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História Aluga-se um Namorado - Agrada Aqui, Desagrada Ali


Escrita por: fleur_dhiver

Notas do Autor


Fala se, moçada, como tá o sábado de vocês? Espero que bem. Espero que todo mundo esteja curtindo muito e para fechar com pura alegria e felicidades, cá estou.
Espero que gostem, uma boa leitura a todos;*

Capítulo 22 - Agrada Aqui, Desagrada Ali


— (...) você agora tem uma imagem a zelar, compromissos, contratos, uma carreira. — Kakashi levantou da cadeira, rodando a sala em meio a sua explicação — Sua função é entreter e vender. Seu rosto, seu corpo precisam sempre estar em prol da marca que você trabalha, em alguns casos até mesmo em seus momentos de lazer. Ainda não ocorreu, mas é comum em alguns contratos grandes vir especificado que determinados calçados, roupas e até comida você não pode ser relacionado. Seu gosto pessoal vai ficar de lado quando você assinar uma dessas belezinhas. Além é claro da sua moto. Shizune estava falando comigo... — não dava.

Ele estava tentando levar a sério aquela reunião. Prestar atenção no que Kakashi dizia, pois ele sabia como o meio funcionava, já tinha lhe ajudado duas vezes e parecia disposto a continuar a fazer isso, mas simplesmente não dava. Nem mesmo quando ele falou de seu bem mais precioso Sasuke conseguiu se manter focado. Sua mente continuava a vagar nas lembranças daquela tarde.

Era um absurdo a noite passada, sob efeito de ácido e bebidas fazer mais sentido do que a manhã lúcida. Acordou acreditando que tudo estava uma maravilha, namorava – agora de verdade; dormiram juntos de conchinha e ela tinha conseguido o status na mídia que desejava e, em partes, sua vingança meio deturpada, isso era quase o sinônimo de felicidade nos tempos atuais. Mas nada na vida dele começava assim, era obvio que algo estava por vir e não demorou a chegar. Sakura não se lembrava do pedido de namoro e quando ele a pôs contra a parede ela desconversou e não disse se aceitava. O que deveria ser o início de uma relação continuava sendo uma relação falsa.

O ponto positivo na sua tragédia foi que conheceu o pai dela. Algo realmente bom, Sakura aparentava idolatra-lo e apesar de soar excêntrico ele não lhe pareceu alguém ruim de se socializar. Caso causasse uma boa impressão no jantar de mais tarde poderia acabar tendo a Haruno para si até o final da noite.

Causar uma boa impressão era prioridade, deveria se focar só nisso. No que falaria, em como falaria, tópicos de conversação, pesquisar sobre o homem – sabia que ele era alguém importante. Porém sua mente estava estagnada, em looping. Repassando incessantemente a conversa que veio depois do encontro com o Papai Haruno. Aquela mulher, aquela maldita mulher que não era nada para ele, que nunca tinha visto na vida o jogou no meio de um furacão.

Tsunade não era ninguém, ao menos não na vida dele. A conheceu ali, naquele momento e ela já estava mandando e desmandando em sua vida. Dizendo o que deveria ou não fazer e como fazer. Quando ela falou que deveriam terminar Sasuke quase riu, pronto para ouvir Sakura defender seu ponto de vista fervorosamente, mas para seu total espanto e desespero ela ficou calada. Pela primeira vez desde que a conheceu.

Sakura não deu um pio, escutou sem protestar todo o sermão que lhe foi dirigido. Sasuke estava achando que acontecia algo dentro daquela casa que era responsável por esse comportamento atípico. Primeiro o choro, agora o silêncio. Quando precisava da velha Sakura, uma nova sentimental e obediente surgia.

Sabia desde o começo que se envolver com Sakura significava tirar sua vida de órbita e ela não estava lhe desapontando nesse sentido. Cada dia era louco, insano e ao mesmo tempo extraordinário, mesmo os que o irritava e eram muitos. Puxou o celular que Shizune tinha lhe dado, nenhuma nova mensagem.

