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História Am I Loving You? - Por Trás das Grades.


Escrita por: GiowObsessed

Notas do Autor


Galera, nunca mais acreditem em mim! Estou dizendo que irá demorar para ser atualizada mas está virando maratona! Deve ser a minha empolgação, mas eu sei que vocês ADORAM!
Espero que gostem! Amo vocês! <3

Capítulo 38 - Por Trás das Grades.


Fanfic / Fanfiction Am I Loving You? - Por Trás das Grades.

    -Como você teve coragem?

    -Que?

    -Responde, Millie!

    -Mãe, do que você está falando?!

    Maldita a hora que fui atender ao telefone.

    -Como teve a coragem de se envolver com um criminoso como ele?!

    Foi naquele momento que quase coloquei tudo pra fora. Literalmente.

    Achei que fosse vomitar.

    -Até você? -Perguntei com a voz falha.

    Nesse momento, Noah me avisou que estaria me esperando do lado de fora e se levantou, mas o puxei. Não queria que fosse embora dali.

   Ele se sentou novamente e percebi que ficou preocupado com a situação.

    -Me responde de uma vez. -Ela pediu com o tom de voz que eu já reconhecia.

    -Mãe, por favor...

    -RESPONDE, MILLIE! O QUE ELE FEZ COM VOCÊ? PORQUE TRANSOU COM UM CRIMINOSO?! PORQUE SE APAIXONOU POR UM GAROTO QUE AGORA ESTÁ ATRÁS DAS GRADES?! ELE É PERIGOSO E VOCÊ ESTÁ AÍ A SOLTA COM ELE! EU VOU PROIBIR DESSE GAROTO TOCAR EM VOCÊ, PROIBIR! ESTÁ OUVINDO?!

    Sabe quando você sente aquela energia percorrendo por seu sangue tomando conta de seu corpo por completo?

    Já sentiu isso antes?

 

    -ESTÁ OUVINDO?!

 

 

    Que se foda.

 

    -ELE NÃO É CRIMINOSO! EU NÃO VOU PERMITIR QUE VOCÊ ME LIGUE PARA DIZER NA MINHA CARA QUE O MENINO COM QUEM TEREI UMA FAMÍLIA É UM CRIMINOSO, POIS ELE NÃO É! ELE PODE TER TODOS OS DEFEITOS DO MUNDO, TODOS SEM EXCEÇÃO, MAS CRIMINOSO ELE NÃO É! E NÃO SERÁ VOCÊ QUE O PROIBIRÁ DE ME TOCAR! EU PREFIRO QUE ELE ME TOQUE DO QUE VOCÊS MESMOS! DO QUE ADIANTA TER VOCÊ PRESENTE SE SÓ SABE FALAR MERDA PRA CIMA DE MIM?! VOCÊ ESTAVA LÁ PRA ME ATENDER QUANDO EU PRECISAVA DE VOCÊ? NÃO! NÃO ESTAVA! QUEM ESTAVA ERA ELE! O TEMPO TODO! ENTÃO QUE SE FODA SE ELE É UM CRIMINOSO OU NÃO PORQUE EU JÁ NÃO LIGO MAIS! E SE ELE É MESMO O CULPADO DE TUDO ISSO, ENTÃO EU TAMBÉM SEREI! SEREI A PIOR CRIMINOSA DO MUNDO SE TIVER APENAS QUE VIVER AO LADO DELE! E DISSO NINGUÉM PODE ME IMPEDIR! NINGUÉM!

    Desliguei.

    Taquei me celular longe.

    Foi com tanta força que acho que nunca mais funciona.

    Provavelmente havia perdido minha mãe. Já não sei nem mais o que ainda tenho.

    Eu apenas preciso me acalmar. A única coisa que peço é paz. Apenas isso.

    -Tá tudo bem... -Ele disse me abraçando de um jeito muito bom.

    -Noah, porque isso tudo está acontecendo? O que eu fiz de tão ruim pra merecer isso?

    -Você está delirando. Se acalma agora... Para de chorar.

    -Eu não consigo. -Disse encharcando uma parte do pescoço dele com lágrimas.

    -Consegue sim.

    -Noah, olha pra mim.

    Ele logo começou a prestar atenção em mim.

    -Me ajuda, por favor.

    -Eu estou aqui te ajudando.

    -Não é isso... Eu estou grávida.

    Falei.

    Nossa, que peso que acabara de sair de minhas costas.

    -Que? -Ele perguntou com a voz falha.

    -Eu posso te mostrar.

    Implorei a ele e logo estávamos abrindo a porta do trailer de Finn.

