História Always - 39 - Conhecendo o sr. Granger

Alguns meses depois)

O último semestre passou voando e Hermione estava ocupada demais com as suas ocupações de monitora. Draco e ela viviam para cima e para baixo conforme Minerva ordenava.

- Você acha que vamos conseguir nos reunir quando as aulas acabarem? - Draco disse enquanto caminhavam até a sala do professor Flitwick para lhe passar algumas informações e o mandar assinar alguns papéis conforme McGonagall havia ordenado.

- Espero que sim. - Hermione disse conferindo os papéis que estavam em sua mão.

- Você não acha que eu deveria assumir Luna aos meus pais? - Draco perguntou como quem não quer nada.

- Você já deveria ter feito isso. - Hermione disse voltando sua atenção para o garoto loiro.

- Tenho medo deles não a aceitarem! - Draco disse encarando o chão envergonhado.

- O negócio é o seguinte Draquinho, ou eles aceitam, ou eles aceitam! - Hermione disse com simplicidade.

- Queria que fosse assim Mione! - Draco disse cabisbaixo.

- Não se deixe intimidar por seus pais, tudo bem que eles são seus pais mas é melhor tentar do que ficar com receio das coisas darem errado. - Hermione aconselhou.

- Você tem razão.

- Eu sempre tenho razão. - Hermione disse enquanto batia na porta do pequeno professor.

...

POV- Hermione

Voltei para o meu dormitório para terminar de ajeitar minhas coisas, afinal, essa era a última semana de aula.

- Ansiosa para as férias, cunha? - Gina perguntou animada.

- Vai ter algo de diferente nas férias? - Perguntei.

- Como assim? Mas é claro que vai, você vai passar as férias lá em casa né? - Gina perguntou.

- Gina, mamãe e papai não iriam deixar? - Falei.

- E seu te disser que mamãe já conversou com seus pais e eles deixaram! - Gina disse.

- O que? Mentira? - Falei abraçando a ruiva.

- Mas... - Ela começou mas eu a interrompi.

- Sempre tem um mas! - Falei.

- Mas você precisa apresentar o seu namorado a eles. - Gina disse rindo.

- Como? - Perguntei.

- Seu pai insiste em querer saber quem foi que roubou o coração de sua garotinha.

- Meu Deus! - Falei rindo.

- Vai ser divertido Mione, imagina só... As férias todas lá em casa!

Assim que terminei de arrumar minhas coisa desci para o salão comunal onde eu encontraria Ronald.

- Amor, como está? - Falei depositando um beijo em seu rosto.

- Eu estou bem, e você meu amor? - Ron perguntou.

- Estou bem, adivinha onde é que eu vou passar minhas férias?

- Onde? - Ele perguntou curioso.

-  Na França! - Falei fingindo empolgação.

- O que? Mione mentira né? - Ron perguntou assustado.

- É claro que é mentira Ron, vou passar na sua casa, meus pais deixaram. - Falei.

- Deixaram? - Ele perguntou animado.

- Sim, mas tem uma condição.

- Qual?

- Você precisa se apresentar para os meus pais como meu legítimo namorado. - Falei.

- Mas... Seu pai vai me matar! - Ron disse assustado.

- Ele não é bravo amor! - Falei o tranquilizando.

- Se você diz. - Ele disse e me beijou.

- Eu te amo tanto! - Falei.

- Eu te amo também, só que um pouco mais. - Ele respondeu e eu sorri.

- Vai arrumar suas coisas! - Falei e ele assentiu.

...

Agora estávamos no trem com destino a plataforma nove e meia.

Sentamos na cabine e começamos a relembrar de tudo o que havíamos passado durante esse ano. Amizades a quais eu nunca imaginaria, os casais mais improváveis como Luna e Draco.  O meu namoro com o Rony que foi uma das coisas que mais me deixaram felizes, eu o amava e podia sentir que era recíproco, nós estávamos juntos e juntos eu sentia que podia enfrentar qualquer coisa.

Assim que paramos na estação King's Cross todos nós demos um abraço coletivo como se nunca mais fossemos nos ver, e cada um seguiu seu caminho. Luna foi pra casa ajudar seu pai com algumas edições de O pasquim. Draco foi encarar os pais e dizer sobre Luna. Eu fui para casa preparar os meus pais para visita de Rony. E Gina, Rony e Harry foram para TOCA arrumarem tudo para o acampamento que finalmente iríamos fazer.

- Filha, você está linda. - Mamãe disse assim que os Weasleys me deixaram em casa.

