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História Alvorecer (ABO) - Momentos Conturbados


Escrita por: IchygoChan

Capítulo 38 - Momentos Conturbados


Fanfic / Fanfiction Alvorecer (ABO) - Momentos Conturbados

Depois da breve, perturbadora e indesejada visita do pai que, felizmente partiu horas mais tarde para uma conferência, Izuku seguiu com sua rotina, com a pequena exceção de que agora ele e Shoto não mais se desgrudavam. 

A última conversa serviu para ambos firmarem aquele pacto silencioso de permanecer um ao lado do outro. Shoto seguia com a coleira de contenção, insistindo que precisava dela para garantir que não acontecessem mais acidentes, tendo sido liberado da terapia assim que percebeu que seu corpo não mais repelia os feromônios do companheiro. 

Para ambos era como vivenciar a calmaria após a tempestade. Estudavam juntos e aproveitavam os tempos livres para poder se distrair, se bem que a maioria das horas de estudos eles acabavam gastando com beijos e toques mais ousados. Como Shoto havia descoberto, Izuku era um ômega exigente com seu alfa, cheio de libido e atitude, sem se importar com nada mais que não fosse aplacar o próprio desejo que parecia insaciável. Não eram raras as vezes em que acabavam consumando um ato sexual após uma intensa troca de beijos e carícias. 

Naquela tarde não estava sendo diferente. Eles haviam se reunido para estudar direito criminal e, por algum motivo, Izuku resolveu que já não conseguia mais apenas olhar para o alfa curvado sobre si, lendo o livro que ele pegou, fechando-o antes de puxá-lo para um beijo necessitado. Suas mãos passearam pelo corpo definido e forte, delineando cada curva enquanto resfolegava com a presença dominadora que ele liberava, rosnando em agrado antes de deitá-lo no colchão. 

Suas mãos desceram ligeiras para as calças dele, acariciando o membro teso por cima do tecido enquanto ronronava satisfeito pela boca que abandonara a sua, em direção ao ombro que mordia, cravando os dentes em sua carne. A sensação de estar subjugado pelas presas era tão deliciosa que o ômega se contorceu em seu abraço, gemendo longamente seu nome em um convite libidinoso. Observar as pupilas dele dilatando com a intensidade dos estímulos era algo que deixava Izuku a beira da insanidade. 

Apressado e já instável, Shoto se ergueu, puxando as calças do ômega com ambas as mãos, raspando levemente as garras em sua pele alva antes de se livrar dos empecilhos que o impediam de ter uma visão privilegiada daquilo que para si era quase um templo sagrado. Colocou-o de quatro na cama, mordendo a carne macia de seu traseiro enquanto o masturbava com a outra mão, sentindo o próprio pênis vibrar dolorido em expectativa. Cada chiado, gemido e grunhido que o ômega deixava escapar o deixava ainda mais instável e necessitado. Pacientemente, enquanto lutava contra os próprios instintos, Shoto segurou ambas as nádegas dele, lambendo e mordendo toda a área central e o fazendo se contorcer de prazer. 

— Chega... Shoto, por favor... eu não aguento mais esperar... — Izuku choramingou tocando o próprio pênis e se masturbando. 

O alfa se levantou da cama, indo até a porta para verificar se estava realmente fechada. Tentava ainda manter-se são, sem deixar que os instintos dragassem sua sanidade para poder dar prazer ao Ômega, mas ele não estava facilitando seu trabalho. Quando voltou encontrou-o com o rosto enterrado nas cobertas, deixando apenas o olhar desejoso voltando para si, chiando de prazer enquanto se aliviava estocando a si mesmo com os dedos. 

— Assim não tem como me controlar. 

— Eu não quero que se controle. — mordeu o lábio inferior, exibindo-se para ele com as pernas abertas, enfiando os dedos que entravam e saíam facilmente devido a lubrificação. 

