História Alphas - Chapter 33 - Elves like wine

CAPÍTULO 33 - ELFOS GOSTAM DE VINHO

Sakura Haruno não era uma pessoa ansiosa.

Tudo bem, isso era mentira. 

Mas no geral, retirando situações muito especificas, ela não ficava muito nervosa com as coisas, mas aparentemente essa era uma qualidade que havia evaporado quando descobriu ser a bruxa do norte, pois faltavam quarenta e oito horas para o início da colheita e ela não conseguia se manter calma. 

Faltavam tantas coisas para serem resolvidas e ela não sabia como dar conta de tudo isso. 

Mais uma vez, ela respirou fundo, aliviada ao ver o carro da delegada estacionando em frente a casa. Sakura ignorou os tecidos que Choji mostrava - ela não queria ter que escolher entre branco e branco, mais uma vez. Quantos tons de branco existiam? - e saiu da sala, caminhando em direção a porta. 

Assim que a abriu, conseguiu ver a Tenten se equilibrar com uma caixa de papelão. A delegada não tinha ligado com novidades até o momento, pois aparentemente os caçadores eram bons em esconder seus rastros. 

Sakura que havia ligado para ela na noite anterior, solicitando alguns itens do mercado, incluindo gelo seco para criar uma névoa. Como bruxa, ela devia ser capaz de fazer isso, mas aparentemente criar uma atmosfera de terror não estava em livro nenhum, se tornando um trabalho manual. 

Todo o quintal já estava preparado, com mesas para a comida e bebida, cadeiras e armações das tendas que deviam ser montadas. 

Sakura não estava satisfeita com a última parte.

O ideal era poder ser o céu estrelado, mas aparentemente era um costume ter lugares mais privados para um sexo monstruoso, literalmente.

Ela ainda estava tentando achar uma solução.

- Me diga que vai ter bebidas - Tenten perguntou, começando a subir as escadas.

- Você acha mesmo que eu vou conseguir ficar sóbria? 

Ela pretendia ficar bêbada, ou o mais bêbada que conseguisse, dada as circunstancias. Afinal, será que era realmente seguro ficar fora de si enquanto estivesse cercada por criaturas magicas? 

Criaturas essas que saíram de contos sobrenaturais, algumas que precisavam até mesmo de sangue para sobreviverem. E ela tinha a impressão que não era somente a colheita que seria avaliada por eles. 

Diferente da avó, e aparentemente das outras bruxas do mundo todo, Sakura Haruno não estava familiarizada com esses seres, era literalmente como uma forasteira, sem conhecimento algum. Se os próprios lobos, que já a conheciam ainda não a consideravam digna de confiança, por que completos desconhecidos iriam lhe respeitar? Ou aceitá-la? 

Ela precisava mostrar que era uma deles, ou pelo menos que estava disposta a tentar, e para isso precisava causar uma boa primeira impressão. 

Se forçando a sorrir, ela voltou a atenção para Tenten, tentando afastar esses problemas enquanto podia. Lidaria com as criaturas quando chegasse a hora.

A delegada sorriu, colocando a caixa no chão. 

Sakura inclinou a cabeça para baixo, tentando identificar os itens. Aquilo era teia de aranha?

- Peguei tudo o que vi sobre o dia das bruxas.

Não era bem isso o que ela queria.

Depois de uma semana estudando sem parar, Sakura havia concluído que a semana da colheita não tinha nada de terror em si, era apenas uma semana sem sol - como diabos isso era possível? - onde a deusa da lua seria reverenciada por ter... sei lá, feito alguma coisa.

Aparentemente a magia não podia ser controlada até ela fornecer meios para isso, muito antes da criação dos três primeiros. A história era meio confusa, mas pelo o que Haruno havia entendido, somente os deuses usavam a magia, até a deusa da lua e o senhor das trevas criarem o que seria uma trava de segurança, e foi assim que os seres mágicos começaram a nascer. 