Mandei uma coruja para meus pais avisando que eles me deixariam em casa.  

- Obrigada mamãe, a senhora também está ótima. - Falei abraçando-a.

- Que dia seu namorado vem nos visitar?

- Eu ainda não sei, aliás, ele estava ali fora com sua família.  - Falei.

- Mentira, porque não pediu para ele entrar?

- Depois ele vai vir mãe, agora, vou ir tomar um banho. - Falei dando um beijo em sua bochecha.

Subi para o meu quarto que continuava do mesmo jeitinho, e tomei um banho relaxante. Logo depois peguei um pergaminho e uma pena e comecei a escrever uma carta para o Rony.

Desci para cozinha onde eu provavelmente encontraria meus pais.

- Querida, como está? - Papai disse vindo ao meu encontro.

- Estou bem, papai. - Falei.

- E o tal do Rony? Se ele fizer qualquer coisa para você, não hesite em me contar. - Papai disse com um ar superior.

- Papai, ele é um bruxo vai mesmo querer enfrentar ele? - Falei sorrindo.

- Por você eu enfrento tudo, meu anjo. - Ele disse sorrindo.

- Não se preocupe, apesar de Ron ter o emocional de uma colher de chá ele me faz muito bem. - Falei.

- Quando é que eu vou conhecer esse tal de Ron?

- E você e o Harry, como estão? - Ela perguntou lançando um olhar curioso para o Harry

- Estamos bem! - Gina respondeu segurando a mão do Harry.

- Vamos, precisamos arrumar as coisas para o acampamento. - Harry disse se levantando.

Assim que Harry se levantou Pichitinho entrou pela janela trazendo uma carta, eu peguei e abri.

- Depois eu ajudo vocês, preciso responder a Mione. Esqueceu que ela só vem para cá depois que eu me apresentar para os pais dela. - Falei.

- Ok, então vá logo. - Gina disse.

Subi para o quarto e peguei uma pena e um pedaço de pergaminho, e comecei a escrever.

- Pode ser. - Harry respondeu.

- Quando é que você vai conhecer o pai da Mione? - Gina perguntou enquanto enfiava uma barraca dentro de uma bolsa.

- Eu não sei, talvez amanhã. - Respondi. - Só estou esperando a confirmação dela mas acho que o Pichitinho vai demorar, ele já levou umas três cartas hoje.

- Porque não liga para ela? - Gina perguntou.

- Ligar? Lembra que não temos aparelho que liga, aqui. - Falei.

- E como foi que você me ligou uma vez quando eu estava na casa dos meus tios? - Harry perguntou parando para me encarar.

- Papai tinha pegou emprestado do ministério, mas ele já devolveu. - Expliquei.

- Mas se você não sabe, ele pegou outro. - Gina disse.

- Sério!? Você ainda tem o número da Mione, Harry? - Perguntei.

- Mas é claro. - Harry disse subindo para o quarto.

Minutos depois ele voltou com um pequeno pedaço de pergaminho com alguns números escritos e Gina foi atrás do artefato que liga.

- Papai me ensinou a usar, aqui, só colocar o número e apertar naquele botão verde. - Gina disse me entregando o negócio que liga.

- Afinal, qual o nome desse treco? - Perguntei.

- Telefone. - Harry respondeu. - Esse é sem fio, é melhor que o com fio, pelo menos na minha humilde opinião.

Apertei os botões de acordo com os números que estavam no pergaminho e começou a fazer um "TUM" estranho.

- Acho que vai explodir. - Falei afastando o telefone do meu ouvido depressa.

- É assim mesmo, Rony. - Harry disse rindo.

- Certo, - Falei colocando de volta no ouvido. - HERMIONE? É VOCÊ? - Gritei para que ela pudesse me ouvir.

- Rony? - Ouvi a voz doce da minha Mione no outro lado do telefone.

- OI HERMIONE. - Gritei. - TUDO BEM?

- Rony, é... Acho melhor eu fazer isso. - Harry disse pegando o telefone da minha mão.

- Mione, o Rony não sabe exatamente como usar um telefone. - Explicou Harry para o aparelho e se eu não soubesse que Mione estava falando dentro do telefone eu o acharia maluco.

- Eu imaginei, como conseguiram me ligar? - Ela perguntou dando uma gargalhada daquelas que eu amo.

- O sr. Weasley tinha um telefone, mas... Então, ligamos para saber quando o Rony vai ir aí? - Harry perguntou.

- Pode ser amanhã, assim como ele disse na carta?

- PODE! - Gritei pegando o telefone da mão do Harry.

