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História All the things he said - Capítulo 1


Escrita por: meronpan

Notas do Autor


Hey, segundo cap aqui, espero que gostem <3

Capítulo 2 - Capítulo 1


31 de dezembro de 2000


 

Véspera de ano novo, a neve que caía incessamente até o dia anterior, naquele dia enfim, havia cessado. Tocava o disco Out of Time do R.E.M no som do meu quarto, minha antiga banda favorita até ouvir The Smiths, mas ainda permanecia no meu coração como uma das minhas favoritas. E assim eu tinha passado o dia com música e livros, a combinação perfeita, pois enquanto escutava pela milésima vez shiny happy people, deflorava algum livro que havia comprado na livraria perto de casa sobre felicidade e outros temas de autoajuda que soavam engraçadas para um jovem de 22 anos.

 

Naquele dia em especial, Baekhyun e eu havíamos combinado de passar a virada do ano juntos, porque mesmo de férias nunca deixávamos de nos ver. E até então não seria diferente até o mesmo ter a maravilhosa ideia - leia-se com muito sarcasmo envolvido - de ir a um pub na hora dos fogos.

 

Na hora eu aceitei, mas pensei depois que seria a coisa mais chata para se fazer em um ano novo, afinal na minha cabeça era muito mais divertido ficar na rua fazendo algazarra, mas Baekhyun odiava o frio e preferia passar em um lugar que, sinceramente, ele poderia ir em qualquer outro dia do ano. Não havia reclamado, guardei para mim mesmo e abstraí, melhores amigos faziam isso uns pelos outros, mas do jeito que eu sou, diga-se de passagem, muito legal, iria cobrá-lo um dia ou outro por me fazer passar por essa situação.

 

Nada muito interessante havia acontecido desde o anoitecer, havia ganhado um tempo dormindo para poder madrugar porque sério, o Baekhyun era baladeiro, muito mais do que eu, então preparar-se psicologicamente para este grande evento, o ano novo, com o melhor amigo necessitaria de energia.

 

Eu definitivamente amava o Baek por saber exatamente que ele tornaria algo chato para mim em algo legal posteriormente. Em conclusão de que ele era meu melhor amigo, conhecia-me tanto quanto meus pais. Sem exageros.

 

Já era próximo da hora de nos encontrarmos e a maior dúvida da noite era que roupa usar, eu queria estar lindo e elegante para mostrá-lo como me portar em um pub no primeiro dia do ano de 2001. A virada definitiva para o século XIX. E eu estava grandemente animado para isso porque expectativas não faltavam para os cidadãos terrenos.

 

Perdido em pensamentos sórdidos, coloquei minha roupa completamente inseguro. Baekhyun era o tipo de pessoa que conseguia me deixar muito confortável com qualquer coisa que eu usasse, mas naquele momento em si eu pensava no quanto queria impressioná-lo, no quanto estava querendo transparecer uma confiança na qual nem ao mesmo compreendia a sua finalidade porque se tornava cada vez mais inconsciente minhas atitudes, as que denunciavam meus sentimentos por ele.

 

Deixei essas pequenas brechas de tristeza de lado e me concentrei em procurar a minha cartela de cigarro em algum lugar do meu quarto até ouvir uma buzina de um fusca velho, o carro antigo do pai do Baekhyun que ele insistia em usar.


 

-Anda, Chanyeol! - Buzinou novamente, dava para ouvir do meu quarto o quão barulhento ele era e absurdamente engraçado. Não sei como eu caberia naquele carro com meus humildes 1,85.

 

Desci rapidamente as escadas dando um beijo no rosto da minha mãe que ria do meu melhor amigo, ela o adorava, até bravo.

 

-Não sei como você vai arrasar em Gangnam com essa lata velha! - Exclamei dentro do fusca velho que já dava partida.

 

-E quem disse que vamos para Gangnam? -Disse olhando para a rua vendo se algum pedestre ia passar ou algo do tipo.

 

Observei a parte de dentro do carro que Baekhyun havia modificado, havia até um radinho para não deixá-lo na mão e eu queria rir porque ainda sim aquele carro era de seu pai e mesmo assim tentava a todo custo torná-lo dele mesmo.

 

-E então para onde vamos? -Perguntei acendendo um cigarro. - Hongdae?

