História Always by your side - Baby, I love your way

Na noite do episódio na boate, Keith Thompson conseguiu fugir e no dia seguinte viajou para outro estado. Oregon. Sendo assim, Brian, o Capitão do Departamento de Nova Iorque, decidiu liberar Mills e Swan para voltarem para Chicago.

— Obrigado pela imensa ajuda, meninas. — O homem agradecia enquanto as acompanhava junto com Michael e Jonny, para o heliporto. — Vocês fizeram um ótimo trabalho por aqui... Se não fosse vocês para nos ajudar, não sei quando conseguiríamos acabar com esse grupo que já vinha nos dando uma grande dor de cabeça.

— Sempre que precisarem de ajuda, podem nos chamar. — Disse Emma em tom gentil. Regina a encarou de lado e quase gritou “claro que não”, mas preferiu apenas dar uma cotovelada nela, que passou despercebida por todos.

— Uma pena que Graham Humbert não permitiu nem que eu conversasse com vocês para uma possível transferência. — Ele deu um risinho. — Uma pena... — Fez um biquinho. Regina quase gritou “Graças a Deus” — Bem, façam uma boa viagem. — Estendeu a mão para as duas, apertando-as e logo foi embora.

— Bem, foi uma honra trabalhar com vocês duas. Espero que isso se repita algum dia. — Disse Jonny, com um grande sorriso nos lábios. — Eu realmente gostei muito. Vocês são muito legais, inteligentes e competentes. — Elogiou as duas, que sorriam em agradecimento para o homem. — Infelizmente, sabemos que não é fácil conseguir muito respeito e destaque na polícia, quando se é mulher, mas vocês conseguiram os dois, além de um alto cargo aqui dentro, e estão realmente de parabéns. Façam uma boa viagem, senhoritas.

— Obrigada Jonny. — Regina agradeceu, com um sorriso verdadeiro. De Jonny, ela tinha realmente gostado, assim como do Capitão.

— Uma pena que você já vai embora, Emma. — Disse Michael. Esse fora o único que Mills não foi com a cara. — Sentirei sua falta. — Sorriu. Regina revirou os olhos e quase avançou nele, mas Emma percebeu o movimento e segurou firme em seu braço. — Espero te ver em breve... — Posso te abraçar? — Regina arregalou os olhos com a audácia do homem. Suas mãos se fecharam em punho.

— Claro! — Emma respondeu gentilmente e abriu os braços para receber o rapaz.

— OK, precisamos ir, o rapaz parece estar impaciente nos esperando. — Interrompeu Regina, ao perceber que o abraço demorava tempo demais. — Vamos Emma. — Puxou-a pelo braço. — Tchau Jonny... E... Michael.

Assim que as duas entraram no helicóptero, Emma começou a rir.

— Do que está rindo? — Indagou Regina sem entender, enquanto colocava o cinto de segurança.

— De você. — Regina franziu o cenho. — Você com ciúme porque o Michael estava me abraçando.

— Claro! Você é minha esposa, esqueceu? — Apontou para o dedo da loira, onde a aliança de ouro que colocara assim que chegaram, estava. — E eu tenho que cuidar bem de você para certos Michael não achar que tem chance. — Respondeu emburrada. — Ainda bem que estamos indo embora... Não aguentava mais ver a cara dele. — Acrescentou fazendo bico.

— Ele até que é bonitinho. — Emma olhava o rapaz pela janela do helicóptero, dando um tchauzinho para ele que correspondia alegremente.

— O que? — Indagou irritada e incrédula. — Não acredito que eu ouvi isso.

— Você não acha? — Fingiu inocência.

— É claro que não. — Revirou os olhos ao ver o homem ainda balançando a mão de um lado para o outro. Bem idiota ao seu ver. — Que demora desse negócio chegar na altura certa e ir embora. — Suspirou pesadamente, arrancando um sorriso de Emma.

