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História All We Need Is Love (Em correção) - Um dia quase imperfeito Part.1


Escrita por: AWNIL

Notas do Autor


Olá amores ♥

Me perdoem a demora, foi meio difícil escrever esses últimos dias 😔

Mas tô aqui não tô? Kkk

Então boa leitura ❤

Capítulo 62 - Um dia quase imperfeito Part.1


Fanfic / Fanfiction All We Need Is Love (Em correção) - Um dia quase imperfeito Part.1


                      P.O.V. Marinette



Sinceramente eu não sei o que está acontecendo, só sei que estou muito puta.

Quem em sã conciênsia leva alguém pra um motel no primeiro encontro?

Só Adrien mesmo, eu não sou muito exigente mas caralho! Um motel? Sério? Que tipo de garota ele acha que eu sou?

— Dá pra me dizer o que está acontecendo? — cruzo os braços e o olho atentamente — O que você tem na cabeça?! — pergunto tentando manter a calma.

Adrien só olhava para o letreiro enorme com cara de idiota e mexia a boca como se quisesse dizer algo mas nada saísse.

— Me explica que merda está acontecendo Adrien! — bufo já sem paciência.

— Eu não sei, eu... — ele para de falar e leva a mão até os cabelos os puxando para trás.

— Olha, eu não sei que tipo de garota você está achando que eu sou — paro de falar e me abaixo um pouco para ler o letreiro e do lado dele estava três estrelas — Pra me trazer em um motel três estrelas na porra do primeiro encontro! Caralho Adrien! Três estrelas! — falo com raiva — Se você costumava fazer isso com as garotas que você ficava eu tenho o maior prazer em te dizer que não sou como elas! — eu estava prestes a sair do carro mas Adrien segura meu braço me impedindo.

— Porra Adrien! Dá pra me largar?! — esbravejei, mas ele continua me segurando.

— Eu também não sei o que está acontecendo eu...

— Conta outra! — o interrompo e puxo meu braço de volta.

— Desculpa! — ele se altera — Desculpa tá legal?! Eu não sei que merda está acontecendo aqui! Estou tão perdido quanto você! Desculpa! — Adrien dispara tudo e se debruça sobre o volante escondendo o rosto entre os braços quando termina.

Olho para ele por um tempo e percebo que ele realmente não sabe o que está acontecendo.

— Adrien... — murmuro seu nome e resolvo baixar a guarda levando a mão até a suas costas e a afago.

— Eu queria fazer um encontro melhor! Eu planejei tudo, eu queria tudo perfeito, mas o carro parou do nada deu problema na porra do GPS e eu não faço a mínima de onde estamos... eu... eu queria fazer algo digno de você e... — levanta o rosto para me olhar e leva os dedos até os cabelos os bagunçando — Porra! Nada está dando certo hoje! — ele bate com força no volante me fazendo levar um susto.

Desvio o olhar dele fico em silêncio por um tempo processando tudo e só agora percebi o quão idiota eu fui de surtar de uma forma desnecessária achando que Adrien seria tão babaca ao ponto de me trazer a um lugar como esse de propósito.

Volto minha atenção a ele quando o mesmo tampa o rosto com as mão e solta um suspiro cansado relaxando o corpo no banco.

— Adrien — tiro suas mãos do seu rosto e faço ele me olhar — Eu que te devo desculpas, não deveria ter surtado achando que você faria isso de propósito — abaixo o olhar.

— Não Marinette! Não se desculpe, você merecia coisa muito melhor que isso — ele sorri fraco enquanto olhava o lugar.

Sei que foi erro do GPS ele não precisa ficar se desculpando.

— Adrien eu não me importo com nada disso tá legal? Eu poderia estar na porra do lugar mais fodido do mundo mas se eu estiver com você estarei pouco me importando com isso... — sorrio apertando seus dedos levemente.

— Você é maravilhosa sabia? — ele me lança um meio sorriso enquanto me olhava fixamente.

— Eu só queria saber como viemos parar aqui! — falo olhando para ele também

Ele desvia o olhar de mim e se concentra no celular por alguns segundos e suspira logo em seguida.

— Que foi? — pergunto separando nossas mãos.

— O lugar do restaurante que minha mãe reservou tem o mesmo nome que o motel — aponta para tela do celular e depois para o prédio a nossa frente.