 

-Yes baby. - Respondeu ainda sem tirar a concentração do asfalto a frente. Ele morria de medo de bater o carro do pai e por isso nunca tirava sua atenção da rua quando dirigia. Era uma das coisas que eu mais gostava de observar no garoto de feições serenas.

 

-Vai fumar mesmo no carro do meu pai? - Perguntou dessa vez desviando a atenção para mim, sorri ao ouvi-lo naquele tom falsamente bravo. - Pelo menos me oferece um, né. - E não hesitei em lhe dar um cigarro, sabíamos que aquilo era ruim para a nossa voz, mas não era como se fossemos viciados, era só uma distração para comemorar algo e nada nos impediria.

 

-E aí, o que fez nesse fatídico último dia do século XX? - Perguntou depois da primeira tragada soltando a fumaça para o lado oposto ao meu em uma expressão extremamente desgostosa.

 

-Ouvi R.E.M e você.  - Uma risadinha saíra de sua boca e eu revirei os olhos debochado, Baekhyun e eu tínhamos algo em comum, a banda favorita dele era R.E.M e eu havia trocado a mesma por uma que ele não gostava tanto assim.

 

-Típico. -Tragou novamente. -Ahm… Nada em específico, só dormi.

 

Estranhamente, Baekhyun estava mais sério depois da última frase, era como se o ‘dormir’ não houvesse sido tão verdadeiro ou tão bom quanto queria me transpassar naquele diálogo. Oras, eu o conhecia e sabia que havia algo de errado.

 

-Ah fala sério, só dormiu? Para de mentir que eu sei que você viu o pornô o dia inteiro. - Ri para quebrar o gelo.

 

Baekhyun quase havia se engasgado com a fumaça quando brinquei consigo, e o cigarro se apagou assim como ele havia jogado a bituca pela janela completamente despreocupado.

 

-Ah cala boca, Chanyeol, nós dois sabemos que o único punheteiro aqui é você. - Desfez a carranca séria ao brincar comigo de modo que a conversa já havia perdido seu rumo. E passamos a viagem até Hongdae em brincadeiras saudáveis com fundos de verdade que estranhamente, deixavam-me mais próximo ainda do meu melhor amigo.

 

Ao chegarmos a nosso destino ficamos preocupados em encontrar algum lugar que pudesse visualizar melhor os fogos de artifício que soltariam em algumas horas. Minha ansiedade me consumia porque sentia que eu e Baekhyun sozinhos bêbados logo não prestaria para minha sanidade mental que era manter-me inteligente até o fim da noite. Evitava beber consigo porque sabia que eu perdia um pouco do discernimento entre certo e errado e tentava ao menos fingir que estava tudo bem para o garoto mais baixo que eu completamente alheio ao que se passava na minha cabeça.

 

Meus olhos se direcionaram para como estava a aparência do Baek naquela ocasião, o lápis preto rodeava os olhos que em minha concepção, deixava-o com a aparência sexy demais e as maçãs do rosto rosadas pelo frio, simultaneamente, quebravam o estereótipo másculo naquela construção de imagem perfeita aos meus olhos. Seu cabelo preto estava um pouco maior do que costumava ser, imaginava que havia o pensamento de cortá-lo em breve em sua cabeça, mas ainda sim eu preferia longo.

 

-Chanyeol? -     Perguntou tirando-me do transe. -Que foi? ‘To falando contigo faz um tempão e você ‘ta viajando. Aconteceu alguma coisa?

 

-Ahm? Nada! Desculpa, eu ‘to só pensando que estamos vivos no último dia do século. - Menti descaradamente mesmo que a verdade fosse completamente diferente, afinal eu estava perdido em pensamentos observando a beleza de forma detalhada daquele que eu tinha uma paixão platônica fazia quase 3 anos.

 

-Que engraçado...-Comentou rindo enquanto balançava a cabeça em negação ao olhar para baixo, o garoto segurava uma cerveja assim como eu, apesar de bem fria, estava boa. - Mas sabe, eu penso que de repente qualquer coisa pode acontecer e assim a gente morrer antes de dar a meia noite.

 

-Cala a boca, que ideia idiota. - Dei um soco de leve no ombro do garoto a minha frente.

