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História Always by your side - I can hold you tonight


Escrita por: sidneymills

Notas do Autor


Voltei com mais um. Boa leitura! :)

Capítulo 14 - I can hold you tonight


— Parece que não precisa mais me procurar por ai... — Comenta, audacioso. — Sabe por que estou fazendo isso? — A Sargento negou. Realmente, não fazia ideia do por que ele iria atrás dela com objetivos claramente pessoais. Diferente dela, que tinha vários motivos para ir atrás dele. — Sabe aquelas duas mulheres que você matou na boate? — Ela assentiu, lembrando-se rapidamente da cena. — Uma era minha mulher, e a outra era minha amante.

O cano da arma estava apontado para o meio da testa de Regina, que em sua mente, procurava uma forma de sair daquela situação, e ainda matar finalmente, o homem que atentou contra sua vida, e tirou a vida de Daniel.

Seus olhos vasculhavam o local em que estavam, em busca de qualquer objeto pesado, ou cortante, ou nenhum dos dois, mas que desse para fazer um estrago, ou distração, ou então qualquer móvel ou parede que desse para empurrá-lo e conseguir imobilizá-lo, porém seus pensamentos foram interrompidos pelo barulho da trava da arma, e em seguida o barulho do tambor girando.

Ela soube.

Ele iria atirar.

Ah sim... Ele iria... Sem dúvidas alguma.

Viu os lábios do rapaz se abrirem em um sorriso e seu dedo descer até o gatilho, para em seguida, apertá-lo.

Ela fecha os olhos e ouve-se o barulho do disparo. Seu corpo chega a tremer com o ruído.

Alguns segundos depois, Regina percebe algo estranho. O homem disparou a arma, porém ela continuava viva.

Para saber o que estava acontecendo, abre os olhos e antes mesmo que pudesse completar a tarefa, escuta o homem gargalhar.

— Estava vazia... Bobinha... — Mostra então as cápsulas na mão e em seguida insere algumas no tambor. — V. — Olhou para o homem ainda caído ao chão, babando no corpo da morena que estava de costas para ele. — Leve a loira até a sala e prenda-a em uma cadeira. — Ordenou ao homem, que rapidamente assentiu, pegando sua faca que estava caída ao chão e indo em direção ao quarto de Emma. — E você... — Mirou novamente a arma na testa de Mills, que em sua mente, ainda procurava uma forma de desestabilizar o homem. — Você verá tudo que farei com sua amiga, de camarote. — Sorriu. — VIP, ainda mais. — Acrescentou. — Você vai vê-la morrer, assim como eu vi você matar minhas duas mulheres, e assim como você viu seu amiguinho morrer. — Sorriu. Regina arregalou os olhos ao saber que o homem também se lembrava de seu rosto, assim como ela lembrava o dele.

— Você... — Fora interrompida por uma tapa na boca. Ao sentir o ardor da tapa do homem em sua boca, seu sangue ferveu. Ninguém bateria nela, e ficaria tudo certo. Principalmente um homem. Nunca apanhou do pai, por que iria apanhar de um estranho? Ainda mais aquele estranho.

— Quem foi que disse que era para você falar algo? — Keith gritou, chamando sua atenção e apertando o cano em sua cabeça. — Você vai apenas ver e... — Antes que pudesse terminar a frase, seu corpo fora jogado com bastante força para trás, indo de encontro ao chão.

Sem nem se importar com quem havia lhe salvo da mira do homem e enervada pelo que acabara de acontecer, a Sargento não pensou duas vezes em ir para cima dele, aproveitando-se da sua distração em tentar alcançar sua arma.

— Seu filho da puta, desgraçado. Eu vou matar você!!! — Gritou com raiva, derrubando-o e tratando logo de desestabilizá-lo com uma joelhada em suas partes baixas.

Sem deixar Thompson respirar, começou a golpeá-lo na barriga e na cabeça, porém não durou muito, pois, logo sentiu algo cortar sua pele do braço esquerdo e por isso teve que parar.

Ao olhar para trás para saber do que se tratava, viu o rapaz que a atacara mais cedo, apontando a faca para ela.