Abaixando-se sobre o Ômega, Shoto o levantou, apoiando as pernas dele sobre a dobra de seus braços e o erguendo. Esfregava a ponta do pau em seu ânus, lentamente, sem entrar, apenas para apreciar o olhar de expectativa e prazer que ele fazia, ansioso por ser penetrado. 

— Sho... To... vai logo... — pedia entre os gemidos, tentando inutilmente forçar a entrada sempre que passava perto. 

Após mais alguns minutos ele o fez de maneira lenta, colocando pouco a pouco, erguendo e o abaixando o ômega que estava a ponto de subir pelas paredes e gemeu longamente com os olhos semicerrados de prazer, rosnando enquanto cravava as próprias garras nas costas dele. Em resposta, Shoto o mordeu no peito, lambendo a ferida antes de o apoiar na mesa, se ajeitando para estocá-lo com mais força, cada vez mais rápido enquanto ele revirava os olhos de prazer, implorando por mais com a voz em um fiapo, arranhando o alfa como podia. 

— Eu... mnhh... amo quando me fode assim... — disse em um sussurro, sentindo o corpo começar a formigar e amente a vagar com o orgasmo eminente. 

— Eu amo te foder de qualquer jeito — abaixou-se beijando-o enquanto arremetia dentro de si, pensando unicamente em dar prazer a ele. 

— Eu vou gozar... — o esverdeado anunciou com a voz fraca e os olhos enevoados, segurando o traseiro de Shoto com força antes de se desfazer. Havia cravado as garras ali com tamanha força que duvidava que ele fosse capaz de se sentar por semanas.

O alfa continuou chocando-se contra ele por mais alguns segundos, prendendo-o em um potente nó quando se desfez dentro dele, sentindo o membro pulsar ao ser espremido pelo canal. Cada jato arrancava um chiado manhoso de Izuku que sentiu o corpo trepifldar com a sensação de ser subjugado.

Instintivamente beijou devagar cada pedaço de pele exposta, mordiscando e farejando o delicioso aroma que lhe tirava da razão, deixando-o satisfeito por possuir o ômega que o abraçou fazendo o mesmo. 

— Eu realmente poderia me acostumar a isso, sabe?! Estudar e depois relaxar com uma foda.

— Acho que já está acostumado, não?

— De certa forma, sim, mas continua sendo uma maneira interessante de ficar tranquilo.

— Seria melhor ainda se tivéssemos realmente estudado — O alfa alisando as madeixas encaracolados de Izuku entre seus dedos, girando os fios sedosos — Você não me deixa terminar.

— Não tenho culpa de ser irresistível. — alcançou o celular, colocando uma playlist de músicas lentas para tocar.

— Verdade, você é irresistível — o alfa o trouxe para perto, apertando-o — Sou culpado por não conseguir resistir.

O som de batidas na porta assustou a ambos. Haviam esquecido completamente que Inko estava em casa e agora sentiam as bochechas arderem ao se tocar que tinham feito muita algazarra em meio ao sexo.

— Eu queria poder enterrar a minha cara agora, só pra não ter que enfrentar essa vergonha. — Izuku confidenciou. Era a primeira vez que a sua mãe ouvia seus gemidos e sons lascivos sem que ele estivesse em heat, dessa vez não havia o descontrole para o amparar — Será que pode atender e pedir que ela espere que eu morra antes de ter que passar essa vergonha? 

— Essa não seria uma opção, não depois de termos finalmente firmado compromisso. 

— Não é como se eu pudesse prever esse tipo de situação. 

Novamente as batidas soaram pelo quarto e Izuku desejou poder se teletransportar para longe, abandonar o corpo para não ter que enfrentar a situação. Por sorte Inko se adiantou e resolver agilizar a conversa.  

— Izu, você tem visita, meu filho, se arrume e desça o mais depressa possível, eu vou fazer sal enquanto você se recompõe. 

Mesmo grato por ela perceber que não havia clima para enfrentar um momento vexame, Izuku ainda sentia a vergonha consumindo-o como um escaravelho pelo fato de não somente a mãe, mas também outra pessoa ter escutado sua sinfonia de pedidos e gemidos lascivos. Rogou a Deus que o levasse que ele até mesmo pagaria o frete. 

