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História Always - Encontro


Escrita por: thz1nnn

Notas do Autor


(sem foto porque não achei nenhuma legal)

Esse "/" indica que houve uma mudança na cena, mas todas acontecem ao mesmo tempo.

Boa leitura!

Capítulo 25 - Encontro


–Aonde as meninas foram? – sua mãe perguntou ao entrar em seu quarto.

–Em um encontro com alguns rapazes.

–A essa hora da tarde? – olhou em seu relógio.

–É mais como se fosse um passeio. Elas merecem se divertir um pouco.

–Oh sim, entendo. Bom... ele está na sala. – disse, sem jeito.

Sakura parou de tocar o piano.

–Ela também?

–Sim.

Ela sorriu ao ouvir a resposta. Sakura se levantou e caminhou em direção à porta.

Ao descer as escadas, teve a visão de Naruto e Hinata conversando na sala, esperando por ela.

–Oi... – disse envergonhada ao descer.

–Sakura? – Hinata se levantou surpresa.

A mulher assentiu e sorriu. Sua antiga amiga correu até ela e a abraçou com força.

–O que faz aqui? Quanto tempo!

–É... – ela olhou para Naruto. – Estou aqui a trabalho. Fico feliz em ver que estão juntos.

–Nunca nos separamos desde que você nos disse que gostávamos um do outro. Não é, Hina? – Naruto a abraçou por trás.

A mulher confirmou e voltou seu olhar para Sakura.

–É tão bom te ver, Saky! Não acreditei quando Naruto me disse que você estava de volta. Tive que comprovar com meus próprios olhos.

–Também estou feliz em ver você.

As duas sorriram.

–Bom, vamos? – Naruto perguntou.

–Vamos. – Hinata o abraçou, mais que feliz.

                            /

–Oi, rapazes! – Tenten os cumprimentou ao chegar.

–Que bom que vieram. – Neji sorriu.

–Finalmente! – Shikamaru comentou com uma cara entediada.

–Algum problema? – Temari provocou.

–Não gosto de atrasos.

–A prioridade aqui é Tenten e Neji, e seu amigo não reclamou.

Ele revirou os olhos.

–Saiba que eu só aceitei vir por causa do Neji.

–E você acha que eu vim por causa de você? – ela debocha. – Eu só não gosto de deixar minha amiga andando sozinha por aí.

–Temari, Neji me ajudou uma vez.

–Uma vez não é sempre.

–Por que você tem que ser tão exagerada? – Shikamaru questionou, a fazendo o olhar desacreditada de tal atrevimento.

–Está me chamando de quê?

–Não me faça repetir.

Os dois começaram a discutir.

–Vamos sair daqui antes que sobre para a gente. – Tenten disse e Neji a seguiu.

Os dois caminharam e conversaram um pouco, mas então Tenten ficou curiosa.

–Ei, aonde vamos?

–Não sei, aonde quer ir?

–Você me disse que seria um passeio, então eu achei que tivesse planejado algo.

–E planejei, mas o plano acabou não dando certo. Não sei o que você gosta.

–Gosto de animais.

–Isso é fofo. – sorriu.

–E armas.

Seu sorriso morreu na hora. Tenten começou a rir alto.

–Você deveria ver a sua cara!

–Você me pegou desprevenido com seu gosto inusitado.

–Dizem que eu sou estranha. – olhou para a frente.

–Dizem que os estranhos se entendem.

Ela sorriu de seu comentário. Seus olhos se encontraram e os dois os desviaram.

–Me fala sobre ele. – Temari ordenou.

–Quem?

–Seu amigo dos olhos de peteca.

–Neji? – ele parou um pouco e pensou. – Neji é um gênio. Desde cedo ele já demostrava ter uma capacidade que outras crianças não tinham. Bom, as pessoas também me chamam de gênio, mas em questão de estratégia. Afinal, nós dois somos detetives profissionais.

Ela o olhou curiosa.

–Achou que eu estava fazendo o quê na delegacia aquele dia?

Ela deu de ombros.

–Apenas continue falando.