O protetor de tela era Sakura, tirada em um dos vários ensaios que eles fizeram antes do desfile, quase destravou o celular para ver as outras fotos, mas seria muito descaso com Kakashi, mais do que ele já estava tendo. Fechou os olhos, massageando as têmporas, precisava relaxar e focar.

E se Sakura desse ouvido a tal Tsunade? E se decidisse que o acordo deles não valia mais a pena? E se achasse que o certo era terminar mesmo, porque toda aquela história já tinha ido longe demais?

As partes mais frisadas no discurso foi a perda de controle e tudo que acarretou e nessa hora Sakura se encolheu na cadeira. Talvez estivesse pesando que Tsunade tinha razão, que ela não ficava assim há um bom tempo e a culpa era dele. Já que foi na companhia dele que tudo deu errado.

Sim, aquela mulher desgraçada conseguia fazer qualquer um se sentir culpado e diminuído. Até ele ficou assim, achando que tinha culpa por ter entrado naquela maldita sala no apart-hotel e encontrado Sakura semi-bêbada atrás do sofá. Sasuke Uchiha, o responsável por tudo. Obviamente era culpa dele, claro. Sakura era uma vítima das circunstâncias – que ela criava –; agiu de forma irresponsável? Ágil sim, mas era normal, era ele, Sasuke, quem deveria ter sido a pessoa sensata e dito não. Concordando só provava ser tão louco quanto ela, porque escolher ser preso era a opção ajuizada para Tsunade.

— Eu não a deixaria prendê-lo e Sakura não teria coragem de fazer isso. O escanda-lo sim, a prisão não. E você é um tolo por ter acreditado nela. — Sim, quando uma mulher com olhar de psicopata começa a te ameaçar, você deve mesmo ignorar tudo que ela diz e sair feliz pelos campos. — Ando recebendo ligações das empresas Uchiha, buscando saber o que acontece entre vocês dois e tamanho equivoco que é esse envolvimento.

— Eu não tenho ligação com eles! — Um erro tremendo foi Sasuke ter aberto a boca, os olhos acaju da Senju o fuzilaram com tanta frieza que ele chegou a estremecer.

— Não me interessa os seus problemas com eles! Não os quero interferindo na carreira de Sakura, ou no trabalho de Mebuki. — Muito se devia a sua personalidade altiva, outro no lugar de Sasuke já tinha se encolhido perante a feracidade de Tsunade. — Por falar nela, acha que sua mãe vai gostar de saber de tudo isso, Sakura?

— Ela só vai ficar sabendo se você contar! — Finalmente Sakura pareceu ter recuperado a voz e a discussão mudou de foco, Tsunade rebatia com relação a mãe dela e ela revidava com o seu fervor natural, mas em nenhum momento disse ser contra o rompimento.

Quando o assunto foi Mebuki ela reagiu como sempre, mas só para isso. Não refutou as outras palavras de Tsunade, não brigou, não defendeu o namoro ou a ele. Tsunade chegou a dizer como eles deveriam terminar e como a mídia deveria ser notificada sobre e Sakura quieta. Se ela estivesse cogitando terminar, não saberia o que fazer. Como seria agora? Ela não lembrava da declaração que tinha feito, nem ao menos ligava.

— Você está me ouvindo? — Focou em Kakashi com os braços cruzados em frente ao corpo, o fitava com o semblante levemente irritado.

— Sinceramente? — O Hatake revirou os olhos, saindo de sua cadeira, que Sasuke nem tinha percebido que ele havia voltado, caminhou até um minibar que tinha ao fundo de seu escritório, enchendo um copo com uísque puro. — Servido?

— Não, obrigado.

— Ok. Amanhã temos uma sessão de fotos que vai ser acompanhada por dois diretores de publicidade de outras marcas. Provavelmente vamos fechar com eles. — Voltou a fitar Sasuke, dando de ombros logo em seguida. — Você tem uma boa cara de pôquer, mantenha isso durante a conversa com eles. Não dê a entender que está interessado nas propostas. Eu fecho o seu cachê. — aquiesceu, observando as próprias mãos, bagunçou os cabelos negros e pegou o celular mais uma vez para checar as mensagens. — Ela ainda não disse nada?

