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História Almas Trigêmeas - Eu sei o que vocês fizeram na vida passada (parte 3)


Escrita por: jord73

Notas do Autor


Novidades para as leitoras team Vic&Dean. Daqui a uns três ou quatro capítulos no máximo, vocês vão ter uma surpresa. Mas não se empolguem muito! Rsarsrsrsrs... O que será? O que será?

Um ótimo capítulo

Capítulo 41 - Eu sei o que vocês fizeram na vida passada (parte 3)


Fanfic / Fanfiction Almas Trigêmeas - Eu sei o que vocês fizeram na vida passada (parte 3)

Anteriormente:

A boca de Vic tremeu. E por fim, criou coragem e entrou no quarto de vez. Sabia que aquela imagem nunca mais sairia de sua mente pelo resto de sua vida.

A cabeça de Henry separada do corpo entre dois travesseiros e virada de lado com a expressão congelada de pânico e os olhos arregalados e com o pescoço enrolado numa corrente; seu tronco no meio da cama; os braços e pernas separados e caídos no chão em diferentes direções, também envoltos em corrente; sangue espalhado pelo quarto.

Collins prendeu o ar e não conseguiu emitir nenhum ruído. Nada se passava em sua mente. Ela deu alguns passos cambaleantes para trás, foi se agachando no chão lentamente até se deitar e ficou encolhida em posição fetal. Seu corpo tremia.

(...)

–Do que você está falando... Mason?

– George. – corrigiu ele – Meu nome verdadeiro é George Tudor. Sou primo do famoso Henrique da Inglaterra, pai da rainha Elizabeth. Aliás, fui eu que sugeri o nome da filha dele em homenagem a você.

– Você está enganado – Vic balançava a cabeça completamente atordoada – Seja você quem for e da época que for, eu não sou essa mulher que você acha que sou.

Ele riu.

– Você não se lembra, Elizabeth, mas é você sim ou pelo menos foi. Mas não te culpo, são poucos que conseguem se lembrar de outras vidas.

– De outras... o quê? – Vic pensou ter escutado mal.

– De outras vidas. Vidas passadas. Reencarnação.

(...)

– Maldição! Aquele demônio nos traiu – esbravejou Dean. Voltou-se para o anjo – Cass, nos tire daqui de uma vez!

– Não, espere, Dean – Sam segurou o braço dele – Deve fazer parte do plano.

– E se não for?

– Vamos ter que arriscar.

(...)

Dito e feito, não houve resistência na maçaneta. Vic abriu apenas uma fresta. O coração batia a mil. Ela não podia ser precipitada, tinha que dar uma espiada antes.

Abriu mais a porta. Ela soltou um grito de susto e, automaticamente, tapou a boca.

– Pensou que ia ser tão fácil, Elizabeth? – disse George com expressão sarcástica e um olhar de fúria.

Capítulo 40

Eu sei o que vocês fizeram na vida passada (3ª parte)

Dean e Sam foram conduzidos pelos dez soldados para a sala de operações subterrânea onde estava Brandon Slade. Suas mãos estavam encostadas no alto da cabeça e eram cercados pelos oficiais que empunhavam as metralhadoras. Cass havia sumido por sugestão de Dean antes que os homens chegassem até eles, já que de qualquer jeito não poderia entrar no local.

– Senhor, conseguimos pegar esses dois, mas o outro elemento que estava com eles simplesmente desapareceu – anunciou o cabo Walker à frente dos rapazes e diante do sargento. Havia uma escrivaninha entre eles. O oficial parecia tenso, embora em posição de sentido – Não posso explicar o que aconteceu, mas os soldados que estavam comigo podem comprovar o que digo.

Olhou para os outros oficiais que assentiram.

– Não se preocupe, cabo. Não importa – Slade tranquilizou-o.

– Mas, senhor, isso foi algo inexplicável!

– Já disse que não importa, cabo. Não é algo que caiba a vocês quererem explicação – Slade impôs um tom autoritário que não admitia questionamento.

– Sim, senhor – respondeu Walker.

– Agora amarrem esses dois e depois saiam. Quero falar com eles a sós.

– Como quiser, senhor – respondeu Walker.

Um sorriso se formou no canto de seus lábios. Slade estranhou. O cabo se virou para os Winchesters e disse-lhes baixinho:

– Afastem-se para os lados.

Por um segundo, os caçadores o fitaram confusos. Porém, logo compreenderam quando os olhos do cabo ficaram escuros. Prontamente obedeceram. Walker disparou em todos os soldados sem poupar nenhum.

–Walker! Pare! – gritou Slade estarrecido

Como o oficial não lhe obedecesse, fez menção de pegar sua arma em cima da escrivaninha, porém, Dean foi mais rápido e a tomou.

– Ops! Precisa ser mais rápido do que isso, sargento – zombou e apontou-a para ele.

Finalmente, o cabo guardou a arma ao constatar que havia matado os nove soldados. Na verdade, o cabo era Joshua.

– Ei, cara, por que não avisou que era você e nem falou pra gente sobre o plano? – queixou-se Dean

– Desculpe, é que sou chegado num suspense – replicou com sarcasmo.

– E precisava matar esses caras?

– Como se você não quisesse ter feito isso antes...

Dean não retrucou, apenas o fuzilou com os olhos.

–A propósito, esconderam meu corpo original? – tornou Josh.

– Pode deixar, está bem seguro. Cass levou com ele para algum lugar junto com meu carro.

– Ora, parece que os irmãos Winchesters estão bem protegidos – comentou friamente Slade sem demonstrar sua frustração – Além de um anjo, também tem um demônio de retaguarda.

– Está bem informado a nosso respeito – replicou Sam contendo a raiva por aquele homem que havia mandado capturar sua namorada.

– É, parece que sim – tornou Dean – E pro seu bem tomara que esteja bastante informado sobre a garota que estava com a gente, aquela que você mandou raptar.

– O que vão fazer comigo? – questionou Brandon.

– Vamos conversar... senhor – respondeu Joshua batendo continência com um sorriso debochado.

– 0 –

– Achou mesmo que me pegaria desprevenido, Elizabeth? – reafirmou George com o rosto furioso

Victoria não pensou duas vezes. Deu meia-volta e correu para dentro da sala. George nem se incomodou em alcançá-la. Entrou com passos lentos.

Vic olhou para os lados a fim de procurar alguma arma para se defender. Como não visse nada à mão, pegou uma garrafa de uísque debaixo do balcão do bar e quebrou-a na coluna que marcava uma divisão na sala. Iria matar aquele bruxo de qualquer jeito!

Ela avançou sobre George com o braço levantado segurando o caco, mas ele deteve seu movimento. O bruxo tinha uma força física descomunal.

– Cuidado, querida. Isso pode machucar alguém. – afirmou sarcástico

Collins tentou se soltar, mas ele não largou seu braço. Ela empregou toda sua força e chutou as partes baixas dele. George se curvou gemendo.

Victoria aproveitou e escapuliu de volta para o corredor que a conduziria ao quarto. Ela não sabia para onde fugir. Mas precisava arrumar um jeito.

Assim que entrou no aposento, ela foi direto para a janela. Afastou as cortinas e abriu-a. Não adiantava sair por ali. Aquelas grades a impediam.