–Bom, ele se formou bem cedo. Abriu sua própria academia de luta, bem famosa por sinal, e é de uma família bem tradicional aqui da cidade.

–Qual?

–Hyuga.

–Acho que já ouvi esse nome em algum lugar.

–Eles são bem famosos. Mas por que você quer saber?

–Acho que minha amiga está interessada nele.

Shikamaru sussurrou algo e sorriu.

–Qual a graça?

–Pelo visto é recíproco.

Temari olhou para os dois a sua frente e os encarou, soltando um leve sorriso. Shikamaru a olhou de uma forma estranha.

–O que foi? – perguntou ela.

–Você sorriu pra mim.

–Não seja idiota. Eu sorri do que você disse, não pra você.

–E lá se vai um belo momento.

Ela não o entendeu, mas não deu atenção.

–Você deveria sorrir mais vezes.

–Sorrio bastante, mas quando eu quero.

Ele suspirou. Pelo visto, seria difícil ter uma boa conversa com ela.

–Nossos amigos parecem se entender aí atrás. – Neji comentou.

–É, parece que sim. – Tenten olhou de relance para trás e viu que eles conversavam algo.

Neji a encarou e se lembrou de suas palavras.

–O que acha de irmos ao zoológico?

–E isso lá é lugar de encontro de dois adultos?

–Isso é um encontro? – ele questionou e Tenten desviou o olhar.

–Não sei.

–Podemos dizer que é um encontro divertido. Na próxima eu te levo em um lugar de 'adultos'. – fez sinal de aspas com as mãos.

Tenten deixou escapar um sorrisinho bobo de sua face. Haveria, então, uma próxima vez?

–Bom, então vamos ao zoológico. – disse ela, animada.

                          /

–Então é aqui que vão se casar? – Sakura perguntou encantada.

–É sim. Dentre todos os outros, achamos esse local o mais apropriado. Não vamos convidar muita gente e queremos uma cerimônia mais reservada.

–Oh sim, entendo.

–E é aqui onde você vai ficar. – Naruto apontou e Sakura olhou na direção de seu dedo indicador.

–Ainda estou me acostumando com a idéia de ser madrinha.

–É muito especial pra nós dois que você seja. – Hinata segurou sua mão.

–Um mini Naruto e uma mini Hinata, me prometem? – fez biquinho.

–Ainda é um pouco cedo para pensar nisso, mas é o que queremos. – Hinata respondeu, divertida.

–Bom, já que conversamos bastante e visitamos vários locais, que tal irmos comer alguma coisa?

–É claro!

–Posso preparar um lanche em casa, se quiserem.

–Vocês moram juntos?

–Ainda não, mas eu fico bastante tempo no apartamento dele que é quase como se morasse lá.

–Entendo. Bom, então vamos!

–Você viu o tanto que aquele hipopótamo comeu?

–Nunca veio em um zoológico?

–Sim, é claro, mas eu nunca reparei nessas coisas. – ela disse com brilhos nos olhos.

Neji se divertia com cada reação dela. Aquela mulher parecia uma criança crescida. Seu jeito de ser era tão incrível para ele, era como se ela nunca ficasse triste.

–Eu gosto quando você sorri. – disse ele.

Se forma estranha, ela corou. Tenten se sentiu estranha, ela nunca havia ficado envergonhada com um comentário de algum homem.

–Não precisa ficar com vergonha.

–Você fala de uma forma tão tranquila que é como se...

–Só falei o que eu penso.

Ela agradeceu com o olhar.

–Gosto do seu cabelo. – disse ela. – É muito bonito.

O homem agradeceu e se virou para o animal a sua frente.

–Ele foi muito apressado, não acha? – Temari comentou sobre o que ele disse.

–Ele tem que ser.

–Por quê?

–Nada.

–Desembucha.

–O quê?

–Não é nada, já disse.

–Você usou um tom preocupado e cheio de certeza. Se seu amigo estiver brincando com ela, eu juro que...

–Não seja boba, ele realmente está interessado nela.

–Então anda logo e me conta porque disse aquilo.

O homem suspirou e tomou coragem.

–Ele recebeu uma proposta de trabalho em outra cidade.