— Agora tá explicado — relaxo o corpo no banco e cruzo os braços.

Nós somos muito fodidos mesmo...

— Tem uma cafeteira aqui perto, topa? — ele diz do nada e me olha apreensivo — Não é um restaurante como eu queria porém é melhor que nada... — dá de ombros.

— Depende, vai ter bolo de chocolate? — olho pra ele com um pequeno sorriso no rosto.

— Teremos que ir lá pra saber — sorri de lado.

— Como sabe disso? — indago quando ele volta a colocar o celular no suporte.

— Do que? — pergunta endireitando o celular pra que ele não caísse.

— Que tem um café aqui perto! — digo óbvia.

— Vi no GPS — diz simples e eu faço uma careta.

— E você ainda tem coragem de confiar nele depois dessa peça que ele nos pregou? — aponto para o celular.

— Ele é nossa única salvação no momento, eu não faço a mínima de onde estamos, se for pra ficar perdido aqui prefiro ficar com a ajuda do GPS — ele dá de ombros.

— Então vamos logo, eu tô morrendo de fome! — apresso e ele ri do outro lado.

Adrien dá a ré para podermos sair do estacionamento mas ouvimos um barulho estranho vindo da parte da frente do carro.

Meu Deus! O que foi agora?!

— Adrien... me diz que não aconteceu nada com o carro de novo... — falo de olhos fechados.

— Caralho que merda! — ele esbraveja pisando no acelerador mas o carro não saia do lugar, ele apenas fazia um barulho estranho — Já volto, vou ver o que aconteceu — ele desce do carro e fica lá fora por uns minutos enquanto eu o esperava do lado de dentro.

Sigo ele com o olhar quando ele abre o capô do carro pela segunda vez no dia, dessa vez uma fumaça preta sai dali de dentro.

Meu Deus, espero que esse carro não exploda comigo dentro.

— O que é dessa vez? — pergunto colocando a cabeça para fora da janela.

— Deu problema no motor e eu não vou ser louco de meter a mão ali e piorar essa merda! — ele responde tentando manter a calma — Pelo visto vamos ter que ir andando, tudo bem pra você? — pergunta e pega seu celular e eu também pego o meu.

É, definitivamente estamos preso nesse fim de mundo.

— Por mim tudo bem, eu não aguentava mais ficar  sentada mesmo — murmuro fazendo ele rir e saio do carro — Na hora dá distribuição de sorte nós dois com toda certeza devemos ter faltado, porque não é possível um dia estar tão fodido assim — olho para a parte da frente que continuava soltando fumaça.

— Não vamos pensar assim — ele me puxa pelos ombros me fazendo olhá-lo — Eu prometi que faria dessa noite inesquecível não prometi? — pergunta enquanto me olhava nos olhos e eu apenas assenti hipnotizada com tanta beleza — E eu vou cumprir!você vai ver — ele confirma com convicção e entrelaça nossas mãos antes de travar o carro e começar a andar por aquela rua que me causava calafrios.

As casa até que eram bonitas, pareciam aquelas casinhas de brinquedo mas só ficava sinistro e medonho por parecer que ninguém morava nelas, sem contar a rua completamente vazia.

Nós estávamos andando a um bom tempo por ali até que ouço Adrien dizer:

— Eu acho que é aqui! — ele olha para dentro do lugar.

— Tenho certeza que é aqui. Olha ali! — aponto para cima do lugar que estava  escrito "Coffee" em letras grandes bem em cima da porta.

— Pelo menos em alguma coisa esse GPS acertou — ele respira aliviado.

Tinha algumas mesas do lado de fora mas optamos por entrar pelo frio que estava fazendo. Ao adentrar o local meu queixo quase caiu, o lugar era lindo bem iluminado e as paredes eram pintadas em tons de cinza e preto as cadeiras eram pretas e pareciam ser bem confortáveis, bem diferente do lado de fora que era sinistro pra caralho.

— Nossa, acho que isso compensa tudo que passamos vindo pra cá — Adrien diz encantado com o lugar tanto quanto eu e me puxa pela mão até uma mesa vazia.

Não tinha muita gente ali, só um casal de velhinhos no outro canto e um homem sentado no balcão conversando com o barman, e um grupo de mulheres em uma outra mesa.

Mas fico surpreendida de que tenha almas vivas por aqui, já estava começando a achar que isso era uma cidade fantasma ou algo do tipo.