- Não precisa gritar, Ron. - Gina disse rindo.

- Então, eu te vejo amanhã às 13:00? - Perguntei.

- Certo, eu te amo minha princesa. - Falei.

- Eu também te amo meu ruivo. - Ela respondeu e desligou o telefone.

POV- Hermione

Acordei no outro dia super ansiosa afinal o Rony se apresentaria como meu legítimo namorado hoje. Mamãe está super ansiosa para conhece-lo e preparou um super almoço. Ela já viu ele de passagem no beco diagonal mas acho que nunca tiveram uma apresentação descente, é claro que eu sempre falava do Harry do Rony e de nossas aventuras então ela já pode mais ou menos imaginar como é que ele é.

Fui tomar um banho pois falta exatamente 1h para o Rony chegar aqui. Sai do banho coloquei um vestido trouxa azul simples e uma sapatilha qualquer e desci para ajudar minha mãe.

- Olá, mamãe. - Falei assim que entrei na cozinha.

- Olá, meu amor. - Ela disse parando para me encarar.

- Já está tudo pronto? - Perguntei olhando para a mesa que estava cheia das mais deliciosas comidas trouxas.

- Sim, querida, agora eu vou ir tomar o meu banho. - Ela disse tirando o avental e saindo da cozinha.

Fui para sala e liguei a TV, fazia tempo que eu não assistia algo, a última vez foi lá na TOCA mas eu acabei pegando no sono.

Ouvi alguém bater na porta e me assustei, Rony só deveria chegar daqui 1h. Levantei e me dirigi a porta e dei de cara com o meu ruivo que estava confuso segurando um buquê de flores.

- E-eu só c-cheguei mais c-cedo pra causar uma b-boa impressão. - Ele gaguejou.

- Tudo bem, amor. - Falei lhe dando um selinho. - Entre.

Entramos e ele ficou admirado com os objetos trouxas espalhados pela casa.

- O que seria isso aqui? - Ele disse apontando para o microondas assim que entramos na cozinha.

- Um microondas, serve para esquentar comida. - Expliquei.

- É incrível. - Ele disse olhando admirado para o aparelho e eu não pude deixar de rir.

- Acho que não tem problema se eu te der um beijo agora, papai e mamãe vão demorar pra descer. - Falei me aproximando do passando meus braços pelo seu pescoço.

- Por você é bom correr riscos. - Ele disse me puxando para si pela cintura e colando seu lábios nos meus.

Foi um beijo quente o qual eu não queria que terminasse nunca, foi tão bom. Eu amo os beijos dele. Eu amo o jeito que ele me puxa pela cintura. Eu amo o jeito com que nossas línguas combinam. Eu amo ele.

- Nossa, Ron. - Falei ofegante assim que paramos de nos beijar. - O que foi isso?

- Não gostou?

- Eu amei. - Falei puxando a gola de sua camisa e lhe dando outro beijo.

Assim que o ar faltou nós paramos e esperamos papai e mamãe descerem.

- Você é o garoto que roubou o coração da minha menininha? - Papai perguntou enquanto almoçavamos.

- Ele é incrível, papai. - Falei.

- Sim, acho que sou eu. - Rony falou, ele estava nervoso e a genética Weasley deixava isso bem claro.

- E o que você pretende fazer, digo a profissão?

- Eu quero ser auror, senhor. - Rony disse.

- Auror? Eu acho que já ouvi falar disso, em algum lugar...

- Aurores são tipo policiais, papai. Eles protegem o mundo mágico contra a arte das trevas. - Expliquei.

- Me parece uma boa profissão. - Mamãe disse sorrindo.

- E é, senhora Granger. - Rony disse.

O almoço correu perfeitamente, papai se deu super bem com o Rony e mamãe gostava do jeito que ele olhava para mim, de acordo com ela, ele me olhava como papai olha para ela. Apaixonadamente.

Eu e Rony nos despedimos dos meus pais, hoje eu iria para Toca.

- Seus pais, nem acredito que gostaram de mim, eles gostaram, né? - Rony perguntou meio inseguro.

- Acho que sim! - Falei dando de ombros.

Assim que chegamos na Toca, encontrei Gina e Harry numa tentativa de tirar os gnomos do jardim.

- Vocês precisam de ajuda, com eles? - Perguntei olhando para Gina que corria para lá e para cá balançando um gnomo que estava preso em seu dedo.

- Não, estamos bem. - Harry disse puxando com toda sua força o gnomo do dedo de Gina.

- Tudo bem, então.