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História Always and Forever - Capítulo único


Escrita por: Babikeiko

Notas do Autor


Olá a todos ♥
Esse é o primeiro yaoi que escrevo — ou tento, né? ;--; — então não liguem se estiver ruim (ou muuuuuuuuuuuuuuuito ruim >.<). Mas como tudo na vida tem a primeira vez, abaixo segue minha primeira vez nesse gênero.

Boa leitura ♥

Capítulo 1 - Capítulo único


Fanfic / Fanfiction Always and Forever - Capítulo único

Allen PoV’s On

 

Allen suspirou pela zilionésima vez enquanto encarava o teto de seu quarto. Novamente havia se trancado ali depois de uma discussão com Kanda. Aquele idiota sabia como lhe tirar do sério, desde a forma de falar até a de agir. É claro que jamais admitiria para qualquer um que, na verdade, essa implicância significava outra coisa: amor.

 

Desde algum momento de sua vida, apesar de não conseguir se lembrar de qual era, sua implicância passou para algo a mais. Todas as vezes que o moreno saía do colégio para resolver algum assunto sobre sua rica família — Allen tinha certa noção do quão rico era Kanda —, tinha medo de que ele não voltasse mais. Mas era impossível que o japonês não fosse terminar os estudos, não é?

 

Virou o corpo pequeno para o lado, deitando em posição fetal e notando que a visão começava a ficar embaçada graças às lágrimas que insistiam em rolar a face. Sentia seu peito doer enquanto lembrava-se da cena que se desenrolara após o jantar.

 

Flashback ON

 

Estava à mesa Allen, Lenalee ao seu lado, Kanda e Lavi do outro lado. Os quatro haviam adquirido a mania de fazer suas refeições juntos, desde o café até a janta, principalmente em dias de provas – afinal, Lavi e Kanda eram mais velhos e estavam no terceiro ano, enquanto Allen e Lenalee estavam no segundo. Apesar das diferenças de gosto e – principalmente – psicológicas, os quatro conseguiam se dar muito bem.

 

— Nee, Allen-kun. — a chinesa se aproximou do albino, sussurrando no ouvido dele. — Kanda-kun já sabe o que sente por ele?

 

Allen se engasgou com a sopa, começando a tossir como um louco e recebendo olhares preocupados dos outros dois à sua frente. Principalmente de Kanda. Lena começou a passar a mão nas costas do garoto para tentar ajudar, e não notou quando certo moreno lhe lançou um olhar furioso. O albino ainda tossia quando viu o japonês abrir um sorrisinho cínico.

 

— Não consegue nem comer direito. Mas é um Moyashi, mesmo. — o coração do jovem Walker falhou uma batida. Era sempre assim que começavam as brigas e discussões, provocações e mais provocações.

 

— Quem não... — Allen tossiu. — Consegue comer direito, Bakanda? — algumas pausas foram dadas no meio da frase, a fim de tossir novamente e recuperar o ar. Mesmo naquele estado, não deixaria de retrucar um comentário feito pelo moreno.

 

— Não sou eu que estou tossindo como uma mocinha. — o sorriso de Yuu ficou maior, o que fez o sangue do albino ferver.

 

— Ah, vai começar... — Lavi colocou os cotovelos na mesa e apoiou o queixo nas mãos, abrindo um sorriso e observando o desenrolar da cena à sua frente. O ruivo se divertia com aquilo, na verdade.

 

Lavi sabia, ou pelo menos suspeitava, dos sentimentos de Allen para com Kanda. O inglês, apesar de ocultar muita coisa, não conseguia esconder o fato de amar o japonês, o que era visto em suas ações: ele sempre se comportava diferente quando estava perto de Yuu.

 

Já o japonês, por outro lado, não demonstrava nada. Lavi e o moreno se conheciam desde pirralhos, mas era como se Yuu fosse um livro fechado, uma ostra que ele adoraria abrir e descobrir o que tem dentro. O jovem Bookman sabia, claro, que Kanda se preocupava com Allen, um fato comprovado quando o Walker adoeceu e ficou desacordado por três dias na enfermaria, e o ruivo viu o japonês ir visitá-lo pelo menos três vezes ao dia.

 

Quando ninguém estava vendo, claro.

