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História Alphas - Chapter 12 - Feared or respected?


Escrita por: Bad-Lady

Notas do Autor


Oie 😘

Capítulo 13 - Chapter 12 - Feared or respected?


CAPÍTULO 12 - TEMIDA OU RESPEITA? 





O despertador tocou. 

E continuou tocando por uns bons trinta minutos. 

As mãos finas saíram debaixo do edredom apenas para desligar aquela porcaria, e logo voltaram para onde estava quentinho. Com um suspiro, ela voltou a dormir.

Seus olhos abriram devidamente quase uma hora depois, e bastou uma olhada para o relógio para saber que estava atrasada. De novo.

Tenten tinha uma tendência absurda de se atrasar, mesmo quando não queria.

E ela definitivamente não queria se atrasar hoje, no seu primeiro dia como delegada. 

Resmungando um palavrão ela se sentou na cama, piscando os olhos algumas vezes, enquanto observava todas as caixas fechadas. 

Imediatamente se arrependeu de não ter usado uma caneta para marcar o que tinha dentro de cada uma. Como iria achar suas roupas agora? 

- Caralho de inferno.

Sentindo raiva de si mesma, ela levantou. 

Não tinha tempo para um banho, então apenas lavou o rosto na pia e escovou os dentes, tentando desembaraçar seu cabelo. Por sorte estava curto, as pontas batendo nos ombros, o que facilitava o cuidado. 

Tenten nunca teve muita paciência para ser feminina, então sempre manteve em um tamanho bem curto, geralmente chegando na orelha. 

Agora estava mais longo, porque ela não teve tempo ou cabeça para cortar. 

E não estava com tempo para fazer isso agora. 

Passando os dedos nos fios, já que não sabia em que caixa estava sua escova de cabelo, ela começou a procurar suas roupas. 

Ainda não tinha o uniforme da nova delegacia, mas por sorte suas antigas roupas do FBI ainda estavam com ela. 

Ninguém pensou em pegá-las de volta. 

Bando de cuzão. 

Foram necessários vinte minutos até ela sair do apartamento e trancar a porta, já ouvindo seu estômago roncar. Por sorte, ou azar, agora morava em uma cidade pequena, onde tudo era perto. 

Bastava atravessar a praça que já estava no seu serviço. E depois de fazer uma média, iria buscar algo pra comer. 

Precisava urgentemente de um café e de algo bem gorduroso para começar a sua semana. Afinal, por que deveria evitar engordar? Não era mais uma agente. Não, claro que não. Agora ela era só uma delegada de uma cidade pequena, onde seu maior serviço seria dar bronca em alguns adolescentes bebendo, pois o índice de crimes era literalmente nulo. 

Um belo e redondo zero.

Maldito fossem seus antigos chefes. E maldito fossem os psicologos, que a classificaram como uma maluca que sofria de estresse pós traumático. 

Ela não estava traumatizada! 

Quer dizer, não nesse sentido. Com certeza andava mais desconfiada, mas não estava doida. 

Tenten realmente havia matado um vampiro, e maldito fossem eles por não acreditarem. Pior, maldito fosse o filho da puta que decidiu que ela precisava ser afastada do cargo e respirar ar puro. 

Qual o melhor lugar para isso do que uma cidade no meio do nada? Onde tem mais árvores do que pessoas? 

Maldita fosse a cidade de Konoha. 

- Bom dia. Como posso ajudá-la? - o policial sentado atrás de um balcão de madeira perguntou. 

Tenten apoiou o braço lá, sentindo seu estômago roncar. 

Precisava tomar o seu café da manhã.

- Sou Tenten Mitsashi, a nova delegada. 

O sorriso do policial sumiu e ele suspirou, cansado. 

- Graças a deus você chegou! - sem esperar resposta, ele se levantou, pegando uma chave de uma gaveta - Uns adolescentes foram beber ontem no meio da floresta, como se isso fosse uma boa ideia.  

É claro que foram. 

No seu primeiro dia já teria que lidar com projetos de seres humanos babacas. 

Nenhuma segunda-feira merece começar assim. 

- Onde eles estão? 

O policial deu a volta no balcão, e então piscou os olhos azuis. 

- Eles quem? 

Não era possível, estava cercada por idiotas! 