Olhou para o exterior. A tarde caía, o sol assumia um tom avermelhado e seus raios incidiam sobre a paisagem fantasmagórica que Vic contemplava. O terreno da mansão era extenso e havia um labirinto feito de arbustos ou alguma vegetação do tipo defronte para a casa. Mais adiante, via-se uma vasta floresta.

O lugar era uma fortaleza. Talvez nem precisasse de guardas.

Ainda assim, Victoria precisava sair dali. Tentou inutilmente arrancar aquelas grades, mas nada. Talvez se fizesse um esforço e passasse pelas frestas... Não. Era magra, mas não um palito e nem uma contorcionista.

– Socorro! Socorro! – gritou, mas sabia que era inútil

Começava a se desesperar. Colocou um pé sobre o parapeito da janela. Precisava achar alguma saída.

Quando ela ia colocar o outro pé, sentiu sua cintura ser agarrada. Ela não precisava se virar para saber que era George. O toque lhe era arrepiante. Vic começou a se debater e a socar os braços dele que a rodeavam.

– Me solta! Me solta!

– Elizabeth, você devia saber que não pode escapar mais de mim – ele sussurrou em seu ouvido com a voz rouca enquanto a carregava. Aquilo enojou Victoria mais ainda.

– Pare de me chamar de Elizabeth, seu louco! Eu me chamo Victoria!

Por fim, o bruxo a virou de frente para ele e prensou-a na parede. As mãos dele seguravam seus braços. Ambos ofegavam pelo esforço. Vic enojada virou o rosto para não ter que encará-lo e nem sentir seu hálito sobre ela. Isso irritou George que juntou os braços dela com força no alto e pegou em seu rosto, obrigando-a a encará-lo.

– Me solta, seu nojento! Está me machucando – ela esbravejou. Não queria sentir o toque dele em sua face e em nenhuma parte de seu corpo

– Machucando você? Querida, foi você que me machucou agora há pouco lá na sala – ele sorriu com sarcasmo – Eu posso ser um bruxo, mas ainda sinto dor como um homem.

– Que bom! – ela disse com os lábios cerrados tentando conter a irritação e, ao mesmo tempo, o medo que aquele homem lhe causava.

– Ah, Elizabeth, como você me magoa com essas suas palavras – ele disse num tom de lamento e de raiva contida – Aliás, você tem ideia do quanto me magoou por todos esses séculos? O quanto tem me magoado por duas vidas em que estivemos juntos?

Vic permaneceu calda. Decidiu não retrucar as maluquices que aquele bruxo lhe dizia. Tentava pensar em algo para se libertar.

– Você foi minha esposa numa vida e depois minha noiva em outra – ele prosseguiu - Mas sempre acabava me deixando por aqueles dois! Por que, Elizabeth? Por quê?

Ele gritou com fúria e apertou o rosto dela. Collins tentou se soltar, mas sem sucesso.

– E eu fiz tudo por você! Tudo para te encontrar! Eu reneguei a Deus e a luz para me aliar às forças das trevas e me tornar o que sou, um bruxo poderoso depois que você... morreu. Na sua última encarnação comigo. – George sentiu um nó na garganta – Eu quis me matar quando isso aconteceu, mas se eu fizesse, iria direto par ao inferno e talvez não te encontrasse como eu desejava.

Olhou para os lábios de Vic com intenso desejo. Ela notou e rezou mentalmente para que ele não fizesse o que pretendia.

– Eu até matei por você. Eu te encontrei depois de tantos séculos, mas tive que matar quem estava no meu caminho. Eu mataria aqueles malditos Winchesters se eu pudesse, mas acontece que...

– Como? – Vic o interrompeu nessa hora. Algo ecoou em sua mente. Ela tremeu só de pensar na possiblidade – O quê você quer dizer com... matou?

George olhou profundamente para ela. Captou o que ela pretendia lhe indagar. Respirou fundo.

– Eu não queria que você soubesse... Fiz até parecer que era coisa de demônios, mas... sim. Fui eu quem matou o Henry.

Victoria arregalou os olhos e sua boca se abriu incapaz de emitir som. O peito dela começou a subir descompassadamente como se sentisse falta de ar. Lágrimas escorreram do seu rosto. Por fim, ela verbalizou a próxima pergunta:

– Mas... por quê? – sua voz mal saiu

– Ele estava no meu caminho... estava entre você e eu. Já basta eu ter aqueles Winchesters pra me atrapalharem, não ia tolerar mais outro homem como rival.

– Seu desgraçado! – Vic emitiu um grito de dor, uma dor imensa em seu peito. E se debateu mais ainda, tentado se soltar – Eu juro que vou acabar com você!

Não conseguiu segurar o choro que lhe dominou em espasmos. Era como reviver a morte de seu antigo namorado.

–Shhh! Querida, não fique assim. – a voz de George era insuportavelmente calma – Foi para o seu bem. Eu precisava protegê-la. Henry não ia dar conta de fazer isso por você. Eu tive que mata-lo. Esperava que assim você fosse voltar pra mim e perder esse medo tolo que você tinha de mim. – soltou um suspiro de lamento – Só que você desapareceu de novo, meu amor. Foi para longe de mim. Isso me magoou bastante.

Victoria parou de chorar e o encarou com puro ódio. De repente, o medo que ela sentia por ele despareceu. Tudo o que queria era mata-lo, se vingar do verdadeiro culpado da infelicidade pela qual passou.

– Isso, meu bem – ele disse mais animado – É isso que quero ver em seus olhos. Ódio. Porque do ódio nasce o amor.

Vic cuspiu nele. No momento, era o que podia fazer. Mas mesmo assim, se sentiu poderosa.

– Você me dá nojo, seu doente! – disse com toda satisfação e raiva que imprimiu na voz – É a coisa mais patética para alguém caçar. Reze para que Dean e Sam estejam vindo atrás de mim, porque se eles não acabarem com você, eu vou fazer da pior forma possível e com o máximo prazer.

A princípio, enquanto falava, George a encarou sem emoção na voz. Mas assim que ela terminou de falar, ele lhe desferiu um violento tapa no rosto. Apesar da dor, Vic voltou o rosto para ele com o olhar frio e destemido.

– Você não aprende mesmo, hein, sua vadia. – disse ele num tom frio – Tentei ser gentil, mas parece que não adianta. Sabe, esse quarto na verdade é um quarto de empregados. Eu o decorei para que você ficasse aqui como um teste, se você ia se comportar como uma boa menina. Se você tivesse passado, eu teria te levado lá pra cima, no nosso verdadeiro quarto. Mas como você ainda está agindo como uma criança birrenta, vou ter que te colocar de castigo, Elizabeth.

– O que vai fazer? – perguntou

Apesar de já não estar mais com medo, receava que George quisesse... Não queria nem exprimir o pensamento. Mas eles estavam sozinhos lá e fisicamente ele demonstrou ser mais forte do que ela, além de ser um bruxo poderoso. Podia ser louco, mas devia ser mesmo poderoso e podia subjugá-la à sua mercê.

– Oh, não. Não vou fazer isso com você – respondeu à indagação muda dela – Não... ainda – encostou os lábios em sua orelha, fazendo ela se retesar. – Mas vou fazer você se lembrar de tudo, Elizabeth. Vou força-la a isso... e acredite, vai ser doloroso. Você vai desejar que eu tivesse te obrigado a outra coisa.