Após se recuperar e tomar um banho ele seguiu com o alfa para o andar de baixo, reconhecendo a assinatura aromática de seu visitante antes mesmo de terminar de pisar o último degrau, já prevendo que seria um momento tenso pois Shoto prontamente rosnou insatisfeito. 

— O que esse idiota está fazendo aqui?

💫💫💫💫 

Não tinha como Eijiro saber o tamanho da comoção que seu desmaio provocou, nem mesmo que o alfa o pegou no colo e voltou para o estabelecimento onde Tetsu quase o cobriu de socos por ter feito mal ao amigo. Mas ele conhecia bem o gosto amargo que sentia agora em sua boca e o incessante martelar dentro de seu crânio, uma dor aguda e incômoda que o fez colocar a mão na testa e chiar antes de tentar se levantar e ser impedido pela mão de Katsuki, gentilmente apoiada em seu dorso pressionando-o para que tornasse a se deitar. 

— Tá tudo bem, eu estou aqui, não se esforce tanto, ok? — levantou-se, o ajeitando na cama.

— O que eu estou fazendo aqui? — sentiu a língua embolar ligeiramente pesada, como se não a usasse há anos. 

— Você desmaiou depois da nossa briga, por causa dos meus feromônios hostis — sentou-se novamente, colocando as mãos no rosto e o esfregando com certa agressividade. Tinha o semblante cansado e abatido e falava de uma maneira mansa que não lhe era natural — Me desculpe por fazê-lo se sentir mal. 

O ômega ficou sem reação com aquela situação. Não que ver o alfa que amava preocupando-se consigo e pedindo desculpas fosse algo que o desagradasse, pelo contrário, o deixou feliz e ajudou a apagar um pouco do ressentimento que estava sentindo pelas escapadas dele nas últimas semanas, as ligações telefônicas não atendidas e mensagens ignoradas. O perturbador estava no olhar dele, desacreditado e deprimido, tão fatigado e desmotivador que lhe encheu a mente e coração de pensamentos perturbadores. Podia sentir a presença dele, branda e quase nula, e os feromônios que indicavam uma certa tristeza e não demorou muito para juntar as peças. 

Ele não desmaiaria por conta da presença hostil de um alfa, ainda mais um que conhecia, cuja assinatura aromática não lhe era estranha a menos que...

Não, definitivamente não. Era impossível e descabido, devia ser engano, tinha que ser um ou estaria completamente fodido.

— Os médicos já ... deram o diagnóstico?— sentiu a garganta travar ao indagar e os olhos esquentarem com a expectativa enquanto o alfa erguia a cabeça olhando para si com a expressão mais miserável do mundo. 

— Sim, eles já sabem e a gente tá fodido, Eijiro. 

— E-Eu estou... grávido? — nunca uma pergunta foi tão difícil de ser pronunciada, nem lhe causou tamanho pânico. A resposta do alfa veio em um simples acenar de cabeça e era positiva. 

Naquele momento foi como se um buraco se abrisse debaixo dos pés do ômega, sugando-o com a potência de um buraco negro. Os olhos que ardiam nublaram-se e as lágrimas desceram sem controle

Não eram lágrimas de alegria de alguém que descobre que vai ter um filho com a pessoa que mais ama, mas sim de desespero por esse filho ter sido concebido no momento errado. Ele não tinham estrutura psicológica, emocional, financeira ou estrutural para dar a luz e criar uma criança naquele momento de sua vida. Ser estudante lhe consumia muito tempo e o restante utilizava para trabalhar, estudar ou curtir seus hobbies. Como diabos faria isso tendo que cuidar de um bebê?

Sem contar que era um ômega sem marca, praticamente solteiro junto a um alfa descompromissado que sem dúvida alguma também estava apavorado e não assumiria aquela responsabilidade. O fato desse mesmo alfa estar ao seu lado com semblante de funeral, quase choroso o impressionava por acreditar que ele surtaria, mas não passava confiança alguma. De jeito algum. Katsuki era uma panela de pressão cuja válvula de escape estava momentaneamente bloqueada. Bastava pouco ou quase nada para explodir, Eijiro sabia e apostaria seu ordenado do mês nisso.