–Todo esse suspense por isso?

–É uma cidade que fica em outro país.

–Ah...

–Ele não quer aceitar.

–Por causa de Tenten?

–Bem, eu acredito que agora, com a chegada da sua amiga, ele tem outra desculpa para não ir.

–Existia outra desculpa?

–Ele não quer deixar a família.

–É um bom motivo pra ficar, não é?

–É complicado...

–A família quer que ele vá?

–Sim, mas Neji não os ouve.

Temari olhou para a frente e fitou os dois que conversavam sorridentes.

–A conhcendo bem, ela vai o incentivar a ir. – tranquilizou Temari.

–Você disse que ela estava interessada nele, não é?

–Sim. Mesmo que seja uma coisa egoísta da parte dele, ela vai entender. Claro que poderá ficar chateada, mas acima de tudo ela é madura, apesar de não parecer.

–Então ela realmente é uma boa pra ele. – sorriu.

–O que foi?

–Nada, só fico triste por eles.

–Eu também.

–Vem comigo. – ele segurou sua mão e a levou consigo até eles.

–O que vocês estão fazendo? – Tenten perguntou ao vê-los juntos.

–Vamos sair em um encontro. – eles o olharam. – Só nós dois, se não se importam.

–É claro que não. – respondeu Neji.

–Tem certeza, amiga? – Tenten pareceu confusa.

Apesar de não querer, Temari entendeu o que o homem estava tentando fazer. E se fosse pra os deixar sozinho, ela faria aquilo.

–Sim, queremos conversar um pouco. – disse forçadamente.

Tenten se espantou ao ouvir aquilo.

–Bom, se é isso que quer, tudo bem.

Shikamaru se aproximou de Neji e sussurrou: – se apressa.

Neji entendeu, mas não respondeu nada, apenas o ignorou. Não tinha a menor intenção de ser rápido. Tenten era uma boa moça, ele iria aproveitar cada segundo ao lado dela.

Quando Shikamaru e Temari já estavam longe do alcance de seus olhos, eles pararam de caminhar.

–Já pode soltar a minha mão agora. – Temari disse a ele.

–Desculpa por isso. E também por ter te forçado a vir. É que eu quero que eles se dêem bem.

–Diferente de nós dois, eles se gostam.

–Diferente de "nós"? Você é quem pega no meu pé.

–Porque você é insuportável. – deu de ombros.

–Tem certeza que isso não é amor? – provocou.

–O quê?

–Você vive dizendo que me odeia sendo que eu nunca fiz absolutamente nada pra você!

Ela ficou calada de repente. Shikamaru passou a mão no rosto, inquieto.

–Desculpa.

–Você tem razão. – ela suspirou e soltou os braços.

Shikamaru se assustou.

–Você me ama?

–Não exagera. Mas eu realmente pego no seu pé sem motivo.

–Por quê?

–Não sei. – ela desviou o olhar.

Ele a olhou, surpreso.

–Bom, que tal começarmos de novo?

–O quê? – o olhou.

–Prazer, sou Shikamaru Nara. – ele segurou sua mão e sorriu de forma gentil.

–Não seja idiota. – puxou sua mão.

–Vamos começar com o pé direito dessa vez. Você não quer?

Ela sorriu e se voltou para ele.

–A senhorita está ocupada no momento?

–Não.

–Gostaria de me acompanhar? – estendeu seu braço.

–Sim, mas não seja tão grudento. – ela empurrou seu braço e saiu andando.

O homem se divertiu com sua reação e a seguiu.

                            /

–E você se formou com vinte anos?

–Sim.

–Impossível de acreditar.

–Qualquer hora eu te mostro o meu diploma.

Os dois conversavam sobre Neji, que tinha o maior prazer em falar de si mesmo para a impressionar.

–Você está falando sério?

–Sim. Com treze anos eu comecei o segundo grau, com dezesseis comecei a faculdade e com quase vinte me formei.

–Uau! Você é realmente um gênio...

–É o que dizem por aí.

Ele deu uma mordida no lanche que comia.

–Isso aqui está simplesmente maravilhoso! – Tenten elogiou.