E com a mesma mão que havia lhe batido, ele encostou o dedo indicador na testa dela. Collins sentiu um mau pressentimento. George começou a pronunciar algumas palavras numa língua antiga. O coração de Vic começou a acelerar e, de repente, ela foi perdendo o ar. Imagens fortes, confusas, desconexas e vívidas se formaram em sua mente.

O grito que soltou foi de congelar a alma. Em seguida, desmaiou nos braços do feiticeiro.

– Bons sonhos, querida.

– 0 –

Cass, Dean, Sam e Joshua ainda estavam dentro da sala de operações.

Josh havia limpado todos os símbolos enoquianos das paredes no local e, por isso, o anjo pôde entrar.

No meio da sala, Brandon Slade estava amarrado a uma cadeira. Apesar da fúria que sentia em ser subjugado daquela maneira, aparentava calma e frieza.

– Muito bem. Vocês me prenderam – disse como se não fosse nada – O que pretendem?

– Que você abra o bico e nos conte pra onde levou a Victoria. A gente pode fazer de dois jeitos: um mais fácil e o outro mais difícil. Você decide – declarou Dean com sorriso cínico encarando o sargento – Um: você conta pra gente e talvez não acabamos com você - Slade esboçou um sorriso irônico em resposta . Dean ignorou e caminhou para o outro lado da sala – Ou dois: você conta pra gente e talvez não acabamos com você.

– Hum... estou tentando achar a diferença.

– Ou você fala por bem, ou fala por mal – declarou Sam. Sua expressão era de extremo ódio, como se quisesse algum pretexto para acabar com o homem à sua frente – E acredite, meu irmão sabe como convencer as pessoas.

– É, ele aprendeu com os piores – ratificou Josh

– Sim, eu sei. Você é um torturador vindo direto do inferno – Slade comentou. Ao ver a expressão de surpresa de Dean acrescentou – Como eu disse, estou bem informado.

– Ótimo. Então a gente pode começar – disse Dean se aproximando dele e curvou o corpo, deixando seu rosto a centímetros do de Slade – Vai colaborar ou vou ter que ser mais... como seria a palavra? – estalou os dedos.

– Persuasivo.

– Ah, obrigado. E aí?

– Lamento. Acho que você vai ter que ser persuasivo.

– Oh. – Dean fez um bico de satisfação e estreitou os olhos com humor – Você quem manda, chefia. Cass!

O anjo se aproximou de Brandon e colocou as duas mãos sobre seu rosto, pressionando-o. O homem apertou os lábios, mas não demonstrou incômodo.

– Hum... – foi o som que Castiel emitiu.

– Hum... o quê? – indagou Dean

– Tem um feitiço bloqueando a mente dele.

– Beleza! – disse o Winchester com sarcasmo. Voltou-se para o demônio – Josh, entra nesse cara e veja o que descobre na mente dele.

– Não vai adiantar. Eu posso até possuir o corpo dele, mas o que quer que o bruxo tenha feito pra bloquear sua mente, também vai me impedir de eu ter acesso.

Dean bufou e viu o brilho refletido no olhar de Brandon. Um brilho de satisfação.

– É, cara, tô vendo que você quer mesmo dificultar as coisas. – disse sem humor.

– A vida não é fácil pra ninguém, rapaz. – Slade zombou

Dean o fuzilou com os olhos

– Cadê a Victoria? – Sam esbravejou. Não ia tolerar mais o cinismo do homem.

Slade apenas suspirou entediado. Dean sorriu, um sorriso perverso. Ergueu o tronco e depois desceu-o com toda força, golpeando um soco forte no rosto do sargento.

– Vou repetir a pergunta do meu irmão: cadê a Victoria? – disse ele impaciente

Um filete de sangue escorreu do nariz do sargento, mas ele permaneceu calado.

– Vai ter que ser melhor do que isso – disse impassível.

Dean revirou os olhos e bufou.

– É, tô vendo que sim. Josh, pode me conseguir alguns itens especiais?

– De tortura?

– É.

– Manda.

– Não percam seu tempo – comentou Slade – Podem me torturar à vontade, arrancar minhas unhas, meus dentes. Essa não vai ser a primeira vez – ele abriu a boca mostrando uma fileira de dentes. Três deles, dois na arcada superior e outro na inferior, eram de ouro. Fechou a mandíbula – Estou pronto pra qualquer tipo de dor. Não sou um qualquer que vai choramingar.

–Acredite, meu chapa, as torturas que vou te fazer, você nunca imaginaria em seus piores sonhos – retrucou Dean com um sorriso cruel – Como você mesmo se informou, estive no inferno.

– Que bom! Assim aprenderei novos métodos para meus inimigos.

– Já chega! – Sam gritou impaciente e tirou a arma do coldre. Encostou o cano na testa de Slade.

– Sam... – Dean o chamou um pouco receoso do que ia fazer.

– Me diz agora onde está a minha namorada Victoria Collins ou eu juro que eu atiro, seu miserável! – as palavras saíam espremidas de sua boca.

– Não duvido, posso ver em seus olhos. Mas quer saber? Vá em frente! Antes morrer por suas mãos do que morrer pelas mãos do bruxo a que sirvo.

– A sua vida vale tão pouco pra você ser leal a um bruxo?

– Não um bruxo qualquer, meu caro. Você não sabe com quem está lidando. Ele pode acabar com a vida de qualquer um que cruzar seu caminho ou recompensar quem ajuda-lo. Ele me prometeu o segredo da vida imorta que vou receber. Então vamos, atire!

– Eu não estou blefando!

– Sam! – Dean o chamou mais uma vez, mas o irmão não o escutou.

– Eu também não estou blefando! – garantiu Slade – Atire!

Brandou viu hesitação no olhar de Sam. Durou apenas um instante; o Winchester destravou o gatilho pronto para atirar no homem, mas Dean pegou em seu braço e ergueu-o a tempo; a bala disparou no teto.

Sam respirou ofegante; Dean o olhava pasmo ainda segurando seu braço, Slade abriu os olhos que havia fechado ao se preparar para o tiro; Joshua olhava os dois com curiosidade; Cass embora não demonstrasse, também olhava Sam com surpresa.

– Me dê a arma, Sam – disse Dean

Sam engoliu em seco. Pensou em se recusar, mas viu o olhar decidido do irmão a lhe tomar a força, caso se negasse. Deu a ele.

Sam desviou os olhos do olhar reprovador de Dean. Não que este se importasse com Slade; era um verme que deveria morrer, em sua opinião. Contudo, era humano e não seriam eles que iriam mata-lo até porque não adiantaria.

Nem mesmo Dean pretendia torturar o sargento, pelo menos não do jeito que fazia no inferno; estava apenas blefando. Ele não aguentaria praticar tal ato porque o consumia por dentro. Mas talvez deixasse por conta de Joshua.

– Fique frio, cara – falou Dean, por fim ainda encarando o irmão – Você mais do que eu costuma pensar com a cabeça de cima.

Sam não retrucou, limitou-se a assentir com a cabeça baixa.

– Ei, Dean – chamou Joshua. O Winchester se voltou para ele – Acho que não seria uma má ideia.