— Você está muito estressada... — Aproximou-se da amiga. — Será que eu posso fazer algo para te ajudar a relaxar? — Beijou delicadamente o pescoço da morena, fazendo-a se arrepiar dos pés à cabeça, porém, Regina estava irritada demais com, de acordo com ela, a palhaçada que acabara de acontecer, e por isso nem ligou para Emma, apenas apertou mais os seus braços que estavam cruzados, e aumentou o bico.

— Não. — Respondeu simplesmente. Emma sorriu novamente, aproximando-se mais ainda.

— Ei. — Sussurrou em seu ouvido e arrastou bem devagar, seus lábios pelo rosto da amiga. — Qual é o problema? — Sabia exatamente porque ela estava daquele jeito, só queria ouvir da boca da mesma. Puxou delicadamente o rosto de Regina para o seu e tentou beijar seus lábios, porém ela desviou. — Não faz isso. — Pediu com a voz rouca, voltando a deslizar os lábios pelo rosto dela. Sorriu ao perceber que a respiração de Mills estava ficando pesada e a mesma tentava a todo custo normalizar e manter a pose de raiva.

— Não quero papo, Emma. — Virou o rosto para o lado e ficou a observar a paisagem que passava na janela.

— Mas, eu quero. — Puxou de volta o rosto da morena para si. — Você me disse uma vez que sempre quis dar uns amassos enquanto estivesse no ar... — Olhou bem nos olhos castanhos. — Então... — Olhou para os lábios e depois subiu o olhar novamente. — Essa é uma ótima oportunidade para realizar esse desejo. — Piscou para ela e sorriu.

— Não estamos sozinhas. — Argumentou. Já não estava mais irritada com Emma, mas estava mantendo a pose porque estava adorando como Emma estava.

— Sério? — Afastou-se um pouco da morena, encarando-a. — Regina Mills está me dizendo que não quer fazer nada aqui porque não estamos sozinhas? — Sorriu, balançando a cabeça negativamente. — Eu não acredito que invertemos os papéis... — Diz em falso tom de incredulidade. — Não acredito que eu, logo eu, estou implorando justo para você, para fazermos algo aqui. — Faz uma pausa, tentando segurar o sorriso e continuar séria. — Meu Deus, quem é você e o que fizeram com a Regina Mills sem vergonha que eu conheço? — Brincou, voltando a aproximar os rostos. — Eu a quero de volta. — Sussurrou no ouvido da morena que novamente se arrepiou. — Você me despertou ontem à noite, e agora quer fugir? Não quer apagar o fogo que acendeu? — Questiona retoricamente, vendo um sorrisinho querendo surgir nos lábios da outra. — E só para deixar claro... O Michael não faz nem um pouco o meu estilo. — Regina sorriu ao ouvir aquilo.

— E quem faz? — Quis verdadeiramente saber, apesar de já imaginar a resposta.

— Você... — E então puxou-a pelo rosto novamente e juntou os lábios, dando início a um beijo lento e erótico, excitando ambas. Rapidamente Swan pediu passagem com a língua e logo uma luta por dominância foi iniciada, ao mesmo tempo em que Regina já trabalhava com suas mãos pelo corpo da amiga que se segurava para não gemer muito alto.

A viagem de volta à Chicago seria deliciosamente maravilhosa.

•§•

— Marque uma noite com o pessoal e o Graham e depois me avise... — Regina anunciou assim que desceu do carro de Polícia, em frente ao Departamento. — Diga ao Graham que prepare bem os bolsos porque eu pretendo ir com vocês e beber até o dia amanhecer. — Piscou para Mike e sorriu.

— Você conseguiu? — Perguntou animado e Regina assentiu. — Aê... — Fez uma dancinha. A famosa da vitória. — Eu sabia que você conseguiria. Sabia que eu venceria essa aposta. — Levantou a mão direita e bateu na de Regina.

— Eu não estava mentindo quando disse que você estava do lado certo dessa aposta, Mike. — Comentou enquanto pegava sua arma e seu distintivo no porta-luvas do automóvel.

