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História Always by your side - R U Mine?


Escrita por: sidneymills

Notas do Autor


VOLTEI GALÊRO!!!

Capítulo 34 - R U Mine?


Sentada em sua confortável e grande cadeira giratória em sua sala, Emma Swan olhava atentamente o cartão muito bem feito e organizado, que Catherine lhe entregou no outro dia, propondo um encontro.

Relendo pela terceira vez, o nome Catherine Conor bem desenhado no cartão preto, a Sargento relembra o dia em que a ruiva partiu seu coração.

Flashback on

Era sexta-feira à noite. Na TV, o Campeonato de Liga dos Campeões da CONCACAF tinha ido para o intervalo. WhiteCaps de Vancouver e Tigres de UANL disputavam as semifinais. Emma e Catherine tomavam vinho e comiam pizza no quarto da loira, enquanto assistiam.

Emma beijava avidamente o pescoço da namorada quando, delicadamente, Catherine a afastou e se levantou.

— O que foi? — Emma perguntou, sem entender o afastamento repentino.

— Eu tenho uma coisa muito importante para te contar e eu não aguento mais guardar só comigo. — Respondeu, andando de um lado para o outro, bastante nervosa.

— O que aconteceu? — Franziu o cenho, observando Conor andar de um lado para o outro. — Por que está tão nervosa? Estava tão tranquila e quente há dois minutos... — Sorriu maliciosa, levantando-se e indo para junto da ruiva. Tentou abraça-la e beijar os seus lábios, mas a outra a afastou.

— Emma...

— Ok! Fale logo e pare de enrolar. — Cruza os braços, impaciente. — Estamos perdendo tempo. Daqui a pouco o jogo volta e...

— Eu estou indo embora. — Solta, sem olhar nos olhos verdes, interrompendo a loira. Ainda de boca aberta, Emma a encara incrédula e também confusa. — Eu estou voltando para o Canadá, Emma... — Acrescenta, de cabeça baixa, olhando para o chão.

— O que? — Emma franze o cenho. Não estava acreditando no que acabara de ouvir.

— Eu vou terminar o meu curso por lá e...

— Foi a sua mãe que te obrigou para ficar mais perto de você? — Perguntou, interrompendo-a. Lembrava-se bem da sua sogra tentando fazer a cabeça da outra para que voltasse para o Canadá e terminasse os estudos por lá só para voltarem a ficar mais perto. Em troca, ela pagaria o restante.

— Não. — Conor apressou-se em responder. — Eu quem tomei a iniciativa.

— Não... — Ela sussurra. Seu olhar estava perdido no chão. — Você não pode... — Catherine tenta tocar em seu braço, mas ela se afasta abruptamente. — Quando você tomou essa decisão?

— Fazem dois meses...

— E SÓ AGORA VOCÊ ESTÁ ME DIZENDO? — Esbraveja com extrema raiva. Catherine se encolhe em seu canto.

— Eu não sabia como te dizer antes... — Tenta se defender.

— E escolheu justo hoje para me dizer, depois de dois meses... — Sorri sem humor. — Quando você vai embora? — Senta-se na cama e a encara.

— Na segunda de manhã. — Responde, desviando o olhar.

O quarto fica em silêncio por um momento. Emma está sentada na cama, com o rosto tapado pelas mãos, tentando segurar as suas lágrimas. Catherine, está se tremendo, encostada no canto da parede, um pouco mais longe da loira. Jamais imaginou que aquele momento seria tão difícil e doloroso.

— Se você tivesse conversado comigo antes, quando tomou essa decisão, eu não me sentiria tão traída como estou me sentindo nesse exato momento. — Murmura com a voz trêmula pelo esforço em segurar o choro, quebrando o silêncio e retornando a conversa.

— Eu...

— Não! — Levanta um dedo, impedindo-a de falar. — É a minha vez de falar agora. — Nós poderíamos terminar tudo de forma amigável e eu ainda poderia te dar apoio. Eu não iria gostar da sua decisão, mas iria respeita-la. É a sua vida e eu só quero o que é melhor para você. Se ir para o Canadá é o melhor, eu iria entender.

— Nós não precisamos terminar...