– O quê? – o loiro franziu a testa tentando acompanha-lo

–Isso – com um movimento de mão Josh virou o pescoço de Slade sem tocá-lo. O corpo do homem caiu inerte sobre a cadeira.

– Ei, seu demente! O que pensa que está fazendo? – esbravejou Dean largando o braço do irmão

– Calma, Winchester, está tudo sob controle – garantiu o demônio

– Ah, é? A gente tem um morto que não pode mais falar, sua anta!

– Não pode mais falar e não pode mais bloquear a mente. Com a morte dele, eu desfiz o feitiço. Agora posso tomar o corpo dele e ter acesso às informações que nos escondeu. E de quebra, me passo por ele e nos levo até onde está Victoria.

– Ahm... – o loiro abriu a boca tentando absorver a informação – Por que não disse logo? Ah, já sei... – concluiu antes que o outro respondesse. Esboçou um sorriso forçado – Demônio. OK. E o que espera?

Mais uma vez, Josh se converteu em fumaça preta, saiu do corpo do cabo que possuía e entrou no cadáver de Slade. Na mesma hora, o corpo do sargento se reanimou. Seus olhos escureceram.

– Maravilha. – disse Joshua com um sorriso – Agora, será que podem me desamarrar?

– Eu adoraria deixa-lo aí – disse Dean. Como Josh fizesse expressão de paisagem, resolveu atende-lo prontamente – Sorte sua você servir pra alguma coisa.

– Obrigado - o demônio se soltou e esboçou um sorriso irônico – Vou tomar como um elogio.

– Vamos logo que já perdemos muito tempo. – declarou Sam ansioso.

– Calma, Sam Winchester, calma – Josh procurou tranquiliza-lo. Olhou para uma pequena mesa com uma garrafa de uísque e três copos, dois deles usados – Já ouviu falar que a pressa é inimiga da perfeição? Vamos nos preparar antes.

– 0 –

– Vamos logo antes que alguém dê por falta dos dez oficiais – disse Joshua enquanto Dean manobrava um caminhão do exército para sair da base.

Ele e Sam estavam disfarçados de soldados, levavam apenas as mochilas com alguns de seus apetrechos. Procuravam não deixar que vissem muito seus rostos, ocultando-os com os quepes dos chapéus. Felizmente, nenhum dos outros oficiais havia reparado que se tratavam dos mesmos indivíduos que foram escoltados até lá. E por estarem com o "sargento", não havia motivo para questionarem.

Entraram no caminhão – Josh e Dean à frente e Sam na parte traseira sem assentos. Cass reapareceu e acomodou-se junto com Sam.

O portão foi aberto e por ele saíram.

– Cara, numa ilha? – Dean perguntava pela terceira vez ao volante

– Sim, uma ilha – respondeu Josh pela terceira vez a seu lado

– Mas que ilha é esta? – inquiriu Sam impaciente – Pode nos dar mais detalhes?

– Acredito que possa ser a Ilha da Circe – interrompeu Castiel – É pra lá que os grandes feiticeiros geralmente se instalam.

– Exato, sabichão – confirmou Josh

– Circe? A tal dos porcos? – arriscou Dean.

– A mesma. Ela é considerada a deusa de todos os grandes feiticeiros. Aqueles que lhe prestam culto acabam se tornando imortais e recebem o direito de morarem em sua ilha.

– Grande! – exclamou Dean com sarcasmo – A gente vai ter que ir lá do outro lado do mundo buscar a Vic. É na Grécia, né?

– Não necessariamente. A ilha de Circe é mais do que um simples lugar, ela se torna a própria mente do feiticeiro. Ela pode estar em vários lugares ao mesmo tempo pra cada bruxa, sábio ou feiticeiro que dela precisar. Desse modo, quem mora nela pode escolher qualquer ponto do mundo.

–Er... ah, tá. – Dean fez que entendeu, mas sua expressão dizia o contrário.

– O que quero dizer é que George está em Circe, mas a ilha vai estar no lugar que ele decidiu que ela estivesse. E é pra lá, pra esse ponto específico que temos que ir.

– Sim, já entendi – afirmou o loiro

– E qual lugar precisamente ele escolheu pra essa ilha? – questionou Sam ansioso

– O mais temido de todos: o Triângulo das Bermudas.

– Ah, legal! Isso nos deixa mais confortáveis – ironizou Dean.

Ele não estava nada contente em ter que embarcar num avião, ainda mais a jato; dava-lhe arrepios só de imaginar.

Josh esboçou um sorriso zombeteiro.

– É muito pra você, Winchester?

– Oh, claro que não! Quem tem medo de voar aqui? Você tem, Sam? – ele fez pose e voltou-se para o irmão. Este arqueou as sobrancelhas.

– Não se preocupem, vamos ficar bem. Ter possuído este corpo foi muito útil não só como fonte de informações, mas também pra termos acesso ao local pelo caminho mais curto e seguro. Assim evitamos perigos desnecessários. – o sorriso de Josh morreu – Ainda assim, fiquem atentos. Tenho a impressão que em algum momento, não vamos conseguir esconder do feiticeiro que vocês estarão lá.

– Nós nunca deixamos de estar atentos. – garantiu Sam armando sua espingarda

Prosseguiram o resto da jornada em silêncio. Depois de umas três horas sem parar, cortaram a estrada e chegaram ao que parecia uma zona descampada, um lugar com um imenso matagal no meio de um deserto.

– Tem certeza que é aqui? – questionou Sam. – É daqui que Slade levou a Victoria para a ilha?

– Tenho. É um local muito bem escondido, até do próprio exército. Os caras fazem algumas outras atividades ilegais escondidas do governo.

– Uma espécie de área cinquenta e um? – Dean arqueou a sobrancelha

– Não, área 666.

Dean abriu a boca numa expressão de entendimento. Nem perguntou o que faziam no local, dava para imaginar.

– Vamos. Pode seguir – Josh o instruiu – A base fica logo adiante e tem uma área de decolagem e pouso.

– Espere – pediu Sam antes que continuassem. - Posso supor que aqui vai ter demônios, não é?

– Certamente. – respondeu Josh

– Mas nesse caso, eles vão reconhecer você. Como faremos?

– Sem problema. Sabia que nós demônios temos uma escola de teatro lá embaixo, não é? – ele piscou – Somos bons em atuar.

– Nisso, sou obrigado a concordar com você – replicou Sam sombrio ao se lembrar por um momento de Ruby.

– OK, deixem comigo – Josh desviou o rosto temeroso do olhar frio e duro que o Winchester lhe dirigiu.

O caminhão seguiu pelo matagal por um tempo até que, por fim, topou com um longo cercado. A área devia ter o dobro da base em que estiveram anteriormente, porém, conseguia se manter oculta provavelmente por alguma magia que não se permitia avistá-la à distância nem por meio de satélites.

Dean conduziu o veículo defronte para um largo portão. Havia dois soldados de vigia.

– Abaixe a quepe do chapéu – Josh sussurrou para Dean. Depois, voltou-se para Sam e Castiel – E vocês fiquem escondidos aí. Esses dois são demônios, conheço um deles. Está na hora de um show de interpretação de minha parte.

Os três fizeram conforme o ordenado.

