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História Almas Trigêmeas - Destinados


Escrita por: MSabaku0206

Notas do Autor


Oie, espero que gostem do capítulo de hoje.
Boa leitura!

Capítulo 11 - Destinados


Fanfic / Fanfiction Almas Trigêmeas - Destinados

 

Seis meses passaram, Gaara não havia saído do lado do pequeno Uchiha, que a cada dia mostrava melhoras, seu aroma tornando-se mais doce e seu corpo mais forte, ainda assim o garoto não acordava. O médico já não sabia o que fazer, nesse tempo que havia ficado ao lado do moreno e ouvido as histórias que a família deste contava, apaixonava-se cada vez mais, queria que o garoto abrisse os lindos olhos que outrora havia visualizado e sorrisse, o sorriso que jamais havia visto, mas que desconfiava ser lindo.


- Precisa acordar Sasuke, todos sentem sua falta, querem ver seus lindos olhos abertos novamente e eu... eu quero vê-lo acordado, conhecê-lo de verdade e que me conheça também. – confessou o ruivo, enquanto sua mão segurava com delicadeza a menor – Eu sei que depois de tudo o que passou, provavelmente será difícil confiar novamente em um alfa, mas pode ter certeza que tudo o que eu quero é te ver bem e feliz. Sabe, eu também tive uma decepção amorosa, minha primeira e até hoje única namorada se chamava Fuu, era uma ômega linda e exótica, de cabelos esverdeados e olhos alaranjados, que chamava a atenção de todos os alfas à sua volta, mas só tinha olhos para mim, ou pelo menos isso eu pensava. – sorriu fraco, com tristeza – Tinha quinze anos quando me declarei, achei que ela nunca fosse me aceitar, eu era estranho, todos me diziam, ainda assim, apoiado por meu irmão, criei coragem e lhe escrevi uma carta, contando todos os meus sentimentos e ao contrário do que acreditava, ela me aceitou e começamos a namorar. Tudo ocorreu muito rápido, eu me apaixonei, tive meu primeiro beijo e minha primeira vez com ela e em menos de dois meses de a ter conhecido já a havia marcado, eu nem mesmo pensei antes de fazer isso. Eu achava que minha vida e meu futuro eram com ela, que seríamos felizes e que sempre estaríamos juntos, cheguei a brigar com meu pai por ela, ele me alertou que ela não era boa coisa e que só estava me enganando e o que queria era meu dinheiro, discutimos feio e eu cheguei a dizer que iria embora de casa e me casar com ela. – suspirou com tristeza – Mas meu pai estava certo, quando cheguei para ela dizendo que havia saído de casa e que faríamos nossa vida juntos, sem o dinheiro de meu pai, ela riu, disse que nunca ficaria com um pobre, que eu era idiota e que ela havia me traído com vários alfas. Eu não acreditei, acreditava que ela era meu anjo, nunca pensei que na verdade fosse um demônio. Naquele dia ela me abandonou e menos de duas semanas depois, desfez a marca que nos unia, havia encontrado outro trouxa que a marcou. Fiquei muito mal sabe, entrei em depressão, cheguei a atentar contra a minha própria vida, tomando um monte de remédios que nem sabia o que era, meus pais ficaram desesperados, quase me perderam e quando acordei e me recuperei, pelo menos fisicamente, eles me levaram a um grupo de apoio, onde conheci pessoas que haviam passado pelo mesmo que eu, foi aí que percebi que não estava sozinho. Meus pais, minha tia e meus irmãos não me abandonaram em nenhum momento e aos poucos fui me recuperando, mas no fundo eu ainda tinha medo de me abrir novamente para o amor... até que te conheci. Sabe, eu não tenho certeza de quase nada na minha vida, a única coisa que sei Sasuke, é que te quero nela e que jamais vou te abandonar, agora que sei que é meu ômega, porque eu sei disso Sasuke, eu sinto, você é meu ômega. Por isso, por favor... – seus olhos já estavam cristalizados quando o sentiu e as primeiras lágrimas caíram assim que baixou o olhar, fitando os pequenos dedos que agora entrelaçavam aos seus, enquanto o pequeno ômega sobre a cama sorria fracamente para si, com os olhos abertos, um doce e maravilhoso cheiro de chocolate e amendoim misturando-se ao seu, estava acordado, seu ômega finalmente estava acordado.

