer oi. 

-Olá Jennyfer. -Cumprimentamos-a.

Conversamos e rimos enquanto preparamos as sobremesas, elas eram bastantes divertidas e era bom tê-las por perto. Meu celular tocou algumas vezes, mas preferi não atender e deixá-lo vibrar em meu bolso. Estava no meio da tarde, quando terminamos de fazer as sobremesas. As criancas estavam bem animadas e pulando para todo lado. 

-Cadê? -Peter chegou na cozinha.

-Cadê o que? -Cindiah o perguntou.

-A sobremesa. Vim provar. -Diz descaradamente. 

-Pegue em um desses cupcakes que você vai ver. -Jaime o ameaça. 

-Também quero. -Pres chega na cozinha.

-A Jaime disse que pode pegar. -Peter diz pra irmã.

-Você mente tanto Bruno, que nem o inferno te quer. -Pres bate nele e as meninas riem.

-Mamai Batman. -Meu menino diz impaciente.

-Se acalme. -Digo. -Vai chamar a Luluzinha. -Nem termino de falar e ele sai correndo. Termino de colocar os pratos sujos na maquina e saio atras dele. Vejo que ele não está na sala, que já não tem tanta movimentação. As criança já estavam se arrumando. 

-Procurando o Tommy Mel? -Pete me pergunta. 

-Sim. Ele foi atras da Luci. 

-Acho que ele foi pro estúdio, onde as meninas estavam. -Ele levanta do sofá e nos dirigimos para o estúdio.

-Luluzinhaaa. -Ouço o grito do meu menino. Ele parece chorando, tadinho.

-A porta deve estar fechada. -Pete diz e rimos. 

-Cala a boca bastardo. Não vai entrar não, vai ver sua mãe. Seu chato. -Ouço e meu sangue ferve. 

-Ihh. -Meu filho chora. -Luluuu. -Ele grita mais numa vez.

-Já falei que não vai entrar porra. Saí daqui bastardo. -Passo na frente do Pete e não quero nada além de quebrar a cara dessa vagabunda. Paro dando de cara com ela na porta, com os bracos cruzados e meu filho chorando e querendo entrar na porra do estúdio.

-Quem você pensa que é para gritar com o meu filho? -Pergunto respirando com dificuldade. 

-Mamai. -Thomas chora rouco. 

-Eu grito mesmo. Seu filho é um bastardo. -Meto a mão na cara dela sem pena. Prenso-a contra a porta e destribuo tapas pelo seu rosto. Fale o que quiser de mim, não me importo, mas a coisa muda de lado quando diz respeito ao meu filho. -Me solta sua louca.

-Nunca mais na sua vida, você vai gritar com o meu filho. Vagabunda. -Puxo seu cabelo jogando-a no chão. Ela tenta se defender, e minha raiva só aumenta. -Grita comigo. -Deixo cinco dedos marcados na cara dela. -Você não gritou com ele, grita comigo agora.

-Mamãe. -Ouço o choro do Thomas.

-Melanie. -Alguém me segura por trás, e me tira de cima dela. Que raiva. 

-Calma Mel. -Luci se coloca na minha frente. 

-Você pode ter enganado o Bruno, com esses bastardinho de merda. -Ela grita. Nesse momento a Luci se afasta de mim, e eu posso visualiza-la ao lado do Peter. 

-Cala a boca Jennyfer. -Uma das irmãs dele grita.

-Ela está enganando vocês, nem exame de DNA fizeram pra saber se esse menino é mesmo filho dele. -Ela berra me deixando com mais raiva ainda. E o filho da puta não faz porra nenhuma. 

-Eu mandei ele fazer o exame e ele não quis. -Fortes mãos me seguram. 

-Quem garante que esse filho é dele. -Ela diz mais uma vez.

-Eu preferiria que não fosse. -Olho pra ver quem está me segurando, vejo o Eric. -Me solta Eric. -Peço, e procuro meu filho. O vejo nos braços da Jaime e eu o pego. Saio de perto deles com o meu filho.

-Mamai. -Ele chora inconsolável. E rouco. 

-Calma a Mamai está aqui com você. -Digo e meu corpo inteiro treme. 

-Mel pra onde você vai? -Ouço a voz da Jaime.

-Vou pra casa com o meu filho. -Digo subindo as escadas. Caminho rapidamente pelo corredor e entro no quarto. Minha raiva é palpável, e eu queria quebrar a cara dela até que ela ficasse inconsciente. Onde já se viu? Gritar com uma criança inocente? 