Tudo isso tinha sido antes da guerra, quando os deuses não interferiam de modo direto na terra. O que explicava porque essa deusa era adorada por todos os sobrenaturais, e não só pelas suas criações. 

Apesar de somente os lobos, vampiros e bruxas terem sido criados por ela, todos só existiam por causa da sua interferência. E na interferência do seu irmão.

O que fazia Sakura se questionar se alguém o adorava escondido.

Por mais que ele fosse um maluco genocida, ele havia fornecido meios para que o mundo sobrenatural existisse, e por mais que depois houvesse se virado contra os outros deuses e tentado dominar o mundo - por qual motivo ainda não estava claro. O cara tinha basicamente o inferno todo, pra que iria querer a terra? - ele ainda era um dos criadores de todos os seres mágicos, mesmo que de forma indireta.

Mesmo assim, aparentemente somente a deusa da lua recebia adoração, o que fazia a colheita se tornar menos sombria do que ela esperava inicialmente. Sim, haviam umas coisas estranhas durante ela, mas basicamente se tratava de sexo, álcool e poder. 

Todos vinham ver o fluxo da magia ser restaurado, e Sakura tinha a impressão de que se tratava de um modo de mostrar que por mais que ela não estivesse entre eles de forma literal, ainda estava em algum lugar, apenas observando. 

Sempre tinha alguém observando.

- As outras caixas estão no carro - Tenten falou.

- Um dos meninos podem ir pegar. 

Indicando a porta, as duas entraram.

A casa estava uma bagunça, com objetos mágicos espalhados em todos os lugares. 

Sakura ainda tinha que preparar o estoque dos caçadores de objetos enfeitiçados, e não sabia quando iria arrumar tempo para isso. 

Eles deviam ser entregues no terceiro dia da colheita, mas para quem ainda era um mistério. Por mais que houvesse estudado, ainda tinham muitos detalhes dos quais são sabia. Muitas lacunas em branco, que dificultavam sua vida.

Afinal, ela tinha que cozinhar? 

Da onde caralhos surgia a comida? 

E as bebidas? 

Suspirando, Sakura começou a procurar pelo modelo de comercial barato. Neji não estava exatamente feliz com o seu papel - supervisionar a decoração - mas Sakura não tinha pra quem passar essa responsabilidades, e mesmo que ela não estivesse ocupada preparando os encantamentos, não queria cuidar de flores e blá blá blá. 

Nunca tinha dado uma festa, e não sabia como arrumar as coisas. No final havia decidido por algo mais ligado com a natureza e um pouco sombrio, afinal, ainda era halloween.

O Hyuga estava parado, olhando em direção a elas quando chegaram a cozinha. 

Ah, não, ele estava olhando para a delegada, como sempre. Sério que eles ainda não tinham transado? Provavelmente iria rolar durante a colheita, afinal, dessa vez a previsão do tempo dizia que não teria chuva, apenas o céu azul e sem nuvens.

Não que isso se aplicasse a Konoha, aparentemente. A cidade toda ficava em sete dias de noite, apesar disso nunca ter saído em jornal nenhum. Não que Sakura estivesse surpresa.

Até descobrir que tinha herdado essa casa, nunca tinha ouvido falar nessa cidade. Na verdade, tinha sido bem difícil localizar.

Ninguém precisa lhe dizer que essa era mais uma das suas responsabilidades como bruxa. Aparentemente tudo era responsabilidade dela, por mais que não quisesse.

- Como as coisas estão indo? - perguntou.

Os olhos claros não se voltaram para ela.

Homens.

- Bem - respondeu, ainda focado na Tenten.

Sakura olhou para trás, vendo que a mulher segurava um frasco de poção, alheia a atenção que recebia. Revirando os olhos, voltou sua atenção para frente.

- Você por acaso viu o Sasuke por ai? - perguntou, tentando manter o tom casual.

A verdade era que, por algum motivo, queria muito vê-lo. Não era como se eles estivessem conversando muito, apesar de dividirem a mesma cama durante a última semana. Assim que amanhecia, ele saia de lá, e desaparecia até o anoitecer. 

