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História Always - SNARRY - Capítulo 02


Escrita por: LeChatNoir_

Notas do Autor


Boa leitura!

Capítulo 2 - Capítulo 02


“Harry! Isto é... Incrível! Você não acha incrível, Ron?” Hermione puxou Rony que estava distraído demais comendo.

 “Claro. É maravilhoso, Harry.” Disse Rony com a boca cheia enquanto caia comida pra fora dela. “Você vai dar aula pra Sonserina, quem sabe não tira uns pontos deles, hein?”

 “Cale a boca, Rony. Ele não vai tirar ponto nenhum! Ele é um professor, e não ficar cometendo injustiças apenas para privilegiar sua própria casa. E sinceramente, você é um porco.”

“O quê?” Resmungou.

“Será que você não pode parar de comer apenas um segundo?”

“Mas é que eu estou com muita, muita fome.” Arregalou os olhos, concordando com a cabeça.

“Como se isso fosse alguma novidade.”

“E, aliás, porque o Harry não pode tirar pontos se o Snape tira de nós à vontade?”

Harry sentia falta daqueles momentos, onde os amigos discutiam, riam, sem se preocupar com nada mais. Mas assim que o nome de Snape foi citado, o clima mudou, e tornou-se pesado para ele.

“Vamos mudar de assunto, por favor.” Interveio Harry

“Sim, concordo. Porque ninguém aqui merece ficar vendo Rony comer e falar ao mesmo tempo.” Hermione soltou uma risada.

“Ei!” Rony fez uma cara emburrada, mas logo já voltou sua atenção ao prato como se fosse a coisa mais importante do mundo.

“Oi Harry.”

Harry virou e se deparou com os cabelos alaranjados e os largos sorrisos que Gina tinha. Por mais estranho que possa parecer às vezes, ela o fazia feliz. Sempre estava à sua disposição para ouvir seus desabafos, sempre interessada nas conversas, estava no Quadribol, sempre estava junto em todos os momentos na escola, ou em família, em tudo.

“Gina!” Ele se levantou da mesa e deu rapidamente um selinho na ruiva e abriu espaço para que ela se sentasse ao seu lado. De repente, Harry sentiu uma fisgada atrás de sua nuca, seguido por um incomodo estranho.

Quando se virou, deparou-se com os olhos negros novamente. Ele já estava lá, na mesa dos professores, o observando, como um caçador observa sua presa. Harry nem tinha o visto chegar, ele era silencioso. Afinal, isso era o que fazia dele um bom bruxo. Era sorrateiro e observador. Por um momento Harry ficou encarando ele, devolvendo o mesmo olhar, mas assim quando Gina chamou seu nome em meio à conversa, voltou a sua atenção a mesa, fingindo esquecer-se do homem. Apenas fingindo, pois a sensação em sua nuca, e o peso que sentia ao ser observado se manteve o tempo todo de que era observado se manteve o tempo todo. Era impossível esquecer Snape quando ele não queria ser esquecido. Impossível.

Assim que todos os amigos terminaram de comer, saíram da mesa e se dirigiram para o campo de Quadribol. Hermione lançou um olhar de advertência a Harry que nem sequer tinha tocado na comida de seu prato. Mas como ele iria comer com tudo se revirando em seu interior? Com essa sensação estranha que vinha lhe atormentando durante o dia?

“Enquanto vocês vão treinar um pouco, eu vou para a biblioteca pegar uns livros, tudo bem?” Hermione não era muito fã de Quadribol e sendo assim preferia passar o tempo estudando para o último ano.

“Mas você passou a manhã toda lendo!” Interveio o Weasley.

“Sim, mas não é o suficiente. Preciso muito mais que passar uma mana lendo para receber um ‘excelente’ em todas as matérias. Até mais tarde.”

Rony olhou para Harry com um ar de questionamento, mas o outro apenas respondeu com uma encolhida de ombros.

Harry não estava com vontade de treinar. Preferia ficar sozinho pensando no que viria pela frente. Mas havia prometido ao amigo e a Gina que iriam treinar pesado neste ano, então não havia escolha.

...

Hermione saiu da biblioteca com vários livros debaixo do braço e um em mãos, aberto. O livro que acabara de achar nos fundos da biblioteca era magnífico, explicava os segredos de produção de poções de uma maneira nunca vista por ela. Ela ia caminhado com os olhos completamente fixados no livro, em direção à sala comunal da Grifinória, porque no momento aquele seria o lugar mais provável onde poderia ter um sossego para estudar. Até que de repente esbarrou em alguém e livros derramaram-se por todo o corredor.

“Mas o quê...?”