– Sargento Slade, como vai? – disse um dos demônios se aproximando. De repente, seu semblante ficou surpreso ao vislumbrar o olhar do outro – Joshua? O que está fazendo aqui? E no corpo de Slade?

– Ah, meu caro Perry, longa história. Você deve estar sabendo que eu meio que sumi depois que o último Tormento foi destruído.

– Sim, fiquei sabendo – o outro estreitou os olhos com desconfiança. Observou o motorista do lado oposto cujo rosto não conseguiu distinguir – O que aconteceu?

– Crowley.

– Crowley?

– Sim, o maldito conseguiu me capturar pra me fazer trabalhar ao seu lado e ele fez de tudo pra me convencer. Você sabe que ele tem certos métodos para isso.

– Sei.

– Mas eu me recusei. Antes ser torturado e morto por ele do que por nosso grande deus Lúcifer.

– Sem dúvida.

– Só que nesse tempo em que estive preso, descobri que esse tal Slade e o feiticeiro estavam mancomunados com ele pra derrubar Lúcifer.

– Sério? – o outro o encarou com dúvida – Mas pelo que sei, o bruxo está a serviço de Lúcifer agora. Até mandou raptar a namoradinha de Sam Winchester, a tal Indomável – ele riu. – Ela não parecia tão Indomável assim quando chegou aqui carregada pelo Slade.

Os dois caíram na gargalhada. Dean apertou o maxilar. Sam pegou a faca, disposto a matar aquele demônio atrevido, entretanto, Cass o segurou.

– Pois é, mas antes o tal George estava mesmo de conluio com o Crowley. É um vira-casaca. Então consegui enganar o Crowley e escapei. E a primeira coisa que resolvi fazer foi matar esse sargento pra me apossar do corpo dele e ir até o feiticeiro. Quero descobrir quais são seus planos.

– Nesse caso, quer que algum de nós o acompanhe? O tal feiticeiro não é de brincadeira.

– Não, ele vai desconfiar. Mas estou levando alguns soldados, gente de confiança do Slade – olhou para Dean como se não fosse nada – Eles lutam por aqueles que tiverem mais poder. Quero apenas verificar algumas informações e depois, conforme for, passo pra vocês comunicarem a Lúcifer e acabarmos com esse bruxo traidor.

Joshua sorria confiante. O outro demônio não retribuiu. Olhava-o desconfiado.

– Está certo – disse após alguns instantes – Mas tenha cuidado.

Josh assentiu. Perry se afastou e fez sinal com a cabeça para o outro sentinela abrir o portão.

– Pô, meu chapa, detesto admitir isso pra um demônio, mas você se saiu bem – comentou Dean dando partida e conduzindo o veículo. – Merecia até ganhar um Oscar

Josh não respondeu. Algo lhe dizia que não havia enganado totalmente o outro demônio.

– Agradeço o elogio, mas acho que a farsa não vai demorar muito. Faça exatamente o que eu disser.

Dean fez um bico de contrariedade; não gostava muito de receber ordens de um demônio, porém, dadas as circunstâncias, estava disposto a ceder.

Assim que transpassaram o portão, Josh ordenou:

– Dirija rápido sem parar!

Dean assim o fez.

– Algo errado? – indagou Sam

– O procedimento seria que aguardássemos até termos permissão para decolar. Mas tenho certeza que iam nos mandar descer e averiguar a história. E nisso descobririam vocês.

– E agora? – indagou Dean vendo os dois sentinelas correndo atrás deles e mais três demônios que se juntaram a eles.

– Pra pista de embarque! Vamos ter que partir já!

O caminhão acelerou. Havia três jipes no caminho, mas Dean se desviava com jeito.

– Se segurem! – dizia ele

A traseira se balançava. Sam se segurava com dificuldade; quanto a Cass, não parecia desconfortável. Finalmente, o caminhão parou a poucos metros de um jato na pista de decolagem e eles desceram.

– Rápido! – Josh gritou – Os demônios já perceberam o que está acontecendo.

– Não brinca! – contestou Dean enquanto corria. Vislumbrou uma porção deles correndo em direção a eles.

Conseguiram se aproximar do jato, mas tiveram que enfrentar alguns demônios: Sam esfaqueava alguns; Dean atirava sal neles com a espingarda; Cass exorcizava outros e Josh usava suas habilidades demoníacas, além de dar golpes.

– Castiel, pode nos levar todos lá pra dentro do jato? – indagou Josh ao anjo. - Não podemos com todos eles

– Certo. Todos segurem em mim – disse o anjo

Eles se aproximaram e, assim que tocaram no anjo, ele os transportou para dentro. Josh estava no comando dos controles, Castiel ao seu lado e os Winchesters no banco de trás. Alguns demônios começaram a subir no jato e tentar quebrar a cabine para tirá-los de lá; outros ficaram na pista para lhes obstruir o caminho.

– Anda logo, Josh! O que espera? – gritou Dean.

– Apertem os cintos, pessoal, que vamos partir! – gritou ele

– Ah, meu Deus! – Dean gemeu e abaixou o tronco na altura das pernas para segurá-las. Sam teria achado graça se não estivesse tão ansioso em recuperar sua namorada.

As hélices giraram e despedaçaram o corpo de três demônios que estavam próximos; as rodas começaram a se movimentar derrubando outros que estavam no caminho. Finalmente, o jato correu pela pista e levantou voo.

– Quanto tempo pra chegarmos lá? – inquiriu Sam

– Uma hora no máximo – respondeu o demônio – Se fosse num avião comum seria mais.

O Winchester assentiu.

A viagem prosseguiu em longo silêncio. Em dado momento, Josh olhou para Castiel e não conteve um riso.

– Qual é a graça? – perguntou o anjo.

– A ironia dessa situação – replicou ele. Como o outro não entendesse, ele retrucou – Você é um cara das alturas que agora precisa embarcar num avião para estar nas alturas de novo.

O anjo não lhe deu resposta.

De repente, o jato começou a apresentar turbulências. Um nevoeiro denso começou a se formar em torno do jato dificultando a visibilidade deles.

– O que é isso? – Dean praticamente gritou. Seus olhos se arregalaram de pânico. Todos olharam para ele. O Winchester engoliu em seco tentando disfarçar. Abaixou o tom de voz –Er... o que está acontecendo, Josh?

– Estamos entrando na área de perigo. – respondeu o demônio – Não se preocupem, sei o que fazer.

Largou os controles e estendeu as mãos para o alto. Dean arregalou os olhos. O que aquele louco pretendia fazer se não segurava os controles?

– Mas o quê...?

Ia replicar, porém, Castiel fez um gesto com um braço para que se acalmasse.

Josh fechou os olhos procurando se concentrar na informação que estava na mente de Slade. Começou a recitar algumas palavras em grego antigo.

– O que ele está fazendo? – sussurrou Dean para seu irmão.

– Deve ser um feitiço – replicou Sam.

Assim que terminou a recitação das palavras e abaixou os braços, Josh assumiu os controles do jato. Imediatamente, o nevoeiro se desfez e o jato voltou a ficar estável.

– Estamos chegando, companheiros – disse – Olhem.

Eles viram pela vidraça da cabine. Havia uma imensa ilha recoberta de florestas que não se permitia divisar nenhum outro ponto.