— Onde está a Emma? — Indagou ao perceber que a loira não estava por ali.

— Desceu antes para comparar nossos cafés. — Colocou a arma no coldre e o distintivo no cós da calça, fechando a porta logo em seguida.

— O Graham com certeza vai perguntar a ela para saber se é verdade.

— Se ele for parente de Tomé, eu provo para ele. — Mike sorriu com o comentário.

— Provar o que? — Emma perguntou chamando a atenção da amiga e de Mike.

Ao se virar para trás e ver a amiga, Regina não respondeu; apenas se aproximou da loira, puxou-a pela cintura, colando seus corpos, e deu um beijo de tirar fôlego.

— Wow! — Mike sorriu adorando o show. — Eu e o Graham apostamos sobre você e a Regina. — Disse Mike, respondendo finalmente à pergunta de Emma. — Ele apostou que Regina não conseguiria nada com você, e eu o contrário... E, bem... Eu ganhei. — Sorriu.

— Humm... — Respondeu tomando um gole do seu café. Ela não se importou ao saber da aposta, porque sabia bem que Regina tinha ficado com ela porque quis, e não por causa da tal. — E o que você ganhou?

— Uma noite inteira de bebidas... — Respondeu Regina, também dando um gole em seu café. — De graça... E... — Olhou para Emma. — Nós vamos. — Avisou.

— Vamos? — Arqueou a sobrancelha, tomando outro gole de sua bebida. Regina assentiu.

— Claro que vamos... Você quer perder uma maravilha dessas? — Os três sorriram. Nesse momento, Graham sai do Departamento com um sorriso largo no rosto. Estava feliz por ter Regina e Emma de volta.

— Mills... — Abriu os braços para abraçar a mulher, porém, ela levantou uma mão o impedindo. — Poxa... Não faz isso comigo. — Fez bico. — É só um abraço... Eu estava com saudade de você.

— Eu não estava. — Virou o rosto e voltou a beber seu café. De repente, foi surpreendida pelos braços fortes de Graham, ao redor do seu corpo, apertando-a. — Ei... — Reclamou ao sentir algo em seu quadril. — Eu não gosto disso. — Fuzilou-o com o olhar ao ver o homem sorrindo.

— Foi a animação de te ver. — Defendeu-se sorrindo malicioso. No mesmo instante, recebeu tapas de Regina. — Ei... — Levantou as mãos para se defender. — Eu estou brincando... Não foi proposital, que você sentisse algo. — Apontou para suas partes, arrancando sorrisos de Emma e Mike. — Ai... Ai... Alguém ajuda, por favor. — Em seguida a morena parou.

— Só parei porque quero tomar meu café em paz. — Resmungou, terminando a bebida e entrando no Departamento. — Será que podemos ir trabalhar, ou está difícil? — E então sumiu pela porta.

— Eu sei que você sentiu minha falta também. — Graham gritou para a morena. — E você Swan? — Virou-se para a loira que ainda sorria. — Vai me negar um abraço e bater em mim também, ou vai confessar que também sentiu minha falta? — Emma arqueou a sobrancelha.

— Senti falta sim. — Disse ela, abraçando-o. — Senti falta de você sempre atrapalhando meus momentos com a Regina. — Acrescentou de forma séria, soltando-se dele, porém, ao ver a cara inocente de Graham, começou a sorrir.

— Eu? — Fingiu-se de ofendido. — Que calunia... — Balançou a cabeça negativamente. — E outra... Você não tem nada com Mills mesmo, então eu não atrapalhei nada.

— Bem, então parece que você está desatualizado... — E então saiu de perto, e entrou no Departamento também, antes jogando seu copo de café, agora vazio, dentro da lixeira que tem em frente ao local.

— O que ela quis dizer? — Indagou a Mike que sorria.

