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História Always by your side - Livin' on a prayer


Escrita por: sidneymills

Notas do Autor


oi, mores :D

Capítulo 19 - Livin' on a prayer


Após mais alguns pedidos de perdão, um pouco mais de conversa e mais alguns abraços entre as amigas, Swan, ainda relutante, despediu-se da morena e voltou a dormir, e Mills voltou para a biblioteca. Ainda estava chateada com toda a situação, por mais que não quisesse estar. Não fora fácil ouvir tudo o que ouviu, ainda mais vindo de uma das suas pessoas favoritas no mundo. Mesmo entendendo o seu lado, ainda assim, não foi fácil.

Então, para tentar se distrair, sentou-se na poltrona, aproveitou que o notebook da outra estava por ali e resolveu acessar seu site preferido. Todavia, antes que pudesse escolher um vídeo, sua mente lhe traiu, lembrando-a dos seus próprios, os causadores de tudo. Por curiosidade, resolveu dar uma olhada nas mídias que nem lembrava mais que existiam se não fosse por Emma.

Procurou o pen drive no chão e logo o conectou.

Escolheu um aleatório e abriu.

— Nossa... — Murmurou após alguns minutos de vídeo, e em sequência, remexendo-se no lugar. Estava se excitando com o que via e ouvia. — Nunca pensei que eu me excitaria vendo uma pornô em que eu sou a protagonista. — Deu um sorrisinho, balançando a cabeça negativamente.

Depois de passar alguns minutos vendo o conteúdo do pen drive, apagou todos os arquivos e jogou o objeto para longe.

— Você trouxe problemas demais. — Apontou para o lugar onde ele havia caído.

No silêncio do cômodo, seu ouvido captou algo. Ainda tocava uma música vinda de um pequeno rádio que fora de sua mãe, porém Regina não conhecia a canção, apenas quem cantava. Era uma das bandas favoritas de seu amigo.

Imagens de Daniel sorrindo e cantando músicas de Bon Jovi, vieram à sua mente.

Ao lembrar-se do amigo, Mills olhou para o chão à procura do álbum de fotografias dos dois, que olhava pouco antes de pegar no sono ali mesmo, jogada ao tapete, logo o encontrando ao lado de seus pés.

Regina pegou o objeto e o abriu, passando as fotos. Todas em que Daniel aparecia, o que era quase todas, ela abria um sorriso, passava o dedo indicador em cima e fechava os olhos, revivendo o momento em sua cabeça. Logo, grossas lágrimas passaram a acompanhar o momento de saudade que Regina estava sentindo.

Olhando uma foto em específico, em que Daniel segurava um microfone na mão e apontava para a morena que fazia uma expressão de emburrada, Regina lembrou-se do que acontecia, e por breves segundos pode ouvir a voz animada do amigo cantando “Gina works the diner all day. Working for her man, she brings home her pay” “Gina trabalha numa lanchonete o dia todo. Trabalhando para seu homem, ela traz o seu salário para casa” e ao levantar a cabeça e olhar para o escuro em sua frente, pode enxergar o rosto de Colter. Seu olhar, seu sorriso.

“Gina dreams of running away — Gina sonha em fugir
When she cries in the night — Quando ela chora à noite
Tommy whispers: "Baby, it's OK, someday” — Tommy sussurra: "Querida, ficará tudo bem, algum dia”

 

Ela o escutava cantar em tom sussurrante, mas com um tom bem-humorado, outra parte da música de Bon Jovi, que falava “Gina”, jeito carinhoso que Daniel havia passado a lhe chamar só para lhe irritar e também por causa da música.

Inundada pelo sentimento da saudade, Regina se levantou da poltrona, deixando de lado o álbum de fotos e com a mão esticada para frente, tentou tocar a imagem do amigo, mas essa logo sumiu, fazendo-a se voltar a si e se lembrar da realidade.

Com o peso da realidade descendo por seus olhos, Mills voltou para a poltrona. Procurou pelo celular que estava no chão e viu a hora. Passava das duas da manhã. Não estava com sono, mas não queria passar o dia seguinte na cama.

Ainda estava chateada com Emma. Não queria estar, mas infelizmente não conseguia tirar aquele sentimento de si, toda vez que sua mente insistia em lembra-la das palavras duras da amiga.

— E eu que pensei que iríamos aproveitar esse final de semana... — Murmurou consigo, balançando a cabeça negativamente, passando a mão pelo local da tatuagem que fizera mais cedo.

Sem vontade alguma, levantou-se novamente da poltrona e se jogou no chão. Dormiria ali mesmo. Não queria ir para o quarto ficar com Emma.