-Calma Mel. -Jaime pede entrando no quarto e fechando a porta.

-Como calma Jaime? Ela gritou meu filho, chamou ele de bastardo. Eu falei para o seu irmão fazer o exame, eu jamais iria dizer que ele é o pai se ele não fosse. O Thomas é uma criança e ela o gritou como se estivesse falando com um adulto, o ofendeu. 

-Eu te entendo, fica calma que está assustando o seu filho. -Ela pede me fazendo sentar na cama. -Respira devagar. -Pede. 

-Mami. -Thomas se joga em meus braços e o abraço forte. -Biga não Mamai. -Ele chora e eu respiro fundo tentando conter as lagrimas. Meu filho tem um poder sobre mim, ele me faz quebrar todas as barreiras da vida e me deixar louca. Vê-lo chorando e aquela vaca gritando com ele, me fez virar uma leoa. Não estou nem aí pra ela, eu sempre defenderei o meu filho, a minha cria. Aquele que detém mais da metade do meu coração. 

-A mamãe não está brigando. -Jaime beija seus cabelinhos. Limpo as lagrimas de raiva do rosto. 

-Mamai Batman. -Ele pede apontando para a sua fantasia sobre a poltrona. 

-Vamos pra casa filho. -Digo e o Peter entra no quarto. 

-Jaime posso conversar com a Melanie? -Pede a irmã que me olha, e depois nos deixa a sós.

-Papai Batman. -Meu bebê chora e o Peter o pega nos braços.

-Você vai vestir o Batman. Calma. -Thomas deita com a cabeça em seu ombro.

-Nós vamos para casa Bruno. -Digo.

-Ela vai embora. -Diz e eu me viro para ele.

-Não precisa sua namorada ir embora. Nós vamos embora. 

-O Thomas é mais importante que ela. Ele é o meu filho. -Ele diz firmemente.

-Seu filho? Pensei que ele fosse um bastardo. -Digo sentindo ainda mais raiva. -Não sei como você não percebeu que ele não é seu filho. Quem te garante que eu não quero te dar um golpe, han?

-Para com isso. 

-Parar com isso? Isso Bruno? -Grito com ele. -O Thomas tem uma mãe, eu posso ter vários defeitos, mas eu sou uma mãe. E não vou deixar que ninguém trate o meu filho como aquela vagabunda tratou. Quem ela pensa que é para gritar com ele? Ele só queria entrar na porra do estúdio, para falar com a Luci. 

-Melanie se acalma. -Ele pede mais uma vez. O Thomas me encara assustado, fecho os olhos e respiro fundo. -Quer se arrumar filho? -Ele pergunta.

-Vamos pra casa papai. -Meu menino diz e o Peter me olha. Ele estava tão feliz, e sua inocência e pureza, não o deixa perceber que a situação vai muito alem de uma simples festa fantasia. 

Tiara entra no quarto e vem ao meu encontro.

-Ela foi embora. Não vai por favor? O Thomas está tão animado, não a deixa estragar nosso momento em familia. -Ela me abraça. 

-Vocês me dão licensa para eu arrumar o Thomas? -Pergunto. O Thomas sorri pra tia e logo vem para o meu colo. Eles me deixam sozinha com o Thomas. Tiro sua roupa, e eu o levo pra banheira. 

-Hei. Vai ficar? -Luci entra no banheiro.

-O Thomas vai ficar. -Respondo passando sabão no corpo dele.

-Você não? 

-Não. Se você quiser ficar, não tem problema. Se diverte um pouco com as meninas, só que hoje não tem sido um dia bom pra mim.

-O Thomas não vai ficar sozinho aqui. -Ela me lembra.

-Mamai escovou. -Ele entrega-me a escova de dente.

-Eu sei. Mas ele quer tanto ficar.

-Eu fico com ele. Vai respirar um pouco. -Minha amiga sugere. 

-Obrigada. -Agradeço e tiro o Thomas da água.

-O Bruno brigou com ela. -Luci me diz.

-Era o mínino que ele poderia ter feito pelo Thomas. -Deito meu filho na cama e ele se espreguica.

-Mamá? -Pede.

-Vou fazer seu mamá, meu super herói. -Luci beija sua barriga.

-Batman Luluzinha. -Ele gargalha. 