— Prepare os bolsos meu amigo. — Piscou para ele, dando uma tapinha em seu ombro. — Depois você me diz qual o melhor dia para irmos... — começou a andar em direção a entrada do Departamento. — Ah! A Regina e a Emma também vão, e você sabe como Mills é, então... Vá bem abastecido. — E então entrou também, deixando Graham sozinho do lado de fora.

— Não sei se fico feliz por ela ter finalmente conseguido o que queria, ou se fico triste pela minha pobre carteira. — Murmurou consigo e entrou em seguida.

•§•

— Ai que saudade que eu estava desse sofá maravilhoso. — E então se jogou no estofado. — Vem aqui, vem... — Chamou Emma que sorriu e caminhou até o mesmo. Regina ajeitou-se melhor e Emma acomodou-se em sua frente — Hummm... — Murmurou agarrando-a e beijando seu ombro. — Você vai viajar conosco para San Diego no aniversário de mamãe?

— Eu preciso falar com minha mãe logo para saber onde ela comemorará o da vovó. — Virou-se de frente para a amiga.

— Ela não falou ainda? — Emma negou.

— Na verdade ela não decidiu o que quer fazer e onde quer fazer. — Regina balançou a cabeça em entendimento. — Seu braço está melhor? — Mudou de assunto.

— Está um pouco dolorido na região, mas nada que mate. — Sorriu. — Acho que no próximo final de semana eu já tiro os pontos. — Emma assentiu. — Então... — Resolveu mudar de assunto. — Sabe aquele meu desejo de dar uns amassos aqui nesse sofá? — Indagou maliciosamente, acariciando o rosto da loira que fechou os olhos para apreciar um momento.

— Hummm. — Murmurou.

— Que tal se a gente realizar ele também? — Emma sorriu e abriu os olhos. — Igual o desejo de fazer isso no ar, hum? — Não esperou resposta, atacou os lábios da loira com vontade, dando um beijo bastante excitante e erótico, explorando cada canto da boca da amiga, e a deitou no sofá, indo para cima dela. — Seus lábios são tão macios... - Gemeu baixinho. — Tão deliciosos... — Murmurou dando pequenos beijos, enquanto Emma apenas sorria. — Se eu pudesse, passava o dia inteiro te beijando. — E atacou novamente os lábios da loira, dessa vez de forma lenta, porém profunda. Pediu passagem com a língua e logo o beijo se tornou urgente. — Você me deixa louca... — Mordeu o lábio inferior da amiga, chupou sua língua de forma lenta e sensual e desceu os beijos para o pescoço. Suas mãos acariciavam e apertavam de forma firme as coxas bem torneadas da loira que gemia toda vez que sua língua se encostava a da morena e recebia um apertão em suas coxas.

Os beijos foram descendo do pescoço e passaram para o colo, do colo Regina foi para a barriga e deu um beijo ali, por cima da blusa, depois desceu e por cima da calça jeans, deu uma mordia no sexo da loira que se contraiu de prazer. Sorriu ao ver a cara de prazer que Emma fazia e subiu novamente, dessa vez para os seios, onde fez a mesma coisa. Os apertou por cima da roupa e depois deu algumas mordidas.

Antes que o momento se prolongasse mais, a sala se apagou, e as duas foram obrigadas a parar o que faziam.

— Acho que faltou energia. — Disse Emma tentando recuperar o fôlego. Regina permanecia em cima dela.

— Ah não! Droga... — Praguejou. — Estava tão bom... — Lamentou-se. Emma sorriu com a irritação da amiga. — Vamos continuar assim mesmo, no escuro... — Sussurrou, e então voltou a atacar a boca da loira, que logo já estava sem fôlego novamente, por causa do beijo caliente da morena.

Uma de suas mãos adentrou a blusa de Emma, enquanto beijava e mordiscava seu pescoço, e Emma apenas gemia com o toque da boca da amiga em sua pele. Uma das suas mãos estava nas costas de Regina, apertando-a naquela região, enquanto a outra estava emaranhada em seu cabelo.

— Mills! Swan! Venham aqui, por favor. — As duas ouviram Graham gritar.