– Onde vamos pousar? – indagou Sam

– Logo ali – Josh indicou um ponto com a cabeça – No meio da ilha por entre aquelas árvores.

– Como vamos pousar?

– Espere e verão.

Conduziu o jato até a parte central. Havia árvores altas cobrindo a passagem, entretanto, elas abriram os galhos e curvaram os troncos, permitindo o pouso do avião.

– Uau – disse Dean.

Com jeito, Josh conseguiu aterrissar numa superfície plana. Eles desafivelaram os cintos. Antes de sair, Dean e Sam tiraram as roupas de soldado para vestirem suas próprias roupas que levavam nas mochilas.

– Minha amada jaqueta, como adoro você! – comentou Dean ao se vestir.

– As meninas podem andar mais rápido? Ou tá difícil? – Josh os apressou impaciente.

– Estamos prontos – disse Sam – Vamos logo achar a Vic.

– Calma, bonitão, ainda temos alguns obstáculos pela frente. Slade tinha um bom protocolo a seguir até chegar ao bruxo.

– Que obstáculos?

– Hum... vejamos... além de alguns gigantes ciclopes, temos que passar pelas sereias, harpias, animais ferozes e...

– OK, Ok, cara. Nos poupe da burocracia – Dean o interrompeu fazendo um gesto com mão. Não queria nem pensar no que tinham que enfrentar – Só... vamos logo.

Desceram do jato.

– Certo. Agora vamos brincar de "sigam o mestre" – comentou Josh e apontou um largo caminho que se estendia à frente deles – Vamos por essa trilha. E... por favor não toquem em nada.

– 0 –

O porão da residência de George era enorme. Na verdade, "porão" não era bem o termo apropriado; estava mais para masmorra. Era amplo e iluminado por tochas. Mesmo assim, era frio e sombrio lá. Várias prateleiras rodeavam o local, umas abarrotadas de livros de magia de todos os séculos e, outras com vários artefatos e substâncias próprias para se realizar os mais variados feitiços.

No centro da masmorra, sobre uma imensa mesa de pedra e com os pulsos e tornozelos presos a correntes de ferro, estava Victoria. Ainda vestia a camisola transparente, sem nada mais a lhe cobrir. O frio do local penetrava em sua pele através do fino tecido

Mas ela não se importava. Sua mente estava alheia ao que lhe circundava. Seu olhar se fixava num ponto sem nada enxergar. Imagens tortuosas se formavam em sua mente. Era como se ela viajasse para algum lugar, além do tempo e do espaço. Como se durasse uma eternidade. Uma viagem terrível.

Naquele momento, não se recordava de quem era. Nem de que Sam e Dean deviam estar à sua procura.

Lá em cima, no escritório da casa, George fitava além da vista que se estendia pela janela. Aguardava.

Um pouco antes, havia recebido um telefonema da Base 666, informando-o sobre a invasão de Josh, Cass e dos Winchesters.

Um demônio os ajudava. Aquilo o surpreendeu. A raça era traiçoeira, até mesmo para ele, embora conseguisse manter boas relações. Mas... se voltar contra Lúcifer? Era praticamente suicídio.

Diabos! Aquilo ia contra seus planos. Havia tido todo o cuidado para se precaver. Havia se antecipado para qualquer surpresa, inclusive contra o tal anjo rebelde que os ajudava. Havia instruído Slade para não deixar rastros. Contudo, o idiota conseguiu cair nas mãos do inimigo. Bem, recebeu o devido castigo por seu descuido. Morto e possuído por um demônio. Não merecia que ele lhe concedesse o segredo da imortalidade.

Se bem que não podia culpa-lo. Aqueles Winchesters não eram de se subestimar. Ele já devia saber disso há muito tempo. Já devia saber há séculos.

Maldição! Iria acabar com eles.

Não importava se Lúcifer ordenara que não mexesse com Sam Winchester. Ele o destruiria e também a Dean. O Diabo e Miguel que os ressuscitassem depois, na hora do embate entre eles.

Àquela altura, ele já teria Elizabeth em suas mãos, em seu domínio. Submissa, apaixonada e fiel como deveria ser. Como deveria ter sido.

Que eles viessem. Iriam ter uma boa recepção.

– 0 –

– Já chegamos? – inquiriu Sam ao chegarem diante dum imenso portão da residência do feiticeiro

Contemplavam o labirinto majestoso que cobria a frente da mansão

– Sim – respondeu Josh à pergunta de Sam.

– Nossa, foi fácil demais! – replicou Dean. – Esperava um pouco mais de ação.

– Se quiser, pode voltar sozinho e enfrentar todas aquelas coisas que não encontramos graças à trilha que seguimos.

– Há-há – foi a resposta do loiro.

– Vamos entrar logo! – tornou Sam impaciente – Não suporto mais nem um minuto com a Victoria lá dentro.

– Muita calma nessa hora. Esse é o último obstáculo e requer a chave correta para abrir.

– Então abra! – Sam ficava cada vez mais impaciente.

Josh o encarou com certa piedade. Por incrível que fosse, a criatura parecia compreender a ansiedade e o desespero de Sam.

– O que é? – indagou o Winchester.

– Nada – replicou o demônio.

Voltou a atenção para o portão. Olhou para a fechadura. Fechou os olhos por um segundo para rebuscar na mente de Slade o que precisava ser feito.

– Merda! – praguejou

– O que foi? – questionou Sam

– Não vai dar para abrir. Vamos ter que forçar.

– Por quê?

– Para abrir, eu tenho que colocar meu olho no buraco da fechadura.

– E...

– Se fosse o Slade, a fechadura captaria sua alma e o portão se abriria.

– Como aqueles leitores ópticos que reconhecem a pessoa pelo olho? – perguntou Dean.

– Algo assim.

– Entendo – tornou Sam – Como o Slade morreu, isso não vai ser possível.

– Mesmo que ele estivesse vivo, não adiantaria pelo fato de eu estar possuindo seu corpo.

– Merda pura mesmo! – xingou Dean – Vamos forçar essa droga então!

– Mas ele vai saber antes do tempo que estamos aqui. E nesse caso, perdemos o elemento surpresa.

– Talvez já tenhamos perdido desde o momento em que invadimos a base e roubamos o jato – considerou Sam – Os demônios que estavam lá podem ter avisado o bruxo.

– Que seja – Josh deu de ombros – Castiel, vamos precisar de seu toque aqui.

– O que faço? – perguntou Cass

– Só precisa de um pouco de energia. Sei que você não tem tanta por ter caído, mas o que tem será suficiente.

– Tudo bem. – ele assentiu e aproximou a mão da fechadura.

Concentrou um pouco de energia. Ao invés de abrir suavemente, o portão se escancarou para os dois lados como se houvesse sido rompido. Os quatro se sobressaltaram.

– Estejam atentos. A partir daqui algumas armadilhas e feitiços devem ser acionados.

– Tudo bem. Precisamos mesmo de um pouco de ação – disse Dean com ânimo

– Vamos ter que entrar pelo labirinto? – apontou Sam

– Podemos contorna-lo, mas isto levaria mais tempo e isso não significaria menos perigos.

– Talvez eu possa transportá-los para o outro lado – sugeriu Castiel

– Sem chance. Tem um feitiço poderoso que impede de burlarmos o labirinto.