Apesar de ter dito que estava tudo bem e que já tinha passado, apesar de todas as palavras sinceras da amiga, apesar de ver o real arrependimento em seus olhos, não estava tudo realmente bem, não tinha realmente passado. Ela só queria tranquilizar a amiga, para que ela não ficasse pensando que estivesse com raiva e para que não ficasse remoendo o assunto. Até mesmo para que ele fosse logo esquecido. Pois seria o melhor para as duas.

•§•

Manhã de segunda-feira, Emma e Regina já estavam no Departamento, cada uma em sua sala, fazendo seus devidos trabalhos. Na verdade, no momento, Regina estava assistindo uma de suas novelas favoritas. Fazia alguns dias que não acompanhava e precisava botar em dia. E Emma, jogava Subway Sufers em seu celular. O vício tinha voltado.

Desde o que acontecera em Detroit no final de semana, mesmo depois das conversas que tiveram, nas quais Emma pedira sincero perdão à Mills, as coisas não voltaram a ser como antes. Regina tinha se afastado mais de Emma. Ainda estava chateada e em alguns momentos até evitava-a. Por outro lado, Emma ainda se sentia culpada por tudo que tinha dito e feito à outra, não havia se perdoado pelo modo como tratou a amiga, e por isso, optou por se afastar também, dando-lhe um espaço e tempo, para o perdão.

No domingo à tarde, ainda chegaram a sair juntas. Apesar da situação na qual se encontravam, Mills não queria e nem pretendia cortar relações com Emma. Era só mágoa. Além de que, ela quereria amenizar um pouco o clima pesado que estava entre elas, ao menos enquanto estivessem sozinhas. Além disso, Regina queria mostrar alguns pontos da cidade para a loira, e queria também, visitar alguns lugares em que esteve com Daniel. Todavia, o passeio não foi como o esperado, pois quase não conversaram, e para piorar tudo, acabaram esbarrando com Sidney e Jefferson, que acabaram por leva-las para o bar da tia de Prescott.

Ao chegarem lá, Emma passou o tempo todo sozinha, sentada no bar, tomando cerveja e mexendo em seu celular, enquanto Regina, aproveitando o momento de distração, bebeu demais da conta, dançou até não aguentar mais, foi agarrada por algumas garotas que se envolvera brevemente no passado, mas dessa vez não ficou com nenhuma delas, apenas recebeu algumas mordidas e beijos pelo pescoço, e no fim, foi levada para casa por Emma, que a carregou nos ombros.

No dia seguinte, acordaram cedo, tomaram café em silêncio, Regina pediu desculpas a Emma por ter dado tanto trabalho quando chegaram em casa, ela havia vomitado bastante, e em silêncio arrumaram suas coisas e partiram de volta para Chicago.

•§•

— Preciso conversar com você... — Graham colocou-se na frente da TV de Regina.

— Agora não, estou ocupada... — Tentou empurra-lo para que saísse da frente, mas sem sucesso. — Graham... — Reclamou, levantando-se. — Eu vou perder a melhor parte.

— Coloca para gravar ou vê depois na internet. — Cruzou os braços, ainda sem sair da frente da televisão.

— OK. — Jogou-se em sua cadeira e colocou seus pés apoiados na mesa. Graham arqueou uma sobrancelha ao ver o ato e Regina fez o mesmo. Ficaram alguns segundos se encarando até ele desistir. Regina deu um sorrisinho vencedor.

— Eu não tenho moral mesmo... — Balançou a cabeça negativamente, fingindo-se de ofendido. — Bem... — Pigarreou. — Os novos policiais chegaram no Sábado de tarde.

— Onde eles estão? — Questiona, bastante interessada no assunto. Tirou os pés de cima da mesa e encarou o homem, esperando sua resposta.

— Irão se apresentar amanhã... — Regina assentiu, voltando a sua posição anterior. — Mas... — Olhou para trás, para checar se a porta estava fechada e logo após, aproximou-se mais da morena. — Mudando de assunto... — Sentou-se na cadeira de frente à mesa de Mills. — O que aconteceu entre você e Emma? — Regina desviou o olhar para o chão.

— Nós nos desentendemos. — Disse simplesmente.

Antes que Graham pudesse argumentar Mike os interrompe, fazendo-se presente na sala.

— Pegamos o cara. — Diz simplesmente, logo deixando o local.

— Depois terminamos essa conversa. — Avisa antes de sair apressado, batendo a porta.

Curiosa, Regina se levanta da cadeira, desliga sua TV, pega seu celular em cima da mesa e segue para a sala de Graham.

— Quem vocês pe... — A pergunta morreu em sua garganta ao ver quem estava sentado de frente para Humbert.