— Como... — Foi interrompida pelo movimento rápido do homem e o artefato, agora, sendo pressionado em seu pescoço.

— Shhh... Quietinha... — Apertou mais o objeto no pescoço da outra, que engoliu em seco. Um movimento brusco e era certo que aquela lâmina estaria dentro de sua garganta, dada a posição que estavam.

De repente, disparos foram ouvidos e em seguida, sentiu a ausência da ponta do artefato em seu pescoço e viu o homem cair, já sem vida, ao chão.

— Emma! — Levantou-se rápido e foi ao encontro da loira, que ainda estava com o rosto amassado do cochilo que dera. — Você está bem? — Abraçou-a apertado.

— Sim, eu estou... E você? — Intensificou ainda mais o abraço, como se isso lhe desse a garantia de que ela estava viva e realmente bem.

— Sim, só estou com o braço machucado. — Quando Emma se afastou do abraço, percebeu algo se mexendo no fundo. Ao focar a visão e ver o que era, puxou Regina para o lado, ficando em sua frente.

Todavia, antes de qualquer outro movimento, fora atingida em cheio na região do peito, por três tiros, caindo logo em seguida nos braços de Regina, que devido ao que acabara de acontecer, perdeu a força nas pernas e caiu ajoelhada, ainda com Emma em seus braços.

— Emma... — Sussurrou nervosa. — Não... — Seus olhos rapidamente se encheram de lágrimas e a raiva se apoderou do seu corpo novamente. Não podia acreditar que aquilo estava acontecendo de novo. — Seu desgraçado, filho da puta. Eu vou matar você. — Quando alcançou a arma de Swan, mirou-a na cabeça de Thompson, porém ele também estava com a arma em punho e atirou primeiro, todavia esse disparo não chegou a bater nela, pois, jogando-se no chão, conseguiu atirar em seu braço a tempo de desequilibrar a arma de sua mão e o tiro sair em outra direção.

Regina deu um largo sorriso. Seu olhar estava vermelho de ódio, assim como seu rosto.

Voltou sua atenção para a loira desacordada no chão. Sua pele estava mais branca que o normal. Havia sangue em algumas partes do colo e braço. Colocou dois dedos na jugular dela e constatou que ainda estava viva. Rapidamente remexeu em seus bolsos, procurando seu celular.

De repente, ouviu outro disparo, que lhe assustou, e um barulho de arma caindo no chão. Ao levantar a cabeça, viu Graham com uma arma na mão, e outros policiais já agachados perto de V e Keith para saber se os mesmos estavam mortos.

— Graham... A Emma... Ambulância... Agora... — Pediu desesperada.

— Regina... Emma... Puta que pariu! — Colocou a mão na cabeça de forma desesperada e abaixou-se próximo as duas. — Eu já chamei. Já estão chegando. — Informou, tentando acalmar a mulher.

— Tem que ser agora... — Gritou, balançando o homem. — Ela vai morrer... — Acrescentou nervosa.

— Calma... — Pediu. — A Emma não vai morrer. Ela é forte e vai passar por essa, assim como passou por outras. — Abraçou-a forte, tentando passar força e calma. — Calma... — Pediu novamente, soltando-a e direcionando seu olhar a Emma. Um sorriso passou por seus lábios ao imaginar que Emma poderia estar protegida.

De repente, começou a mexer em sua roupa.

— O que está fazendo? — Mills indagou confusa. O que Graham estava fazendo nem passou por sua cabeça para fazer o mesmo. Afinal, Keith tinha mandando V ir atrás da loira, não conseguia imaginar que o homem permitiria ela colocar um colete, antes dela ir para casa, quando saiu do hospital, não estava usando um, e antes disso tudo começar, ela estava em sono profundo no quarto.

— Veja... — Regina olhou para baixo e viu o colete que Emma usava.

— Mas... Como? — Sua boca abria diversas vezes, bastante surpresa. Não fazia ideia de quando Emma tinha colocado e dependendo do momento, como.

— Vai ficar tudo bem... — Murmurou, apertando a mão da Sargento.