Arrumo o Thomas e minha cabeça não para de doer. Eu já estava na merda e agora eu estou enterrada até a cabeça. Que dia filho da puta, poderia pular para outro dia. Sem esse drama do caralho. Eu preciso encher a cara pra chorar de raiva, na minha casa, no meu espaço, na minha paz. Assim eu não terminaria minha noite atras das grades, e não tentaria matar ninguém.

-Você está lindo meu pequeno. -Luci entrega a mamadeira do Thomas, enquanto eu arrumo sua bota. 

-Vai se arrumar. -Mando e ela bate continência.

-Sim senhora. -Ela diz me fazendo rir. 

-Idiota. 

-Ihhh não fala assim da Lulu. -Thomas reclama.

-Obrigada, meu herói. -Ela vai pro banho.

"Estamos de bobeira. O bar não abre, estamos a sua disposição." Luke

"Vem me buscar na casa do Peter?" Mel

"Estamos indo meu amor. " Louis.

Luci estava linda com a sua fantasia de cachinhos dourados. A pureza em pessoa. Meu mini Batman já havia sumido da minha vista e eu estava me preparando para ir embora.

-Tem certeza? -Lu me perguntou.

-Tenho. Não sou companhia para festa hoje. 

-Te entendo perfeitamente minha amiga. -Me abraça. -Minha leoa. -Rimos.

-Era pra ser bem pior. No mínimo um dente perdido. -Digo.

-Concordo. 

-Se ela vier, você me liga ou pede um taxi e vai pra casa. Não quero o meu filho perto dela. 

-Se ela aparecer termino o serviço. -Minha amiga diz séria.

-Quebra um dente dela pra mim. Agora vai curtir um pouco. -Nos despedimos e eu pego minha bolsa. 

Confiro as coisas do Thomas e então saio do quarto. A casa estava bem animada, acho que os meninos da banda haviam chegado. Ouvia-se gritos da criançada, e gargalhadas felizes. Uma familia linda, acho que não combina muito comigo. Fico feliz por meu filho ter uma familia. 

"Estamos aqui fora te esperando." Luke

-Vai embora? -Peter sai de seu quarto.

-Vou. 

-Por que? 

-Porque não estou me sentindo bem aqui. Vou pra casa.

-Ficar sozinha? 

-Porque mudar certas coisas?! Presta atencao no Thomas. -Digo.

-Eu quero que você fique. Vamos curtir em familia, minhas irmãs vão ficar tristes sem você aqui. Não deixa a Jennyfer estragar um dia legal e em familia. -Ele se aproxima de mim.

-Sinto muito Bruno. Mas eu preciso respirar, eu estou sufocada. -Imploro. -E eu vou querer fazer o exame de DNA. -Informo.

-Eu não preciso de exame para saber que ele é o meu filho. -Ele fica serio.

-Eu preciso. -Rebato. -Não quero que ele seja chamado de bastardo por ninguém. -Saio de perto e caminho pra a saída. No meio do caminho vejo o Thomas e ele corre animado em minha direção. 

-Mamai vai embola? -Me pergunta.

-A Mamai vai ali resolver umas coisinhas tá? -Peço concertando a mascara em seu rosto.

-Tá.

-Se comporta e fica com a Luluzinha.

-Tá bom Mamai. Eu te amo. -Me abraça carinhosamente.

-Eu também te amo. -Susurro em seu ouvido e o deixo ir. 

Caminho para fora da casa, minha cabeça em outro lugar, e meu corpo apenas seguindo por obrigação. Vejo o carro do Luke parado em frente ao portão da casa do Peter, e vou até lá. Entro na parte traseira, onde o Louis esta sentado e deixo-me ir. 

-O que aconteceu? -Louis me abraçou enquanto eu chorava. Eu expliquei para eles o que havia acontecido, eles me escutaram pacientemente. Meu amigo dirigiu para a sua casa, e quando chegamos ficamos na cama conversando. Estava entre os dois e envolvidos num Edredom quentinho.

-Você agiu por instindo. Qual a mãe não defende o seu filho? -Luke me diz.

-Era para eu ter quebrado um dente dela. -Digo e eles riem.

-Era mesmo Mel. -Louis me abraça.

-Ela deve sentir ciumes do Thomas. -Luke sugere.

-Ela deveria sentir ciumes de mim, que já dei duas vezes pro namorado dela. -Digo seria.

-Mel? -Louis me encara.

-O que eu posso fazer? Ele quis me comer e eu quis dar. -Rimos. -Mas ele só quer me comer e eu resolvi que mesmo querendo, não vou dar. 

