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História Allow to Feel- Fillie - Capítulo 20- Gatinho Babaca


Escrita por: stxrcourtt

Notas do Autor


Olá,
Mills viajou dia 24 de agosto e voltou dia 21 de setembro, no sábado. Apenas caso fique confuso :)
Espero que gostem.
Beijos.
Girassóis.

Capítulo 20 - Capítulo 20- Gatinho Babaca


Fanfic / Fanfiction Allow to Feel- Fillie - Capítulo 20- Gatinho Babaca

Millie Pov’s

Estava em um quiosque em uma das lindas praias de Califórnia, quando falava por ligação com Sadie e Noah.

- E então ela disse para a escola toda sobre o pau pequeno dele- explodimos na gargalhada.

- E o melhor! E o melhor!- Noah falou animado, imaginei ele mexendo as mãos- Até contou como era horrível encontrar posições onde dava pra ver ele- explodimos de novo na risada até minha barriga doer.

- Vocês são horríveis!- gritei.

- Horrível é namorar um cara com o pau pequeno- Sadie riu.

- Sadie Sink, achei que você era defensora de tudo e todos- falei, zoando-a.

- Ah eu sou, se esse tudo e esse todos não for um cara com pau pequeno babaca que trai a namorada, aí eu sou- ela riu.

- Certíssima- Noah disse rindo.

- Nunca julguei!- ri também- Nenens, preciso ir! Nos falamos a noite. Saudades, lindas!

- Saudades, bebe!- Noah falou.

- Sentimos sua falta, pequena- Sadie solta. Mas ao falar o apelido que Finn deu a mim, meu coração aperta.

- Oh Oh- Noah diz, como forma de reprovação, notando meu silêncio.

- Droga- Sadie fala chateada- Desculpa, Mills.

- Gente, relaxa!- soltei um riso fraco- Tá tudo bem...não é como se ele tivesse inventado essa palavra. Até mais- digo por último, e ao ouvir um “Até” em uníssono, desligo.

Quando viajamos no sábado de manhã para a Califórnia para o trabalho do papai, decidimos que íamos voltar terça, como estava marcado, mas ocorreu uns imprevistos e tivemos que ficar um mês aqui.

Meu pai ligou para o diretor dizendo que eu ia mandar minhas lições e trabalhos por e-mail e que na volta eu faria as provas, e apesar só sr. Phills ser um pé no saco, ele aceitou.

Sadie e Noah me passavam as lições, e nos ligávamos todo dia para eles atualizar-me sobre tudo que acontecia lá enquanto eu não voltava. Estávamos morrendo de saudade. Nunca fiquei tão longe deles, até nas férias nos vemos pelo menos toda semana. Então estava feliz em voltar. Pelo menos em partes.

Finn.

O nome dele aparecia na minha cabeça pelo menos uma vez por dia. Desde a aquela sexta, não nos falamos mais. Sadie e Noah disseram que ele sumiu por uma semana, e quando voltou estava mais quieto e estranho que o normal. Eles disseram que depois de uns dois dias sem me ver na escola, Finn foi até eles e perguntou onde eu estava, eles explicaram sobre a viagem e então ele assentiu, mas foi só isso. Até Jack, que estava sempre com ele, não conseguiu explicar sobre o que estava acontecendo, Noah disse, em uma ligação.

Não sei em que dia decidi que não ia mais pensar em Finn. Mas estava com minha família, em Califórnia, não podia deixar a lembrança dele estragar uma viagem tão gostosa.

Mas era impossível, ele sempre estava lá. Não é como se eu estivesse só irritada com ele-o que eu estava bastante-mas também estava preocupada.

Naquela noite ele parecia tão distante, era como se não fosse ele. E então sumiu por uma semana, e quando voltou estava ainda mais estranho. Queria ligar e perguntar o que aconteceu, mas eu não podia.

Nem consigo contar nos dedos a quantidade de vezes em que Finn fora babaca comigo ou me afastou desde que nos conhecemos. Deveria estar acostumada, mas ainda me magoava. Achei que estávamos progredindo, mas como sempre, ele subiu muros a sua volta e me chutou do seu castelo para bem longe. E para minha saúde mental, decidi não voltar tão cedo.

Era sábado de manhã e já íamos voltar para casa. Apesar do Sol ser uma maravilha aqui na Califórnia, estava com saudade dos meus moletons e meus amigos.

A viagem toda no avião fiquei nervosa e pensando sobre se Finn iria me procurar, ou pelo menos se explicar. Já era normal ele ser um babaca e depois vir desculpa. E você burra sempre perdoa! Não sou burra! Ele tem seus problemas.Tem, mas não é motivo para ser um babaca com você e te tratar feito nada de uma hora para a outra. É. Viu?