 

Allen trincou o maxilar em raiva, fechando as mãos em punhos. Ficou de pé, despediu-se de Lavi com um aceno de cabeça e então voltou-se para Lenalee, dando-lhe um beijo na bochecha e deixando a chinesa corada. Mas não foi apenas essa reação que obteve com aquele ato.

 

Kanda bateu a mão na mesa com força e derrubou sua tigela com sopa, calando as vozes no refeitório com o barulho da pancada e de porcelana quebrando. O japonês ficou de pé e retirou-se do lugar rapidamente. Lavi ficou de pé e, após despedir-se de um confuso Allen e uma confusa Lena, correu atrás do moreno.

 

“Mas que diabos...?”

 

Esperou alguns segundos antes de sair, pois não queria dar de cara com Yuu e, quando julgou seguro, despediu-se novamente de Lenalee e saiu do refeitório, tomando todo cuidado para não trombar com o moreno no corredor. Não ia querer ser morto agora.

 

Quando chegou a um dos corredores que dava acesso aos quartos na ala masculina, ele sentiu alguém lhe agarrar o pulso e virá-lo, e qual foi sua surpresa ao notar que era Kanda. O japonês prendeu o corpo do albino na parede, segurando os pulsos de Allen ao lado dos fios brancos e imobilizando-o ao colocar um dos joelhos entre as pernas do menor.

 

— K-Kanda? — os olhos prateados estavam arregalados, não de medo, mas de surpresa. Era a primeira vez que o albino via o moreno daquele jeito. Os olhos de Yuu demonstravam uma fúria sem igual, um fogo que não seria apagado nem se o oceano resolvesse o engolir.

 

E, naquele momento, Allen achou que fosse morrer. Tinha medo que o japonês escutasse os batimentos de seu acelerado coração, e não queria que ele descobrisse sobre seus sentimentos. Ah, isso nunca. Seria algo pior do que a morte se Kanda o rejeitasse.

 

— Moyashi... — a voz do moreno soou baixa, mas não de uma forma ameaçadora. E, de repente, o mais alto curvou-se na direção do albino e colocou os lábios sobre os seus, dando um selinho e deixando Allen surpreso. Kanda repetiu o gesto mais algumas vezes e logo não conseguiu mais tirar os lábios dos de Walker.

 

E, certamente, o inglês não queria que o japonês parasse. Intensificaram o beijo, Yuu pedia passagem com a língua e Allen cedia facilmente. As mãos do maior apertaram os pulsos do menor e Kanda levantou um pouco mais o joelho, até encostar-se ao membro de Allen, que soltou um resmungo.

 

O moreno riu entre o beijo e, quando finalmente o fôlego faltou, se separaram. Kanda, na verdade, estava surpreso que o que o baka usagi disse era verdade. Então realmente o Moyashi gostava dele.

 

Porém...

 

Com demasiada força Yuu atirou Allen ao chão, fazendo com que os olhos prateados se arregalassem ainda mais, revelando a confusão que certamente sentia naquele momento.

 

— Isso foi apenas um desejo momentâneo, Moyashi. — a voz de Kanda soou fria no corredor, mas não era aquilo que realmente queria dizer. Porém ele não podia ser egoísta e arrastar o albino para a merda que estava acontecendo com ele no momento: graças a herança que herdou sua vida estava correndo perigo, e tinha que proteger a única pessoa sem a qual não podia viver sem. É melhor magoá-lo e ele se afastar do que vê-lo se ferir. — Não pense que se repetirá. Foi apenas um desejo de momento e uma falta de sanidade temporária.

 

O coração de Allen falhou uma batida perante aquilo. Então primeiro Kanda o beija e depois diz que foi apenas uma falta de sanidade temporária? Yuu estalou a língua e virou as costas, deixando o menor caído no chão com o coração dolorido e lágrimas escorrendo pelo rosto.

 

Flashback OFF

 

Allen PoV’s Off

 

Kanda PoV’s On

 

— Você o quê? — a voz alterada de Lavi pôde ser ouvida em alto e bom tom, fazendo com que Reever os mandasse calar a boca. — Desculpe! — o ruivo gritou para o bibliotecário antes de se voltar para Kanda. — Yuu, não lhe dei uma informação preciosa para você ir e fazer merda.