— Não, depois do que a... — ergueu a cabeça fitando o homem com seu copo em mãos e um meio sorriso no rosto. — Desculpa, eu não queria que isso atrapalhasse nosso encontro.

— Tudo bem, era só para repassar alguns assuntos. Mas então está preocupado com o jantar? —Sasuke suspirou, jogando-se no respaldo da cadeira.

— Não só com isso, mas sim, o jantar está na minha cabeça. — Kakashi concordou com um aceno e enchendo seu copo mais uma vez e um segundo.

— O melhor que você pode a fazer nesse jantar é nada. — O copo foi entregue as mãos de Sasuke enquanto o Hatake matava o seu em um gole só. — Você percebeu como a Sakura reagiu ao convite estendido?

— Sim, mas eu pensei que se o pai dela gostasse de mim...

— Ele já gosta de você.

— O que? Como? — Kakashi escorou na lateral de sua mesa.

— Qual é mesmo seu sobrenome? — Sasuke fitou o próprio copo entendendo perfeitamente onde o Hatake queria chegar. — Kizashi é um dos melhores advogados do país, influente, bem relacionado. Ele só precisa saber o seu nome para gostar de você e ele já sabe. — Sasuke deu um gole na bebida. Odiando ter que dever algo a Itachi, mesmo que fosse dessa forma. — Ele vai querer falar sobre você, mude a conversa e a leve para a Sakura, isso vai deixa-la feliz. Não roube a atenção do pai dela.

— Não sei se vai adiantar — deu outro gole, dessa vez um longo, tomando toda a bebida que desceu queimando. Fazendo com que Sasuke piscasse algumas sem parar. — Talvez ela use o jantar para pôr um fim em tudo.

— Bem, mas ao menos você tentou, não é mesmo?

Kakashi o deixou na porta do hotel onde estava hospedado. Quando cruzou o lobby os funcionários lhe direcionaram mais olhares e cochichos, até mesmo alguns hospedes que estavam por ali pararam para fita-lo e comentar entre si. Apesar disso não foi importunado, pegou o elevador com uma senhora que não deu a mínima para ele. O que era perfeito, em sua opinião, queria sumir e voltar para o seu apartamento onde ninguém ficaria olhando e comentando.

Ao chegar no quarto sua atenção se voltou para cama, tinha uma roupa guardada dentro de um protetor com um bilhete de Shizune em cima: “Use isto”. Jogou o bilhete fora, abrindo e se deparando com um terno grafite, sem tirar do protetor colocou-o dentro do armário. Não queria saber, já que seria dispensado por Sakura não usaria essa roupa só para impressionar, porém antes de fechar a porta parou e voltou a olhar para a peça. Kakashi tinha dito para agrada-la, aquilo poderia ser ideia de Sakura. E ela ficaria descontente se ele não usasse. Mas se usasse um terno Kizashi poderia ficar ainda mais interessado em conversar com ele. Não, o melhor seria usar suas próprias roupas. Tomou um banho mais demorado que o costume, na hora de se vestir optou por uma camisa branca por cima um suéter de linho azul com gola “V”, acompanhado de sua jaqueta de couro, uma calça jeans escura e sapatênis cano alto de couro preto. Pronto. Estava perfeito e foda-se o resto.

Não fazia ideia de para onde deveria ir, pegou o celular em cima da cama e finalmente tinha uma mensagem de Sakura, porém o conteúdo não era animador ela apenas dizia o horário em que passaria para busca-lo junto com o motorista. Não tinha nada para fazer no quarto e ficar ali o lembrava da noite passada, então ele resolveu descer e esperar dar o horário no bar do Hotel. Enquanto esperava resolveu tomar outro copo de uísque, estava naquela vibe despreocupada e nada o impediria.

O celular vibrou e ele pagou a bebida indo para a entrada do prédio, onde o motorista de Sakura já o esperava em frente a porta do carro. Sakura não se deu ao trabalho de cumprimentá-lo quando entrou, o analisou rapidamente pelo canto do olho.