— Mas... — Passou a mão pelo colete e chegou até a parte suja de sangue. — Se ela está de colete, então por que está sangrando?

Rapidamente retiraram por completo a jaqueta que Emma usava, encontrando então, de onde vinha o sangue.

— Em algum momento que você não viu, ela foi atingida no braço. — Constatou. — Vamos tentar estancar enquanto o socorro não chega.

Porém, assim que Graham terminou de falar, os paramédicos chegaram. Checaram os batimentos da loira, que estavam bastante fracos e rapidamente a levaram para o hospital. Regina foi atendida ali mesmo e logo foi liberada com um curativo no braço.

— Já chamou o necrotério? — Indagou Regina olhando o corpo de Keith inerte no chão.

— Se você estiver falando do Thompson, ele não está morto.

— O que? — Franziu o cenho, observando-o atentamente.

— Ele só está desacordado. Não o levaram porque só veio um carro. O outro está a caminho. — Regina revirou os olhos e ele sorriu.

— Como você sabe o nome dele?

— Quando vocês duas foram para Nova Iorque, o Capitão de lá me falou rapidamente sobre o caso de vocês, e consequentemente, sobre ele. Mas Keith é muito conhecido da Polícia e eu só não sabia como era o seu rosto, mas fiz uma pesquisa depois para ver como ele era, e a Emma também me falou sobre, quando ela me ligou chamando-me para cá. — Explicou, esclarecendo tudo.

— Ah, então foi assim que você chegou aqui... — Divagou. — Eu nem tinha pensando nisso quando te vi. — Sorriu. — Enfim... Eu vou para o hospital ficar com a Emma.

— Certo... Pode deixar que quando levarem esses dois, eu tranco tudo. — Regina assentiu. — E, por favor, me dê notícias. — Mills assentiu mais uma vez, despediu-se do homem e se dirigiu a saída. Não sem antes passar por Keith e dá um poderoso chute na perna do homem.

— Regina! — O Capitão repreendeu-a, porém, acabou sorrindo com a cara de “eu não fiz nada”, que ela olhou para ele.

•§•

Enquanto Regina estava a caminho do hospital, no som do carro tocava “Baby I can hold you tonight - Tracy Chapman” e sua mente, vagava em lembranças.

Lembranças suas de quando criança, lembranças de quando descobriu ser lésbica e teve sua primeira experiência, de quando contou para sua mãe e seu pai, de quando teve seu coração quebrado, quando seu amigo morreu, de quando conheceu Graham e depois Emma e passaram a trabalharem juntas.

De repente, um sorriso brotou em seus lábios quando se lembrou da primeira vez que deu em cima de Emma e recebeu um sonoro não, porém, teve a certeza de que ela gostava da fruta e que um dia conseguiria algo.

Na sequência, lembrou-se do dia em que finalmente, depois de quatro anos investindo, conseguiu o que sempre quis assim que pôs os olhos na loira.

Ao se lembrar da primeira noite que tiveram juntas, seu corpo todo se esquentou e foi preciso aumentar o som do carro, para tentar esquecer as lembranças da noite quente que teve com Emma. Esperava poder ter mais noites como aquela.

Com os pensamentos nos momentos que teve com Emma, e escutando Tracy, Regina chegou ao hospital onde Emma estava. Estacionou o carro em uma das vagas reservadas e correu para dentro da construção.

•§•

Ao se informar na recepção para saber onde Emma estava, passou na lanchonete do hospital, comprou um café e logo foi para o quarto da amiga.

Assim que entrou, encontrou um rapaz anotando algo numa prancheta enquanto Emma dormia tranquilamente.

— Ela está bem? — Sussurrou a pergunta para o homem.

—Sim. — Sussurrou de volta. — Conseguimos retirar o projétil do braço sem que ele se quebrasse dentro, e não perdeu tanto sangue, como parecia.

— E quando ela sai?

— Essa noite ela ficará de observação, e amanhã de manhã se estiver tudo certo, ela é liberada. — Regina assentiu. — Preciso ir... Qualquer coisa...

— Tudo bem, obrigada.