“Olhe por onde anda!” Gritou a voz furiosa de um jovem alto e magro de cabelos loiros, encontrando-se com a figura de Hermione “Oh, é você, Granger.” e no momento, a sutileza tomou conta do tom de voz de Draco  “Me desculpe, eu estava distraído e não vi você.”

“Não, está tudo bem.” Aquele era realmente Draco? E ele realmente estava desculpando-se? Quem diria “Não foi nada.”

“Aqui. Tome.” Ele junto e estendeu os livros para ela, mas logo os recuou para si “Espere. Quer ajuda com os livros? São um tanto pesados e você ainda está bem longe de chegar à sala comunal.”

Oi? Draco sendo gentil?

“O que você está fazendo aqui? As masmorras não ficam neste andar. E você não estaria agindo assim se fosse à toa.”

“O quê? Não. Claro que não. Eu só estava aqui para...”

“Você é um interesseiro, Draco. O conheço muito bem. Não precisa fingir, sério.”

“Olha, eu mudei, ta legal? E se quer saber, eu só estava aqui porque passei pela Sala Precisa. Precisava pegar uma coisa que eu havia deixado lá há um tempo.” vendo o olhar de desconfiança de Hermione, ele enfiou a mão em seus bolsos tirando de lá um pequeno livro desgastado “Isso.” entregou o livro a ela “Nunca achei que depois de tudo o que passamos com Voldemort, ainda voltaríamos para Hogwarts. E eu, bem, coloquei meu diário lá para que ninguém lesse. Mas se você quiser ler, vá em frente, não tenho mais nada para esconder.”

“Não... Precisa...” ela devolveu o livrinho para ele com uma expressão estranha no rosto “Nunca achei que você seria o tipo de garoto de escreve em um diário, Malfoy.” disse ela em zombaria.

“E que tipo de garoto seria esse?”

“Ah, do tipo que escreve diários e que se importam com alguma coisa.”

Hermione e Draco foram conversando ao longo do caminho e por mais estranho que pudesse parecer para ela, era muito gostoso conversar com Malfoy. Alguns encaravam o casal pelos corredores que tempo atrás não suportariam ficar próximo um do outro passivamente. Mas a conversa fluía livremente, sem preocupações. Ela resolveu deixar a desconfiança de lado – ou não tão de lado assim – e dar uma chance a ele de mostrar quem realmente era. E ele estava tão diferente. Estava feliz. Não era nem de longe a pessoa que ela pensava ser Draco Malfoy.

Chegaram ao quadro da Mulher Gorda e ele a entregou os livros, despediu-se e virou-se para sair, sem insinuação de interesse nenhum, como se fossem apenas amigos, e ele apenas lhe fazia um favor comum. Talvez então, só precisamos nos permitir dar uma segunda chance para fazer diferença. E ela daria a Malfoy.

...

Voltaram todos cansados e suados do longo e cansativo treino da tarde, tomaram um banho e logo já se encontravam juntos na sala comunal. Estavam todos presentes, com apenas a exceção de uns ou outros, como no caso de Neville, que com certeza estaria em algum canto do castelo junto de Luna, eles pareciam que foram feitos um para o outro, sempre rindo das mesmas coisas, com a cabeça nas nuvens. Assim também como Hermione e Rony que às vezes eram pegos trocando palavras carinhosas, beijos e abraços, mas logo ficavam tão envergonhados que se afastavam um do outro.

Aquele momento, ali, era único. Rony e os meninos jogando Snap Explosivo, algumas garotas conversando e rindo, outras estudando, paquerando garotos, ou até mesmo junto deles, e ele abraçado com Gina, enquanto ela lia um livro - pelo o que ele havia percebido era uma história de um amor impossível, onde os personagens principais estavam sempre destinados a ficar longe do outro. E ela queria que Harry lesse junto com ela, mas ele apenas pediu para que lhe contasse o final depois quando terminasse de lê-lo, pois era meloso, meloso até demais. Enquanto todos eles estavam entretidos, ele e Hermione apenas observavam o ambiente ao redor, ambos sabiam o que estavam pensando e o que queria dizer, depois de todo esse tempo eles eram capazes apenas de comunicar-se com o olhar.

Depois de muitas conversas, risadas, brigas e brincadeiras infantis, chegaram à conclusão de ir dormir mais cedo, pois no outro dia teriam de levantar mais cedo, afinal, amanhã oficialmente começaria as aulas e o ano em Hogwarts. Harry estava um tanto ansioso, principalmente com o seu cargo de professor, era um tanto animador. Assim que deitou em sua cama achou que não iria conseguir dormir, pelo fato do dia seguinte e principalmente por causa do ronco de Rony. Cruzes, como ele ronca alto. Ficou escutando por um bom tempo, até começar a delirar com o ritmo que o garoto fazia até cair no sono.


Notas Finais


Até mais!


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