— VOCÊ VAI PARA OUTRO PAÍS! ― Esbraveja novamente, interrompendo-a. ― Não é outro bairro, não é outra cidade, não é outro estado... É. UM. PAÍS. — Fala pausadamente, suspirando pesadamente. — Sabe qual o problema aqui? Não é você ir embora e nós terminarmos tudo. Realmente não é. — Deixa claro. — O problema aqui é você ter decidido isso sem falar um “a” comigo. Você não me contou absolutamente nada dos seus planos. Nós somos namoradas, você poderia ter me dito, sabe? Nós poderíamos ter conversado a respeito. ― A decepção era visível em seu tom de voz. ― Mas você preferiu esconder tudo de mim, continuar me iludindo com suas juras de amor e me dando a esperança de que teríamos um futuro fora daqui, como se não tivesse pensando em me deixar dois meses depois, e ainda deixou para contar no último minuto do segundo tempo. ― Balança a cabeça negativamente. ― Você praticamente iria embora sem me contar nada. Iria me deixar feito uma tola, procurando por você, enquanto estaria em um avião, voltando para casa.

— Eu iria te avisar...

— Claro que ia... Se não contasse nada eu ia achar que você sumiu e iria contatar a polícia... Já pensou se tivesse sido sequestro? — Falou irônica. Levantou-se da cama e caminhou até a porta. — Por favor, eu gostaria que você fosse embora do meu quarto e não me procurasse nunca mais, nem mesmo se decidir ficar ou se voltar no mês seguinte. — Pediu em um tom frio, abrindo a porta.

— Por favor, não faz isso... ― Suplicou, começando a chorar, mas Emma não se comoveria mais. ― Eu amo você, eu realmente amo e você sabe disso.

— Hoje, você me mostrou exatamente o contrário. — Rebateu com firmeza, encarando profundamente os olhos azuis e cheios de lágrimas. Emma puxa seu braço delicadamente e a coloca para fora do quarto. — No seu próximo namoro, quando tomar uma decisão desse tipo, não cometa o mesmo erro. Avise antes e converse com a pessoa. Se for alguém bom, tenho certeza que vai te entender e te apoiar, assim como eu faria se você tivesse sido sincera e clara comigo. — E então fechou a porta. Encostou-se à madeira e escorreu, libertando o choro preso na garganta, escutando a outra chorar do lado de fora.

Flashback off

― Parece que você não respeitou o meu pedido, Cathe... ― Murmura com pesar, ainda observando o cartão.

Com pesar, Emma também se lembra do dia em que falou indiretamente sobre Catherine em um encontro com Killian e o assunto a fez se lembrar brevemente da mulher e do dia que terminaram. Felizmente, ela conseguiu agir tranquilamente enquanto falava.

— Então quer dizer que você também gosta dos WhiteCaps? — Emma assentiu. — Mas você é daqui de Chicago. Como gosta de um time de lá?

— Ué, e você é Irlandês e também está aqui em Chicago. — Os dois sorriram. Ao fundo tocava “All you need is Love”

— Ah, mas eu morei um tempo em Vancouver... Tenho essa desculpa. — Fez biquinho, dando um sorrisinho vitorioso logo depois.

— Bem, eu conheci alguém na faculdade que era Canadense e me fez gostar do time.

Suas lembranças são interrompidas pelo toque do seu celular, que vibrava em cima da mesa. Ela enxuga as grossas lágrimas que desciam pelo seu rosto, respira fundo e atende sem nem ver quem era no identificador de chamadas.

— Emma falando... — Disse, tentando esconder a voz de choro e abana o rosto, tentando se recompor e espantar a vontade de chorar.

— Oi Emma, é a Ruby... Temos boas notícias sobre o nosso Capitão... ― Seu tom animado faz Emma abrir um sorriso feliz e a vontade de chorar ir embora.

•§•

Ao som de R U mine no último volume tocando em seus fones de ouvidos encobertos pelo enorme abafador, equipamento de uso obrigatório, usados para proteger os tímpanos, Regina treinava sua mira no estande de tiro do Departamento. Tinha ido ali para esvaziar e descansar um pouco a mente depois de ter passado horas a fio desde o dia anterior, pensando em Emma e em sua recente descoberta sobre os sentimentos que nutria por ela. Fazia muito tempo que Regina não se apaixonava e nem mesmo queria isso. Estava sendo algo novo e surpreendente para ela, como se fosse a primeira vez.