Sakura sabia onde ele estava indo, não que ele houvesse contado para ela. Aparentemente ainda estavam escondendo coisas um do outro, mas ela não se importava mais com isso.

Afinal, ainda não tinha contado para ninguém sobre aquela imagem em sua mente. Bom, ela pretendia contar, mas não agora. Já tinham problemas demais para lidar com a colheita se aproximando, e finalmente tudo parecia em paz, na medida do possível. 

Nenhum sinal do alfa errante desde o lançamento do feitiço, o choro da morte ainda estava na floresta, porém, ela nem precisava se esforçar para ignorar: provavelmente a mulher tinha ficado sem voz depois de tanto chorar e estava dando um tempo. Sakura só conseguia ouvir durante a noite, e mesmo assim estava bem baixo. 

- Com o Itachi, ainda - ele respondeu.

Os irmãos estavam caçando o Sasori. Não exatamente caçando, só queriam saber se ele tinha saído da floresta com vida. 

Até o momento tudo indicava que sim. O que significava que ou o alfa havia partido em busca de outra bruxa, ou que ambos estavam juntos nisso.

Não fazia sentido, claro.

Ela estava com Sasori durante meses, saberia se ele estivesse tentando lhe matar, até porque ele tinha tido diversas chances para isso. E caso soubesse onde ela estava, não teria rastreado o seu celular.

Novamente tinha alguma coisa errada, e Sakura não sabia dizer o que era. 

Neto da bruxa do oeste.

Será que quando começaram o relacionamento ele sabia quem ela era? Ou tinha sido coincidência? Essa era mais uma coisa que ela não tinha compartilhado com ninguém: seu relacionamento com o neto da bruxa.

Essa informação não era exatamente relevante. Tudo bem, era sim, e ela sabia disso. Mas Sakura ainda sentia que todos estavam escondendo alguma coisa dela, e não queria ser a única que dava sua colaboração total. 

A questão principal era: a grande bruxa do oeste tinha enviado o neto em algum tipo de missão?

Sakura gostava de pensar que não, mas no fundo estava desconfiada. Quais as chances de isso ter acontecido de forma natural? 

De tantas pessoas, por que Sasori foi se envolver justamente com ela? E se por acaso a sua avó tivesse algo a ver com isso, o que ela faria a respeito?

Não podia simplesmente ser um peão para outra bruxa.

Caralho, ela também tinha o título! Tá bom, nenhuma magia relevante, mas mesmo assim. Não podia simplesmente dançar conforme a música, esperando o próximo ataque.

Sakura precisava descobrir mais sobre a velha e mais sobre qual era a sua relação com o neto. E principalmente, que merda Sasori havia vindo fazer no seu quarto com uma arma.

Ele sabia que tinham lobisomens, isso estava claro. E mesmo assim se arriscou a vir. Por que?

O que ele realmente queria? 

Tentando afastar esses pensamentos, Sakura mudou o peso de um pé para o outro.

- Eu precisava saber sobre as comidas e bebidas.

Isso chamou a atenção do lobo. 

Os olhos claros foram para ela, mas ele não demonstrou nenhuma reação específica.

- As fadas são responsáveis pela comida. Provavelmente ao amanhecer as mesas estarão abastecidas.

Bom, um problema a menos.

Sakura tinha lido um pouco sobre elas. 

Basicamente eram fadas do Peter Pan, exceto as mestiças. Como diabos isso acontecia ainda era um mistério, mas aparentemente era possível uma fada ter um filho com um humano, e esses mestiços tinham o tamanho normal de uma pessoa, com alguns dons de magia.

Sakura teria que perguntar depois para elas sobre isso. Como rolava a gestação? E o sexo? Nem sequer fazia sentido.

- E as bebidas?

- O vinho vem dos elfos, Nectar das ninfas, os anões costumam trazer as bebidas mais fortes.

- E a cerveja? 

Neji levantou as sobrancelhas.