 

— Lavi, me chame de Yuu novamente que eu arranco sua pele. Eu faço o que eu quero, a vida é minha, cacete. — Kanda retrucou, visivelmente irritado. O japonês encarou a pilha de livros sobre a mesa, alguns abertos e outros fechados, mas todos revelavam uma coisa anormal: Lavi estava estudando. — Mas que inferno, não sei por que te contei isso.

 

— Era por isso, então, que Lena-chan disse que fazem três dias que Allen não vai à aula. — o ruivo largou o lápis em cima do caderno com inúmeras anotações das aulas de química e encarou Kanda intensamente. — Ela disse que ele nem abre a porta do quarto. Até mesmo o pai dele veio aqui e não conseguiu tirá-lo de lá.

 

Kanda respirou fundo pelo nariz e soltou pela boca. Maldito Moyashi.

 

— Yuu. — Lavi chamou o japonês pelo primeiro nome, mas antes que Kanda pudesse atirar um livro naquele maldito caolho ele olhou para a expressão que o ruivo fazia. Desde que se conheceram quando tinham oito anos o moreno nunca vira uma expressão séria no rosto de Bookman. — Allen é um amigo valioso para mim. Ele é uma boa pessoa, aquela inocência dele é incrível. É alguém que quero proteger, sabe?

 

Yuu sabia. Afinal Lavi havia perdido os pais e a irmã em um assalto, o mesmo que o deixou cego do olho direito. O moreno sabia que até hoje o ruivo se culpa por não ter conseguido proteger sua família, mas o que uma criança de seis anos poderia ter feito?

 

— Você gosta dele.

 

— Não sei de onde tira essas ideias absurdas. — Kanda apoiou o cotovelo esquerdo na mesa e colocou o rosto na mão. — Eu não gosto do Moyashi.

 

Lavi suspirou pesadamente e fechou o caderno com força, para a surpresa do moreno. O olhar zangado que o ruivo lançava deixou Yuu apreensivo, fazendo com que o japonês suspirasse com força.

 

— Eu herdei a herança do meu avô, e meus tios e primos estão de olho. O velho deixou tudo pra mim: empresa, mansão, os milhões que possuía. — começou, vendo a raiva no olhar do jovem Bookman diminuir e dar lugar à compreensão. — Eles vão tentar me atingir, tenho certeza. Meus pais estão blindados, possuem seguranças vinte e quatro horas.

 

— Ah, gente rica tem outra vida.

 

— Cale a boca, imbecil. Você também é rico. — Kanda revirou os olhos em resposta ao comentário de Lavi, e então continuou. — Allen não tem ninguém para protegê-lo, e não posso prendê-lo vinte e quatro horas a mim. Não quero que nada aconteça com ele. — sussurrou a última parte.

 

Desde quando Kanda Yuu, o garoto coração de pedra, nutria sentimentos naquela magnitude por alguém? Ele nunca imaginou que alguém fosse entrar em sua vida do jeito que o albino entrou: começou com passos pequenos, até finalmente adentrar o coração do moreno sem nem tirar os sapatos.

 

— Você não precisa ser infeliz para sempre, Yuu. — Lavi suspirou, reabrindo seu caderno e pegando o lápis na mão.

 

— Não é questão de ser infeliz. É questão de proteger alguém.

 

— Eu sabia que você gostava dele. — um sorriso vitorioso se abriu nos lábios do ruivo, fazendo com que Kanda estalasse a língua. — E se você se preocupa com ele o mísero que for, vá vê-lo. Diga o que sente. Ele está triste, tenho certeza. E somente você pode curá-lo.

 

Kanda estalou a língua novamente e suspirou com força, irritado com o sorriso de vitória de Lavi. Mas tinha que admitir – apenas para si mesmo, obviamente – que estava preocupado. Sabia que o Moyashi comia muito, e se ele não estava nem saindo do quarto era perigoso ele nem estar se alimentando. E sabendo da condição de “saúde frágil” do menor...

 

Empurrando a cadeira devagar, o japonês colocou-se de pé e despediu-se de Lavi, que acenou e sorriu. Afinal o ruivo sabia que, mesmo que fosse um teimoso desgraçado Yuu não ia abrir mão de Allen. Nem hoje, nem amanhã, nem nunca. Ah, mas havia uma coisa...