–Quer levar um pra comer em casa?

–Eu deveria agir como uma mocinha educada e recusar?

–Eu gosto desse seu jeito. Já falei, não precisa ter vergonha.

–Então sim, eu quero.

Neji sorriu com os olhos e chamou o garçom.

                              /

–Onde aprendeu a cozinhar assim, Hinata? – Sakura perguntou, elogiando seu prato.

–Sempre tive muita facilidade com a culinária. Minha mãe me ensinou desde criança e quando ela morreu, deixou para mim o seu livro de receitas.

–Que lindo... – ela disse, emocionada.

Hinata agradeceu com um lindo sorriso.

–Já pensou em abrir um restaurante?

–Bem, sim, mas não tive muito incentivo. Meu pai disse que era uma perda de tempo.

–Eu acho exatamente o contrário. – Naruto disse. – Ela deveria abrir um. Tenho certeza que gente de todo o país viria para provar a sua comida.

–Obrigada, querido. – ela o abraçou. Sakura achou aquilo muito lindo.

–O Naruto sempre foi tão fofo assim? – Sakura perguntou, sorridente.

–Sim. – ela sorri. – E você, Sakura?

–O que tem eu?

–Tem namorado?

A pergunta de Hinata deixou o local tenso. Naruto se calou e Sakura também, Hinata percebeu o clima e pediu desculpas.

–Não se preocupe. E sim, eu tenho namorado.

Naruto fechou a cara e Hinata se interessou na conversa.

–Qual o nome dele?

–Sasori.

–É um nome bonito.

–Sim, ele é artista. Trabalha em uma galeria que ele mesmo abriu em Tóquio.

–Por acaso não seria aquele... Sasori?

–Pelo visto ele é famoso por aqui também.

–Sim, bastante! Nós até...

Naruto suspirou pesado, atraindo a atenção delas. O assunto claramente o incomodou.

–Querido, o que você tem? – Hinata perguntou ao perceber que Naruto estava incomodado.

–Nada, só acho que preciso ir ao banheiro. Já volto. – ele se levantou e seguiu até onde disse que iria.

–Falei alguma coisa?

–Não, Hinata. Ele sempre foi cabeça dura mesmo.

–Ele não aceita, não é?

–De jeito nenhum.

Hinata se sentiu mal e olhou na direção do corredor.

–E você já viu... ele?

–Sim.

–Então é por isso que ele...

Sakura desviou o olhar, tentando fugir do assunto. Hinata entendeu e parou de falar, para não incomodar sua amiga com aquele assunto.

                             /

–Senhor, é a hora do almoço.

Sasuke estava sentado em sua cadeira lendo alguns papéis importantes, quando sua secretária entrou em sua sala.

–Quantas vezes já não disse para bater na porra da porta antes de entrar?

A mulher se calou.

–Desculpe, eu só queria saber se o senhor quer peça alguma coisa...

–Não, e não quero receber ninguém.

–Sim, senhor. – a mulher saiu da sala de cabeça baixa.

Sasuke fazia o sabia de melhor: enchia sua cabeça de trabalho para não pensar em certas coisas. Tudo aquilo era muito confuso, então ele preferia ignorar. Seu humor estava horrível e ele não queria conversar com ninguém.

                               /

–Que mundo pequeno! – Shikamaru exclamou.

–Meu irmão conhece tanta gente assim?

–Bom, temos alguns amigos em comum.

Os dois conversavam sobre Temari e Gaara serem irmãos. Shikamaru o conheceu há um tempo.

–Mas me diga, senhorita estressadinha... – ela faz uma cara feia. – O que você faz?

–O que eu faço?

–Sim. O que gosta de fazer, no que trabalha... Você trabalha, não é?

–É claro que sim.

Ele a olhou, esperando ela continuar.

–Bom, antes de me mudar para Tóquio, trabalhava cuidando das finanças dos negócios do meu pai. Mas eu decidi fazer algo diferente. Eu ajudo minha amiga Sakura a administrar o hospital daqui.

–Interessante.

Ela bebeu um gole da bebida.

–E você gosta de alguma coisa?