- Você quer cerveja na colheita?

Sakura deu os ombros.

- E por que não?

- Eu posso trazer cerveja - Tenten se prontificou.

Hmmm.

Assim até parecia que ela estava se auto convidando. Sakura já pretendia fazer isso, afinal, não iria conhecer ninguém com exceção dos lobos e dos caçadores e seria bom ter alguém que fosse tão ignorante quanto ela. Afinal, com quem poderia comentar sobre as criaturas bizarras? De qualquer modo, ela estava esperando o momento ideal para fazer o convite, já que com certeza não era o sonho de toda humana participar de um festival sobrenatural.

Mas se ela se convidava sozinha, até facilitava o trabalho. 

- Mesmo? - Sakura perguntou, se virando para ela - Será que você consegue trazer até amanhã? 

A morena largou o frasco e sorriu, enfiando as mãos no bolso.

- Posso buscar hoje mesmo. Só vou precisar de ajuda...

- Eu ajudo - Neji se prontificou.

Ah, esqueça, talvez eles se pegassem no carro antes da colheita. Bom, sorte deles. Sakura sentia como se estivesse criando teias de aranha na vagina, e olha que nem fazia tanto tempo. Um mês e meio, talvez? Um pouco menos. Mesmo assim, parecia que uma eternidade havia se passado desde que transou pela última vez.

Talvez fosse por causa dos acontecimentos recentes: mortes e tudo mais, ou talvez fosse porque estava doida pra sentar em um certo lobo.

De qualquer modo, sua vagina precisava de uma atenção, atenção essa que ela teria que fornecer sozinha.

Triste realidade. 

- Perfeito - disse por fim - E quando os elfos chegam? E as ninfas? E os anões?

Será que todo anão era magico? Ou tinha um tipo especifico? Outra coisa que precisava descobrir. Onde estava o Shikamaru? 

- Os anões provavelmente amanhã de noite. Ninfas devem chegar junto com as fadas ao amanhecer, e sobre os elfos é um pouco mais complicado. 

Sakura levantou as sobrancelhas. 

Precisava de vinho. Era a única bebida que a deixava uma bêbada elegante, e não uma bêbada arrancando a roupa e dançando em cima da mesa - maldita tequila -. 

Será que teria tequila? Talvez devesse pedir para a Tenten buscar. Tequila, limão e sal, do jeitinho que o diabo no seu ombro gostava. 

- Simplifica.

Ele finalmente voltou a olhar para ela.

- Somente o representante do elfos comparece junto com uma guarda pessoal - ele deu os ombros - É uma longa história.

Lá vinha eles com esse papo de novo.

- Tenho tempo.

Não tinha, mas tudo bem. 

Neji olhou para os lados, provavelmente procurando uma escapatória. Quando não encontrou, voltou sua atenção para ela.

- Os elfos são os guardiões.

- Do que?

Ele deu os ombros.

- Boa pergunta.

Sakura cruzou os braços em frente ao corpo, levantando as sobrancelhas para ele.

- Vamos, você sabe mais do que isso.

Neji revirou os olhos, e só o fato dele não querer falar significava que o quer que fosse, era do seu interesse.

- Eu realmente não sei. Ninguém sabe além deles. Elfos tem uma vida extremamente longa, dizem que a rainha estava viva durante a grande guerra do milénio, e a própria deusa da lua lhe deu uma missão. Ninguém nunca soube o que era, só que eles guardam alguma coisa, por isso a maioria não pode sair.

Isso era interessante.

Se a rainha estivesse viva e viesse para a colheita, poderia lhe dar uma informação ou duas sobre a deusa da lua. Os livros falavam bastante dela, mas nada muito significativo: basicamente a pura bondade e amor.

Uma deusa meio pombo, na sua opinião. 

E meio sentimental. 

Tudo bem que era graças a ela que todo o mundo sobrenatural existia, incluindo talvez sua própria existência, mas mesmo assim. A deusa tinha sido sentimental o bastante para não arrancar a cabeça do irmão e deixar milhões morrerem por causa dessa escolha. 