— Eu não teria escolhido o suéter, mas está bom. — Não respondeu e ela não puxou outro assunto, mantinha-se entretida no celular e Sasuke voltou-se para a janela do carro. Talvez fosse o álcool, ou a insegurança, mas queria agarra-la e proibi-la de terminar com ele e lhe tascar um beijo, porém nada o fez e em menos de 20 minutos já estavam em frente ao restaurante.

Assim que desceram do carro Sakura parou ao lado dele e fechou sua jaqueta. Caminharam de braços dados até o interior do L’amitié. O restaurante tinha um toque clássico, alabastros e cortinados em suas laterais, a luz era baixa dando uma leve escurecido no ambiente, um belo lustre de cristal no centro e outros mais a volta, tendo até mesmo pequenas lamparinas as laterais.

— Papai!

Kizashi tinha escolhido uma mesa de canto, não tinha vista, a não ser um quadro renascentista a parede. Assim que os avistou ele se levantou para dar um abraço em Sakura e cumprimentou Sasuke com um aperto de mão firme.

— Boa noite, sejam bem-vindos ao L’amitié. Gostaria de verificar a carta de vinhos, monsieur? — Com um gesto displicente de mãos Kizashi respondeu ao garçom.

— Por agora eu quero dois uísque escocês 10 anos puro e um chá gelado de pêssego, sim? — O rapaz respondeu com um aceno positivo e sumiu. Sasuke puxou o guardanapo para o seu colo, enquanto Sakura se agitava na cadeira.

— Papai, eu falei com Shizune sobre todas as coisas que podemos fazer durante a sua estadia. Minhas noites, estão livres e...

— Claro, claro. O que você quiser minha filha — com dois tapinhas de leve na mão de Sakura ele a silenciou. — Escolha qualquer coisa e me avise com antecedência que eu verifico minha disponibilidade, ok? — O semblante dela deu uma leve alterada, mas seu contentamento ainda não tinha se apagado. — E você meu rapaz, pretende nos acompanhar mais essa vez? — O garçom voltou trazendo as bebidas e uma cestinha com pães que Sakura tratou de pegar um, mordendo um pedaço amuada.

— Eu vou ter que passar, senhor — deu um gole em sua bebida. — Por essas semanas trabalharei até a noite. Vai ter que ser só vocês dois. — Sakura ergueu a cabeça para fita-lo, mas Sasuke mantinha a atenção no pai dela.

— Uma pena, mas você está certo. Trabalho em primeiro lugar. — Kizashi deu uma risada e ergueu o copo, tomando sua bebida, foi acompanhado pelos outros dois. — E como vão os negócios? — Sakura afundou em seu acento e Sasuke pegou um dos pãezinhos.

— Vão bem, ontem eu e a sua filha fizemos um ótimo desfile, não pararam de falar sobre ela na mídia. — Sasuke se voltou para ela, puxando a mão pequena e macia para junto da sua. — Falaram daquele vestido marfim que você usou, não foi? — Os olhos dela pareciam dois pires, ela foi de Sasuke ao pai então voltou a se aprumar na cadeira.

— É, o Orochimaru fez uma peça para mim, exclusiva e disse que me deixaria até assinar a caixa customizada. — Sasuke sorriu ao ver a animação dela em contar os detalhes sobre a peça. — Você tinha que ver, pai, ele era lindo. Lembra quando a gente foi ver aquele balé em Paris? E uma das bailarina usava um vestido que parecia feito de véus?

— Nossa, Paris? Quando foi que nós dois estivemos juntos lá? Você tinha 11 ou 12, não lembro direito, faz tanto tempo. — Kizashi puxou o menu e passou o olho rapidamente por ele.

— Eu tinha 10, mas sim, faz bastante tempo. — Ela soltou a mão fazendo circulas na toalha de linho com a ponta dos dedos. — Poderíamos marcar de voltar, nas férias do senhor...