Ele pergunta, quase que zombando.

–Você é um pé no saco, sabia?

–Desculpa se estou tentando puxar e manter uma conversa com você.

–Está desculpado. – ela disse de forma fria.

–Você é sempre assim?

–Só com quem não me desce.

–Compartilhamos do mesmo sentimento. – disse ele, sério.

–Não faz diferença alguma pra mim.

–Ótimo.

Ele sorriu, ela também.

                              /

–Obrigada. – agradeceu a garçonete.

A mulher sorriu e ela guardou o lanche na bolsa.

–Quer ir para casa?

–Bem, sim. Prometi que chegaria a tempo do jantar. Já está bem tarde. Então acho que devemos ir.

O homem assentiu e olhou para os lados.

–Acho melhor irmos procurar Shikamaru antes, deixei a chave do carro com ele. – ele avisou olhando o local.

–Não precisa. Tem algum problema se caminharmos um pouco? Gosto de andar pela cidade.

–De forma alguma. – ele estendeu seu braço por educação. – Vamos?

–Vamos. – respondeu imediatamente.

                              /

–... e você resolveu aquele caso apenas com a sua intuição?

–Tinha quase cem por cento de chances de dar errado, mas por algum motivo, eu soube que era ele.

–Parece que julguei você mal.

–Bom, foi justamente por isso que eu te falei sobre isso.

–Queria me impressionar?

–Sim. – disse sem a olhar.

Ela ficou séria. Temari perguntou achando que ele iria dizer justamente o contrário, mas se surpreendeu com sua resposta.

–Bom, acho melhor irmos. – ele se levantou.

–Tem razão, está bem tarde. – ela também se levantou.

–Droga, Neji deixou a chave do carro comigo. – disse ao sentir a chave no bolso.

–O que tem demais nisso?

–Eles dois vão ter que voltar andando.

–Você faz tanto escândalo por causa disso? Tenho certeza que Tenten vai adorar caminhar um pouco.

–Você conhece mesmo suas amigas, não é?

–Isso é bem óbvio. Você não conhece seus amigos?

–Com certeza não tanto quanto você.

Ela coloca as mãos no bolso da calça e tirou a chave.

–Quer ir pra casa?

–Adoraria.

–Estar comigo é tão chato assim?

–Quando você não está pegando no meu pé, até que é legal. Mas eu tenho mesmo que voltar.

–Devo me sentir feliz com isso?

–Você é quem sabe. – ela caminhou rápido e o deixou para trás, com um sorriso bobo no rosto.

–Ei! – ela se virou para ele. – Você vem?

–Já vou! – disse e correu até ela.

                              /

–Obrigada por tudo. Acho que já vou indo. – Sakura se levantou após terminar o lanche.

–Mas já, Sakura? – Hinata perguntou com uma carinha triste.

–Minhas amigas já devem estar em casa. Prometemos que chegaríamos para o jantar.

–Tudo bem então. Foi bom rever você. – Hinata caminhou até ela e a abraçou.

–Vou levar ela em casa. – Naruto se levantou e deixou o guardanapo sobre a mesa.

–Obrigada. – Sakura caminhou até a porta. – Até mais, Hinata! – acenou antes de sair.

Hinata acenou de volta e Naruto caminhou até a porta, indo atrás de Sakura. Os dois entraram no elevador e assim que a porta se fechou, Naruto começou.

–Se sentiu bem em falar dele para a  Hinata, não é?

–Ela me perguntou e eu respondi.

Ele se calou.

–Sak-

–Poupe as palavras, Naruto. Não preciso dos seus sermões. – disse séria.

Ele fechou a cara e trincou os dentes.

–O que foi? Achou que eu voltaria e me apaixonaria de novo por ele? Ou que no nosso reecontro eu fosse largar tudo por ele e nós viveríamos uma vida linda e feliz? – sorriu irônica. Uma ironia extremamente exagerada.

–Sim. – respondeu ele, seco.

Ela ficou séria.

–Acorda pra realidade. As coisas não são como nos contos de fadas e você já está bem crescido pra acreditar nessas coisas.