Sakura ainda não conseguia entender isso, e talvez fosse porque ela própria não tinha uma família para compreender o sentimento por trás dessa decisão. Porém, estava curiosa.

O livro da história da magia falava sobre a grande guerra e a queda dos deuses, citando apenas alguns deles, nada muito relevante. A maioria havia sido morta antes da guerra, sobrando apenas a deusa, seu irmão e os gêmeos do caos. 

Não que os últimos fossem exatamente deuses.

Sendo bem sincera, Sakura não tinha entendido muito bem o que eles eram, e não existia uma descrição especifica a respeito deles. Só falava que eles trouxeram sangue e caos, o que não esclarecia absolutamente nada. O nome era “gêmeos dos caos”, então estava na cara que a bagunça vinha de brinde. 

De qualquer modo, Sakura queria saber mais sobre a deusa, e principalmente sobre a primeira bruxa. Tudo bem que a mulher era sua antepassada distante, mas tinha algo ali. 

Ela não sabia dizer se era só curiosidade ou algum tipo de instinto, mas tinha a impressão que se entendesse melhor a primeira bruxa, entenderia como usar magia de forma mais útil. 

Os livros também não falava muito sobre os primeiros. Só diziam que eles foram criados para matar as trevas e mudar o curso da guerra. Antes da última batalha, ela presenteou cada um deles pela bravura e lealdade que haviam demonstrado, concedendo aquela coisa de imortalidade, ligação com a magia e amor. 

O lobo era bem carente pelo jeito pra pedir uma coisa dessas.

Sakura pessoalmente iria escolher ser bruxa mesmo, afinal, pra que ser imortal? Uma vida só já era demais. Amor? Isso não era uma coisa pra se pedir. Onde estava o livre arbítrio? 

Balançando a cabeça, Sakura afastou esses pensamentos.

- Então a rainha vem - disse, mais para si mesma - Quando ela chega?

Neji deu os ombros.

- Não tenho certeza, mas não se preocupe, antes do inicio da colheita as mesas estarão repletas de vinho.

Tentando não fazer uma careta, ela se manteve parada. 

Não sabia muito sobre os elfos, ou a verdade seja dita: Sakura pulou as folhas sobre eles. Não pareciam tão relevantes quanto a necessidade de descobrir o que caralhos era aquela coisa na floresta, mas agora ela considerava a possibilidade da rainha possuir respostas. Afinal, muito tempo já havia se passado desde a guerra do milénio, e até o momento, Sakura achava que todos que participaram estavam mortos ou desaparecidos: o primeiro imortal - que quase não aparecia nas escrituras -, o lobisomem original - devia ter morrido de sarna, ou alguma coisa assim - a bruxa mais poderosa que existiu - mas que aparentemente não tinha capacidade para escrever, porque até o momento nada de um livro com os primeiros feitiços - e os deuses - a da lua não interferia mais, o das trevas morto e os gêmeos desaparecidos. 

Não existia ninguém vivo ou presente nos dias de hoje, exceto pela rainha dos elfos. A única pessoa viva que podia relatar exatamente o que tinha acontecido, incluindo o que guardavam de uma forma tão secreta.

Sakura não era a pessoa mais curiosa do mundo, e no geral, sempre considerou se valia mesmo a pena seguir sua curiosidade, mas dessa vez ela não tinha dúvidas: tinha alguma coisa com os elfos, algo importante. 

Importante o bastante para a informação não sair do povo de orelhas pontudas. Talvez não estivesse relacionado com a situação atual, talvez nem fosse relevante para ela, mas pelos deuses, Sakura queria saber o que era. 

- Prometo que as bebidas vão estar aqui - Neji disse, alheio ao que se passava em sua mente.

Sakura concordou com a cabeça, não estando mais tão interessada no vinho. A rainha dos elfos estava vindo, e com ela, respostas. 

Talvez a colheita realmente fosse necessária.