— É sério? — Reclamou Regina saindo de cima da amiga e levantando-se. — Mas que droga! — Praguejou batendo com força no sofá. — Acho que só terei paz com você e conseguirei ir adiante, no dia que uma vaca voar. — Emma gargalhou com o comentário da amiga.

•§•

— Qual o problema da vez? — Emma foi logo perguntando assim que se aproximou de Graham. Regina já tinha saído. Estava esperando pela amiga, fora do Departamento. — E por que faltou energia e o gerador não funcionou?

— Está quebrado e o Mike ainda não mandou concertar. — Graham respondeu olhando para Mike que tratou logo de sair do local. — Bem, o problema da vez é: um incêndio num shopping na área nobre da cidade. — Entregou uma folha para Emma. — Aí o endereço. — Apontou para a folha. — Por que sua blusa está toda amarrotada, Emma? — Swan rapidamente olhou para a blusa e tentou inutilmente desamassa-la. — Eu atrapalhei algo? — Emma arqueou a sobrancelha. — Oh! Desculpe-me, eu não sabia. — Sorriu. — Você sabe disso.

— OK... Já estamos acostumadas com isso, não é mesmo? — Graham sorriu novamente.

— Mas vocês sabem que aqui é local de trabalho, e não pode ficar fazendo essas coisas, não é? — Fingiu seriedade, mas acabou se entregando quando viu o revirar de olhos da loira.

— Certo, estou indo. — Graham assentiu e logo Emma se retirou do local.

•§•

— Aonde? — Regina perguntou já entrando no carro, do lado do motorista.

— North Michigan. — Regina assentiu, colocou o cinto de segurança, assim como Emma, ligou o som do carro, como sempre, isso é uma coisa que não pode faltar, e logo deu partida no carro.

“Baby, I Love your way – Peter Frampton” começou a tocar no som do carro e Regina logo abriu um sorriso. Este não passou despercebido por Emma.

Quando chegou ao refrão, Regina não hesitou em cantar junto com o cantor:

— Ooh, baby I love your way (everyday)

Wanna tell you I love your way

Wanna be with you night and day

(Ooh, baby, eu adoro seu jeito (todo dia)

Vou te dizer que eu adoro seu jeito

Quero estar com você noite e dia)

Ao final do refrão, sorriu lindamente para a loira que não conseguiu esconder o sorriso e piscou para ela.

Entre cantorias, sorrisos e piscadelas as duas chegaram ao destino. North Michigan. Área boa da cidade para fazer comparas.

Regina procurou um bom lugar para estacionar e logo encontrou. Assim que desceram do carro, foram logo atrás de informações, para entender o que exatamente tinha acontecido.

Ao conversar com algumas pessoas que estavam no momento, acabaram descobrindo que o incêndio foi provocado e por isso, trataram logo de falar com a segurança do local para que pudessem ter acesso as câmeras e ver se pegavam logo o culpado.

Enquanto olhavam atentamente a tela onde os vídeos eram passados, um homem do corpo de bombeiros se aproxima delas.

— Olá. — Ele cumprimenta as duas mulheres, e as mesmas logo pausam os vídeos para poder da atenção para ele. — Desculpem-me atrapalhar o trabalho de vocês. — Sorri. — Meu nome é Killian Jones, chefe do Departamento de Bombeiros de Chicago. — Estende a mão para as duas.

— Prazer... Emma Swan e Regina Mills. Sargentos do Departamento Policial de Chicago. — Emma apresenta as duas com um largo sorriso no rosto, ato que foi reprovado por Regina. — Então, vocês têm alguma informação para ajudar?

— Encontraram vários baldes de gasolina e querosene, perto da saída. Isso comprova que foi criminal. — Informa.

— Regina, você pode ligar para o Graham e pedir para ele avisar aos detetives? — Regina arqueou a sobrancelha. — Por favor. — Suspirando, Regina se afastou dos dois para fazer a ligação.