 

— Yuu? — o ruivo o chamou novamente quando o moreno lhe deu as costas. — Só mais uma coisa: pelo que Lenalee falou, o pai do Allen vai levá-lo em uma viagem de duas semanas, graças a essa “depressão”. E, pelo que ela me disse, ele irá amanhã pela manhã. Há outro porém: talvez ele não volte mais para essa escola.

 

Kanda PoV’s Off

 

Allen PoV’s On

 

Faziam três dias que Allen não saía do quarto. Lenalee havia até mesmo chamado seu pai para tentar fazer com que abrisse a porta, pelo menos, e deixasse alguém entrar. E ele havia conseguido, diga-se de passagem. Negociou com o filho para passarem duas semanas na casa de campo que Mana e Elisia, sua mãe, haviam comprado quando ela ainda era viva.

 

Viva...

 

— Ah, mãe. — o albino segurou com as trêmulas mãos a foto que havia num lindo quadro branco, com pássaros entalhados nos cantos. A foto fora tirada quando foram à praia, nas férias escolares do garoto. Nela estava Allen com dez anos, sorrindo no colo do pai. Ao lado estava Elisia, sorrindo para a câmera sem saber que, no dia seguinte, eles sofreriam um acidente na volta para casa e ela morreria protegendo o filho.

 

Uma lágrima silenciosa desceu pelo rosto do garoto, que abraçou o porta-retratos com força, trazendo-o para perto do peito. Ele sentia falta da mãe e queria muito que ela estivesse ali com ele naquele momento. Não que a companhia de seu pai não lhe agradasse, mas sim por que não queria atrapalhá-lo no serviço: Mana era um médico ocupado, e não queria que ficasse perdendo tempo com um filho que não conseguia expressar o que sentia.

 

Esse era um dos motivos de Allen ter preferido ir para um colégio interno.

 

— Mãe, por quê? De todas as pessoas do mundo para eu gostar, tinha que ser logo esse cara! — a voz estava trêmula e seu peito doía ao lembrar-se de Kanda. Desde que vira o japonês pela primeira vez na escola ele sentiu uma coisa diferente. Há quem diga que isso é amor à primeira vista, mas Allen sentia que quanto mais distante ficava de Yuu, mais seu peito parecia doer.

 

Mesmo com as brigas, as discussões e ofensas trocadas, Allen Walker amava Kanda Yuu. Mas para sua infelicidade o garoto era complicado em demasia, e aquilo que aconteceu entre eles foi a gota d’água. O albino sentiu seu coração despedaçar com as palavras que lhe foram dirigidas e não queria mais sentir aquilo. Só queria arrancar aquele sentimento de seu peito e esquecer tudo.

 

— Me diga, mamãe... — murmurou em voz baixa. — Como eu faço para não amar mais o Kanda? Isso dói... — o albino falou entre soluços, escorando-se à cama e colocando a testa nos joelhos. — Eu não quero mais amar o Kanda...

 

— Então você me ama? — o coração de Allen quase parou ao ouvir a voz do japonês soar na porta de seu quarto, que por sinal estava aberta. Yuu estava parado à soleira, escorado no batente. — Hein, Moyashi? — tornou a perguntar ao ver as bochechas coradas do garoto.

 

O albino estava estático. Ele deixava as lágrimas rolarem de seus olhos arregalados, apenas encarando o garoto à sua frente. Ele escutara. Kanda escutou o que havia dito, e pelos céus, não, não, não! Tudo menos aquilo! Yuu adentrou o quarto sem pedir licença e fechou a porta atrás de si, trancando-a.

 

— N-Não entre no quarto dos outros sem pedir permissão, Bakanda! — o jovem Walker falou, passando rapidamente as costas das mãos nos olhos para limpá-los. Colocou o porta-retratos da mãe em sua mala ao lado da cama e percebeu que o moreno observava. — Que foi, nunca viu uma mala antes?

 

Num gesto rápido Kanda acabou com o espaço entre eles e, segurando o inglês pelo pulso, jogou-o na cama, ficando por cima dele. Ambas as mãos estavam ao lado da cabeça de Allen, o joelho direito estava entre as pernas do albino, enquanto a perna esquerda ainda se mantinha reta, o pé apoiado no chão.

 

— Você não respondeu minha pergunta, Moyashi. — a voz de Yuu soava perigosamente baixa, fazendo Allen corar violentamente e desviar o rosto, fechando os olhos com força. Aquilo era horrível, era uma sensação horrível! Sabia que o outro só estava brincando consigo, uma brincadeira de mau gosto por sinal.