— Claro. Depois vemos isso, Sakura, querida. Como entrada pensei em pedir um ceviche, se bem me lembro o daqui é maravilhoso, ervas frescas e na guarnição vem maçã verde. Quem imaginaria? — Ergueu a mão para chamar outra vez o garçom sorrindo para Sasuke.

— Bem, deixo a gosto de Sakura, nunca estive nesse restaurante.

— Pode ser o ceviche. — Ela disse quase por entre dentes, bufando irritada, mantendo sua atenção do guardanapo em seu colo ao pai.

A entrada veio, Kizashi pediu um bordô e permitiu que Sakura tomasse uma taça, no entanto o assunto dele não variou de Sasuke, por mais que esse se esforçasse em tentar realçar Sakura em todos os assuntos. E a dica de Kakashi aos poucos foi perdendo seu efeito.

No começo ela tinha adorado ter o assunto voltado para ela, mas quando o prato principal chegou Sakura já estava cansada de ser rejeitada e ao invés de ver a atitude de Sasuke como carinho ou uma forma de agrada-la via como pena, ele estava apiedado da garota patética que nem o pai queria saber. O estopim veio quando os pratos da refeição foram recolhidos e o cardápio de sobremesas e coquetéis entregue.

— Você não mencionou como anda a situação da Empresa Uchiha. Como é seu relacionamento, lá? — Foi demais para Sakura ouvir mais aquela pergunta.

— Ele não disse, porque não existe! — Kizashi se voltou para a filha, confuso. — Ele não tem nenhum vínculo com o senhor Uchiha, não tem empresa, não é dona de nada. Ele é pobre, papai! Pode esquece-lo agora? — Falou tudo em um fôlego só, surpreendendo aos dois. Um silêncio constrangedor tomou a mesa após o desabafo.

— Sakura! Que coisa mais rude de se dizer, não foi essa educação que eu e sua mãe lhe demos. — A Haruno revirou os olhos se voltando para Sasuke, mas ao perceber que ele mantinha sua atenção no cardápio, fingindo não enxerga-la tomou proporção do que tinha acabado de falar. Na raiva atacou quem não queria atacar, uma das mãos de Sasuke estava sobre a mesa e a ela a segurou como ele tinha feito tantas vezes essa noite com ela.

— Não... eu, não... não é isso... — Sasuke puxou a mão, fechando o seu cardápio.

— Sakura está certa — forçou um sorriso breve, fitando-a por um momento fugaz —, eu não mencionei a empresa porque não tenho vínculos com ela, nem com o dono.

— Entendo, mas você é irmão de Itachi, não é? — Sasuke tomou o restante de sua taça de vinho.

— Infelizmente. — Kizashi olhava de um para o outro.

— E como vocês se conheceram? — Sasuke se acomodou em sua cadeira, voltando-se para Sakura com um sorrisinho sarcástico.

— Em um desfile do Orochimaru — ela disse com a boca seca, queria pedir outra taça, mas seu pai não iria gostar.

— Bem, irmãos vivem brigando e o seu é muito reservado, quase não fala da família. — Kizashi deu uma risada, porém Sasuke não o acompanhou, nem Sakura que agora mantinha sua atenção no namorado, aflita e quase desesperada. — Estão prontos para pedir a sobremesa?

Sasuke pediu fraisier, conhecia graças a sua mãe e era uma das poucas sobremesas que ele apreciava, Sakura o acompanhou, mas a conversa murchou em geral. Kizashi ainda tentava, mesmo não sendo como ele previa, era um Uchiha e como ele mesmo disse problemas entre irmãos era algo comum, porém as respostas curtas não o agradavam, todo o ânimo da mesa minguou e o jantar não se estendeu mais do que isso.

Kizashi os acompanhou até a saída, cumprimentou Sasuke, beijou Sakura e tomou seu rumo e assim que ele se afastou o Uchiha soltou a mão que Sakura tinha agarrado com tanto fervor.

— Obrigada por não ter contado nada ao meu pai. — O motorista estava a porta, à espera dos dois, porém ele não foi em direção ao carro.

— Não tem de que, eu vou caminhando. Boa noite, Sakura. — Enfiou as mãos nos bolsos e se afastou dela, Sakura fitou os próprios pés tomando coragem para ir atrás dele.