Era uma batalha constante na minha mente sobre meus sentimentos. Havia beijado o Finn, o primeiro menino depois de meus problemas com Jacob, e então ele me tratou feito lixo, desaparecendo. Não poderia dar a ele o poder de me deixar ansiosa, irritada ou magoada. Havia mais coisas em minha vida! Eu tenho provas e lições para por em dia, ok? Você não pode fica invadindo meus sentimentos, seu babaca!, falei a mim mesma, imaginando mentalmente eu jogando isso na sua cara, mesmo sabendo que nunca teria coragem para tal.

Já estávamos no táxi parando em casa quando percebi, então peguei minhas coisas no porta-mala ajudando meu pai.

- Eai, docinho? Gostou da viagem?- seu sorriso e o apelido que sempre usava comigo fez meu coração esquentar.

- Amei!- o abracei de lado, por conta das malas em nossas mãos- Te amo pai.

- Te amo, Mills.

- Ei, eu também quero!- minha mãe, que estava pegando as malas de mão na frente, abraça a gente também. Rimos e então entramos em casa.

Era bom estar de volta. Meu quarto, minha caminha, meus livros e meus discos. Minhas roupas de frio e meus amigos rindo e falando pelo meu quarto. Cheirinho de comida da minha mãe e o som do futebol passando na sala de tv onde estava meu pai.

Não sabia que gostava tanto desses pequenos detalhes até não ter por um tempo. Era realmente bom estar de volta.

Meu domingo foi bem calmo, chamei meus amigos para ir em casa para matar a saudade e íamos dormir juntos e ir juntos para a escola.

- Mas eai? Gatinhos Californianos?- Noah balança suas sobrancelhas com um olhar malicioso. Estávamos no meu quarto conversando, como sempre.

- Sem gatinhos- faço um biquinho, rindo.

- Qual é! Nenhum?- Noah finge uma cara de choro.

- O único gatinho dela tem cabelos cacheados e é um babaca- Sadie estava fazendo sua unha na minha escrivaninha.

- Aquele lá não quero nem lembrar- falo, revirando os olhos.

- Nenhum sinal do gatinho babaca?- Noah vai até a janela, provavelmente querendo ver se ele aprecia.

- Eu o vi ontem à noite olhando para cá, não sei se ele acenou ou foi só coisa da minha cabeça, mas fechei a cortina na mesma hora- digo.

- Fez mais que certo! Eu ainda mostrava o dedo do meio!- Sadie falou.

- Sadie???- Noah voltou a se sentar na cama, rindo.

- Fala sério, No! Aqui não tem lugar para babaca- Sadie, feminista como só ela, odiava quando homens tratava mulheres feito lixo, ainda mais se a mulher fosse sua melhor amiga. Eu a amava tanto.

- Realmente...- ele da de ombros.

- Chega de gatinho babaca e vamos ver a série por favor?- pergunto, já pegando o controle.

Passamos o dia conversando sobre Finn, que foi um completo babaca; sobre Caleb e Sadie, que estavam totalmente apaixonadinhos um pelo outro, ou como ela diz “Apenas nos conhecendo, gente!”. Até parece, eles estavam mesmo apaixonados. E falamos também sobre Jack e Noah, que ficavam um com o outro mas não assumiam nada, eu e Sadie demos em Noah a famosa “comida de rabo” para ele por para frente esse relacionamento e acabar com essa bobeira de ficar sério, mas segundo ele “É só um lance, gente”, em resposta, eu e Sadie rimos, o que deixou Noah furioso. Outro que estava apaixonado e não admitia.

Isso me lembrava a irmã de Sadie, a Lillia, que estava apaixonada por um menino de Nova Iorque e não admitia nem ferrando. Hoje ela mora lá com ele e estão prestes a se casar. Era até engraçado lembrarmos dela falando toda hora “NÃO GOSTO DELE. Não enche, pirralhas”. Ela tem 22 anos, e se mudou faz um tempo já, sinto falta dela. Apesar de nos maltratar quando criança, ela dava ótimos conselhos quando estava aqui, tenho que admitir que precisava deles agora.

Passei a manhã toda sem ver Finn, o que foi ótimo pois eu tinha três provas no mesmo dia para por em dia, então precisava me concentrar.

Sr. Phills quase me matou com o olhar quando perguntei, sarcasticamente, se ele não queria me dar mais sete provas logo de uma vez, então decidi aceitar e fazer as três mesmo.

As de inglês e geografia até que foram fáceis, estava estudando bastante na viagem, meu pai me obrigava a tirar uma hora de noite para estudar, para compensar as faltas. Então fui bem nessas. Mas a de matemática apenas me estressou, só caiu coisas das quais eu não havia estudado tanto ou coisas que eu não sabia, eu tinha certeza que iria tirar no máximo um C-, então já aguardava a bronca dos meus pais.

- A baixinha voltou!- Caleb anunciou, assim que me sentei na mesa do refeitório. Jack veio por trás e me abraçou.

- Saudades, Mills- sorri com o ato inesperado.

- Saudades, nenens- o apertei forte.