 

— Quem ia gostar de você, imbecil! — praticamente gritou, ainda de olhos fechados. Ouviu um suspiro e então os lábios de Kanda encostaram em sua orelha, fazendo um arrepio percorrer o corpo do albino.

 

— Então diga isso olhando para mim, Allen Walker. — o maior falou, fazendo o inglês abrir os olhos em surpresa. O moreno nunca o havia chamado pelo nome completo, era sempre de Moyashi (um apelido que, por sinal, o albino havia aprendido a amar). Os orbes prateados voltaram-se para as íris negras e hipnotizantes de Kanda, que se abaixou e selou os lábios nos do menor.

 

E, como previra, ele não se afastou.

 

— Era isso que eu esperava. — sussurrou Yuu para o Walker quando se separaram. O albino abaixo do moreno ofegava, os olhos ainda úmidos. Kanda passou o polegar delicadamente no rosto do garoto, limpando as lágrimas, e então abriu um sorriso. — Eu te amo, Allen Walker.

 

Allen sentiu como se seu coração fosse parar. Kanda admitiu que o ama. Então o sentimento era recíproco? As mãos do albino foram depositadas no peito de Yuu, que temeu ser empurrado, mas ao olhar a expressão do menor baixo de si ele soube que não seria. O inglês estava corado, mas mantinha um sorriso mínimo nos lábios.

 

Yuu ficou de joelhos na cama, segurou a barra de sua camiseta e a tirou, jogando-a num canto qualquer. Allen sentou-se e observou o corpo definido do japonês, passando a mão delicadamente no peito dele e parando ao chegar ao coração. Sentia-o bater acelerado sob a pele, e naquele instante soube que o sentimento era verdadeiro.

 

Voltaram a se beijar, desta vez com uma vontade maior. A língua de Kanda pedia passagem, e Allen cedia facilmente. As mãos do maior seguraram a barra da camiseta branca do Walker e, após se separarem brevemente, ele a puxou para cima, retirando-a e deixando à vista o físico pouco definido do albino.

 

— Você deveria malhar, Moyashi. — soltou uma risada nasalada, empurrando um corado inglês para que deitasse e ficou por cima dele novamente. Kanda beijou o pescoço de Allen, que tremeu sob si. O japonês começou a dar leves mordidas na pele alva antes de passar para chupões que deixariam marcas.

 

Desceu os lábios para o mamilo esquerdo do menor, contornando-o com a língua e fazendo Allen arfar. Com uma das mãos começou a dar leves apertadas no direito, fazendo com que o albino ofegasse. Sorrindo para si mesmo, o moreno resolveu descer os beijos, passando pela barriga do inglês e, ainda por cima do short que ele usava, beijou seu membro.

 

Mais que depressa se livrou do short e da boxer preta do menor, percebendo que já estava excitado. Com uma das mãos segurou o membro do albino e começou com os movimentos de vai e vem, masturbando-o e fazendo Allen gemer em voz baixa, mas que foram muito bem escutados pelo mais velho.

 

O albino fechou os olhos com força, sentindo como se estivesse no paraíso. Os toques de Kanda eram quentes, as mãos dele eram hábeis e o respirar do jovem Walker ficava cada vez mais pesado a medida que se aproximava de seu ápice. E, de repente, sentiu algo quente e úmido em seu membro e qual foi sua surpresa ao vez que Yuu estava com a boca lá.

 

Um gemido alto escapou pelos lábios finos do inglês quando foi chupado uma primeira vez e agarrou o lençol da cama quando o japonês continuou. Kanda preferia dar prazer ao garoto do que receber: queria fazer com que Allen se sentisse melhor, se sentisse amado por ele depois do que aconteceu há três dias.

 

Sabia que havia demorado, mas estava ali. E mesmo que jamais fosse admitir – principalmente para Lavi, ah, isso nunca –, ele ficou preocupado por ter encontrado Lenalee sem o amigo. E se sentiu culpado por isso. Afinal, era por causa daquilo que aconteceu, que ele provocou, e que deixou o albino daquela forma.