Como motivação para ser mais eficiente em acertar os alvos pendurados no teto, ela lembra-se do dia em que acertou um dos homens de Keith na cabeça, mas não acertou exatamente onde queria.

— Que merda! — Regina resmungou, olhando para o corpo inerte no chão.

— O que foi? — Emma questionou, confusa.

— Errei o tiro. — Seu tom era de frustração. — Preciso voltar a ter aulas de tiro. — Swan olhou-a incrédula.

— Como assim, você errou o alvo? — Franziu a testa. — Você acertou na cabeça dele e ele morreu. — Apontou o óbvio.

— Eu queria ter acertado aqui. — Apontou um ponto na cabeça do homem, bem no meio da testa. — E não aqui. — Apontou o lugar onde acertara, em sua fronte. Swan revirou os olhos. — Até parece que você não é assim também.

Sorrindo com a lembrança, Regina recarrega a arma e pensa em outro incentivo. Gian, o estuprador. Vendo o rosto do homem no lugar do alvo, ela atira diversas vezes, com violência, como se estivesse extravasando a raiva por tudo que ele causou a si e seus amigos.

Rapidamente a munição acabou e ela resolveu trocar a arma. Deixou a pistola 38 de lado e trocou por uma mais ponte. A 380.

Mirou no meio do alvo e a imagem de Keith veio à sua mente. Sentindo a adrenalina correr pelo corpo, muito atiçada pela música alta que ainda tocava, ela atirou repetidas vezes, com extrema violência, ao mesmo tempo que gritou. Regina atirou tantas vezes no mesmo lugar que fez um furo no material.

A munição acabou e ela soltou a arma rapidamente, com os braços cansados. Retirou os abafadores e os óculos e se escorou na mesa ao lado. Uma mão tocando suavemente o seu ombro a fez se virar rapidamente, no susto.

― O Graham está melhorando, Regina! ― Swan diz animada, retirando o abafador e os óculos. Havia chegado ali no exato momento que Regina descarregava a pistola no Keith imaginário.

― O que? ― Pergunta incrédula, sua voz saindo com dificuldade por causa da sua respiração alterada em razão do esforço feito há pouco.

― O Graham está melhorando. ― Repete, abraçando a morena, que ainda desacreditada do que ouvira, demora um pouco para retribuir o contato. ― Ruby acabou de me ligar. Os médicos retiraram as sedações para ver como ele reagiria e ele está indo muito bem. ― Explica, afastando-se um pouco. ― Se continuar assim, ele acorda em poucos dias.

― Não...― Sussurra, processando a informação de que seu amigo ficaria bem. Depois de tanto tempo, suas esperanças estavam sendo renovadas novamente.

― Sim... ― Emma rebate, animada, e Regina volta a abraça-la, liberando o choro. Sua ficha finalmente caindo. Mas dessa vez, seu choro era de alegria e alívio. ― Ele vai ficar bem! ― Sussurra, apertando-a mais em seus braços e lhe acompanhando na emoção.

•§•

Com a notícia de que Graham Humbert estava melhorando, o Departamento estava praticamente em festa. A felicidade estava visível nos rostos de cada um.

Regina conversava animadamente com Eric do lado de fora, enquanto esperava Emma, que conversava com Brian, quando vê um homem se aproximar e lhe encarar. Achando estranho, ela alarma Eric e coloca a mão em sua arma, pronta para qualquer coisa, mas o homem para um estante, no meio da rua, e dá a volta logo depois. Um dos oficiais o aborda, achando estranho a sua atitude, mas ao ser checado minuciosamente e não ter nada irregular, ele é liberado. Regina, Eric e outros, ainda ficam em alerta por alguns minutos, mas logo voltam a conversar tranquilamente.

― O que você acha de irmos ver o Graham hoje e depois saímos para comemorar a recuperação dele? ― Eric sugere, todo animado.