- Fez falta aqui, Bobby Brown- Jack se senta ao meu lado, como de costume- Não é, Finn?- o clima fica tenso após essa frase e todos olham para Finn, menos eu. Vejo o sorriso no rosto do Jack, fazendo, com toda certeza, de propósito.

- É...- Finn, que também fica surpreso por ser mencionado do nada, levanta os olhos da comida- Você fez falta- ele olha nos meus olhos e então, sem saída, olho nos dele. Desculpa, ele dizia. Mas virei os olhos para outro lugar. Sinto muito, Finn.

Estava andando nos corredores vazios da escola como sempre, eu devia ter aprendido a não ficar mais sozinha, depois do ocorrido com o Jacob, mas não...e como prova de que nunca acontece algo bom quando to sozinha nesses corredores, vejo Finn parado no meu armário. Perfeito. Lá vem.

- Se for pedir desculpa, como sempre faz, nem perca seu tempo- abro meu armário e começo a colocar meus materiais lá dentro, pegando outros.

- Podemos conversar?- ele continua me olhando, sério, com seus olhos pretos brilhando. Não caio mais na sua, Wolfhard.

- Não- bato o armário e ando de volta para a sala da próxima aula.

- Mills, por favor...- ele me segue, puxando meu braço.

- Não me chama assim!- viro, brava- Não quero conversar, Finn. Tchau!

Quando achei que havia me livrado dele, sinto suas mãos me arrastarem ao depósito que havia do lado do banheiro. Seu corpo prensando o meu contra o armário de vassouras, sua respiração tão perto, sua boca vermelha e seus olhos que penetravam a alma. Droga, Finn.

- Precisamos conversar! E isso não é uma escolha!- ele diz convicto, trancando a porta. Um arrepio passa pelo meu pescoço ao sentir sua respiração tão perto.

- Não quero falar com você, Finn!- não queria que minha voz falhasse, mas falha. Viro meu rosto para outro lado e então com seus dedos, ele toca meu queixo e vira meu rosto para ele.

- Me deixa explicar- Finn olho em meus olhos- Por favor.

- Explicar o que, Finn?- não ia deixar isso barato- Como sempre faz merda e sempre vem pedir desculpa? Como me trata como lixo e depois vem sempre correndo achando que eu vou te desculpar? Cansei disso, Finn. Acha que sou idiota?

- Mills, não faz assim- vejo sua pose de machão vacilar, percebendo que estava atingindo o alvo. Perfeito! Ia continuar.

- Não faz assim, Finn? Tivemos uma noite incrível há um mês e então você recebe uma ligação e muda totalmente de personalidade, acabando com a noite sem nem ao menos me explicar. Você sumiu por um mês, Finn. Um mês!- grito, nervosa. Não queria chorar, mas lembrar do quão magoada fiquei depois que ele sumiu, fez algumas lágrimas começaram a descer pelo meu rosto. Ele sai de cima de mim e me encara, magoado- E sumiria mais, se não fosse obrigado a me ver todo dia na escola!

- Eu não sumiria mais!- me olha como se eu tivesse falado mentiras- Millie, olha desculpa, ta bom? Sei que fui um babaca por ter sumido, mas não podia te contar...- ele olha para o outro lado.

- Um completo babaca, Finn Wolfhard! Achei que nossa amizade estava ganhando mais confiança, achei que confiava mais em mim. E o beijo...- respiro por um tempo, ele me olha surpreso por falar nisso- Sabia que foi meu primeiro depois do Jacob? Você foi o primeiro que consegui tocar sem ter medo, Finn! O único que eu não senti um pavor enorme e quis fugir. O único que eu realmente quis- falei, por fim. Seus ombros caem ao ouvir as últimas palavras então ele chega perto.

Com suas duas mãos, segura meu rosto, e com seus lábios macios, me dá um beijo preciso, cheio de saudade e de culpa. Sinto nossas lágrimas se misturarem. E apesar de o querer por perto, ele havia me abandonado. Eu não podia esquecer disso. Então o solto, recebendo um olhar doloroso dele.

- Sinto muito, Finn. Mas enquanto continuar escondendo coisas de mim, e me machucando a todo momento, sinto que não podemos mais ser amigos e nem mais nada!- pego minha mochila que estava no chão e destranco a porta.

- Por favor, Millie...- sua voz vacila, mas eu não podia ter compaixão agora. Ele não teve por mim, quando decidiu me abandonar por um mês, digo a mim mesma.

- Adeus, Finn- saio pela porta sem olhar para trás. Pois caso olhasse, voltaria correndo para os seus braços. Mas não podia. Não podia.

- Mills? Está bem?- Sadie tromba comigo no corredor. Balanço a cabeça fazendo cara de choro, então me abraça forte- Ei, amor. To aqui. Ta tudo bem.

Tá tudo bem, repeti a mim mesma. Tá tudo bem.


Notas Finais


O que estão achando?
Continuo?
Obrigada por lerem :)
Beijos.
Girassóis.


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