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História Always Connected - Péssimos Filhos


Escrita por: lisbelat

Notas do Autor


Olá povo! Me desculpem pela demora, espero que gostem! Comentem o que acharam! Beijos.

Capítulo 8 - Péssimos Filhos


POV Mona

Zack e eu seguimos em direção ao estacionamento da loja. Paramos em frente a um carro realmente muito bonito. Ele abriu o porta malas e colocou as sacolas que segurava, o mesmo estende a mão para mim afim de que eu de as minhas também. Nesse momento eu tive um choque de realidade, eu mal conhecia o garoto e já vou entrar no carro dele? O que eu tenho na cabeça? Uma coisa é conversar com um carinha legal em uma loja que é cheia de pessoas e até mesmo guardas. Mas entrar em um carro de alguém que conheci algumas horas me parece loucura ou melhor, burrice.

-Mona? –Zack se aproximou ao perceber meu pause da realidade. –Deixa que eu coloco isso pra você. –ele pegou as sacolas de minhas mãos antes que eu pudesse dizer algo.

-Ahn...vamos de carro? –perguntei olhando para os lados enquanto ele fechava o porta malas.

-Claro! Conheço um restaurante ótimo, mas digamos que os minutos de caminhada não me agradam muito. –ele sorriu de canto. Ah, droga! Que sorriso. Sorri de volta.

-A quanto tempo nos conhecemos? –tentei deixar claro minha preocupação.

-Ah, entendi. Como posso provar que não sou um maníaco do parque? –ele continua com aquele sorriso no rosto e cruza os braços enquanto encosta em seu carro.

-Ei! Não quis te chamar de maníaco do parque! –digo soltando uma risada pelo nariz.

-Sei, sei...Olha! –ele deu um salto, como se surgisse uma ideia em sua mente. –Sei que não prova que eu sou uma boa pessoa ou algo do tipo. Mas pelo menos mostra que sou um estudante. –ele pegou a carteira e tirou sua carteirinha de estudante me dando, era realmente a escola que eu iria estudar.

-Bem, isso não prova muita coisa...-digo sem graça.

-Bem, se você quiser, podemos ir em um restaurante aqui perto a pé. –ele guarda a carteira no bolso.

-Seria bom! –digo sorrindo.

-Tudo bem, vamos? –ele se desencosta do carro e começamos a caminhar para fora do estacionamento.

 

Depois de dois minutos de caminhada chegamos a uma lanchonete simples e bonita se chama “Bee’s House”. É possível observar que antigamente era uma casa e nem sempre foi uma lanchonete, talvez por seu jeito caseiro e aconchegante. Há canteiros de flores por todo lado, é realmente um lugar muito agradável! Entramos no lugar e logo uma garçonete vem com um sorriso  amigável em nossa direção. Ela é realmente bonita. É baixa de cabelos castanhos que estão presos em um rabo de cavalo e tem olhos verdes enormes.

-Zack! Ah, que bom te ver aqui! –ela joga os braços ao redor do pescoço de Zack que parece realmente desconfortável. –Como sabia que eu trabalhava aqui, lindo?

-Na verdade Meggie, eu nem sabia que você trabalhava aqui. –ele tira os braços da garota que agarrava seu pescoço, logo o olhar da garota se direciona a mim. Seu olhar era de tédio que tinha uma certa irritação pela minha presença.

-Quem é ela? –ela pergunta dentre os dentes sem desviar o olhar de mim.

-Prazer, eu sou Mona. –digo sorrindo, tentando quebrar esse desconforto que paira no ar.

-Ela vai estudar com a gente. Seja legal pelo menos uma vez. –Zack revira os olhos para a garota.

-Nossa Zack, você realmente não perde tempo. Mal começamos as aulas e você já esta atrás da novata. Você realmente não muda. –ela olha com raiva para Zack e da as costas para nós e caminha até onde estão outros garçonetes.

-Eu sinto muito por isso. –Zack olha para mim.

-Não tem problema, é sua ex namorada? –pergunto com a expectativa.