Assim que o médico saiu, Regina se jogou na poltrona que tinha perto de outra cama, e começou a beber seu café, enquanto observava Emma dormir.

“Tão linda. Parece até um anjo.” Pensou com um sorriso nos lábios.

Enquanto admirava a beleza da amiga e bebia seu café, recebeu uma ligação de Graham perguntando se tudo estava certo. Após falar alguns minutos com o homem, encerrou a ligação e voltou a observar a loira, que já dava alguns sinais de que iria acordar.

Quando se levantou para ficar mais perto da cama, para esperar a outra despertar, ansiosa para ver seus olhos, seu celular tocou novamente e dessa vez não era Graham.

— Luz? — Atendeu, surpresa com a chamada.

— Olá Regina. — Respondeu simpática. — Quanto tempo... Como você está?

— Verdade... — Sorriu um pouco sem graça. — Eu estou bem, e você? — Afastou-se novamente da cama e foi para longe para poder conversar melhor com a mulher.

— Estou bem também, obrigada. Depois daquele dia não tive mais notícias suas... A noite foi tão ruim assim? — Perguntou bem-humorada.

— Não, a noite foi boa... É que... — Não sabia o que dizer. Não podia dizer que tinha se esquecido da mulher e só lembrou assim que viu a ligação. — Eu estava sem tempo. — Disse por fim, a primeira coisa coerente que passou por sua mente.

— Tudo bem... Vida de policial é realmente corrida. — Regina murmurou um “sim” e logo ela continuou: — Liguei para saber se você está a fim de sair novamente comigo, quanto tiver um tempo livre.

— É... — Antes que pudesse concluir sua resposta, viu que Emma acordou. — Olha, preciso desligar agora. Depois eu te ligo. — E sem esperar uma resposta, encerrou a ligação e em seguida desligou o celular. Não queria ser incomodada.

Rapidamente jogou o celular em cima da poltrona e se aproximou de Emma.

— Ei...

— Regina... — Sussurrou com a voz rouca. — Você... — Não concluiu a pergunta que faria, pois, sua boca fora tomada pelos lábios com gosto de café, de Mills.

De forma calma, Regina iniciou o beijo com toque de paixão. Apoiou uma das mãos na cama, e a outra passou a acariciar o rosto alvo de Emma, enquanto as bocas deslizavam de forma lenta e profunda.

Emma rapidamente levou uma das mãos até a nunca de Mills e a trouxe para mais perto, aprofundando ainda mais o contato, também, dando passagem para que a língua da amiga pudesse explorar sua boca.

Quando o ar se fez necessário, as duas se separaram, mas permaneceram próximas. Testas coladas e olhos fechados até a respiração se normalizar.

— Tive medo de te perder. — Regina sussurrou, sincera. Sua voz estava embargada. Uma lágrima desceu por seu rosto.

— Não chora... Já passou... — Com o polegar, enxugou delicadamente a lágrima solitária e quente que desceu do rosto da morena. — Eu também tive medo de te perder quando vi aquele homem apontando a arma para sua cabeça.

— Você viu? — Perguntou surpresa e Emma assentiu. Seus olhos também se enchendo de lágrimas, só de imaginar o que poderia ter acontecido com a morena. — Como?

— Depois falamos disso. — Pediu e Regina assentiu, dando um beijo em sua testa.

— Bem, sobre me perder... Não será agora que você se livrará de mim. — Sorriu graciosamente e deu um beijo nos dedos de Swan, limpando as lágrimas que agora desciam por seu rosto.

— E nem quero, nem tão cedo, me livrar de você... — Rebateu sussurrante. — Na verdade, não quero. — Corrigiu-se e Regina sorriu. — E digo o mesmo para você. — Fala, referindo-se ao que a amiga tinha dito sobre se livrar dela. Ambas as mulheres sorriram, sorrisos dignos de pessoas apaixonadas, e Emma a puxou para mais um beijo naquela noite fria de Chicago.


Notas Finais


E é isso aí meninas, já podem se acalmar agora hahahaha Não foi dessa vez que algo de ruim aconteceu.


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