E então, como se estivesse voltando para o passado, tudo que um dia ela lutou e sofreu para esquecer, lutou para jogar em um lugar inacessível em seu cérebro, para não ter mais que lembrar e machucar, voltou a sua mente em milhões de imagens e lembranças, como facadas violentas em sua barriga, causando-lhe a mesma dor da época.

Ver aquele homem ali fez com que memórias ruins fossem acessadas e lembradas novamente.

Seu coração saltou no peito, seu sangue ferveu e no minuto seguinte, Regina já estava imprensando o homem contra a parede e apertando seu pescoço.

— Eu vou matar você, filho da puta! — Empurrou-o com mais força contra a parede, fazendo sua cabeça se chocar na superfície. Por causa do esforço, o machucado em seu braço acabou por sangrar um pouco, mas ela não se importou com isso. Sua raiva inibia a dor.

— Regina! — Graham correu para cima da mulher, puxando-lhe pela cintura, mas sua força parecia ter se multiplicado. Ele não conseguia afastá-la. — Ajudem aqui. — Pediu com dificuldade.

Eric e Mike correram rapidamente até os dois, conseguindo enfim, afastar Regina do homem que, de branco, estava vermelho e respirando com dificuldade.

Swan, que ouvira a gritaria de sua sala e já estava ali há alguns minutos, olhava curiosa para Graham, que segurava uma Regina furiosa, tentando se soltar dos braços do Capitão.

Ao entrar na sala, não se surpreendeu ao dar de cara com Regina enforcando o rapaz. Ela sabia o quanto a amiga podia ser violenta com criminosos, dependendo do que ele fizera. Já havia presenciado sua fúria outras vezes.

— Regina! O que deu em você? — Humbert apertou-a em seus braços, tentando acalma-la.

— Graham, me solta! — Debatia-se tentando se soltar. — Eu preciso dar uma lição nesse filho da puta. — Sua voz saiu com dificuldade. Seus movimentos estavam-na cansando. — Ele não pode sair impune dessa vez. — Gritou, encarando-o com raiva e as lágrimas já banhando o seu rosto. Lágrimas de raiva. Lágrimas de dor.

— Eu não faço ideia do que você está falando, mas não se faz justiça com as próprias mãos! — Contra argumentou. — Tirem-no daqui. — Pediu para os meninos que rapidamente assentiram e arrastaram o homem para fora da sala. — Quer me explicar o motivo disso tudo? — Soltou-a finalmente.

Regina se sentou em uma cadeira, cobriu o rosto com as mãos e se permitiu colocar toda a dor e sensação ruim para fora através do choro. Humbert, assustado com a explosão repentina da morena, ajoelhou-se ao seu lado e a abraçou, sem saber o que fazer direito. Não lembrava de já ter visto a Sargento daquele jeito antes.

Emma se aproximou dos dois, segurando-se para não chorar também apenas por ver o desespero e a agonia da amiga, e estendeu sua mão até os cabelos curtos e negros, afagando-o com carinho.

— Do que ele está sendo acusado? — Regina perguntou, um pouco mais contida. Seu rosto ainda vermelho pela raiva, pelo choro e pelos esforços feitos há pouco.

Ao escutar sua pergunta, Emma parou com as carícias e se afastou um pouco e o Capitão a soltou do abraço, antes beijando sua testa carinhosamente, antes de responder.

— Estupro.

Ao ouvir a resposta, Mills trincou seus dentes, deu um murro na mesa, assustando Emma e Graham, e correu em direção à porta. Ela iria atrás do homem. Porém, Swan foi mais rápida e a segurou, impedindo-a de sair.

— Droga! — Sacudiu a mão no ar, reclamando da dor imediata. Havia esquecido que seus dedos ainda estavam machucados. — Não me segura! — Gritou irritada. Mas Emma não se intimidou. — Eu vou acabar com ele... Antes eu não podia, mas agora eu posso!

— Não, Regina! Você não pode. — Gritou de volta, segurando-a com mais força. — Para, Regina! — Sacudiu-a um pouco e se encostou na porta, impedindo qualquer passagem e consequentemente libertando-a.

— Eu não sei o que aconteceu, Regina, mas não é assim que você vai resolver. — Humbert comenta, tocando no ombro da mulher. — Acalme-se e vá trocar o seu curativo. Está sangrado. — Sugeriu.

Com raiva por ter sido impedida de ir atrás do rapaz, Mills bateu com força na parede ao lado, dessa vez com a mão boa, e se sentou na grande e confortável cadeira de Graham.

Estava transtornada como nunca ficara antes.