Adrien puxa a cadeira para que eu pudesse me sentar.

— Nossa, quando virou um cavaleiro? — pergunto ao me sentar na cadeira que ele puxou pra mim e pouso meu celular em cima da mesa.

— Querida, isso aqui é charme puro entendeu? Vem de berço... — ele pisca convencido e tira sua jaqueta a colocando sobre sua cadeira antes de se sentar.

Demoro um pouco para responder porque assim que ele tirou a maldita daquele jaqueta meus olhos caíram diretamente em seus braços desnudos e a manga da blusa estava apertando seus músculos e... puta que pariu vou parar com isso.

— Mari? — ouço ele me chamar e retorno a minha atenção a ele.

Na verdade minha atenção já estava nele, mas não diretamente.

— Oi?

— Você está viajando, estou te chamando a um tempão aqui — ele ri enquanto me olhava.

— Desculpa, eu acabei me distraído com a decoração, é realmente muito linda — minto olhando ao redor.

— Sério? Eu não sabia que eu também fazia parte da decoração — ele provoca com um sorriso debochado no rosto.

— Eu não estava... — paro de falar quando minha barriga acaba roncando, alto até demais para o meu gosto, tão alto que até Adrien escuta.

Salva pelo gongo, ou melhor, salva pelo ronco.

— É melhor pedirmos algo pra comer logo né? — ele ri enquanto pegava o cardápio em cima da mesa.

— Sim, não aguento mais de fome — passo a mão na barriga e Adrien me entrega um outro cardápio.

Quando ele se distrai com o cardápio meu olhar volta para ele, os músculos do seu abdômen estavam se apertando contra a maldita blusa cinza, seu maxilar estava travado e seu rosto sério, ele estava super concentrado. Até lendo um simples cardápio ele fica lindo. Deixo um suspiro baixo escapar quando olho para seu braço e vejo as veias ali.

Deus, aquilo é muito sexy.

Adrien tem que parar de ser tão gostoso assim, sério, é muito difícil pra mim provoca-lo e não poder usufruir do seu lindo corpo, eu estou tentando dar uma lição nele, mas assim não dá!

Eu estava morrendo de frio do lado de fora e agora meu corpo está quente, fervendo.

Deve ser culpa dos aquecedores, é, é isso, a culpa é dos aquecedores e não do Adrien...

— Já escolheu o que vai querer? — ele pergunta abaixando o cardápio e imediatamente volto a olhar a para o meu.

— N-Não, eu ainda não me decidi... — olho para as letras ali mas não consigo me concentrar em nada — Estou em dúvida entre o bolo de chocolate e a torta de morango — falo o nome de qualquer comida aleatória como desculpa e espero do fundo do meu coração que elas estejam incluídas no cardápio.

— Escolhe os dois, ué — ele diz simples me fazendo olhá-lo.

— Não quero abusar de você Adrien — desvio o olhar envergonhada.

— Não está abusando, você pode pedir o que quiser, hoje a noite é nossa... — ele diz de uma forma inocente e conhecendo a peça eu sei que teve um duplo sentido na última frase, isso não foi nada inocente.

— Tá bem, vou escolher os dois — suspiro me dando por vencida.

Adrien sorri satisfeito e logo faz um sinal com a mão, e um garçom não demora muito para se aproximar.

— Boa noite, sejam muito bem vindos a Coffee, o que vão querer? — pergunta segurando um caderninho em mãos.

— Uma fatia de bolo de chocolate e uma outra de torta de morango — digo antes de Adrien e o garçom anota tudo com um sorriso simpático.

— E o senhor? — aponta para Adrien com a caneta.

— Uma torta de limão e uma garrafa de vinho, por favor — sorri e o homem saí depois de anotar tudo.

Percebi que ele adora torta de limão, já eu não gosto tanto assim do gosto.

Olho para Adrien que me encarava de um jeito estranho e sinto minhas bochechas queimarem.

— Por que está me olhando desse jeito? — pergunto mordendo a parte interna da bochecha.

— Porra, Você está linda pra caralho, sabia? — indaga me fazendo corar ainda mais — Você ficou tão gostosa nessa roupa que minha vontade é de... — ele não termina de falar porque o garçom logo volta colocando as duas taças sobre a mesa.

