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História All that Matters - 11


Escrita por: Jredqueen

Notas do Autor


Quero muito terminar essa historia

Capítulo 11 - 11


Capitulo 11

Capitulo 11

Hanji

Hanji sentiu a garganta seca e uma vontade urgente de beber água, seus olhos ainda estavam fechados, mas ela já não sentia mais o peso do sono em suas pálpebras. Ela lentamente abriu os olhos e a primeira coisa que ela notou foi que aquele não era seu quarto, a segunda foi a dor em seu ombro, uma dor que irradiava por todo seu braço e a impedia de mexer muito seu lado. Ela tentou se levantar, mas não tinha força, se sentia exausta. Ela precisava examinar a ferida quando se sentisse melhor, mas por agora não queria pensar sobre isso, ela deixou de lado as lembranças difusas da noite em que levou o tiro e tentou se concentrar em suas necessidades imediatas.

“Calma. ” Vendo sua tentativa de ficar sentada Nanaba a ajudou.

“Nanaba, que horas são? ”
“4 horas da tarde, você dormiu mais de 22 horas. ” Nanaba a entregou um copo de água, a qual ela bebeu avidamente.

Hanji assentiu, se sentindo mais hidratada era a fome que a incomodava naquele momento, ela precisava comer para repor as energias provavelmente tinha perdido muito sangue.

“Alguma complicação? ”
“Não, mas você perdeu muito sangue, felizmente nada de febre. ”

Nanaba parou perto da cama e olhava pra Hanji apreensiva, Hanji esperou que a loira contasse o que estava em sua mente. “Obrigada Nanaba. Agora você poderia por favor peça para trazerem algo para eu comer. ” Isso pareceu acordar a mulher. “Claro eu vou pedir para alguém trazer alguma coisa, já volto. ”

“Espere, antes me conte o que aconteceu. ”

“Eu...”
“Eu te conheço Nanaba, sei que tem algo para me falar, por favor só me conte. ” A mulher parecia debater consigo deveria contar.

“Quando você chegou aqui foi Levi que te encontrou. ”

Hanji assentiu, ela se lembrava vagamente de tê-lo visto.

“Quando a gente te encontrou, ele já tinha tirado suas faixas...”

Ela não precisava continuar para ela entender a gravidade da situação, medo a preencheu, seu segredo estava se espalhando.

“E também aquele seu amigo viu tudo...” A voz de Nanaba estava angustiada, se Hanji estivesse falando provavelmente sua voz teria a mesma nota de desespero. Tentando pensar logicamente e ficar calma tentou racionalizar, ela sabia que podia confiar em Erwin, mas Levi.... Ela não tinha ideia. Nos últimos meses ela tentou ganhar a confiança do homem, mas não sabia se tinha tido sucesso.

“Fale para ele vir aqui. ” Sua voz era calma contrariando seu interior turbulento.

“Eu já falei com ele. Ele disse que não ia falar nada. Inclusive ele ajudou a tirar sua bala e parecia muito preocupado. Acho que podemos confiar nele. ”

“Tudo bem Nanaba, mas eu realmente preciso falar com ele. ”

Nanaba assentiu e saiu rapidamente do quarto, de repente sua fome tinha ido embora Hanji pensou.

Levi

Para Levi noites mal dormidas eram quase rotina, por mais que nos últimos meses sua qualidade do sono tivesse melhorado substancialmente devido ao fato que agora ele não dormia faminto, em um local imundo e temendo por sua vida. Mas a noite anterior tinha sido com certeza uma noite mal dormida, mesmo assim ele cumpriu sua rotina diária mesmo sem a supervisão de Nanaba. Ele não tinha a visto desde a conversa estranha que tiveram, ele se perguntava como estava o estado de Hanji, mas não tinha coragem de bater à porta do quarto em que ela e Nanaba estavam.

Ele estava no segundo andar quando Nanaba o encontrou, a mulher assim como ele não parecia ter dormido muito.

“Levi! Aqui está você. Hanji finalmente acordou e quer falar com você, agora. ” Levi ouviu a urgência nas palavras da mulher e a olhou por um tempo deixando a situação afundar e imediatamente se dirigiu ao quarto não esperando que Nanaba falasse mais nada.

Ele bateu levemente na porta esperando ouvir Hanji o chamar para dentro. Ele entrou imediatamente ao escuta-la, ela estava sentada com as costas apoiadas na cabeceira da cama, usava uma camisa diferente da qual tinha usado no dia anterior, e parecia pálida e doente. Mas fora isso parecia bem viva, era um alivio pensou. Mas de alguma forma aquilo o incomodava, ela parecia vulnerável, ele nunca tinha pensado nela como alguém fraco que precisasse de proteção, mas ele estava muito errado.

 “Bom dia Levi. ” Ela disse com um sorriso. Mas seu olhar sobre ele era diferente de como ela normalmente o olhava, ao contrário do olhar alegre que ela sempre tinha ele sentia que estava sendo avaliado.

“Bom dia senhor. ” Ele fez questão de usar o pronome masculino, ele sabia porque tinha sido chamado por Nanaba. Ele viu uma pequena mudança no rosto da mulher.
Ela ainda estava sorrindo. “Nanaba me contou que você me achou ontem à noite e que ajudou na retirada da bala do meu ombro, eu queria lhe agradecer. ”
Ele ficou surpreso por um momento. Ele esperava que ela falasse diretamente do que ele tinha descoberto ontem. Será que Nanaba não tinha contado nada para não preocupa-la, mas não faria sentido por que Nanaba teria lhe contado. Era algum tipo de jogo?