-Digamos que nunca foi namorada, mas com certeza é ex alguma coisa. –realmente não esperava essa resposta do doce Zack. –Vem, vamos nos sentar e esquecer isso.  –ele se vira para mim e da seu melhor sorriso. Eu retribuo e o sigo até uma mesa na varanda do lugar.

-Senhorita. –ele puxa a cadeira para mim e eu dou uma risada de leve.

-Obrigada!.

-Não tem de que. –ele volta para o outro lado da mesa e me fita.

-O que foi? –pergunto inclinando a cabeça para o lado.

-Nada, só não esperava que nosso primeiro encontro fosse ter esse tipo de situação e você mesmo assim não reclamaria ou questionaria o que ela disse. –ele pega o cardápio e começa a ler. O que? Encontro? Eu estou em um encontro? Meu Deus, como não percebi antes! É claro que isso é um encontro! Mas eu o conheço a poucas horas. Ai, agora eu estou nervosa. No mesmo instante o meu celular começa a tocar. Ótimo, tudo para me ajudar. Olho o número na tela e vejo o nome “Michael”. Quase esqueci da minha família, iriamos almoçar juntos hoje! Ah, caramba.

-Com licença, preciso atender. –digo mostrando o aparelho.

-Fique a vontade. –ele sorri para mim enquanto saio da mesa e vou para um local mais distante.

 

-Alô?

-Mana? A mãe mandou perguntar se você já esta voltando. –a voz de Michael parece calma.

-Ahn...eu vou procurar mais algumas coisas na loja...podem almoçar sem mim. Eu como algo por aqui, quero conhecer o lugar.–digo fechando os olhos com força, torcendo para que Mike caia na mentira.

-Mona...

-Michael...

-Ta mentindo. O que você ta fazendo? –ele sussurra, com certeza minha mãe esta por perto.

-Depois te explico, eu juro.

-Tudo bem, mas ela não vai ficar feliz se você não voltar.

-Me de cobertura.

-Ah, vou tentar.

-Obrigada! Te amo!

-Te amo e se cuida. –desligo o celular e volto para a mesa. Meu nervosismo praticamente  nem existe mais, fiquei feliz em estar com Zack, pois me livrei de um almoço constrangedor “em família”.

-Tudo bem? –ele pergunta e eu assinto.

-Tudo sim, era só meu irmão.

Pedimos nossa comida e o almoço fluiu da forma mais natural e divertida possível. Não tinha motivo para eu ficar tão nervosa na presença de Zack, ele é um cara muito engraçado e gentil! Quando terminamos de comer, o garoto insiste em pagar tudo e dessa vez eu permito. Não vejo mais Meggie em lugar nenhum e confesso que fico aliviada. Saimos do restaurante e começamos a caminhar em direção a loja. Meu celular vibra feito louco e eu o pego me deparando com mensagens de meu irmão gêmeo.

Chega de cobertura. Volta agora para casa.

Droga, Mona! Mamãe está uma fera. Vou buscar você na loja de departamento, qual o nome?

Digito em resposta pra ele se acalmar e digo o nome da onde comprei as tintas e mando a localização.

-Bem...-Zack para quando chegamos no estacionamento. –Quer uma carona até sua casa? Acho que um almoço basta para ver que não sou o maníaco do parque. –ele sorri e eu rio de seu comentário.

-Eu adoraria, mas meu irmão vem me buscar. –digo levantando meu celular para apontar que mandei uma mensagem.

-Que pena...-ele responde um pouco chateado. –Mas pelo menos posso ter seu número?

-Claro! –digito meu número em seu celular e salvo.

-Legal! Foi um prazer, Mona. –ele da um cumprimento de cabeça, entra no carro e vai embora. Confesso que fico um pouco decepcionada por ele não ter tentado nada, mas a expectativa de ele mandar alguma mensagem me enche de empolgação.

Meus pensamentos são interrompidos por uma mercedes cantando pneu. A mesma para em minha frente e eu a fico encarando com raiva. Pra que todo esse escândalo? Odeio barulho que os automóveis são capazes de transmitir. De repente o motorista começa a apertar a buzina de forma persistente. É comigo? Recebo minha resposta no momento em que o vidro se abaixa e revela um Thomas impaciente.