— Logo volto com as sobremesas! — avisa quando deixa a garrafa na mesa e sai dali.

— Obrigada — agradeço o elogio de Adrien timidamente.

— Por que está vermelha princesa? — ele pergunta depois de abrir o vinho e começar a encher as taças.

— Por nada... — pego a taça já cheia e dou um pequeno gole.

— Hum... Aposto que está imaginando meu corpo nu... — ele passa a mão no peitoral e faz uma cara engraçada tentando sensualizar e eu acabo rindo.

Você não imagina quantas vezes!

Meu lado safado grita, mas apenas ignoro.

— Adrien! Para com isso! — repreendo ainda rindo.

— Qual é Mari, vai dizer que nesse tempo em que me provocou não me imaginou dentro de você?! Nem uma vez se quer? — ele pergunta e eu quase me engasgo.

Me engasgo, porque minha resposta é sim.

Sim, eu te imaginei muitas e muitas vezes dentro de mim no meio das minhas provocações.

Mas eu não vou responder isso, não em voz alta, não para ele, prefiro dar uma de puritana.

— O que está acontecendo com você garoto? — desvio o olhar envergonhada.

— Nada, só estou perguntando — ele pega a taça e leva até a boca.

Jesus, até bebendo um simples vinho o garoto é perfeito!

— Hum... — murmuro desviando o olhar para qualquer outro lugar enquanto bebia um pouco do meu vinho.

— Imaginou ou não imaginou? — ele insiste.

— Eu não vou responder isso...

— Já que não quer responder vou considerar seu silêncio como um "sim" — provoca me fazendo perder a paciência.

— Caralho Adrien, não, eu não imaginei você dentro de mim! — eu respondo no pior momento, o momento em que o garçom estava chegando com as sobremesas, ele quase deixa a bandeja cair mas logo se recupera.

Ele me olha envergonhado e um pouco assutado enquanto nos servia.

Meu Deus, que vergonha!

Adrien segura a risada, enquanto o homem só faltava morrer de tanta vergonha.

— T-Tenham um bom apetite — ele sorri fraco e com as bochechas super vermelhas e sai dali.

O garçom que nos serviu era jovem, aparentava ter a minha idade ou menos, sei lá, só sei que ele está super envergonhado.

— Olha o que você me fez fazer, seu idiota! — amasso um dos guardanapos e jogo em cima dele.

Adrien joga a cabeça para trás e solta uma risada contagiante, eu riria junto se não estivesse com raiva.

— Eu? Se você tivesse me respondido de primeira isso não teria acontecido — ele dá de ombros quando finalmente consegue parar de rir.

— Aí, que vergonha... ele deve estar achando que eu sou uma pervertida — murmuro pegando meu garfo e puxo a torta de morango para mim e dou uma garfada enfiando na minha boca

— Relaxa, você nunca mais vai ver o cara na sua vida — ele sorri e pega um pedaço da sua torta de limão.

— Nunca se sabe, vai que eu esbarro com ele algum dia? — murmuro de boca cheia.

Adrien parece não se importar já minha mãe me mataria se me visse fazendo isso.

— Então você está me dizendo que pretende esbarrar com ele algum dia? — seu garfo que estava prestes a entrar em sua boca para no meio do caminho e sua expressão se fecha.

— Que? Eu nem conheço o menino! — reviro os olhos e corto outro pedaço da torta.

Oh, ele está com ciúmes, entendi, isso é bom...

— Está com ciúmes Agreste? — provoco.

— É claro que eu estou! Caralho Mari, você é minha garota... — ele fala de uma forma fofa e eu me derreto toda.

Porém também sinto uma guerra dentro de mim sempre quando Adrien fala coisas do tipo: “Você é minha garota” “Nenhum outro homem pode te tocar como eu toco” ou “Você é só minha”.

Meu lado romântico adora, já meu lado feminista tem vontade de corta seu pau fora com uma faca enferrujada, vai entender né?

As vezes eu ignoro esse lado Feminista-corta-pau e amo quando ele diz coisas como essa, isso faz eu me sentir amada de uma certa forma, significa que ele não quer me perder.

Mas o que eu posso fazer se naquele dia no estacionamento eu disse que era dele enquanto ele tinha os dedos dentro de mim? O que não foi mentira.