-Não o deixe aproveitar de você. -Luke me encara serio.

-Não vou deixar. Prometo. -Acaricio o meu rosto. -Será que se eu não casar, poderíamos casar nós três? -Pergunto e eles riem.

-Já somos casados. -Dizem.

-Nosso amor é pra sempre. -Digo. -Estou ficando velha.

-Está na hora de arrumar um namorado, se apaixonar, e amar muito. -Luke faz um cafuné no meu cabelo.

-Nunca me apaixonei pra valer. Deve ser chato sentir uma certa dependência da outra pessoa, sei lá, essa parada de ficar dizendo 'eu te amo' o tempo todo. 

-Mas é muito bom alguém dizer que te ama. -Louis sorri.

-Vou comprar um urso que diz 'eu te amo' e te digo o que senti depois disso. -Eles gargalham.

-Sem essa Melanie. Já passou da hora de você sair desse castelo que você vive. Se bem que com o Thomas melhorou essa seu lado. Você tem que aprender a ver o quando as pessoas te amam. -Luke começa a falar.

-Mas só é assim com algumas pessoas. O resto a Mel é seria, fria. É o Alaska ambulante. -Louis completa e eu reviro os olhos. 

-Todos tem a Mel que merece. -Fecho os olhos.

-Amo te ver sorrindo e relaxada. Você é um doce, é como se fosse outra pessoa quando você está com o Thomas. -Ih começou a chatice!

-Quero dormir. -Reclamo.

-E ainda não gosta de ouvir. -Luke me abraça.

-Pelo menos eu já tenho um filho. E vocês? Velhos. Daqui uns dias o pau não sobe e não pode fazer filho. -Digo e ouço as reclamações. -Não casam, não namoram. Só ficam atras de bocetas.

-Lá vem ela com essas merdas. -Louis reclama deitando ao a cabeça nos meus seios.

-Ah, a merda pra mim é ótima. Pra vocês não?! Muito bonito, vidas da Mel. 

-Entendemos. Vai dormir um pouco que daqui a pouco te chamo. -Luke beija meu cabelo.

                                                         §

Caminhei da casa do Louis para a minha. A noite estava linda, e no meio do caminho vi varias criança fantasiadas e animadas. Imagino a alegria do meu pequeno Batman, ele deve estar muito feliz. Pena que eu não estou lá, ou melhor, que ele esteja aqui. 

-Halloween Mel. -Jonas sorri da guarita. Caminho até ele e o vejo vestido de pirata, impossível não rir.

-Só observando as gatas passar né? -Pergunto rindo.

-Cuidando Mel, apenas cuidando. -Ele ri. -Cadê meu amiguinho? 

-Na casa do pai vestido de Batman. Espero que em algum momento ele queria tirar a fantasia. -Reviro os olhos.

-O maximo que ele pode querer é passar a noite inteira acordado. -Ele RI.

-Tá louco. -Rimos. -Vou descansar querido, uma boa noite e nos vemos amanhã. 

-Boa noite Mel. 

Entro no elevador e vou para minha casa. Vejo a casa da vizinha bastante animada, acho que os filhos delas estão em sua casa. Entro em casa, e um silêncio paira no ambiente, um silêncio que me incomoda. Acho que me acostumei com os gritinhos do Thomas e as gargalhadas da Luci. Deixo minha bolsa sobre o sofá, pego o vinho da geladeira e encho uma taça. 

Se a vida te dá um limão, faça caipirinha e fique bêbada. Vou para a banheira, encho-a com agua quente e coloco meus sais de banho favoritos. Pego as minhas velas aromáticas e coloco-as na beira da banheira. Dispo-me colocando minha roupa no cesto, e lembrando-me de colocar pra lavar amanhã. 

Deito com a cabeca na borda, enquanto meu corpo relaxava na água quente. A sensação era maravilhosa e eu já nem lembrava mais como era. Meu pequeno ama tomar banho de banheira, desde bem novinho. Ficávamos ouvindo musica enquanto os aromas das velas tomavam conta do ambiente. Assim eu o acalmava na maioria das vezes. Então banho de banheira sozinha já não tem tanta graça.

Saio do banho e visto meu pijama. Ligo a TV num canal aleatório onde passa filme de terror. Pego meu celular para saber quem estava me ligando mais cedo. 

