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História Always - SNARRY - Capítulo 11


Escrita por: LeChatNoir_

Notas do Autor


Boa leitura!

Capítulo 11 - Capítulo 11


“Alguma coisa deve ter acontecido, estou falando sério.” Rony andava ao lado de Neville pelos corredores apressadamente.

“Ou não, às vezes é só alguma coisa da sua cabeça...”

“Cara, ele sumiu! Você acha que ele iria desaparecer assim, do nada?”

“Rony, com todo o respeito, mas você sabe, ele pode ter ido dar uma volta com Gina ontem a noite e...” o rapaz parou de falar ao começar a corar.

“Você sabe que é da minha irmã que está falando, certo?” disse cerrando os olhos “E se ele realmente tivesse ido dar uma “volta”, como você diz, porque só ele que não voltou? Gina estava no café.”

“Ah, verdade...” disse desapontado com a solução sem sentido que dera “Mas pra onde estamos indo, procurar pelo Harry?”

“Ora, para onde acha? Vamos contar à professora McGonagall.”

Diretora McGonagall.” corrigiu.

“Você entendeu.” disse ele, nervoso.

“Mas por que não pergunta à Hermione primeiro? Não seria melhor ir com calma, sem muito escândalo?”

‘Não, Neville. Não vou falar com ela.”

“E por que não?”

“As coisas não estão muito bem entre a gente.”

“E essas coisas são mais importantes que o Harry?”

“Não, mas... Bem... Droga, não vou falar com ela.” disse irritado “Vou falar com um responsável. Hermione não irá ajudar, de qualquer maneira. Estou tentando evitá-la por algum tempo.”

“E que tal Luna? Às vezes ele poderia ter visto ele em algum lugar...”

“Não, não vou falar com ninguém além da Diretora.”

“E por que em vez de falar com a Diretora, você não fala com Snape?”

“Você só pode estar brincando!” exclamou alto, fazendo com que várias cabeças virassem em sua direção “Em que mundo falar com Snape é preferível do que falar com a professora Minerva?” voltou a baixar o tom de voz, se tornando quase um cochicho.

“Eu só acho que falar com a Diretora de Hogwarts é muita coisa para alguém que só sumiu por algumas horas... Você acha que Harry iria querer toda essa atenção, Rony?”

“É... Você meio que tem razão...” cedeu o ruivo “Vamos esperar até começar as aulas, durante a tarde, o que acha?”

“Acho que deveríamos esperar até as aulas de poções. Harry não se atreveria faltar à aula dele por bobeira.” Neville falou e segurou o amigo com força pelos ombros e o virou na direção oposta para onde estavam indo, mas ainda sim, manteve-se de frente com ele.

“Ai, o que está fazendo?”

“Ela está vindo. Hermione. Não olha.”

“O quê? Aonde?” Rony virou a cabeça para trás e ao seu olhar se encontrar com o de Hermione, ele voltou o rosto para o amigo, arregalando os olhos. “Droga! Ela me viu olhando para ela...” ele ficou por um tempo parado, apenas encarando a face do amigo “Para onde ela está indo, Neville?”

“Está vindo para cá... Acho que elas devem estar falando alguma coisa sobre você...” Ele levantava os olhos da maneira mais disfarçada que fosse possível para ver as meninas “E Gina está concordando... Elas olharam para você e começaram a rir de novo...”

“Ta, chega. Eu não me importo.” bufou.

“Você se importa sim.”

“Você pode pensar que eu me importo, mas a verdade é que eu não estou nem aí.” Rony saiu andando com o rosto vermelho, deixando o amigo para trás.

“Rony” ele correu e alcançou ele novamente “Você se importa porque gosta dela, é normal isso.”

“Neville, eu honestamente não estou muito bem para isso agora.” disse com a voz que se escondia certa raiva “Se você puder me encontrar depois da aula do Snape caso o Harry não apareça, será bom. Eu preciso ficar sozinho agora.”

“Pare de ser infantil, Rony”

“Você acha que estou sendo infantil?  E por que diabos estou sendo infantil?”

“Por ficar agindo desta maneira. Se quer resolver as coisas entre vocês, vá lá e resolva!”

“Eu não preciso da sua ajuda e nem da sua opinião.”

E dito isso, ele voltou a fazer seu caminho, deixando Neville novamente para trás, só que desta vez, o garoto deixou que ele fosse e não o seguiu mais.

 

...

 

Ele abriu os olhos e por apenas um único instante, esqueceu aonde se encontrava. Seu cérebro lentamente foi começando a voltar ao normal e a típica sensação de desconforto que vivia impregnado nele todo tempo, for surgindo aos poucos novamente.

Ele se remexeu desconfortavelmente no colchão duro abaixo de si e sentiu as costas doerem pela noite nada boa que passara nele, e chegou à conclusão que já era a hora de levantar.

Ele se sentou e com um suspiro pesado, passou a mão pelos seus cabelos longos e negros que possuía desde quando era uma criança, desde quando conheceu Lilian, e lembrou-se de como a garota costumava achar o preto de seus cabelos fascinantes.