Enquanto mexia no celular em busca do número de Graham, ficou observando Emma e o chefe do corpo de bombeiros, conversar.

Não estava gostando nem um pouco dos sorrisinhos que tanto ele como ela, estavam dando, então, procurou se virar e esquecê-los um pouco enquanto passava as informações para o seu chefe.

Quando encerrou a ligação e se virou para os dois, flagrou o homem dá um beijo na bochecha de Emma e a mesma sorrir sem graça, e em seguida entregar-lhe um cartão.

Estava morrendo de ciúme e doida para intervir aquilo, mas nada podia fazer, afinal, Emma não era nada mais que sua amiga. As duas não tinham um compromisso. Não tinham nada sério. Estavam apenas tendo uma amizade colorida. Estavam só ficando e nada mais. Assim como ela podia ficar com qualquer outra pessoa que quisesse, Emma também poderia. Nada as impediam. Elas não tinham conversado sobre esse assunto, de como seria a relação. Não tinham conversado sobre ser exclusiva uma da outra, ou não. Na verdade, não sabia nem se continuariam ficando e se teriam algum contato mais íntimo, como ela tanto queria. Só sabia do presente: elas estavam tendo algo, completamente indefinido, mas estavam.

Segurando-se o máximo que pôde, guardou o celular no bolso da calça e se aproximou dos dois que conversavam animadamente.

— Avisei ao Graham e ele já está mandando duas pessoas para cá. — Informou. — Vamos embora? Não temos mais o que fazer aqui. As câmeras ficarão por conta de quem Graham mandar.

— Tudo bem. — Respondeu. — Bem, foi um prazer conhecer você Killian Jones. - Sorriu novamente para o rapaz.

— O prazer foi meu, Emma Swan. — Regina virou a cara e revirou os olhos. — Até a próxima. — Com um rápido aperto de mão e um aceno de cabeça, os dois se despediram e seguiram direções diferentes.

Enquanto andavam até o carro, Emma notou a cara emburrada de Regina e o seu silêncio.

— Algum problema? — Aproximou-se dela que estava andando apressada em sua frente.

— Não, nenhum... — Respondeu simplesmente.

— Você está mentindo... — Afirmou, entrando no carro. — Mas, se não quer me contar, vou respeitar. — No fundo Emma já imaginava o que poderia ser.

E então, sem dar nenhuma palavra, Regina colocou seu cinto de segurança, assim como Emma que já tinha colocado e agora já jogava Subway em seu celular, ligou o som, e deu partida no carro.

•§•

Passava das 08:00pm, Regina terminava de calçar suas botas de couro marrom, de cano longo, quando seu celular tocou.  O mesmo estava na sala, e ela estava no quarto.

Saiu apressada do cômodo em que estava e, ao chegar à sala, alcançou o aparelho que tocava, em cima da mesinha de centro.

― Alô? — Atendeu franzindo o cenho. O número era privado.

― Regina Mills? — Uma voz feminina, perguntou do outro lado da linha. — Aqui é a Luz. — Regina abriu um sorriso ao se lembrar da mulher. — ¿Te acuerdas de mí? — Indagou em sua língua nativa.

― Sí, me acuerdo de ti. — Respondeu alegre. — ¿Cómo estás? — Perguntou ainda na língua espanhola.

― Muy bien, gracias. — As duas sorriram. — Liguei para perguntar se você está livre nesse fim de semana... — Falou de forma hesitante.

― No domingo eu não estarei. — Sentou-se no sofá e rapidamente tirou o celular do ouvido para ver a hora. Em poucos minutos Emma chegaria. — Mas, estou livre no sábado.

― Então, podemos sair no sábado? — Indagou de forma direta e sem medos, já que, se Regina respondera a primeira pergunta daquele jeito, claramente tinha chances de a resposta ser positiva.

― Para onde? — Assim que perguntou, ouviu o som do motor de um carro parando em frente à sua casa. Emma acabava de chegar de táxi.