— Entendo, mas você não precisa desse ciúme desnecessário eu estou aqui com você agora e eu não faço a mínima ideia de quem seja esse garoto, talvez eu nunca mais volte aqui, então guarda esse teu lado macho possessivo pra outra hora — sorrio e puxo o bolo de chocolate assim que termino a torta.

— Você tem razão, ele não chega aos meus pés — ele se exibe passando os dedos no cabelo e sorri de um jeito tremendamente sexy.

E isso é totalmente normal vindo de Adrien, o cara exala sensualidade!

— Eu não disse isso seu convencido! — dou um tapinha em sua mão voltando a atenção para o bolo.

— Mas quis dizer — ele fala e agora olha para o bolo em minha frente — Hey! Eu quero um pedaço também! — ele reclama estendendo seu garfo para cima do MEU bolo de chocolate.

— Que? Não! Você tem a sua torta de limão! — puxo meu prato para mais perto.

— Mas um pedacinho não vai te matar! — ele ri ainda tentando arrancar um pedaço do bolo.

— Ah vai sim! Entenda querido, comida não foi feita pra se dividir! — reclamo com uma carranca.

— Credo, depois eu quem sou o possessivo aqui! — ele desiste e se senta corretamente na cadeira e cruza os braços fazendo seus músculos se contrair contra a manga da camisa e faz uma cara emburrada.

Será que ele já pensou em parar de ser tão lindo?

— Tá bom — reviro os olhos cedendo — Só um pedacinho está bem? — pergunto e quando ele assente espeto a ponta do meu garfo no bolo tirando um pedaço de lá, eu não confio em Adrien nesse quesito por isso preferi dar um pedaço na boca dele — Abra a boca querido, vou dar pra você — ordeno e ele me lança um sorriso malicioso antes de abrir a boca.

Ah não, ele não fez isso! Adrien Agreste precisa urgente de uma igreja ou tomar banho de água benta.

Meu Deus, não é possível que ele veja maldade em tudo!

Me diga uma coisa onde Adrien não veja malícia ou duplo sentido, não conseguiu achar nada né? Porque não existe nada que ele não leve pro lado pervertido da força! Esse garoto é podre, não tem solução, mas eu amo...



      ────────── ♡ ──────────


— Pra onde estamos indo agora? — pergunto me agarrando mais ao seu braço.

— Eu não sei, só estamos andando por aí — ele passa seu braço que eu segurava por cima do meu ombro e então eu me agarro em seu tronco, está frio pra caralho e eu preciso me esquentar não é?

Não que eu esteja aproveitando o frio para agarrar seu lindo corpo. Jamais, longe de mim fazer uma coisa dessa...

— Vem, coloca minha jaqueta — ele já está a tirando antes que eu reclame e a coloca em cima do meu ombro.

Dou de ombros e enfio os braços no buraco, o casaco era quente e tinha o cheiro do seu perfume que eu tanto amo, mas mesmo assim volto a agarrá-lo, nenhum casaco no mundo substitui o calor do corpo de Adrien, ele solta uma risada nasalada me puxando para ele.

Depois de comermos no café ficamos conversando por mais alguns minutos até Adrien decidir que devíamos dar uma volta por aí, eu achei estranho, porque não fazemos a mínima idéia de onde estamos e Adrien ainda quer “Andar por aí” ?

Ele é louco!

Andamos mais um pouco até encontar um lago tinha alguns pinheiros em volta e um píer que levava até lá.

— Ai meu Deus, aqui tem um parque! — grito assim que vejo a enorme roda gigante do outro lado do píer.

— Sim, eu notei — ele diz olhando pra lá.

— Podemos ir lá? — peço puxando seu braço.

— Que? Agora? — ele indaga.

— Claro que não né, quando abrir — digo óbvia.

— Mas nem sabemos se esse negócio ainda abre — ele faz careta.

— Vamos ter que esperar pra saber — faço bico olhando para roda gigante desligada.

— Já te disseram que você parece uma criança? — ele ri e aperta minha bochecha.

— Sim, minha mãe o tempo todo — digo com a voz meio estranha por ele ainda estar apertando minhas bochechas.

Dou um tapinha em sua mão, fazendo ele rir e as tirar dali.

— Tá bem, depois conversamos sobre isso — ela dá de ombros e puxa minha mão para continuarmos andando.

Paramos na metade do píer e dali dava pra ver todo o lago que estava sendo iluminado pela luz da lua.