–Então não há nenhuma possibilidade?

Sakura ficou em silêncio e sentiu seu coração se apertar.

–Ele disse que me odeia. – ela fez uma pausa e suspirou decepcionada. – Além do mais, estou bem dessa forma.

–Mas está feliz?

Ela se calou de imediato. Os dois ficaram em silêncio e Sakura odiou a resposta que veio em sua mente. O clima ficou tenso, até que a porta do elevador se abriu.

–Apenas me leve de volta pra casa. – disse e saiu andando.

Naruto a olhou com pena e a seguiu.

–... e foi fundado há muito tempo. Talvez reconstruam, mas não é nada confirmado.

–Acho incrível que vocês tenham esse tipo de locais por aqui. Cidades como essa normalmente são bem pobres messe tipo de atendimento.

–Sim, mas esse é uma excessão. Além disso, ajuda bastante a população.

Neji e Tenten caminhavam juntos pela cidade.

–Qualquer dia eu quero visitar sua academia de luta. – disse animada.

–Sério?

–Sim, eu gosto bastante desses esportes.

–Sabe algum estilo de luta?

–O básico do jiu-jitsu.

–Uau... – disse ele, surpreso.

Os dois sorriram e voltaram a caminhar.

–Bom, talvez eu pos–

–Neji, o que é aquilo? – o interrompeu repentinamente.

Ele olhou para onde ela apontou e fechou de leve os olhos para enxergar melhor.

–Algumas crianças, talvez...

–Na rua? A essa hora?

–São moradores de rua.

Seu coração se partiu.

Tenten certamente estava ciente que infelizmente a pobreza existia em vários lugares, obviamente Konoha não seria diferente. Mas ainda assim, seu coração não aguentava ver crianças tão pequenas em situações críticas como aquela.

–Vem comigo. – ela segurou sua mão e o guiou. Neji apenas a seguiu calado.

Ao chegarem perto das crianças, notaram que elas ficaram com medo. Tenten sorriu para passar confiança.

–Oi, não precisam ter medo de nós. – ela se agachou em frente a eles. – Quais seus nomes?

As crianças nada responderam. Suas roupas estavam sujas, seus corpos tremiam de frio e estavam bem magras. Tenten reparou em tudo aquilo.

–Bom, eu sou Tenten e ele – apontou para o moreno. – É o Neji.

A criança menor olhou para o irmão e se aproxima dela.

–Ele me dá medo. – sussurrou para a mulher.

–São os olhos dele? – sussurrou de volta e a criança assentiu. – Minha amiga também tem medo. Mas não se preocupe. Ele é um cara muito gentil e legal.

As crianças o encararam e ele se sentiu esquisito.

–Onde está a mãe de vocês? – perguntou ela.

–Saiu para procurar comida, mas ela ainda não voltou. – a criança mais velha disse.

–Estão com fome?

As duas crianças afirmaram com a cabeça e Tenten se sentiu triste, mas disfarçou com um simpático sorriso.

–Bom, não é muito, mas... – ela mexeu em sua bolsa e tirou o lanche que havia trago consigo na bolsa. – Acho é suficiente até a mãe de vocês chegar.

Tenten entregou o lanche que havia guardado a eles. Neji não conseguiu evitar deixar escapar um grande sorriso de seu rosto. Estava mais que orgulhoso com a atitude dela.

Ao pegarem o lanche das mãos dela, as crianças sorriram largamente. Seus pequenos olhinhos brilharam, seus semblantes, antes com medo, se tornaram super felizes e animados.

–Está gostoso? – ela perguntou ao vê-los morder o lanche com muita vontade.

–Sim! – elas gritaram.

–Infelizmente eu só tenho esse, mas é grande o suficiente para vocês dois.

–Toma. – Neji se agachou e estendeu a mão.

As crianças o olharam assustadas.

–Entreguem à mãe de vocês. – ele entregou uma certa quantia em dinheiro a eles.

Elas se recusaram. Além de estarem com medo, sua mãe os havia ensinado a nunca pegar dinheiro de estranhos.

–Não precisam ter medo, é para comprarem comida. – ele sorriu para as crianças, que sorriram de volta.