-Vai ficar parada ai fora, gracinha? –ele esta de óculos escuros e seu cabelo esta todo bagunçado. Vou até a janela e abaixo até meu olhar ficar na altura do dele.

-Cade o Michael?

-Sua mãe me pediu para vir te buscar enquanto Michael a ajudava em alguma merda. Entra logo. –Thomas diz de forma grosseira. Reviro os olhos e entro. –Ora, ora, essa foi fácil de te convencer.

-Cala a boca. –cruzo os braços no peito e reviro os olhos.

-Caraca, o que te deixou de mau humor? –Thomas começa a dirigir e penso que estou puta por Zack ter me dado uma despedida tão sem sal. Esperava mais pelo dia que passamos juntos. A parada das tintas e tudo mais. Oh meu Deus, as tintas!

-Ah merda! –penso alto de mais, pelo canto do olho vejo Thomas levantar uma sobrancelha.

-Eita, que boca suja. O que rolou?

-Pra quem me chamou de curiosa mais cedo parece que também não se contenta em tomar conta da sua vida. –digo irritada.

-Ai, essa doeu. –ele coloca a mão no coração e solta uma risada. –Achei que você não me odiasse tanto assim depois de hoje de manhã. –Thomas diz sério em um tom sarcástico, mas mesmo assim me senti mal por estar descontando minha raiva toda nele.

-Desculpe. –murmuro.

-Tanto faz, estressadinha. –responde ele de forma seca. Um silencio extremamente desconfortável paira no ar do carro.

-Minha mãe estava muito brava? –perguntei afim de quebrar o clima frio.

-Não que eu tenha percebido. –o garoto falou com os olhos fixos na estrada.

-Hum... estranho. Achei que ela iria ficar brava. –disse olhando pela janela.

-Por que diabos ela ficaria?

-Hoje era o dia que almoçaríamos juntos como uma linda família feliz. –disse ironicamente.

-Ah droga. Brian vai me matar. –o garoto franziu a testa.

-Por que?

-Eu sai de casa antes do almoço. –ele responde sem emoção. Minha mãe deve ter ficado decepcionada, ela sempre zelou para que a família comesse unida e o primeiro almoço oficial deve ter sido importante pra ela. Começo a imaginar a mesma toda animada escolhendo dentre os diferentes tipos de sobremesas com um sorriso de orelha a orelha, para que no final ela veja dois lugares vazios.  De repente solto uma risadinha, eu não devia rir dos planos falhos da minha mãe, mas é quase cômico, na verdade é cômico. Logo começo a ter um ataque de risos.

-O que foi? –pergunta Thomas, pela primeira vez tirando os olhos da rua para me encarar por alguns segundos.

-Somos péssimos filhos! –digo dentre risos. –Imagina só! Todos eles juntos na mesa observando nossos lugares vazios esperando e esperando. Minha mãe é toda animada com esse tipo de coisa. Só queria ver o sorriso sem graça que ela deu! -Vejo pelo canto do olho os lábios de Thomas se curvarem em um sorriso e logo ele se junta ao meu ataque de risos.

-E o Brian todo nervoso que quase começa a gaguejar!- ele ri sem parar.

-Ai meu Deus, para com isso! Por que raios estamos rindo disso? –digo entre suspiros e risadas.

-Porque somos péssimos filhos! –esse comentário de Thomas só nos fez rir ainda mais alto.  Quando me dei conta me vi em um estacionamento e percebi que já tínhamos chegados em casa. Aos poucos as risadas foram cessando e voltamos ao silencio.

-Nós somos bem estranhos. –conclui.

-Não vou discordar. –o garoto respondeu saindo do carro ao mesmo tempo que eu. Entramos no elevador e Thomas apertou o número do andar.

-O que você fez de tão importante pra burlar o almoço? –perguntei arqueando uma sobrancelha. Thomas me olhou de canto com um ar irônico.

-Ora, ora, Mona Lisa a intrometida voltou. –seu tom saiu debochado.