— Nossa, esse lugar é lindo Adrien, não sabe mesmo aonde estamos? — pergunto apreciando a paisagem a nossa frente.

— Não faço idéia — ele perece ser sincero.

— Aqui em cima é muito mais frio né? — aperto mais a jaqueta ao meu corpo assim que uma brisa gelada passa por mim.

— S-Sim... — ele gagueja e eu estranho.

— Você está bem? — olho para seu rosto que estava vermelho.

— N-Não, quer dizer sim... — ele se embola me deixando mais preocupada ainda.

Ele colocava as mãos dentro do bolso e as tirava de forma desesperada, enfiava os dedos nos cabelos os puxando para trás. Tudo isso indicava que ele estava nervoso, mas com o que?

— Quer me dizer alguma coisa? — pergunto me aproximando dele.

— Eu quero mas eu estou nervoso pra caralho! — ele bagunça os cabelos nervosamente.

— Você tem que relaxar... — rio do seu desespero e levo minhas mãos até seus ombros tensos e os aperto de leve o fazendo relaxar — Agora respire fundo — puxo o ar pelo nariz e ele faz o mesmo me olhando nos olhos e solta pela boca assim que solto também — Agora consegue falar? — sorrio docemente e coloco ambas as mãos em cada lado do seu rosto o acariciando.

— Obrigado por me acalmar, são esses simples e pequenos atos me fazem me apaixonar cada dia mais por você Marinette — ele sorri e recolho minhas mãos um pouco tímida.

— Não precisa agradecer — sorri

— Agora vai... — Adrien respira antes de começar a falar novamente — A primeira vez em que eu te vi eu... eu senti...  eu não sei explicar exatamente o que eu senti naquele momento, mas sei que foi uma coisa boa, quando minha mãe nos apresentou sei que meu primeiro pensamento foi querer pegar você, acho que estava muito óbvio — ele ri baixinho e olha para baixo — Lembra quando eu te encuralei no meu quarto e tentei arrancar um beijo seu? — pergunta voltando a me olhar nos olhos e eu assinto meio envergonhada, até hoje não superei aquele dia, aquilo foi muito aleatório — E quando você recusou meu beijo eu fiquei puto, mas impressionado ao mesmo tempo, nenhuma garota até aquele dia tinha negado algo a mim, e ali naquele dia eu soube que você era diferente mas eu queria te testar, queria saber até onde ia seu limite, por isso fiquei atrás de você igual a um safado, fazia cantadas horríveis... Acho que faço isso até hoje — ele ri se interrompendo e isso me faz rir também — Eu só queria ter certeza do que eu estava sentindo, eu jurava que era atração, mas pra confirmar isso eu só precisava de um beijo seu, eu achei que seria moleza, mas porra! Você não era nada fácil Marinette! — ele exclama como aquilo fosse a pior coisa do mundo e eu rio do seu desespero.

— Por que você está relembrando tudo isso? — pergunto quando ele finalmente me dá a chance de falar.

— Não me interrompa! — ele dita sério e eu dou de ombros — Onde eu estava mesmo? — ele para por um tempo.

— Na parte em que...

— Lembrei! — ele diz meio que do nada me assustando — Você era difícil mas eu continuei tentando, no dia em que eu te larguei naquele posto de gasolina estranho pra ficar com uma garota que eu nem sabia quem era — ele fala e eu reviro os olhos só de lembrar — Eu só queria mesmo que minimamente te tirar da minha cabeça, aquele dia você tinha se aproximado demais e eu me senti estranho, queria acabar com essa sensação, mas eu me odiei tanto ao te ver chorando, porra... aquilo acabou comigo, eu nunca tinha ficado tão incomodado ao ver uma garota chorar a não ser minha irmã ou minha mãe, mas, sei lá, você me deixava confuso — ele balança a cabeça parecia ainda estar confuso — Mas eu dei um jeito de me desculpar com você, quando comprei aquele bolo de chocolate na praia, até hoje eu tenho raiva daquele garoto — ele fica sério por um momento mas também ri quando eu rio — Aí você me perdoou, com um simples pedaço de bolo você me perdoou, você até que foi muito boa, eu no seu lugar não olharia mais na minha cara...

— Eu seria incapaz de não perdoa-lo naquele dia, eu já estava apegada demais pra fazer algo assim — digo encarando qualquer coisa que não fosse seu rosto.