“Não precisa agradecer. ”
“Claro que precisa. Mas eu te chamei aqui por outro motivo. Você deve imaginar o porquê. ” Ele só a olhou esperando que ela continuasse. “ Bem já que as coisas aconteceram do jeito que aconteceram, acho que tenho que te contar uma história Levi. ”
“Nasci biologicamente uma mulher como você já deve saber, mas fui criada por meu pai como um homem, eu nunca me importei com questões de feminino ou masculino, a verdade é que eu nunca me encaixei em nenhum dos dois. Só que esse país Levi é um pais governado por homens e para homens. Mulheres só servem para enfeites, são troféus, moedas de troca. ”

Ela parou por um segundo parecia perdida dentro dela mesmo.

“Se alguém descobrir tenha certeza que eu perderei tudo, serei obrigada a casar com algum imundo bastardo, ou pior e vocês eu não posso garantir o futuro de vocês. Então eu peço seu silencio. Eu sei que não tenho direito de lhe pedir nada, mas eu ainda sim peço. ”

Levi agora estava em choque, ele imaginou que ela só o ordenaria a não falar nada, ele não esperava o olhar de desespero. “Não se preocupe eu não falarei nada. Nem sobre tortura. ” Levi já tinha passado por uma guerra ele conhecia a dor de uma tortura, ele nunca faria isso com ela, ou com ele e as outras pessoas na mansão.

Ela assentiu. “Eu garanto que vou lhe libertar Levi, e se quiser posso lhe levar de volta para seu país. ”

Ele não gostava de criar esperanças, mas ele acreditava nela. Ele assentiu novamente.

Ela não falou nada por um tempo, parecia perdida em seus pensamentos. Mas tinha uma coisa que incomodava Levi desde do momento que ele a viu sangrando naquela escada. “Eu gostaria de lhe falar uma coisa. ”

Agora era ela que parecia surpresa. “Claro fale. ”
“Você não devia andar por aí sem proteção. ”
“O que? ”
“É perigoso, você deveria ter alguém para lhe proteger ou algo assim. ”
“Desculpe Levi, mas realmente eu estou bem. ”
“Você foi baleado. ”
“Ora não foi nem a primeira vez. ” Ele só olhou para ela sem rir da tentativa falha de humor. “Olha eu não confio em ninguém. Eu já pensei em contratar alguém, mas ...” disse suspirando.

“Eu posso fazer isso. Eu tenho treinamento militar e já protegi algumas pessoas. ” Levi sabia que se oferecer assim era impulsivo, mas ele não imaginava ninguém melhor que ele. Ele tinha a habilidade e tinha o motivo de mantê-la segura.

Ela olhou em leve choque, depois de um tempo pareceu parar para considerar. “Eu não posso fazer isso Levi. Seria perigoso para você além disso, eu não posso armar você. ”
“Você não precisa a arma pode ficar com você. ”

Ela continuou a olha-lo, ele quase podia ver seu cérebro funcionando, os pós e os contras sendo pesados.
“Eu não sei. Eu tenho que pensar mais nisso. ”

Ele entendeu que ela o estava dispensando e saiu da sala. Ele realmente esperava que ela concordasse. Ele ignorou o pensamento feliz de que se ela aceitasse ela ficaria muito mais próximo dela.

Hanji

Naquela noite ela tinha pedido o arquivo de Levi ao lugar onde ela o tinha comprado. Ele realmente tinha sido militar. Hanji só se sentiu mais fascinada pelo homem, o arquivo não dizia muito só que ele tinha sido capturado em batalha e que sua posição era alta no exército. Ela não gostava de contar com sua intuição no lugar da razão normalmente costumava pesar cada decisão. Ela amaldiçoou sua atração pelo homem, ela queria seu pensamento livre de hormônios.

Se ele decidisse matá-la o que ela poderia fazer? Ele não iria muito longe com o colar e o rastreador. Além disso ela conseguia se defender muito bem, e só no caso ela poderia andar com o dispositivo que controlava o colar. Ela não gostava da ideia, mas seria uma tola se não o fizesse.

Ela concordava que talvez tê-lo ao seu lado para protege-la a deixaria mais tranquila no dia a dia, e se ela tivesse mais uma missão como a da outra noite ter alguém com um real treinamento militar seria muito útil. Mas em última instancia confiar nele era uma decisão que não tinha base em fatos, ele tinha a ajudado sim quando ela chegou baleada, mas ela mal o conhecia, ele era um escravo de guerra que podia ter muito ódio por todos nesse país, principalmente ela que o tinha comprado. Mas de novo, ela nunca tinha se enganado em relação a uma pessoa. E por mais que ele fosse carrancudo ele não era difícil de ler realmente, ela tinha visto a sinceridade de suas palavras e sua real preocupação.

Talvez ela se arrependeria por tomar essa decisão, mas ela queria lhe dar esse voto de confiança se tudo desse certo ele seria um interessante aliado. Ela tentou não pensar em como sua relação se modificaria por eles passarem tanto tempo juntos.

Naquela mesma noite ela o chamou e lhe disse sua decisão, ele viu a surpresa em seu rosto e um quase sorriso, mas ela devia estar enganada.



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