–Muito obrigada, moço. – a menina disse ao pegar o dinheiro.

Neji fez um leve carinho no rosto dela.

–Bom, temos que ir. – ele diz à Tenten.

–Vocês vão ficar bem? – ela perguntou e as crianças assentiram. – Está um pouco frio, então só por precaução... – ela tira seu casaco e entregou à menina, que se agasalhou rapidamente.

Ainda faltava cobrir o outro menino, então Tenten olhou para Neji, que a entendeu e rapidamente tirou seu casaco e entregou a ele.

–Por que estão fazendo isso? Ninguém nunca faz nada por nós. – o menino estranhou a bondade.

Se antes o coração de Tenten estava partido, agora estava despedaçado. Aquelas crianças falavam aquilo com uma sinceridade absurda. Como ninguém nunca os sequer ajudou?

–Porque somos seres humanos, assim como vocês. E nós devemos nos ajudar.

–Temos que ajudar os outros?

–É claro! É importante sempre pensar no próximo. – ela tocou seu ombro.

As crianças sorriram e os olhos da menina se encheram de lágrimas.

–Obrigado. – o menino agradeceu e tocou seu rosto, olhando em seus olhos. Tenten se sentiu tão bem naquele momento, aquele obrigado era muito mais que simples palavras. Seu coração sentiu uma paz absurda.

–Se cuidem e obedeçam a mãe de vocês, certo? – eles se levantaram.

As crianças acenaram, os dois acenaram de volta e saíram caminhando. Tenten estava com um sorriso gigante no rosto, seus olhos até lagrimaram.

–Você é uma pessoa tão boa! – ele disse a ela.

–Não pude ficar sem fazer nada. – respondeu. Neji sorriu e segurou sua mão.

–Acho que agora tenho um novo objetivo. – disse ela.

–Ah, é? Qual?

–Criar um lar de atendimento para os moradores de rua.

–Mas isso já existe.

–Então por que aquelas crianças ainda estão vivendo daquele jeito?

Ele se calou.

–Meu sonho é ajudar todas as pessoas que eu puder. E crianças como aquela são ainda mais importantes, pois merecem um cuidado especial.

–Você pensa mesmo nos outros, não é?

–Eu quero ajudar. É apenas isso o que eu quero.

Ele expressou uma pequena reação de felicidade. Aquela mulher era realmente um anjo. Tão incrível e bondosa... Sem sombra de dúvidas, a melhor e mais gentil pessoa que havia conhecido.

                               /

–Parece que chegamos. – Shikamaru disse ao estacionar o carro em frente à casa das Haruno.

–Parece? – ironizou.

–Chegamos. – ele corrigiu.

Temari sorriu e tirou o cinto de segurança.

–Obrigada pela tarde, até que não foi tão desagradável como eu pensava. – ela pegou suas coisas em mão.

–Olha só, você me agradeceu.

Ela o olhou de forma repreensiva.

–Na verdade, eu é que tenho que agradecer.

–Sério?

Ele assentiu, sério.

–Bom, tudo bem. – ela abriu a porta do carro.

–Você vai estar disponível semana que vem?

–Por quê?

–Bom, podemos sair de novo. – ela arqueou a sobrancelha. – É claro, se você quiser...

–Um encontro?

–Eu não diria um encontro... você parece não gostar dessas coisas. Podemos sair pra algum lugar para conversar ou fazer alguma coisa legal.

–Isso é um encontro. – disse.

–Bom, talvez seja. – ele colocou a mão atrás da cabeça, envergonhado.

Temari apenas deu as costas e saiu do carro sem dizer nada.

–Ei, você não gostou? Não quer? – ele perguntou desesperado.

–Não é isso. – ela disse, ainda de costas.

Ele nada disse.

–Fique preparado. Encontros comigo podem ser horríveis. – ela virou a cabeça e sorriu para ele.

Shikamaru a olhou, desacreditado. Temari começou a caminhar rapidamente para dentro daquela grande casa. Ao entrar, fechou a porta com rapidez e a trancou.

–O que eu acabei de dizer? – ela respirava desesperada.