Katsuki estava tão apavorado quanto si mesmo e, por ser uma criatura inconstante, poderia acabar sendo violento em alguns minutos.

Era isso então, certo? Ele o abandonaria se Eijiro resolvesse ficar com o bebê, daria o famoso "pé na bunda" definitivo, isso era certo. A ideia magoou o ômega mesmo antes de ser anunciada oficialmente, pois ele sabia, conhecia bem aquele alfa que tanto amava e desejava e se detestou por não ter sido mais cuidadoso, apesar de não conseguir compreender o que tinha acontecido para que aquela situação acontecesse. Katsuki não gostava de crianças, não queria ter filhos e nem um ômega marcado e já havia deixado isso claro muitas vezes.

Eijiro por outro lado gostava de crianças, não as adorava, mas simpatizava, apesar de acreditar que a paternidade para si chegaria (se chegasse um dia) em um momento mais oportuno de sua vida, depois de marcado, casado e com emprego estável. Uma criança chegar agora, no início de sua jornada era como um empecilho aos seus planos, o atrapalharia, sem dúvida, e só de pensar em tudo o que teria que fazer para manter esse bebê já dava dor de cabeça.

— Por favor, diz que é mentira... — a voz escapou estrangulada de pavor.

— Eu gostaria que fosse, mas eles fizeram os testes e... Não é como se eu não soubesse, droga — o alfa esfregou os cabelos de maneira rude como se isso fosse suficiente para fazê-lo acalmar-se — Eu percebi o seus feromônios diferentes e a necessidade que estava tendo de lhe proteger de tudo e, merda, no fundo eu sabia o que isso significava, mas não queria aceitar, Eijiro, eu não estou pronto para ter um filho.

— O q-que vamos fazer, Suki? — indagou quando as lágrimas vieram mais potentes, saindo do torpor e acordando o alfa do próprio momento de desalento — E-Eu não quero ter que voltar para a minha cidade natal, não agora, sem ter conquistado o meu diploma... as minhas mães, elas vão ficar decepcionadas, e-eu vou aca-bar em algum emprego medíocre, sem nunca ter alcançado o sucesso... não quero isso, Suki... não quero...

O alfa levantou-se, pedindo espaço e se sentando ao lado de Eijiro, onde o puxou para um abraço apertado, deixando que ele chorasse em seu peito enquanto acarinhava seus cabelos com a ponta dos dedos e o aromatizava para que se acalmasse. Passaram longos minutos assim, com o alfa reconfortando seu parceiro até que finalmente se pronunciasse, dessa vez com o semblante decidido.

— Nós não precisamos ficar com ele, você sabe. — o ômega permaneceu em silêncio, apenas escutando, embora seu estômago revirasse um pouco de ansiedade — O médico nos deu a opção do aborto, disse que ainda está em tempo e que será um procedimento até mesmo rápido e sem muita necessidade de preparação.

O ômega travou com a fala, captando na voz de seu alfa que era que ele esperava que fizesse. Não que a possibilidade não lhe tenha passado pela cabeça, ele chegou a cogitá-la sim e não seria hipócrita ao dizer que não, no entanto ouvi-la sendo dita assim em voz alta parecia um tanto quanto cruel.

Ainda assim soava como mais racional do que se apegar e ter toda a vida modificada por aquele pequeno deslize.


Notas Finais


Quem é vivo sempre aparece, não é não?

Então, querides, eu já vinha avisando antes, mas não custa falar de novo, eu passo pouco tempo aqui no SS, então algumas fics estão muito atrasadas, e tem outras que nem trouxe para cá ainda, pois sou mais ativa no Whattpad. Eu vou upando aos poucos, mas se vc for apressado e quiser se adiantar, me procure no Whattpad.


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