Enquanto estava ali sentado, memórias da sua infância começaram a vir à tona. Lilian e ele sentados na beira de um imenso lago, atirando pedras e vendo quem conseguiria a maior distância, eles procurando por esconderijos aonde ninguém iria os incomodar. Lembrou-se da irmã da menina, do jeito que sempre andava com a cara emburrada e implicando com o jeito estranho da jovem bruxa e sempre criticando a companhia com que ela andava.

E ao se lembrar disso, sua cabeça voou sem impedimento nenhum diretamente à Potter.

A cama de Snape era bem ao lado da do garoto, mas isso não fazia com que Snape ficasse pensando nele, ao contrário, ele tentava ao máximo evitar estes tipos de pensamentos.

Só foi preciso que ele levantasse um pouco a cabeça para encontrar a cena de um garoto enrolado em um cobertor, com os cabelos bagunçados e com o corpo virado para cima. As pontas dos cabelos escuros do jovem ameaçavam cair nos olhos dele, mas o comprimento deles não permitia. A respiração era calma e profunda, o rosto adolescente não possuía nenhuma linha de expressão, e com um giro desajeitado para o lado, agora ficando ainda mais de frente com Snape, os cabelos que estavam na testa caíram para o lado, deixando a famosa cicatriz à vista.

Ao ficar por um tempo olhando ao jovem que dormia, Severus percebeu que sua própria respiração havia entrado no mesmo ritmo da que saia pelos pulmões de Harry.

Aquilo por algum motivo, o assustou. Ele percebeu que o menino havia inconscientemente tomado conta dele, havia de alguma maneira adentrado suas duras barreiras sem que ele nem mesmo tenha notado. Ele agora percebeu claramente que ao olhar para o menino, não sentia mais aquele ódio que fervia e fazia com que não gostasse de Potter, com muita frustração viu agora que estava se afeiçoando ao jovem.

“Você realmente se apegou ao garoto, Severus.”

Snape virou o rosto para o lado exalando irritação.

“Cale a boca, Albus. Não me venha com esse papo. E não faça com que me sinta arrependido por te trazer conosco a esta missão.”

Dumbledore em seu quadro, que se localizava na parede oposta às camas, em uma altura que se aproximaria ao mesmo nível do rosto de uma pessoa de tamanho normal, abaixou os óculos no nariz, e prosseguiu:

“É apenas um fato, meu caro. Um fato que você nega a todos e até a si mesmo.” Snape continuou encarando ele com os olhos frios “Você mesmo sabe que se apegou a ele quando lhe ensinou oclumência, e viu na cabeça dele, por tudo o que aquela criança fraca e indefesa havia passado. Toda vez que mergulhou em sua cabeça, também via a coragem e a nobreza de um garoto grifinório, e principalmente, encontrou o amor cego que deposita tanto em seus amigos e companheiros, não é, Severus?”

“Ele não passa de um grifinório irritante, assim como disse. Absolutamente insolente igual pai, apenas uma extensão viva daquele homem.” disse asperamente.

“Chegou ao ponto certo, Severus. Você apenas finge não gostar e nunca ter gostado do menino, porque para você ele é o pai. Você consegue enxergar as semelhanças, e como consegue...” soltou um riso fraco, seguido por uma tosse “Você vê as semelhanças, mas também sabe que são apenas semelhanças.

“E de onde isso tudo se baseia, Albus?”

“Eu posso ver a dor que você carrega, e vejo também a dor que você tem ao passar os olhos por ele.”

“A única dor que eu tenho, é ter que te aturar com essa estupidez.”

“Por que não tenta mudar a relação entre vocês?” Dumbledore ignorou o comentário de Snape “Você sabe que ele é um bom rapaz.”

“Você pode estar esperando por algo a mais, mas não. O garoto me odeia, Albus. Agora que Voldemort está morto, eu tenho a mais concreta certeza de que tenho as honras no topo da lista de pessoas que ele despreza. É melhor as coisas continuarem da maneira que estão.” sua voz soou amarga.

“Se ele te odeia tanto, Severus, por que ele salvou sua vida?”

“Ele não estava com uma consciência sã, se não, nunca haveria feito isto.” Concluiu que seria a melhor alternativa pensar assim.

“Você está enganado. Ele nã...”

“Sabe o que eu também vi ao entrar na mente dele?” Snape interrompeu “Vi medo, vi ódio, vi tudo o que poderia existir, e sabe direcionado a quem, Albus? A mim! Principalmente a Voldemort, é claro, mas também a mim. Acha que alguém assim pode realmente aceitar ‘mudar o jeito da relação’? Não gaste seu tempo dizendo coisas como estas, porque realmente não vale à pena.”

“Viu amor?”

“O quê?” rosnou.

“Se viu tudo, viu amor, Severus?”

“Chega, Albus. Este assunto está encerrado.” Snape se levantou e com um aceno os lençóis de sua cama se esticaram “Potter, acorde, temos que ir."


Notas Finais


Até mais!


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