 

(...)

 

Os meses haviam passado e a rosada estava desesperada, era uma beta, sua marca logo desapareceria e seu alfa descobriria a verdade, ao contrário dos ômegas, a marca dos betas precisava ser renovada e não poderia pedir ao Uzumaki sem lhe contar a verdade, foi então que seu pai lhe deu a ideia.


- Faça-o casar com você, casados ele não poderá te abandonar, mesmo que descubra a verdade. – falou o alfa.
- Mas... como faço isso? Não posso obrigá-lo a casar. – perguntou, o mais velho sorriu de lado.
- Fácil... engravide. – e seus olhos arregalaram-se como pratos – Com um filho a caminho, o Uzumaki nunca irá lhe abandonar.

 

E assim o fez, sabia o quanto como beta com um alfa era difícil, para não dizer impossível, engravidar e que seu tempo era curto, por isso optou por mentir e inventar a gravidez, depois do casamento daria um jeito de dizer que havia perdido a criança. Não foi difícil fazê-lo acreditar, Naruto estava cego, acreditava que era uma ômega e tinham relações constantemente, por isso quando lhe contou a “feliz notícia” o alfa acreditou na hora.


- Eu vou ser pai? – perguntou emocionado, a “ômega” assentiu “timidamente” e o maior sorriu abertamente, correndo até a menor e a tomando em seus braços em um forte abraço, podia ser jovem, mas estava muito feliz. Com um grande beijo nos lábios da namorada, ajoelhou-se ao chão, fitando o plano ventre, acariciando-o e depositando beijos, para então abraçar a cintura feminina, a garota encheu os olhos d’água, sentindo-se culpada por estar enganando o rapaz pelo qual havia se apaixonado, mas... ela só queria ser feliz.

 

(...)


- É muito bonito. – o ômega mencionou, encarando a bela vista da deslumbrante cidade de Suna, seus olhos mirando as estrelas que enfeitavam o negro céu – Parece que aqui há mais estrelas que em Konoha.
- São os efeitos da eletricidade, Suna é uma cidade digamos que retrógrada, não temos muita tecnologia, ou casas noturnas e a maioria dorme cedo, acho que é por isso que é mais fácil enxergar as estrelas daqui. – falou o ruivo, sentado ao lado da cadeira de rodas do moreno, uma das tantas sequelas que o Uchiha havia sofrido pela rejeição do alfa, mas que o ruivo havia lhe prometido que o mudaria e o faria voltar a andar – Olha, uma estrela cadente. Faça um pedido. – o moreno fechou os olhos, o único que desejava naquele momento era ter uma vida normal, poder voltar a andar, estudar e trabalhar, como qualquer pessoa – O que pediu?
- Não posso dizer, ou então não se realiza. – falou o ômega – E você? – perguntou curioso, o alfa sorriu.
- Nada, não pedi nada. Tudo o que eu quero já está aqui. – respondeu, tomando a pequena mão do mais novo entre as suas e a levando a seus lábios, Sasuke sorriu corado, sentindo como seu coração batia mais forte, seu irmão tinha razão, aquele ruivo era tudo o que precisava naquele momento.

 

(...)


- Que bom que voltaram, acabei de tirar o jantar do fogo... camarão empanado para meu alfa, arroz e sushi para Sasuke e de sobremesa dangos para Itachi. – falou a ômega animada, colocando todos os pratos sobre a mesa de jantar.
- Minha ômega é ou não perfeita? – o patriarca da família deixou um doce beijo sobre os lábios de sua tímida esposa, que corou pela demonstração de carinho, desde todo o acontecido com Sasuke seu alfa havia mudado e tornado-se mais carinhoso, a possibilidade de perder o filho realmente o havia afetado.