 

-E não é verdade? A vida é efêmera e a gente não sabe o futuro. Por isso temos que aproveitá-la ao máximo… -Disse olhando para o lado como se não conseguisse dizer aquela verdade para mim.

 

-Tem razão. -Concordei um pouco mais sério.

 

O silêncio que havia tomado conta da gente apesar de estarmos na rua movimentada era ensurdecedor. Estava tudo entrelinhas para mim, eu entendia que para mim a maior vontade era de ter um grande romance com meu melhor amigo, mas era socialmente impossível arriscar tanta coisa por paixões, verdade seja dita que amor dos pais estavam em jogo nessa.

 

Amor entre dois homens era muito arriscado para qualquer um em qualquer lugar do mundo praticamente e naquela altura do campeonato estávamos longe de conseguir alguma conquista, o país caminhava a passos de tartaruga em questões sociais enquanto que no campo da tecnologia dava passadas largas. Era injusto e doloroso.

 

Havíamos ficado a noite toda conversando no terraço da pub lotada, burlando completamente a regra de somente funcionários subirem ali, havíamos aproveitado a lotação do lugar para entrar na porta restrita e subimos a escada que dava ao terraço, ou também conhecido como fumódromo, e escondidos colocamos nossas pernas para fora e apoiamos o nosso braço ali como pessoas livres e desprendidas de qualquer coisa. Com Baekhyun eu acreditava em coisas boas e sentia menos medo, éramos nós contra o mundo sempre, por isso eu o amava tanto. Quando que encontraria alguém nesse nível para conectar-se comigo? Se almas gêmeas existissem, ele era a minha e eu queria gritar isso pro mundo feito louco.

 

-Sabe o que eu gostaria de estar ouvindo agora? -Perguntou de repente enquanto observava o céu estrelado da noite fria. Faltavam apenas alguns minutos para o ano novo e estávamos ali alheios ao ambiente, apenas ouvindo o barulho distante das falações altas e das animações dos jovens.

 

-O que? -Perguntei virando meu rosto para olhar melhor o seu perfil e seus cabelos ao vento.

 

-The smiths. -Respondeu em um sorriso travesso ao me fitar.

 

-Você nem gosta tanto assim. -Estalei a língua já desviando minha atenção de seu olhar para o chão onde minha mão se apoiava.

 

-Mas gostaria de ouvir.

 

-Vou ‘te dar um cd deles de aniversário, aposta quanto? -Exclamei já pegando outro cigarro da cartela.

 

Ele riu ainda travesso, adorava me provocar dizendo que achava a banda chata, mas no fundo eu sabia que ele gostava um pouco só por minha causa, era praticamente uma honra.

 

E atipicamente naquela noite estávamos próximos e confortáveis um com o outro, eu não gaguejava quando ficava perto dele, mas nos últimos tempos cometia essa proeza se ele passava um tempo observando meus lábios. Era como se minha boca fosse um atrativo muito grande e eu via isso como um sinal positivo ao mesmo tempo que complexo, visto que na minha concepção jamais aconteceria algo entre nós. Eu era realista.

 

O som da música no pub ecoava, contudo a falação das pessoas se sobrepunha ao som eletrônico que eu não ligava, a propósito, Baekhyun também não, pois éramos muito desapegados desse estilo, não combinava conosco, era algo muito “over”. Faltavam dois minutos para a queima de fogos e a chegada do novo século e, enquanto isso não acontecia, ficávamos em silêncio observando a paisagem das ruas de Hongdae.

 

-Eu sinto como se Hongdae fosse fora do tempo, é como se eu viesse para cá e voltasse aos anos 90.  -Comentou Baekhyun com um sorriso saudosista e com a cabeça apoiada na mureta que nos protegia. -Você não sente isso?

 

-Eu sinto que a gente está ficando velho, sabe. Esse ano a gente faz 23 anos… -Realmente, eu me sentia envelhecendo e queria que o tempo voltasse, era nostálgico perceber que estávamos em anos de mudanças.

 

-A tristeza nos olhos daqueles que nasceram no final dos anos 70 é real. - Comentou brincalhão.