Retirando paciência da onde não tinha, ela respirou fundo. 

- Os adolescentes. 

Ele fez uma careta. 

- Em casa. Demos uma bronca neles e ligamos para os pais virem buscar. O último foi embora umas três horas atrás. 

Confusa, ela piscou os olhos. O policial voltou a andar, e ela o seguiu. Passaram por um corredor e por uma sala cheia de mesas vazias. Onde estavam os policiais? 

- Então qual o problema? 

Ele parou em frente uma porta de metal e usou a chave para destrancar. 

- Eles relataram ouvir gritos. Muitos gritos. Como são espertos e conhecem as histórias, saíram correndo do mato. Onde, pra começo de conversa, nem deviam ter entrado. 

Gritos da floresta? Isso sim era estranho. 

O policial entrou na sala e acendeu a luz. 

Tenten piscou os olhos, se perguntando se ainda estava com sono. As paredes estavam repletas de armas.

Ela era uma ex-agente do FBI, estava acostumada com armamento pesado, mas aquilo? Aquilo era um absurdo. 

Em passos lentos ela entrou, passando os olhos lentamente. Aquilo era uma granada? 

Ainda sem entender, seus dedos percorreram uma Glock negra, que quase brilhava de tão limpa. 

Por que uma cidade pequena, com o índice de crime mais baixo do país tinha um armamento desses? 

- Tem uma cópia da chave na sua sala - o policial informou. 

Ela definitivamente precisava descobrir o nome dele. 

- Todos têm acesso a esse depósito? 

-Sim, mas os policiais andam só com uma pistola. O resto do armamento é para emergência. 

- Que tipo de emergência? 

Ele ficou em silêncio. 

Tinha alguma coisa de errada aqui, ela só não sabia dizer o que era. Pegando a Glock da prateleira, Tenten testou o peso. Era um pouco mais pesada do que ela previu, mas ainda era uma das melhores armas. A trava nunca soltava sozinha, e até aquele momento, era a arma com a menor taxa de acidentes. 

Abrindo a gaveta logo abaixo, encontrou a munição. 

Depois de recarregar e pegar dois pentes para a viagem, se virou para o policial, que apenas a observava. Na placa prata presa em seu uniforme estava escrito "Dan". 

- Então, Dan, onde eu assino? 

Ele piscou os olhos. 

- Para? 

Tudo bem, talvez ele realmente fosse um idiota. E não do tipo ex namorado babaca, e sim do tipo com problemas mentais.

- Para retirar a arma. 

Ele piscou. 

- Lugar nenhum. 

Certo, ela precisaria lidar com isso depois. Eles não tinham nenhum tipo de sistema ou controle de quem estava levando o que, e isso podia dar muitos problemas, ainda mais com um armamento tão grande. 

Mas isso seria um problema para depois. 

Agora ela precisava descobrir quem estava gritando na floresta, e porquê. 

- Onde ocorreu o relato? 

- Perto do hotel da estrada. Alguns policiais já estão à espera. 

Realmente estavam. 

Uma hora depois, após pegar um dos carros da delegacia - aparentemente ela teria um próprio, porém, ele havia sido enviado ao mecânico para revisão -, Tenten encontrou três viaturas, todas com seus passageiros do lado de fora, conversando baixo demais para que ela pudesse ouvir. 

Assim que desceu do carro, o silêncio prevaleceu, sendo possível ouvir somente o barulho de alguns pássaros. 

Havia sido fácil localizá-los, até mesmo porque ela havia passado por esse mesmo hotel, na noite anterior. Agora, o que qualquer pessoa fazia tão longe da cidade, no meio da floresta, era um mistério. 

- Bom dia - cumprimentou.

Os policiais murmuraram boas vindas. Não tinha nenhuma mulher ali além dela. 

Não era uma coisa muito incomum, considerando que até mesmo nas metrópoles o número de policiais e agentes do sexo feminino era muito inferior ao masculino. 

Esse era um ambiente muito machista, mas ela já estava acostumada a lidar com isso. 

Homens só respeitam homens. 

E como já disse uma sabiá: é melhor ser temida do que respeitada. 

A frase não era bem assim, mas Tenten a adaptou. O fato era que ela se esforçava muito para ser reconhecida, mas quando isso não bastava, ela era obrigada a colocar medo nos colegas. 