 

Sentaram-se à mesa, conversando sobre assuntos diversos, Gaara havia sido convidado para ficar e com muito gosto havia aceitado, sentando-se ao lado de seu ômega. Itachi e Deidara ainda não haviam chegado, mas ambos pais sabiam que não demorava a que adentrassem a casa, o que ocorreu escassos minutos depois de sentarem-se à mesa, porém nenhum dos dois trazia uma expressão boa.


- O que aconteceu? – perguntou a matriarca preocupada, ambos se entreolharam e em seguida olharam à Sasuke aflitos.
- Meu pai entrou em contato... – começou o alfa loiro – Naruto vai se casar.

 

(...)

 

Todos haviam ficado preocupados, o caçula da família havia saído da mesa com uma expressão deprimida e um leve odor a tristeza, todos quiseram segui-lo, mas foi Gaara quem o fez, chegando à frente do moreno, que encontrava-se fitando o jardim.


- Ele nunca me quis sabe... mas no fundo, acho que eu ainda tinha esperanças. – confessou, antes mesmo que o médico dissesse qualquer coisa.
- Ele é um idiota, um burro por não perceber a joia preciosa que tinha ao lado. – sentou-se no banco ao lado do menor.
- Deveria ir embora Gaara, eu não quero te machucar, você é uma pessoa muito especial, mas sinto que ainda não estou pronto para abrir meu coração novamente. – o maior sorriu fraco.
- Sei disso Sasuke, mas eu tenho paciência. Já disse mais de uma vez e volto a repetir... você é meu ômega e eu nunca vou te abandonar. – garantiu o maior, o mais novo encarou-o aflito.
- Mas e se eu nunca conseguir esquecê-lo? – perguntou com medo.
- Você nunca vai esquecê-lo Sasuke, é o seu mate, isso é impossível, mas eu também o sou e vou fazer de tudo para que a ferida cicatrize, porque te amo, não só por ser minha Lua, mas pela pessoa que é. Me apaixonei por você Sasuke, só quero te fazer feliz, por favor me permita isso. – o lobo dentro do ômega moveu o rabo levemente, levantando as orelhas, enquanto o humano corou, com um sorriso desconcertado.
- Sinto que você é muito importante para mim também Gaara. Eu quero, quero aprender a te amar também. – o maior sorriu.
- Então deixe que eu te ensine. – e levando a mão livre ao rosto pálido, o acariciou, vendo como o ômega fechava os olhos para apreciar o toque e sem poder se conter mais, aproximou seu rosto ao do menor, tocando levemente seus lábios, os lobos de ambos correndo felizes, enquanto os humanos apenas abriram os olhos corados, um singelo sorriso em ambos lábios, para que então o ômega, tímido, deitasse a cabeça no ombro alheio, seus dedos entrelaçados, enquanto apreciavam as estrelas que brilhavam no céu noturno.

 

(...)

 

Alfa e ômega ficaram por vários minutos fora, enquanto do lado de dentro, a família roía as unhas em nervosismo, todos preocupados pela reação do ômega e em como essa notícia poderia afetar-lhe agora que começava a reagir. Foi quando Itachi, já sem aguentar esperar, levantou-se para ir atrás de seu irmão, que o moreno e o ruivo voltaram, retornando a seus lugares na mesa.


- Tudo bem, filho? – Fugaku perguntou receoso, o moreno menor sorriu.
- Claro, por que não estaria? – perguntou – Okaa-san, tenho fome, quero um prato enorme de sushi e arroz. – a matriarca com um grande sorriso assentiu, servindo o prato de seu filhote, enquanto os olhares de todos recaíam no ômega e no alfa, ainda de mãos entrelaçadas e sorrindo um ao outro, Fugaku sorriu, parecia que a felicidade finalmente havia retornado à vida de seu filho.
 


Notas Finais


Apenas para esclarecer: Gaara quando mais novo havia marcado uma ômega, porém como não era sua destinada, ao ser marcada por outro, a marca do ruivo desapareceu.
Continua...


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