― Ele não vai gostar nada de saber que fomos comemorar sem ele, mas eu gostei da ideia. ― A Sargento rebate e solta uma gargalhada.

De repente, num piscar de olhos, o homem misterioso volta e tudo acontece muito rápido. Ele atira contra um policial e mais tiros vindos do alto, atingem os outros que conversavam por ali, inclusive Eric, que cai rapidamente no chão. Regina foi a única a não ser acertada.

― Eric! ― Mills grita, ajoelhando-se ao lado dele, tentando tapar a perfuração para evitar que ele perdesse tanto sangue. O Detetive estava caído de barriga para o chão, sua boca quase beijando o chão. Ele se esforçava para vira-la ao máximo para o lado e ver Regina.

― Eu estou bem... ― Ele diz com dificuldade e solta um risinho. A Sargento sorri para ele, mas logo desvia sua atenção, olhando para o homem que começou a causar aquilo tudo, correndo para longe. Ela faz menção de se levantar. ― Não... Vá... ― Suplica, segurando sua perna. Ele sabia que tinha alguma coisa por trás daquele ataque. Apenas ela não tinha sido atingida no meio de tantos tiros. Mas seu pedido não a impede e ela fica de pé.

― Eu não vou deixar quem fez isso, sair impune. ― E então retira sua arma do coldre e sai correndo atrás dele.

Segundos depois, Emma, Brian, Mike, Ruby, Robin e outros, já devidamente protegidos, saem correndo do Departamento. Escutaram o baru

― O que aconteceu? ― Emma pergunta desesperada, ajoelhando-se ao lado do Detetive e vendo todos os feridos no chão.

― Liguem para a central e peçam ambulâncias com urgência. ― Knight pede para Ruby e Robin, que rapidamente voltam para dentro do Departamento, e se ajoelha ao lado de alguns oficiais, verificando se ainda estavam vivos.

― Regina... ― Eric murmura com dificuldade, apontando para a direção que Mills correra e Emma direciona sua atenção a tempo de vê-la virar a esquina. ― Ela foi atrás... ― Tosse.

― Não se esforce... ― Toca em suas costas. ― Eu vou atrás dela. ― Levanta-se rapidamente e puxa sua arma do coldre. ― Mike, verifique junto com o Brian se todos estão vivos... ― Ordena e o homem assente. Emma confere se sua pistola está carregada e sai correndo.

•§•

Correndo atrás do suspeito por vários minutos, Regina entra em um beco e o perde de vista. Enquanto retoma o fôlego, xinga-se por ter sido tão lenta em alcança-lo e faz uma promessa silenciosa de que vai voltar para a academia do Departamento junto com Emma.

De repente, a Sargento é surpreendida por mãos cobertas com uma luva preta cobrindo o seu rosto. Ela tenta se soltar e se virar para ver quem é, mas um pano é pressionado em seu rosto e ela desmaia logo em seguida. 


Notas Finais


Será que já podemos agradecer por Graham dá sinais de que finalmente está melhorando?
E esse ataque na frente do DP? Apenas a Regina não foi atingida em meio a tantos tiros...
Podemos dizer que ela foi sequestrada?

Obrigada pelo feedback do capítulo passado, espero que vocês tenham curtido esse tanto quanto ele.

Informações extras: A Liga dos Campeões da CONCACAF(em inglês: CONCACAF Champions League), cujo nome oficial atual é Scotiabank CONCACAF Champions League por motivos de patrocínio,[1][2] é uma competição anual de clubes de futebol a nível continental, organizada pela Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe (CONCACAF) e disputada por clubes da América do Norte, Central e o Caribe e por três países da América do Sul, as nações independentes da Guiana e Suriname, e a Guiana Francesa. É um dos torneios mais prestigiados entre as Américas do Norte, Central e Caribe. O torneio era anteriormente conhecido como Copa dos Campeões da CONCACAF de 1962 a 2008. Contudo, foi rebatizado em 2008 como Liga dos Campeões, seguindo formato de outras ligas pelo mundo como: UEFA Champions League (Europa), AFC Champions League (Ásia), CAF Champions League (África) e OFC Champions League (Oceania).


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