 

Sorri em resposta, mas em contrapartida minha atenção havia voltado para o telefone móvel na minha mão que marcava exatamente meia noite e como sempre estávamos alheios às coisas do mundo exterior.

 

-Feliz ano novo, Baekhyun.

 

-Feliz ano novo, Chanyeol. Espero que esse ano nos surpreenda. -Sorriu. -Além de que se tudo der certo, nós nos formaremos. -Assim que professou as palavras, Baek abraçou-me de lado e eu dei um beijo em seu rosto. 

 

Eu queria gravar aquele momento, o ano novo de 2001 com o título de A melhor coisa do mundo, eu estava simplesmente muito feliz e compartilhando felicitações com uma pessoa que por mais que não pudesse corresponder a minha paixão platônica, era de extrema importância para mim. O sorriso que Baekhyun tinha era toda hora destinado a mim, bastava.

 

-Eu te amo, Baek. -Disse sem pensar em meio a felicidade, as pessoas gritavam comemorando, nem tínhamos nos dado conta que havia uma contagem regressiva anteriormente, e o céu estava enfeitado de fogos de artifício coloridos o que deixava o clima completamente amistoso para eu fazer uma revelação de duplo sentido como essa. Sinceramente, nada importava naquele momento.

 

-Eu também te amo, Chanyeol. - Respondeu com a expressão serena e me abraçou de frente, pegando-me de surpresa. -Eu realmente quero que esse ano seja muito bom para nós dois. -Logo se desfez do abraço apertado que me deixou obviamente, sem graça, mas decidi não transparecer esse sentimento. Seus braços continuavam por cima dos meus ombros e aquele momento permanecia eterno, era como se apenas o abraço para toda aquela situação não fosse o suficiente.

 

Seus olhos estavam vidrados nos meus e eu sentia que minhas concepções “realistas” estavam desmoronando em minha frente quando decidi que poderia correspondê-lo em segurar seu tronco. Estávamos sentados desajeitadamente, mas próximos fisicamente a ponto de sentir que provavelmente algo de errado aconteceria ali.

 

-É… -Murmurou Baekhyun, eu sentia sua tensão, ele estava teso. -Vamos descer? Algum funcionário pode subir aqui. -Disse sem graça desfazendo-se da posição. Eu não demorei em acatar, não queria que fosse assim, mas eu sabia que iria acontecer sim se ficássemos mais um milésimo de segundo nos olhando daquela forma.

 

Nos levantamos naquele clima estranho, mas que logo se desfez com o jeito travesso de Byun ao descer as escadas tentando parecer o mais discreto possível e eu não conseguia segurar minha risada ao mesmo tempo que me forçava para tal. Se alguém nos encontrasse ali, levaríamos no mínimo um sermão do dono da pub e isso me causava frio na barriga.

Em meio a risadas, Baek segurou minha mão e falou algo que não ouvi de primeira, mas pela leitura labial, referia-se ao fusca de seu pai, acenei com a cabeça mesmo sem entendê-lo, não dei tanta importância. Chegamos no carro e nos encostamos ali, até então estava sendo o ano novo mais fofo que eu poderia ter.

 

-Eu disse pra você “vamos fumar no carro”. -Fez aspas com as mãos. -E você concordou! Agora não tem volta. -Gargalhou.

 

-Que? Seu idiota eu não sabia disso.

 

-Fecha o vidro, besta. -Pediu e eu acatei meio que sem acreditar no seu pedido. Tinha uma primeira vez para tudo pelo menos.

 

Baekhyun andou com o carro para um ponto mais escuro da rua onde não havia ninguém e sorriu pela milésima vez naquela noite.

 

-Isso não é errado? -Estava com medo sendo bem sincero, eu era tipo o filhinho da mamãe perdido no meio da confusão que era Byun Baekhyun.

 

-Não é porque eles nunca fizeram que é errado. - Fazia sentido de qualquer forma.

 

Baekhyun já havia feito toda a cerimônia em casa provavelmente, e só trouxera pronto. Ficamos lá sentados no banco cansados meio que sem rumo ou sem destino enquanto olhávamos as estrelas naquele dia, poderia ser parado demais, mas estávamos nos divertindo.

 

-Se tocasse Rick Astley agora seria engraçado. -Comentei.