-Rafaelle. -Mumurro olhando para as 5 chamadas perdidas. Qual a parte de 'não quero fazer parte dessa família' ela não entendeu? Puta que pariu.

Vejo as mensagens e vejo algumas da Luci.

"Já chegou em casa? Me avisa que eu estou preocupada com você." Luci

"As meninas estão acabando com o Bruno. Tadinho. " Luci

"Essa familia é alcoólatra? Que porra é essa?! " Luci

Imagino minha pobre, e puritana, amiga no meio dos Hernandez. Ri só de imaginar.

"Cheguei em casa. Estava na casa do Louis, mas agora já estou indo dormir. " Mel

Assistia um pouco do filme, era bem legal, mas quem não sabia que o mocinho gostoso, quem salvaria a mocinha virgem do monstro. Vamos evoluir pessoal. Meu celular começa a tocar e eu atendo sem verificar o nome.

-Alô?

-Mamai. -Ouço uma vozinha animada. As oito da noite filho? Hora do Batman dormir.

-Oi vidinha. Uma hora dessa e você ligado na tomada? -Pergunto e ele rI.

-Maneiro Mamai. Vem ver. -Ele pede.

-A Mamai está indo dormir. Estou velha. -Digo.

-Iiih espera eu mãe. -Pede e meu coração se enche de alegria. 

-Você vem dormir com a Mamai? -Pergunto.

-Papai dormir mais Mamai? Eu? -Nem vi que o numero era do Peter.

-Você quer ir dormir com a mamãe? -Ouco o Peter perguntar.

-Quer. -Meu bebê diz.

-Então tá. -O Peter diz a ele. E que pela voz não esta bêbado não, pelo menos isso né?!

-Então tá Mamai. Espera eu, tau te amo. -Diz todo lindo. O amor da minha vida.

-Mamai espera, te amo também. -Respondo e ouço alguem chamar por ele. 

-Mel? -Ouco a voz do Peter.

-Oi. 

-Está em casa?

-Onde mais eu estaria? 

-E precisa falar assim comigo? Eu não te fiz nada. -Rebate.

-É lindo como você sabe rebater tudo o que eu digo, sabe me gritar e me xingar. Realmente você não fez nada mesmo não, foi um trouxa que não fez nada para defender o filho. -Desabafo.

-Não é assim. 

-Como é? Me diz aí lindo! -Falo ironicamente e desejando que essa conversa fosse pessoalmente.

-Eu já havia dito para ela não chamá-lo assim...

-COMO É? ELA JÁ O CHAMOU DE BASTARDO? E VOCÊ NAO FEZ NADA SEU DESGRACADO? -Grito.-Você não perde uma boceta mesmo, seu babaca.

-Eu terminei com ela. -Diz. E daí? Foda-se você e ela.

-Não quero saber se você terminou,ou não, com ela. Foda-se vocês. Não era só ela quem merecia cinco dedos na cara não. Você também merece pra ver se vira um pai de verdade.

-Eu sou um pai Melanie. -O filho da puta se ofendeu.

-Não quando sua boceta de passatempo esta em jogo. -Rebato. -Que belo pai eu fui arrumar para o meu filho.

-Eu não estou mais com ela, porra. 

-Se você tivesse aqui eu te mostraria a 'porra' no meio da sua cara. Talvez assim você virasse homem. -Digo com raiva. -Eu esperava muito mais de você, que se diz amar o nosso filho. Ela o ofendeu Peter, ela gritou com ele. O Thomas só tem 2 anos de idade, e ela fritou como se falasse com um adulto. Que porra é essa? E você perto dela calado? E não sendo a primeira vez que ela fala assim dele? Quem ama cuida e protege. -Repiro fundo. -Estou puta da vida e mais nervosa ainda por não quebrar a cara dela como eu queria, para ela nunca mais nem olhar na cara do meu filho. Porque por ele, eu faco muitas coisas que até mesmo o diabo duvida. 

-O que você queria que fizesse? A agredisse? Eu terminei meu relacionamento com ela Melanie. 

-Eu não queria que você a agredisse, até porque eu mesma faria com gosto. Eu queria que você desfendesse o Thomas, ou você duvida da paternidade? Porque se esse for o caso, me perdoe em estar te cobrando uma coisa que você não tem obrigação.

-Eu não tenho nenhuma duvida em relação a paternidade do Thomas. -Ele diz firmemente.