Emma e Graham se olharam, mas nada disseram.

Ficaram em silêncio por alguns minutos até Humbert decidir quebra-lo.

— Está mais calma agora? — Sentou na ponta da mesa e Emma fez o mesmo.

— Eu pensei que ele estivesse morto. — Começou baixo, ainda respirando com dificuldade. — Pensei que nunca mais o veria na minha vida. — Fechou os olhos com força. Parecia querer esquecer algo. — Na verdade, eu nem lembrava mais que ele existia. — Sorriu sem humor. — Como o mundo é pequeno... — Outro sorriso sem humor. Os outros dois, nada diziam. Apenas deixavam que ela falasse. — Pensei que nunca mais me lembraria dessa... — Passou a mão pela boca num gesto agoniado. — Dessa situação... — Emma e Graham se olharam, totalmente curiosos quanto ao que Regina diria, esperando que pudessem entender o motivo daquele acesso de raiva. — Eu não quero entrar em detalhes... — Respirou fundo mais uma vez e abaixou a cabeça, fixando seu olhar no chão. — Esse homem... — Fechou os olhos com força de novo. Algumas cenas do que diria a seguir passavam em sua mente. — Ele... — Olhou para a parede, fazendo um esforço para continuar a falar. — Ele... — Respirou fundo. — Ele estuprou a namorada do Daniel em nossa frente e faria o mesmo comigo... — Suas mãos tremiam debaixo da mesa. Estava suando frio. — Porque... Ele achou que fossemos namoradas e queria nos mostrar que era por falta de homem... Que era apenas safadeza nossa...

Emma estava boquiaberta com o que ouvira. Nunca soube do que Regina acabara de contar. A morena nunca demonstrara já ter passado por aquilo antes. Nem mesmo quando prenderam outros estupradores. Encarava-a sem saber o que dizer. Foi pega de surpresa.

Graham também estava surpreso com o que acabara de saber da mulher. Trincou os dentes e fechou a mão em punho. De repente, também sentiu vontade de fazer justiça com as próprias mãos, assim como Regina em minutos atrás, mas se conteve. Não iria se sujar por causa de uma pessoa como ele, porém daria um jeito de aumentar sua pena.

— Emma, eu nunca te contei isso, porque... — Olhou para a loira. Seus olhos completamente vermelhos, tanto por conta do choro, como por conta da raiva. — Ele estava literalmente esquecido para mim. Eram memórias reprimidas até esse homem aparecer e me fazer lembrar-se de tudo. — Explicou-se brevemente, desviando sua atenção da amiga e voltando a fitar o chão.

— Tudo bem... — Soou compreensiva. — Eu também não te contei algo que já aconteceu comigo no passado. — Regina levantou a cabeça, surpresa com o que ouvia. — Tem a ver com o que aconteceu... — Desviou o olhar da outra. — No final de semana...

As atenções das mulheres foram tomadas por uma respiração forte de Humbert. Rapidamente olharam para ele, que estava calado, olhando para o chão, ainda sentado na mesa. Seu rosto estava vermelho e o punho ainda fechado.

— Graham? — Regina chamou-o, mas ele não respondeu. — Graham... — Tocou na perna do homem, enfim chamando sua atenção. — Está tudo bem? Você está vermelho...

— Eu... — Balançou a cabeça negativamente. — Eu vou deixar vocês a sós. — E sem esperar respostas, saiu da sala.

— Acho que... Acho que eu entendi... — Regina murmurou para si, encarando a porta por onde Graham passara. Agora, parecia mais calma.

— Espero que ele não faça nenhuma besteira.

— Eu espero que ele não faça nada, porque eu irei fazer. — Levantou-se num rompante, assustando Emma.

— Regina... — Segurou-a pelo braço. — Por favor, não faça nada. Não vale a pena... Não vale a pena se sujar por ele. — Seu tom era suplicante.

Mills a encarou por alguns segundos e por fim desistiu de ir atrás do homem, voltando então a se sentar na cadeira.

— Obrigada. — Emma se sentou novamente na mesa e cruzou os braços. — Eu queria aproveitar o momento para também contar esse algo que aconteceu comigo... — Regina assentiu. — Tem a ver com o que aconteceu sexta... — Respirou fundo, procurando uma forma de como começaria a contar, sem entrar em muitos detalhes. — Resumidamente, eu namorei um garoto na época da escola, e na nossa primeira vez, ele gravou tudo sem que eu soubesse, e depois jogou na internet, além de espalhar para toda a escola e praticamente o bairro todo onde eu morava. — Disse num fôlego só, pegando Regina de surpresa com o relato. — Até meus pais viram tudo. — Sua respiração se alterou, indicando que estava nervosa por ter que falar sobre aquilo, e pior, ter que se lembrar dos momentos a cada palavra dita. — Foi horrível. Eu quase fiz uma besteira... — Fez uma breve pausa. Estava nervosa. — Por isso, quando eu vi aquele vídeo seu com aquelas mulheres, e vi que você quem tinha preparado tudo, reagi de tal forma... Eu... — Respirou fundo, olhando para cima, procurando segurar as lágrimas. — Eu traumatizei... — Concluiu.