Sinto ele colocar sua mão em meu queixo e logo erguer minha cabeça me fazendo olhar em seus olhos.

— Mas com esse simples ato você conseguiu me mostrar que tem um coração puro... Sabia que nesse dia eu já estava completamente apaixonado por você? Eu só era idiota demais pra notar — ele revira os olhos com um sorriso de lado — Quando nos beijamos pela primeira vez, eu nem precisei fazer esforço algum você mesmo me puxou para um beijo, e caralho, eu posso te garantir que aquele foi o melhor beijo de toda minha vida e...

— Adrien, o que você quer dizer com isso? Por que está relembrando tudo? — pergunto novamente, mas dessa vez queria uma resposta.

— Eu só quero dizer que nós já vivemos tantas coisas juntos, tanto boas quanto ruins e... a cada dia que eu passo do seu lado só confirmo que eu não sou nada sem você. Os dias em que passamos longe um do outro foram as mais longas e torturante semanas da minha vida, quase dois meses sem você Marinette, tem noção do que é isso? Antes de dormir eu sempre me odiava mais e mais por ter deixado você escapar e eu... — ele da uma pausa respirando fundo.

Jesus, eu nunca vi Adrien tão nervoso assim.

— Adrien?

— Eu quero dizer que você trouxe de volta o brilho dos meus olhos e a sinceridade em meus sorrisos, me fez querer viver quando eu estava quase morrendo... — ele se interrompe me olhando, como se quisesse que eu falasse alguma coisa.

— Que foi?

— Caralho Marinette! Isso não é o suficiente pra você enteder?! — me olha com um pouco de irritação.

— A culpa não é minha se eu sou lerda, seja mais específico! — cruzo os braços emburrada.

— Mais do que eu já estou sendo? — ele fala um tanto indignado — Aí Marinette, você só está complicando mais coisas... — ele bufa passando as mãos no rosto — Vou tentar se direto! Você... — ele me olha atento.

— Você... — o incentivo a continuar.

Ele diz algo bem baixinho e eu não escuto merda nenhuma.

— Você poderia falar um pouco mais alto? — peço porque eu não entendi uma vírgula do que ele disse.

— Por Deus Marinette! Eu estou te pedindo em namoro! — ele diz impaciente e se ajoelha e ainda com as mãos trêmulas tira a caixinha de veludo do bolso de trás.

E é aí que minha mente começa a funcionar e eu percebo o quanto eu sou lerda, essas lembranças, as frases bonitas, ele queria me pedir em namoro desde o início, sinceramente, nem sei como Adrien me aguenta ainda, espera, que lado da família eu puxei? Será que foi da mamãe? Não, mamãe não é tão lerda como eu. Provavelmente deve ter sido do papai.

— Marinette você me ouviu? — ele pergunta e morde o lábio com força.

— O que? — volto a olhar para ele meio perdida.

— Porra! Você quer ou não namorar comigo?! — ele me olha, a insegurança e o medo de ser rejeitado era bem notável em seu rosto, mas também havia um pouco de esperança.

Meu coração começou a bater em um ritmo acelerado, falhando algumas vezes, eu esperei tanto por isso e sonhei tantas vezes que eu nem sei se é real. Olho para o garoto ajoelhado a minha frente e sinto meus olhos se encherem d'água.

Puta que pariu! Adrien Agreste está me pedindo em namoro.

Isso é mesmo real?


Notas Finais


Marinette é lerda sim ou muito? Mas não vou julgar porq consigo ser pior kkk

Será que ela vai aceitar? Kkkkk
(Vamos fingir demência e fingir que não sabemos qual será a resposta da Mari kkk)

Viu gente? Não foi a tia Emilie que planejou isso não, foi o destino querendo apressar as coisas kkkk

Emilie é louca mas nem tanto kkk

Mas cá entre nós, Adrien é bem lerdinho quando quer kkkkk

O capítulo estava super hiper mega grande, mas fui aconselhada por uma amiga a dividir em duas partes kkkk

Acho que me empolguei só um pouquinho (muito) na hora de escrever kkjj

Se tudo der certo posto a segunda parte amanhã mesmo ♥🤗

Feliz dia dos namorados pra quem tem e pra quem não tem tô disponível 😏♥😂

Comentem aí, e espero que tenham gostado ♥


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