-Então está na hora de você cair na real, agir como um pai e não como um babaca. Ele precisa de você, da mesma forma que ele precisa de mim. Se você estivesse na minha frente agora, eu quebraria a sua cara da forma que eu queria ter feito com ela. 

-Você preferiria mesmo que eu não fosse o pai dele? -Avá com seu sentimentalismo pra pita que no pariu.

-Ah Peter querer não é poder. E outra, vá para o quinto dos infernos seu babaca imaturo do caralho. -Desliguei a ligação. Minha cabeça estava começando a doer novamente. Levantei, preparei um café e deitei no sofá para esperar pelo meu menino. 

Qual mãe, não estou dizendo de mães que tem filhos para enfeite, estou falando de mãe mesmo, aquela que ama, cuida e protege, que daria a sua vida por um filho, não defenderia seu bebe com unhas e dentes? Nem eu sabia que eu era tão, tão, sei lá, leoa. Esse deve ser um dom adquirido apos nove meses de aulas diárias e chutes na bexiga. Mas ver meu bebezinho chorando e ouvido a que merda toda, foda-se. 

Pego meu celular diversas vezes para conferir as horas, e numa dessas vezes eu vejo uma mensagem no meu celular. Jesus daí-me paciência.

"Será que você um dia vai me perdoar? Sinto muito pelo o que eu disse, foi sem pensar, eu estava nervosa com a descoberta. Me perdoa Mel, saber que você está tão próxima a mim e eu não posso te ver está me doendo. O que eu posso fazer para te ter de volta na minha vida? Somos irmãs, de verdade agora, e podemos agora oficializar o nosso parentesco, que antes era apenas pelo coração. Queria compartilhar da minha felicidade contigo, hoje foi o meu jantar de noivado, pois é, enfim o Lucca me pediu em casamento. Estou feliz, mas minha felicidade estaria completa se você estivesse conosco. Por favor minha irmã, nos dê uma chance? " Rafa

O que posso dizer? Que eu a culpo? Certamente não. Mas palavras magoam tanto, e por mais sofrimento que eu já tenha passado, isso nunca serve de preparo para os que estão por vim. Dói, fere e eu não sei lidar com isso. Pra mim é mais fácil colocar para escanteio qualquer merda que tente me diminuir. Sabe aquela frase 'Perdoar sempre, esquecer jamais'? Que bom, porque eu preciso não só sabê-la, e sim colocá-la em pratica.

"Parabéns Rafaelle, fico feliz por você. Enquanto ao que aconteceu, é passado. Só prefiro manter as coisas como estão. Não quero contato, e vou viver minha vida como sempre vivi. " Mel

Nesse momento a porta de casa se abre, e a Luci entra com a bolsa do Thomas, que esta logo atras, no colo do pai, vestido de pijama e sua colonia invade o ambiente. 

-Mamai esperou eu. -Ele sorri sonolento para mim. Os olhos se fechando sozinhos.

-Claro que Mamai esperou você. -Ele se joga em meus braços e eu o levo pro quarto. -Como esta cheiroso. -Mumurro colocando-o na cama. Se aconchegando nos lençóis, olha pra mim e pro pai que esta colocando sua bolsa na poltrona.

-Vem papai deitar. Vesti pijama. -Meu bebe pede.

-Hoje não tá? O papai vai dormir em casa com as titias. -Peter se abaixa ao lado dele que sorri amorosamente.

-Tá bom papaizinho. -Abraca o pai que se derrete. 

-Boa noite Batman. -Ele beija o cabelo do Thomas antes de levantar e me olhar nos olhos. -Boa noite Melanie. 

-Boa. -Digo o acompanhando até a porta. -Me manda um SMS pra dizer que chegou. -Falo enquanto ele caminha para o elevador. O que? Eu tenho essa mania com ele ué, fico preocupada sem saber se ele chegou bem em casa. E agora ainda pior, já que ele é o pai do meu filho.

-Tá. -Entra no elevador e me olha nos olhos.

-Será que esse elevador te levaria direto para o inverno? -Pergunto.

-Não sei, Vem e nós vamos descobrir. -Responde serio.

-Não tenho irmão siamês. Se por um acaso tiver sinal para o celular, e você souber como usar, por favor me diz se tem homem gostoso lá. Por que se não tiver eu vou ter que dar muito por aqui mesmo antes de ir. -Dou as costas e ouço a porta do elevador se fechar. Não sei se foi impressão minha, ou ouvi um 'Bruxa' vindo do elevador. Ai ai.

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


#VoltoLogo


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