 

-Se tocasse qualquer coisa seria engraçado agora, pelo menos ta funcionando. -Gargalhou virando-se para o meu lado mesmo tempo que se encontrava deitado no banco do motorista, lembro dele ter me tocado tanto nessa hora que pensei que enfartaria naquele carro mesmo. -Não dou muito tempo para sentirmos fome.

 

Olhei para ele de relance, mas decidi não virar de lado, Baekhyun não estava sóbrio direito e eu sabia que seria um problema aquilo mais tarde. Apenas tentei me concentrar ao máximo na música que eu tentava colocar no radinho para ficar menos silêncio naquele carro. Passou a tocar “A little respect” do Erasure e eu achava totalmente engraçado que no primeiro dia do século XXI estávamos ouvindo uma música dos anos 80.

 

Era como se aquele carro fosse um túnel do tempo e fora completamente da realidade lá fora. E foi isso que se comprovou quando Baekhyun se aproximou e tocou novamente nos meus braços, eu travei, óbvio que travei. Era ele me tentando de novo.

 

-Que foi? -Perguntei ainda sem olhá-lo.

 

-Olha pra mim, Chanyeol.  -Pediu quase num sussurro.

 

Ele estava perto, e eu virei mesmo assim, não demorou muito e seus lábios estavam colados nos meus em um selar casto, puro e cheio de sentimento da minha parte. Apenas toquei-o nos ombros para tentar de alguma forma afastá-lo e pedir explicações, mas um imã colava-nos, deitado-me desajeitadamente naquele carro. Baek respirava profundamente como se quisesse aprofundar o ato, mas não conseguia, talvez por medo, mesmo que não totalmente são, ele sabia que estava fazendo, e iria sentir mais tarde.  E eu só queria sentir seu gosto, por isso não tardei em aprofundar o beijo e quando me dei conta estávamos mais seguros no ósculo.

 

Eu sentia a língua do Baekhyun em mim, seus grunhidos baixos ecoavam no meu ouvido e o toque da minha mão na sua cintura em uma forma complicada de ficar junto naquele carro. A respiração dele estava mais pesada buscando ar, descolei os lábios buscando esse ar que também me faltava, mas não tardou e ele buscou minha boca novamente, ansiando por mais.

 

O Baekhyun estava completamente envolvido naquilo, eu sabia disso, eu sentia isso.

 

O meu coração acelerado, minhas mãos suadas em seu corpo, eu queria mais. Mas Baekhyun tocara no meu rosto assim que de repente e infelizmente, separou o beijo.

 

-Chanyeol, eu… -Iniciou sem jeito em cima de mim completamente sem estribeiras.

 

-Relaxa, ‘ta tudo bem. -Coloquei o dedo sobre seus lábios, calando-o. - ‘Ta tudo bem.

 

Ainda o olhei um pouco em seus olhos e conseguia sentir a tristeza ali, como se tivesse perdido o controle. Eu queria aquilo tanto quanto Baekhyun, era impossível fingir que ele não queria. Só necessitava de um sinal verde de sua parte. Mas se eu pudesse saber do futuro, nunca teria feito aquilo nesse momento.

 

Sem muitas palavras trocadas, Baekhyun me deixou em casa, saímos sem nos cumprimentar decentemente como costumávamos, e eu quis chorar. Não queria que o nosso ano novo tivesse acabado assim. Era quase 3 da manhã quando tinha chego e fiquei do lado de fora fazendo hora, ainda buscando uma explicação para o que tinha acontecido em meio ao frio intenso que fazia naquela noite.

 

Peguei um cigarro do meu bolso e acendi ressentido, meus olhos marejados não escondiam que eu poderia ter evitado aquilo, definitivamente. O Baekhyun era complicado, ia dar errado uma hora ou outra.  Fiquei pelo menos mais meia hora fumando no gramado da minha mãe. Era cansativa aquela situação toda, era nova e ao mesmo tempo assustadora, tinha medo de perder a amizade do meu grande melhor amigo, o apego era real da minha parte.

 

Mas isso não tinha sido o pior de tudo para mim porque no dia seguinte, Baekhyun não respondia aos meus torpedos e seguiu o mês de janeiro todo assim.


 

Baekhyun estava me ignorando.

 

Merda.

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado, "garela" de cauboi


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