Regina abriu a boca algumas vezes, mas não soube o que responder. Estava surpresa demais.

— Eu... Eu não sei o que dizer...

— Não precisa dizer algo... — Levantou-se da mesa e seguiu para a porta, deixando Regina confusa. — Eu só... — Calou-se por um instante, mordendo seus lábios. — Eu só queria que você soubesse o motivo da minha reação... Não tinha de fato, a ver com você... — Abriu a porta e saiu, deixando Regina a sós com seus pensamentos e finalmente sentindo a pequena dor vindo do seu corte no braço.

— Hm, preciso trocar isso. — Murmurou, olhando para a faixa com sangue.

•§•

— Para onde estão levando ele? — Regina ia saindo da sala de Graham, quando viu Mike saindo com o acusado. Devagar, e segurando-se para não sair do controle que tinha conseguido, aproximou-se deles.

— Para a Divisão de Investigações. — Mike respondeu.

— Por quê? — Cruzou os braços e estreitou os olhos.

— A vítima morreu. Vão abrir uma investigação mais a fundo sobre ele e o caso. — Ao ouvir o que o moreno disse, Regina encarou o homem com fúria.

— Deixa que eu levo ele. — Ofereceu-se rapidamente, procurando a chave do carro no bolso. Já nem se lembrava mais que precisava trocar seu curativo.

— Não mesmo... — Graham a segurou pelo braço.

— Qual o problema? — Indagou inocente. Os rapazes se entreolharam. Ela revirou os olhos. — OK... Vou tomar um café. — Murmurou irritada, passando por Mike e o acusado, e dando-lhe um murro no estômago.

— Regina! — Graham repreendeu.

— Foi sem querer... — Gritou já de fora. Os meninos se entreolharam e sorriram.

— Você também deu um soco nele. — Comenta Eric para Graham.

— É... Mas ela não precisa saber disso. — Piscou para o homem.

•§•

— Sai do carro. — Regina bateu com força na lataria do veículo e abriu a porta.

— Não vou... — O homem se recusa, colocando o cinto de segurança, sem se importar com a porta aberta, esquecendo-se também, que Regina não só tinha mais autoridade que ele dentro daquele Departamento, como era sua chefe abaixo de Graham, já que fazia parte de sua equipe.

— Mike, se você não sair desse carro agora, eu vou ser obrigada a te dar uma coronhada... — Mostrou-lhe a arma. — Ou então, aquela minha massagem no pescoço, que faz as pessoas dormirem rapidinho... — Acrescentou irônica.

— Você não faria isso... — Ao olhar para a expressão de Regina, ele engoliu seco. — Faria?

— Quer mesmo saber a resposta? — Ele negou rapidamente. — Então sai agora... — Sem pestanejar, o homem retirou o cinto e saiu do carro. — Não conte para ninguém... — Advertiu.

— O que você vai fazer? — Perguntou preocupado. — Você não deveria ir cuidar desse braço? — Aponta para o machucado da morena, tentando desvia-la de suas ideias.

— Eu vou apenas dar um passeio. — Responde-lhe, ignorando o que ele falara sobre seu machucado e olhou pelo espelho retrovisor, vendo o rosto do homem algemado. — Aqui... — Deu a chave do seu carro. — Siga para o lado oposto para que pensem que sou eu e que realmente fui comparar um café, e não volte antes de fazer uma hora. — E sem esperar uma resposta do moreno, deu partida no carro e arrancou com ele.

Quando o carro parou no primeiro sinal vermelho, Regina se virou para trás.

— Espero que se divirta nesse nosso passeio. — Deu um sorriso diabólico ao notar o olhar de medo que o homem que lhe fizera mal no passado, expressou. 


Notas Finais


Alguém surpreso com as revelações?

O que acham que Regina fará com esse homem?

A música da parte de Regina e Daniel é Livin' on a prayer. Bon Jovi. Não coloquei na lista do spotify porque ela já está lá, pois foi usada em outro capítulo já.

Playlist: https://open.spotify.com/user/kparrilla_/playlist/0fYkStFF87wiVVR4zoHTFH


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