-Ora, ora, Thomas o idiota voltou. –respondi usando o mesmo tom. Ele deu uma risada abafada.

-Touché. –ele sorriu de canto enquanto cruzava os braços. Paramos em um andar que não era o nosso e uma mulher entrou com uma criança de colo.

-Estão descendo? –ela perguntou.

-Subindo. –eu respondi.

-Oh, parece que vou atrasar vocês. Vou para o térreo. -ela sorriu sem graça.

-Ótimo. –Thomas murmurou grosseiramente e eu dei uma cotovelada de leve em suas costelas.  –Ai!

-Sem problemas, moça. –sorri para a mesma. Logo a criança começou a chorar. Pude ver a cara de impaciência Thomas o que me fez querer rir.

-Pare de chorar, Lila, você esta se mostrando uma péssima vizinha para esses jovens. –a mulher começou a ninar a criança.

-E uma péssima filha. –meu irmão postiço sussurrou no meu ouvido e tive que conter a risada, mas a mulher percebeu minha expressão o que a deixou ainda mais sem graça. Thomas sorriu com a minha reação. Assim que chegamos no térreo a mulher faz um cumprimento de cabeça como despedida. Quando a porta se fecha eu solto uma risada estridente.

-Por que você acha isso tão engraçado? –pergunta ele dentre risos leves.

-Eu não sei! –eu paro de rir com mais facilidade dessa vez.

Finalmente chegamos ao nosso apartamento. Thomas tira uma chave do bolso e abre a porta eu o sigo porta a dentro.

-Mona! –Henry vem correndo em minha direção e me abraça.

-Oi maninho. –sorrio e dou um beijo em sua cabeça.

-Mamãe esta uma fera com você. –ele diz com um sorriso travesso nos lábios.

-Onde ela esta?

-Ela saiu com Brian. –Ele olha para Thomas e o cumprimenta com um hi-five. –E ai, Thomas?

-E aí, pequeno motoqueiro. –fico surpresa ao ver como Thomas trata meu irmãozinho. Não imaginava que ele teria algum laço com Henry.

-Pequeno motoqueiro? –pergunto confusa.

-Thomas disse que vai me levar passear de moto! –meu irmãozinho responde alegre.

-Você tem moto? –olho para o Thomas que esta com as mãos nos bolsos, ele assente. –Sem chances de você levar meu irmãozinho andar em uma moto! –digo abraçando Henry.

-A mamãe já deixou sua chata. –Henry diz mostrando a língua. Reviro os olhos, minha mãe esta cada vez mais maluca em concordar com essas coisas. Thomas se inclina na altura da minha orelha e sussurra:

-Fica com ciúmes não, gracinha. Eu posso te levar a qualquer lugar naquela moto. –ele disse em um tom que apenas eu pudesse ouvir. Sinto um arrepio subindo minha espinha e logo em seguida dou um tapa no ombro de Thomas que solta uma risadinha prepotente. Alguns instantes depois Michael sai de seu quarto e vem correndo na minha direção.

-Onde você estava? –ele pergunta com curiosidade. Olho para Thomas que nos encara e respondo:

-Depois eu te falo. –assim que respondo isso Michael acompanha meu olhar e arregala seus olhos assustado.

-Vocês dois...- assim que ele começa essa fala eu e Thomas respondemos ao mesmo tempo:

-NÃO.

-Eles dois o que, Michael? –Henry pergunta com inocência.

-Nada. A gente não fez nada, a sua mãe me ligou e pediu pra eu buscar a Mona enquanto você ajudava ela a lavar louça ou qualquer merda do tipo. –Thomas responde sem emoção.

-Olha a boca. –respondo apontando para Henry, meu irmão postiço apenas revira os olhos.

-Mona, você sabe como refeições em família são importantes para a mamãe. –Lá vem o sermão do Michael, ótimo.

-Eu sei, Mike.

-Isso foi uma atitude péssima como filha. –ele diz, nesse instante olho para Thomas e ele me olha de volta e começamos a rir feito doidos deixando meus irmãos com uma expressão confusa.    



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