– Que seja. Vamos! – Sam foi à frente decidido.

– Cuidado! – Josh o alertou

Quando Sam ia adentrar o labirinto, quase que as plantas que formavam o lugar se fecharam sobre ele, esmagando-o com o impacto. Joshua o puxou pelo braço a tempo. O caçador tragou o ar para se recuperar do susto.

– Temos que ir com calma e sermos inteligentes, Sam Winchester – avisou Josh – Sei que você está desesperado para salvar sua namorada, mas não vai conseguir se for morto.

– É? E o que você sugere que a gente faça? – replicou Dean – Não dá pra contornar o labirinto... E pelo visto também não dá pra atravessar senão a gente vira sanduíche.

– Podemos destruí-lo à medida que o cruzamos.

– Com o quê?

– Fogo – esclareceu Cass – Toda planta é destruída por meio de fogo.

– Viva! Que bom que alguém aqui consegue manter a cabeça no lugar – ironizou Joshua. Virou-se para os Winchesters – Vocês trazem um lança-chamas aí no meio de suas armas?

Os Winchesters negaram.

– Não, só temos isqueiro – disse Dean.

– Eu posso fazer isso – informou Castiel – Posso lançar fogo pelas minhas mãos, não muito alto, mas consigo.

– Você pode? – indagou Joshua – Não vai te desgastar?

– Acho que consigo manter por um bom tempo.

– Por quanto tempo?

Castiel balançou a cabeça para os lados querendo dizer que não sabia.

– Vai ter que servir. Comece.

As mãos de Castiel começaram a se incandescer. Ele lançou jatos sobre um bom trecho do labirinto. As chamas formaram duas colunas de fogo de cada lado.

– Rápido! Pra dentro! – gritou Josh.

Ele não precisou falar duas vezes. Entraram correndo pelo lugar. Apesar do calor das chamas, estavam seguros. Assim que chegaram ao final daquele trecho, viram duas bifurcações. Não sabiam qual tomar.

– E agora? – indagou Sam.

– Por ali – indicou Josh à esquerda – Mais fogo, Castiel!

O anjo lançou mais chamas.

Eles prosseguiram pelo labirinto com as indicações que Josh buscava na mente de Slade e o fogo que Castiel produzia. O local era realmente amplo, não sabiam há quanto tempo estavam o percorrendo.

Apesar do calor e do cansaço por serem humanos, Sam e Dean não sucumbiam àquela longa jornada.

Estavam quase chagando ao fim daquele obstáculo quando, de repente, Castiel não conseguiu mais produzir chamas.

– Cass? – Dean o chamou – O que houve?

– Eu... eu... – o anjo não completou a fala. Simplesmente titubeou e desmaiou.

– Cass! – gritaram Dean e Sam ao mesmo tempo.

– Droga! Cuidado! – o demônio os alertou.

Uma parede do labirinto ia se fechar sobre eles. Felizmente, Josh conseguiu tirar todos dali os movimentando com um gesto de sua mão. Deram uma recuada para trás há poucos metros.

– Ufa! Essa foi por pouco. – Dean suspirou aliviado

À sua direita, estava Castiel deitado. À esquerda, Sam e Josh. Este se sentou no chão com evidente cansaço.

– Ufa digo eu. – comentou.

– Que foi? As baterias começaram a descarregar? – zombou Dean

Joshua o fulminou com os olhos.

– Sabe quanto esforço físico e mental estou despendendo pra ajuda-los? – praguejou – Então, por favor, sem piadinhas!

Dean levantou os braços em sinal de trégua.

Contemplaram a mansão. Finalmente, dava para visualizar a parte da frente. Só faltava um trecho do labirinto para atravessar.

– E o que faremos agora? – questionou Sam – Esperamos o Cass acordar?

– Não parece que ele vai acordar tão cedo. Vamos ter que carregá-lo – Dean olhou o anjo ainda desacordado. Abaixou-se e levantou o corpo dele. Colocou-o em seus ombros – Nossa, como é pesado!

– Acho que consigo destruir o resto do labirinto – disse Josh – Mas preciso de um isqueiro emprestado.

– Aqui. Pegue o meu – ofereceu Sam abrindo o zíper de um bolso de sua mochila e tirando o objeto. Entregou-o ao demônio.

– Obrigado. Espero que funcione.

Josh pronunciou algumas palavras numa língua misteriosa. Súbito, o fogo do isqueiro formou uma imensa fogueira e atingiu o resto do labirinto.

– Vem cá, você não poderia ter feito isso antes? – questionou Dean.

– Não ia conseguir com o labirinto todo e só posso fazer esse feitiço uma vez. Sou demônio, não bruxo.

A mansão estava mais visível. Esperaram as chamas abaixarem para transpô-las. Elas foram diminuindo até restar apenas uma fumaça. No meio delas, divisaram cinco formas altas e disformes.

– Oh, essa não! – exclamou Josh baixinho

– O que é agora? – suspirou Dean

– Eu não vi isso na mente do Slade, mas... acho que não é nada bom.

– E o que é bom por aqui? – comentou o loiro

As chamas e a fumaça se dissiparam por completo. Vislumbraram o que eram aquelas formas. Pareciam homens, mas eram gigantescos – pouco mais de dois metros de altura – e suas feições eram grotescas, assim como o corpo. Vestiam roupas toscas de camponeses.

– O que são aqueles caras? – inquiriu Dean.

– Me parecem que são... golens.

– São o quê?

– Golens. Homens esculpidos direto do barro criados por um processo mágico, mas sem o sopro divino. São quase humanos, mas se comportam como bonecos programados. Um golpe deles é capaz de colocar em pedaços um ser humano. Armas não funcionam contra eles. E nem demônios podem possui-los.

– Droga! Isso não me soa bem.

– Esse bruxo é mesmo poderoso. Criar um golem não é tão simples assim, que dirá cinco.

Os cinco homens de barro os encararam com fúria. Rugiram para eles em uníssono.

– Corram! – ordenou Josh

Os outros dois nem questionaram. Correram dali assim como Joshua.

– Droga, Cass! Bela hora pra você desmaiar! – reclamou Dean ofegante com o anjo em seus ombros

Correram o máximo que puderam, mas as cinco criaturas os alcançaram. Com esforço supremo, Joshua conseguiu segurá-los com um gesto de sua mão, entretanto, ele não tinha forças suficientes. Os golens possuíam uma força sobre-humana.

– Rápido! Detenham eles. Não vou conseguir segurá-los por muito tempo.

– Como? Você disse que armas não funcionam contra eles – questionou Dean

– Na boca deles tem uma espécie de pergaminho que os anima. Tire isso de dentro deles e eles vão parar. Andem logo!

Imediatamente, Dean desceu Cass de seus ombros e tirou um canivete da bolsa. Sam fez o mesmo. Dean montou no golem da esquerda enquanto Sam agarrava o da direita – era bem mais alto do que o irmão, por isso, não precisou trepar no gigante. Abriram as bocas das criaturas – estas tentaram resistir – e viram os pergaminhos que lhes dava vida. Retiraram os papéis e os jogaram ao chão.

– Eca! Baba de golem – reclamou Dean com limpando a mão na jaqueta

Os dois golens pararam de tentar se mexer e ficaram feito estátuas. Quanto aos outros três do meio, lutavam para se livrar da força do demônio. Este não suportou.