 

— Você não sabe o caminho.

— Eu acompanhei o trajeto de dentro do carro.

— É longe.

— Não tanto, já caminhei por distâncias mais longas.

— Está frio.

— Vá para casa, Sakura. Eu vou ficar bem. — Ela se encolheu, apertando o casaco contra o corpo.

— Sasuke, pare! — Quando ele o fez, ela correu até ele, virando-o em sua direção. — Eu não queria dizer aquelas coisas, eu não me importo...

— Na verdade você queria e foi por isso que disse.

— Sasuke...

— Está tudo bem, queria chamar a atenção do seu pai, não queria que eu viesse. — Deu de ombros, fitando o transito a volta deles. — Além do que você não disse nenhuma mentira e eu não me ofendo em ser chamado de pobre, é isso que eu sou e nunca foi um problema.

— Eu sei que não, eu não ligo! Você... me desculpa?

— Não precisa se desculpar — Sasuke se soltou do agarre dela e apontou com a cabeça para o carro. —, seu motorista está te esperando, vá para casa.

— Eu pensei em ir para o apart e te esperar... chegar da sua caminhada. — Ela sorriu e fez o possível para que fosse um convincente, mas ele não estava prestando atenção, meneou a cabeça.

— Melhor não.

Sasuke não disse ou fez mais nada, tomou seu rumo e deixou Sakura sozinha no meio da calçada, ela ainda o observou por um tempo até se virar e voltar para o carro. O caminho para casa foi infernal, ela sabia que tinha feito tudo errado, mas tinha sido mais forte que ela, não pode se conter ao ver o pai dando toda a atenção ao Sasuke e esquecendo que ela também estava na mesa.

Assim que chegou em casa mandou uma mensagem para ele, perguntando se tinha chegado e se estava bem. Só recebeu uma resposta quase uma hora depois e foi apenas um “cheguei”. Ele estava com raiva dela, claro que estava, ela também estaria.

Foi dormir com isso na cabeça e quando acordou decidiu que iria até o Sasuke e tentaria arrumar as coisas e grudaria nele mesmo que não quisesse sua companhia. Puxou o tablet por hábito, mas ainda bem que o fez, tinha diversas mensagens de Shizune. A primeira que abriu mandava ela olhar as notícias sobre o jantar, revirou os olhos já imaginando o que poderia ser. Falavam da possível briga entre eles, mas com um adendo que fez Sakura pular da cama: 

“Fontes seguras afirmam que uma garota ruiva entrou, pela manhã, no hotel em que Sasuke Uchiha está hospedado. As coincidências terminariam ai se a garota misteriosa não tivesse perguntado na recepção pelo quarto especifico do senhor Uchiha. Uma ligação foi tudo que ela precisou, sua entrada foi permitida e só sorrisos, como confirma nossa fonte, a garota se encaminhou para o elevador.

Todos sabemos bem que nosso casal do momento não teve uma das noites mais agradáveis após o jantar com o papai (veja as fotos no inferior da página). E até a publicação dessa nota a ruiva misteriosa ainda não tinha saído do quarto do nosso modelo mais querido. Façam seus palpites, eu diria que o mais novo namorado de Sakura Haruno não conseguiu suporta-la mais que um mês.”


Notas Finais


E aí? Babado? Ruiva misteriosa é assunto, mas nossa Sakura foi muito cruel com nosso menino, merece mesmo sofrer com uma ruiva misteriosa. E o pai dela não é lá toda a pitanga que a Sakura pinta.

Então gente, eu ando demorando para responder os comentários porque eu tô pelo celular, só pelo celular, meu note deu pau again e eu tô postando por aqui, onde eu antes só respondia os comentários. E como escrevo mais devagar por aqui e preciso prestar mais atenção, eu tô demorando mais a responder vocês. Mas fiquem tranquilos, eu sempre respondo todo mundo. Volto na terça
O que acharam do capítulo? não deixem de me contar.

PS: a sobremesa que o Sasuke comeu é bolo simples com frutas.
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