 

Continuou com os movimentos até Allen se desfazer dentro de sua boca, engolindo o líquido despejado e sorrindo maliciosamente quando se ergueu, encarando aquelas lindas íris prateadas. O rosto estava vermelho como uma pimenta, o respirar pesado, as mãos fechadas apertando o lençol. Inclinou-se na direção do inglês e beijou-lhe a testa, para então colar os lábios novamente nos dele.

 

Beijaram-se intensamente e, quando se separaram novamente, Kanda colocou-se de pé na cama para retirar sua calça e boxer, atirando-as em um canto do quarto e revelando sua ereção, a qual um certo albino olhou, mesmo que envergonhado. Ficou de joelhos novamente e puxou o menor pelos pulsos, trazendo-o a si.

 

— Eu te amo, Allen Walker. — Yuu repetiu as palavras ditas outrora, mordendo o lóbulo da orelha do inglês, fazendo-o soltar um gemidinho.

 

— E-Eu t-também te amo... Kanda Yuu... — Allen admitiu entre ofegos, e naquele momento o japonês nunca sentiu tanta vontade de possuí-lo. Ele era seu albino, seu Moyashi. Nada e nem ninguém iria evitar isso, não iria deixar sua família encostar na pessoa mais importante para ele. Sim, ia protegê-lo.

 

Beijou Allen mais uma vez antes de atirá-lo novamente à cama, deixando-o de quatro. Levou três dedos à boca do menor e pediu para ele chupá-los, sendo atendido prontamente e retirando-os quando estavam bem úmidos. Então introduziu um dedo no inglês, que resmungou em dor, mas logo se acostumou: Kanda estava sendo cuidadoso, não queria machucar o seu pequeno.

 

Em seguida colocou o segundo dedo e, quando Walker já estava acostumando colocou o terceiro, fazendo movimentos de vai e vem para relaxar o mais novo. Kanda achou graça em como Allen gemia baixo seu nome, fazendo seu coração disparar e um sorriso brotar em seus lábios. Porém, diferente dos que geralmente lançava, aquele era repleto de paixão pelo albino.

 

Retirou os dedos de dentro do inglês para então, cuidadosamente, colocar seu membro. A princípio o menor resmungou, mas para relaxá-lo o japonês começou a distribuir beijos em sua nuca, mordendo de leve o ombro e distribuindo chupões onde conseguiria ver no dia seguinte. Quando estava completamente dentro de Allen, Yuu começou a se movimentar devagar antes de aumentar a velocidade.

 

O quarto de Allen foi preenchido pelos gemidos de ambos os garotos, mas tudo que o albino conseguia pensar era em como estava se sentindo bem. Ter Kanda ali consigo era uma sensação indescritível, cada toque, cada estocada, parecia queimar o corpo do inglês, mas de uma forma íntima e aliviadora.

 

— Y-Yuu... — o albino gemeu, sentindo que estava perto de seu ápice. — E-Eu vou... Ah! — e, finalmente, ambos explodiram em uma mistura de sentimentos e emoções. Kanda deitou-se ao lado de Allen, abraçando-o pela cintura e colando as costas do menor em seu peito.

 

— Eu sinto muito, Moyashi. — Kanda sussurrou, fazendo um corado Allen virar-se para ele. — Aquilo no corredor, mais cedo. Eu estou passando por um momento delicado, e minha família não pode saber que estou envolvido com alguém.

 

— É tão complicado assim? — o albino sussurrou, alisando o peito do moreno com o indicador. Kanda apenas afirmou com a cabeça, fazendo com que o menor soltasse um suspiro pesado. — Duas semanas.

 

— Eh?

 

— Vou ficar fora com meu pai por duas semanas. — Walker aproximou-se mais de Yuu, até colar seu corpo totalmente ao dele e encostar a bochecha em seu peito. — Terá tempo o suficiente para isso. E, quando eu voltar, poderemos ficar juntos.

 

Kanda soltou uma gargalhada, apertando o corpo de Allen contra o seu.

 

— Realmente, Moyashi. Você é o melhor. — o mais velho disse, beijando o topo da cabeça do garoto e inalando o doce aroma que vinha de seus fios brancos. — Significa que vai ficar? Na escola e comigo?

 

— Aways and forever. — respondeu por fim, sentindo seu coração palpitar.

 

Allen Walker estava feliz. E ficaria feliz por toda a sua vida. 


Notas Finais


Gostaria de agradecer a todos que leram até aqui ♥
Quem sabe eu não poste outras OS mais para frente?


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