– Não dá mais pra segurar! – exclamou Josh

Ele se agachou extenuado. Os golens se viram livres de sua influência. Um deles agarrou Sam pelas costas e o jogou no chão a três metros de distância. O outro tirou Dean do que ele ainda estava trepado e levantou-o para cima. Ia parti-lo em dois; bem na hora, Castiel surgiu, pulou na criatura, socou-a na nuca e arrancou o pergaminho de dentro dela. O gigante paralisou o movimento. Dean caiu no chão.

– Au! – reclamou o caçador ao sentir o impacto.

Outro homem de barro ia acertá-lo com dois punhos, entretanto, Cass o tirou rapidamente do alcance da criatura. O gigante quebrou o solo, fazendo um imenso buraco.

– Nossa, poderia ter sido eu – comentou Dean ao lado de Cass a uma longa distância.

Enquanto isso, Sam refeito do golpe que havia recebido, levantou-se rapidamente do chão enquanto outro homem de barro avançava para matá-lo. Ele pegou na arma com balas de seu coldre e atirou, mas como era de se esperar, não fez efeito na criatura; as balas apenas penetraram no corpo do gigante.

– Sam! – Josh gritou e puxou Sam para seu lado com um movimento da mão para longe do ser.

– Obrigado! – Sam acenou com a cabeça ao sentir o impacto nos dois pés.

– Não me agradeça ainda. Temos que acabar com esses dois golens.

– Como? – indagou Dean correndo para junto deles junto com Cass

Os homens de barro avançavam até eles.

– Eu estou no meu limite. Só tenho forças para segurar um. Sam e eu cuidamos deste e você e Castiel dão um jeito no outro.

– OK, vamos nessa, Cass.

Eles se separaram novamente dessa vez em duplas. As criaturas ficaram meio confusas sobre quem atacavam – não eram muito inteligentes. Decidiram que cada qual ficaria com um par para atacar.

Um que tinha o cabelo meio loiro se aproximou de Sam e Josh.

– Não sei se vou conseguir segurá-lo por muito tempo. Seja rápido – sussurrou Josh.

– OK.

O gigante ergueu os braços para acertá-los, porém, Josh o deteve com um movimento da mão.

– Rápido, Sam... – disse Josh entredentes com o corpo trêmulo pelo esforço.

Sam agarrou o monstro por trás e fincou o canivete em seu pescoço. Antes que tivesse chance de tirar o pergaminho, o gigante conseguiu se soltar do domínio de Josh. Virou-se de repente e quase esmaga Sam num abraço.

– Josh! – reclamou Sam se afastando a tempo

– Desculpe, cara, não dá mais – desculpou-se o demônio voltando a se agachar ofegante – Agora é com você.

Sam correu o máximo que pôde daquele ser. Chegou próximo ao muro que circundava a mansão. A criatura o encurralou, estava a uma curta distância dele. Olhava o Winchester como se ele fosse um inseto a ser esmagado.

– Agora eu acabar com você – declarou o gigante numa voz grossa e enfadonha.

– Você fala? – Sam o encarou surpreso.

– É claro que eu falar.

Sam teve uma ideia. Notou que o gigante não era muito esperto.

– Poxa, e eu que pensei que você não fosse tão inteligente assim para conseguir falar.

O golem se enfureceu e avançou com toda força para cima de Sam. Este se desviou e a criatura destruiu o muro com o corpo e entalou. Rapidamente, Sam enfiou a mão em sua nuca e tirou o pergaminho de sua boca. O gigante ficou imóvel. Sam suspirou aliviado.

– Muito bem. Winchester – Josh se aproximou com um sorriso de aprovação – Gostei de ver.

Quanto a Dean e a Castiel, enfrentavam um golem ruivo.

– Dean, distraia ele que vou tirar o pergaminho dele – sugeriu Cass

– Quê? Você quer que eu distraia uma montanha desta que pode me esmagar com os dedos?

– Confio em você.

E dizendo isso, o anjo sumiu.

– Ei, Cass! Cass! – olhou com desalento para seu oponente – Merda, que beleza!

O gigante se aproximou. Dean atirou nele com sal, porém, não provocou nada.

– Droga!

A criatura foi tentar acertá-lo de um lado, mas ele se desviou.

– Deus, isso vai ser muito idiota, mas tenho que tentar – o loiro murmurou para si mesmo.

Deu um soco na barriga do golem, mas este nem piscou. O loiro arreganhou os dentes com aflição. Deu outro soco na barriga dele. Nada.

O gigante agarrou os dois braços de Dean.

– Isso não vai prestar.

Sentiu seus braços serem puxados.

– Merda! – praguejou com dor.

Instintivamente deu um chute nos órgãos genitais da criatura. No mesmo instante, o gigante urrou de dor e soltou os braços do Winchester para afagar sua genitália.

Dean surpreso, fez um "O" na boca sem emitir som. Mas logo sentiu os braços latejarem. Fechou os olhos com dor.

– Pronto – ouviu a voz de Cass – Está feito.

O homem de barro ficou como estátua. Dean abriu apenas um olho para espiar

– Filho da mãe! – praguejou – Ai! Deslocou meus braços.

– Deixa que dou um jeito.

Tocou nos dois braços do Winchester e estes se encaixaram.

– Uf! Obrigado! – ele alisou os braços – Mas você demorou, hein, Cass! Mais um pouco e ele arrancava meus braços!

– Vocês estão bem? – perguntou Sam e Josh se aproximando deles.

Dean assentiu.

Os quatro olharam a mansão. Com certeza, o bruxo estava lá dentro... e Victoria.


Notas Finais


Bom, gente esse aí da foto que representa Brandon Slade e o temporário corpo que Joshua está possuindo é o ator Josh Brolin, que interpretou o personagem de Tommy Lee Jones mais jovem no filme Homens de Preto 3. Ele tem uma cara de mau, não é? Achei que combinava com o sargento.

E vcs imaginavam mais essa? George cada vez mais revela que é um louco e foi ele quem matou o Henry na verdade. Alguém desconfiava disso pelos capítulos anteriores em que mostrei flash backs da Vic com o Henry? Vcs não sabem da missa a metade, tem mais coisa aí que ele aprontou "em nome do amor"

E como vc acham que os rapazes vão matá-lo? Quem quiser saber, no episódio 7 da quinta temporada "O curioso caso de Dean Winchester" aparece um bruxo no qual me baseei um pouco para criar o personagem do George. Há uma dica lá de como eles pretendiam matá-lo e que vou aproveitar aqui. Inclusive, para quem leu com atenção, há um pequeno detalhe que aparece no começo do capítulo. Pensem!

Outra coisa que vcs devem ter notado é que resolvi colocar o mito do golem aqui, que só aparece na oitava temporada. Como eu já disse antes, a história só vai até a sétima (com radicais modificações). Mas isso não quer dizer que eu não aproveite alguns dos mitos ou personagens que aparecem nas temporadas posteriores. Talvez até eu coloque algo relativo ao Homens das Letras, mas vou ver se vai dar para encaixar.

Ah! E faltam somente alguns capítulos para essa primeira fase acabar. OK?

Até a próxima


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