― Que tal na Roscoe’s? — Ouviu a voz da mulher, trazendo-a de volta para a conversa.

― Tudo bem... Estarei lá às 09h00minpm.

― Fechado... — Sorriu. — Agora, tenha uma ótima noite, Regina, e até sábado. — Sussurrou de forma sensual.

― Tenho certeza que terei. — Respondeu maliciosa, olhando em direção a sua janela, onde podia ver Emma, encostada em seu carro, que estava fora da garagem, em frente à sua casa, a sua espera.

Encerrada a ligação, Regina jogou o celular em cima do estofado branco, e foi até a porta, logo a abrindo e vendo Swan de braços cruzados.

― Por que não entrou? — Indagou indo até ela, parando em sua frente e colocando suas mãos ao lado do corpo da loira, imprensando seu corpo ao dela, que continuava encostado ao carro.

― Pensei que seria rápida. — Descruzou os braços e puxou a morena pela cintura, colando mais ainda seus corpos, e deu um beijo suave em seu pescoço. Regina estremeceu dos pés à cabeça, com o ato.

― Desse jeito, vou acabar te arrastando lá para dentro, e não vamos a lugar algum. — Sussurrou rouca, no ouvido da loira, que também estremeceu.

― Eu adoraria. — Rebateu de forma sensual, levando sua mão à nuca de Regina, e puxando-a para um beijo lento, quente, e cheio de desejo.

Em meio ao beijo ardente, Regina empurrou sutilmente o corpo de Emma sobre o carro, e enquanto uma mão a apoiava tanto para não cair, como para não jogar o peso todo em cima dela, a outra adentrou a blusa de linho que Swan usava e começou a roçar os dedos pelo abdômen definido.

O momento, como sempre, foi interrompido pelo celular de Emma que tocava. Ao retirar o aparelho do bolso da calça e ver quem ligava, sorriu. Era Graham.

― Vocês já chegaram? — Franziu o cenho e apertou o aparelho em seu ouvido para poder ouvir melhor a resposta. Estava muito barulhento.

― Só está faltando você e Regina aqui. — Devido ao som do local onde estava, teve que falar aos gritos. — Desculpa por gritar.

― Tudo bem... Onde vocês estão? — Regina se afastou de Emma e apontou para dentro de casa, avisando-a que iria terminar de se arrumar. Ela assentiu e levantou o dedo positivo para a morena.

 ― Estamos no primeiro andar, ao lado esquerdo dos banheiros, e de frente para o bar. — Emma murmurou um “humhum” de concordância. — Não demorem... ― Pede. ― Ah! Deixem para fazer o que estavam fazendo, no fim da noite. — Deu uma gargalhada estrondosa e encerrou a ligação sem esperar por respostas.

― Filho de uma mãe... — Murmurou sorrindo.

•§•

― Então... — Graham começou ao chegar na mesa em que ele, Regina, Emma, Mike e Eric estavam, com cervejas nas mãos. — Vocês já ficaram com mulheres grávidas? — Ao fundo tocava “Down Under – Men at Work. ”

― Eu nunca tive uma oportunidade. — Respondeu Mike. — Deve ser muito bom... Sempre tive muita vontade. — Sorriu.

― Você deve estar louco, meu querido. — Regina respondeu, dando uma tapa em seu ombro. — Olha, desculpa se você gosta, Graham, mas é horrível... — Fez uma careta.

― Você já ficou, Regina? — Graham perguntou, arqueando a sobrancelha e tomando um gole de sua cerveja.

― Já. — Respondeu baixinho. Emma a encarou surpresa. — Mas, ela não era casada... — Explicou-se logo.

― Mas você já ficou com mulher casada, não foi? — Humbert indagou de forma maliciosa.

― Você é bem desnecessário, às vezes. — Fuzilou-o com o olhar.