Não sabia de onde tinha tirado coragem ou loucura para dizer aquilo.

–Temari? – Sakura a chamou ao vê-la em casa.

Ela se assustiu e quase caiu.

–Você está bem? – perguntou a rosada.

–Claro que estou. Por que não estaria?

Sakura estranhou sua reação.

–Temari... – a mulher passou correndo por ela e se trancou no quarto para evitar perguntas.

Sakura não entendia nada do que estava acontecendo.

–Falando neles... – Tenten disse ao ver o carro de Neji em frente à casa.

–Shikamaru? – Neji o chamou.

–O que foi? – ele rebateu assustado.

–Eu que pergunto! O que faz aqui?

–Vim trazer Temari em casa.

–E cadê ela?

–Já entrou.

–E o que você ainda está fazendo aqui?

–É... Eu estava esperando você. – mentiu. – Eu sabia que você viria trazer Tenten em casa e resolvi esperar por você.

–Faz sentido. – Tenten disse e se voltou para Neji.

–Bom, então é melhor irmos. – Shikamaru disse a Neji.

–Vou só me despedir dela. – respondeu e os dois se afastaram do amigo.

–Obrigada por tudo. – Tenten disse com um belo sorriso no rosto.

–Eu é que agradeço. Fazia tempo que não me divertia assim. Ficar com você é realmente tão bom quanto eu pensei.

Tenten começou a se sentir nervosa novamente.

–Não precisa ficar com vergonha de mim. – ele disse e coloca uma mecha de sua franja atrás da orelha. – Pensando bem, gosto de ver você assim.

Ela corou mais ainda.

–Bom... é melhor eu entrar. – desviou o olhar.

–Tudo bem.

Ela ficou em silêncio e Neji a observou. Não sabia como se despedir dele, então apenas deu as costas.

–Na próxima eu te levo em um lugar de adultos. – reafirmou.

–Vai ter uma próxima? – ela se virou para ele, curiosa.

–Se você quiser, sim.

–Vou pensar no seu caso. – ela brincou.

Neji sorri e Tenten voltou a caminhar. Ao entrar no carro, Shikamaru o olhou divertido.

–Isso foi ridículo! – debochou.

–Cala essa boca e dirige. – colocou o sinto de segurança e olhou para a frente.

–É sério, você é péssimo com mulheres!

–Eu acho que ela gostou.

–Porque ela é tão boba quanto você, Neji.

O homem o olhou feio.

–Não me leve a mal, não estou ofendendo você ou ela, só acho que vocês combinam.

Neji sorriu de seu comentário.

–Neji? Não me diga que gostou... – Shikamaru debochou

Ele fechou a cara e o ignorou. Shikamaru deu partida no carro e os dois saíram dali.

–Tenten?

A mulher que entrou em casa não conseguia parar de sorrir. A morena nem sequer ouviu sua pergunta, muito menos a respondeu.

–O que está acontecendo com vocês, hoje? – Sakura perguntou irritada.

–Nada, amiga. Não tá acontecendo nada. – ela sorriu e caminhou até seu quarto, com seu olhar cheio de encanto.

–Não vão jantar? – Sakura perguntou antes de ela entrar.

–Não, obrigada. – disse e entrou, a deixando curiosa.

Sakura se sentiu derrotada.

Suas amigas estavam agindo estranhas por causa do passeio? Com certeza! Mas o que havia acontecido? Ela só sabia que descobriria a resposta.


Notas Finais


Um capítulo meio chatinho pra quem gosta apenas dos momentos dramáticos da história, mas acredite, eu amei escrever cada linha dos encontros dos nossos casais secundários. Eles merecem um descanso, porque depois dessa, vai ser difícil. Vou trabalhar um pouquinho com eles, mas sem perder o foco da história. Hoje pela manhã eu terminei de escrever o penúltimo capítulo e ainda aguardo inspiração pra escrever o último. Nem acredito que a história ficou tão grande, tanto em capítulos, como em alcance. Sou grata a todos que acompanham. Obrigada pelo carinho, perdoe-me por algum erro e até a próxima! ❤️


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