Homens não gostam de mulheres duronas e com uma mira melhor que a deles. A preferência é sempre para a mulher delicada e feminina, a donzela que precisa ser salva. Tenten não era nenhuma dessas coisas, e se estivesse com problemas iria se salvar sozinha. 

Talvez fosse por isso que ela nunca teve um relacionamento sério. 

Simplesmente não suportava a ideia de ser dependente de alguém, e homens não conseguem ter uma relação sem tentar controlar. 

E ela não estava disposta a obedecer ninguém.

- Já acharam a fonte dos gritos? - perguntou. 

- Estavamos te esperando.

É claro que estavam. 

Tenten começou a andar em direção a floresta. 

No geral, não era muito fã da natureza. Gostava, claro, mas não era o tipo de pessoa que fazia trilhas e acampamentos por vontade própria. 

O ser humano já tinha pegado muito dos animais, então ela preferia deixar o que sobrou para eles. 

Porém, ela tinha um conhecimento básico que adquiriu durante seus treinamentos, e foi por isso que reconheceu o rastro de sangue seco na terra. 

Sangue nunca era um bom sinal, principalmente juntado com gritos. 

Pegando a arma, ela continuou andando. 

Quais as chances de ter um serial Killer na cidade, que começou a atacar no exato dia em que ela chegou? 

Seu instinto lhe dizia que tinha algo de errado, exatamente como lhe avisou do vampiro. Mas não podia ser outro. 

Vampiros não desperdiçam sangue. 

Com passos lentos, ela tentou ouvir alguma coisa além das folhas se amassando com seu peso.

A floresta estava silenciosa. 

Onde estavam os pássaros que até a pouco cantavam? 

Silêncio nunca era um bom sinal. 

Sentindo um arrepio na nuca, ela olhou para os lados. Não sabia o porquê, mas tinha certeza de uma coisa: estavam sendo observados. 

Seus olhos não captaram nada, mas ela confiava no seu instinto. 

Atenta a qualquer movimento, continuou seu percurso. 

Até encontrar a fonte do sangue. 

Engolindo o seco, ela agradeceu por não ter tomado o café da manhã, pois tinha certeza que o colocaria para fora. 

Havia ocorrido um massacre. 

Literalmente.

Tinha corpos para todo o lado, sangue e tripas. Controlando a ânsia, ela ouviu um dos policiais vomitando. 

Tenten fechou os olhos e respirou fundo. 

Nunca tinha visto nada assim, em todos os seus anos de serviço. 

Foram necessários alguns minutos até ela se sentir bem o bastante para abrir os olhos. Tudo ainda estava lá, corpos totalmente dilacerados. 

- Chamem o legista. Precisamos recolher todas as evidências - ordenou - E alguém comece a tirar fotos. 

Aquilo definitivamente não tinha sido obra de um serial killer. Ninguém era capaz de fazer algo assim. Nenhum humano, pelo menos. 

Ela sentiu o arrepio se intensificar. 

- Acho que alguém precisa falar com ela - um dos policiais falou, atraindo a sua atenção.

Tenten se virou e encarou o rosto pálido. 

- Ela quem? 

Ele trocou olhares com os outros, claramente em um debate interno. 

Pacientemente ela esperou. 

Quem diria, estava se tornando uma mulher paciente. 

Por fim, o policial olhou para ela. 

- Tem uma pessoa que deve saber o que está acontecendo.

Bom, isso era uma ótima notícia, porque ela mesma não tinha a mínima ideia. 

- E onde ela está? 

- É só seguir a segunda estrada. Ela mora a três horas de distância. 

- Qual o nome? 

Ele engoliu o seco, olhando para o chão. 

- Haruno. Ela é… hmm… uma bruxa. 










Notas Finais


Eu já disse que amo a Tenten? Porque eu amo.

Pra quem não sabe, criei um grupo o whats, onde tem spoiler (inclusive já tiveram diversos debates sobre essa fic), andamento do capítulo, eu aviso quando fica pronto, quando vou atualizar, e tem até votação! E também somos uns amores ❤️


https://chat.whatsapp.com/FLDsiSYYZ1uFYw9BXQoIUM


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