― Vamos lá Mills... Qual o problema? — Sorriu. — Eu também já fiquei... — Outro golo em sua cerveja. — Acho que as casadas são as mais gostosas para transar. — Sorriu sacana. ― Essa coisa toda de proibido, sabe? ― Acrescenta ainda malicioso.

― Eu já fiquei com uma mulher casada, mas eu não sabia que ela era... — Encarou logo Emma e ao ver sua expressão serena, ficou aliviada. — Mas, mesmo depois que eu descobri ainda me encontrei com ela, duas vezes. — Completou um pouco mais baixo.

― Safadinha. — Mike cutucou-a. — E como foi? — Regina arqueou a sobrancelha. — Por favor? — Fez biquinho.

― Foi sexo normal, como você vê nos pornôs na internet. — Respondeu simplesmente, arrancando risadas de Graham e Eric.

― Ele queria fantasiar. — Disse Eric, empurrando-o pelo ombro, levemente.

― Epa!... Comigo mesmo não. — Avisou séria, mas depois caiu na gargalhada. — Mas é sério... Pode fantasiar, mas comigo não, por favor. — Ele assentiu ainda sorrindo.

― Eu vou ao banheiro. — Emma avisou de repente, soltando-se do braço de Regina e se levantando.

― Humm... Acho que alguém vai dormir no sofá hoje. — Graham comentou como quem não quer nada.

― Você talvez... — Piscou para o homem e se levantou, ouvindo Eric e Mike zoarem com Graham, por causa de sua resposta.

•§•

Enquanto caminhava em direção ao banheiro, seu celular tocou. Um número desconhecido ligava.

― Alô? — Correu para dentro do primeiro banheiro livre que encontrou e se trancou ali para poder ouvir melhor.

― Olá... Boa noite. — Uma voz sedutora saudou do outro lado. — Aqui é o Killian, do corpo de bombeiros.

― Ah! Oi Killian. — Sorriu. Abaixou a tampa do vaso sanitário e sentou-se.

 ― Pensei que já tinha salvo o meu número. — Fingiu decepção.

― É... Então, eu esqueci completamente... Foi mal. — Coçou a cabeça. — Mas, vou fazer isso agora, assim que terminar a ligação.

― Tudo bem... — Respirou fundo. — Mas, então... — Pensou um pouco.  — É... — Sorriu. — Você gostaria de sair comigo algum dia desses? — Indagou hesitante.

― Sair com você? — Repetiu a pergunta em tom pensativo. — Claro, por que não? — Sorriu. — Quando?

― Pode ser no sábado?

― Pode sim. — Batidas na porta da cabine a fizeram se levantar do vaso nas pressas. — Olha, eu preciso desligar agora, depois você me diz onde, e o horário.

― Tudo bem. Durante a semana eu te envio uma mensagem informando tudo... Obrigado por aceitar, e tenha uma ótima noite.

― Boa noite para você também. — E então eles encerram a ligação.

Rapidamente enfiou o celular no bolso da calça e abaixou-a até o meio das pernas. Fez suas necessidades e logo saiu da cabine.

― Você está bem? — Uma mulher, que estava encostada numas das pias, perguntou.

― Estou. — Respondeu franzido o cenho. — Por quê? — Olhou-se no espelho, arrumou o seu cabelo e foi até uma pia para lavar as mãos.

― É que você demorou aí dentro, pensei que estivesse passando mal. — Rapidamente se desencostou de onde estava. — Mas bem, se não está com nada... — Deu de ombros. — Que bom. — Sorriu gentil. — Agora, preciso usar o banheiro. Esse é o melhor que tem, os outros estão deploráveis. — E então entrou na cabine que Emma estava antes.

Depois de secar as mãos e se olhar no espelho mais uma vez para ver como estava seu cabelo, Emma sai do banheiro.

Ao colocar as mãos no bolso e sentir o celular, lembra-se de que não salvou o número de Killian em seus contatos.

― Que cabeça a minha... ― Balança-a de modo negativo. ― Já ia esquecendo novamente. — Murmurou consigo, enquanto digitava o nome do rapaz.