    Me sentei na cama com ele ao meu lado e entreguei em sua mão.

    -Eu estou com medo. -Disse.

    Ele ficou observando aquilo sem reação. Não sei se aquilo era bom ou ruim.

    Eu só conseguia pensar em Finn naquela situação.

    -Medo de que? -Ele perguntou.

    -De tudo. E se eu estiver fazendo errado? Eu não sei do que ele precisa! E se ele estiver mal com tudo isso? Noah, eu não posso me estressar, não posso, não posso!

    -SHIU! -Ele disse segurando em minhas mãos. -Vai dormir.

    -Que?!

    -Vai dormir!

    -Porque?

    -Porque você precisa!

    -Mas...

    -Millie, são quase meia-noite! Me escuta agora, tá? Você já chorou muito, já se irritou, ficou nervosa e eu te entendo. Eu te entendo! Vai tomar um banho e relaxa! Pelo amor de Deus, você está muito nervosa!

    -Mas e o Finn?

    -Esquece, ele vai ficar bem! Ele vai sobreviver! Ele não é o cara certo, Millie, e nós sabemos disso. Ele sabe disso! Presta atenção, agora você é mãe. Não pode deixar essas coisas te atingirem aqui e muito menos aqui.

    Ele disse tocando em minha testa e logo depois em minha barriga.

    -Eu estou nessa contigo. Faça justiça pelo seu homem e cuide do seu filho. Ele não merece o nervosismo todo que você está tendo.

    -Você está feliz por mim? -Perguntei ainda choramingando e ele apenas deu um sorriso.

    -Não só por você como também pelo pai.

    Eu já disse que amo esse garoto? Que bom, mas direi de novo.

    Eu amo esse garoto.

    Entrei então para tomar banho bem morno e tentar me acalmar o máximo possível.

    A água quente me acalmava. Ficar ali sentada sentindo as gotas correrem por meu corpo era mais relaxante ainda.

    Comecei a respirar fundo. Consegui sentir meu coração batendo.

    Esvaziei minha mente.

    Não pensei na minha mãe. Não pensei em polícia, não pensei no Finn, não pensei no bebê... Pensei em mim. Coisa que não fazia há um tempo.

    Depois de um tempo ali, achei melhor voltar. Daqui a pouco o Noah iria achar que eu morri.

    Saí do banheiro de calcinha e toalha com os cabelos molhados.

    Peguei a blusa de Finn. A blusa que mais gostava dele.

    Uma cinza, 100% algodão que eu amava o ver vestindo-a.

    Consegui me sentir um pouco “acolhida” por ele, por mais que fosse ter que esperar um tempo para realmente me sentir assim totalmente.

    Ele tinha um dom, uma bênção de conseguir me deixar estável em dois segundos.

    Me fazia me sentir eu mesma da cabeça aos pés. Aquela sensação era tão boa ao ser provocada por ele...

    -Posso apagar a luz?

    -Pode. -Ele respondeu.

    Apaguei e me deitei na cama.

    -Dorme, tá? -Ele sussurrou para mim após fechar meus olhos.

    -Noah?

    -Hm?

    -Se a Julia for ficar chateada, pode voltar pro seu trailer. -Disse num tom bem baixo. Já chega de causar problemas.

    -Quem a Julia é pra me fazer ficar longe da minha irmã? -Ele disse com um sorriso.

    -Seu sobrinho vai ficar feliz em te conhecer. -Eu disse com o mesmo sorriso entrando na brincadeira.

   

E finalmente, com Noah ali ao meu lado consegui dormir.

 

------------------------------------------------POV Finn--------------------------------------- 

    Sem sacanagem, já deveria ser dia seguinte.

    Fiquei tanto tempo naquela merda que perdi noção do tempo.

    Já estava uniformizado. Aquele laranja não caía nada bem.

    Enfim, última etapa.

    Me parei em uma marcação no chão bem mal -feita por sinal. Atrás de mim apenas um fundo com linhas e números.

    Meu pai não iria gostar nada nada de saber que agora sabia o quanto estava medindo através da medida presidiária.

    Perdões, pai.

    Perdões, mãe.

    Perdões, Nicolas. (Meu irmão)

    -Frente. -Disse um cara totalmente sem saco após eu segurar uma placa.

    Nela havia os números 23 09 01.

    Logo abaixo, meu nome.

    Abaixo, a frase “INDEFINITE DETENTION” que significa “Detenção indefinida”.

    Para finalizar a preta placa, “POLICE DEPT”.

    -Esquerda. -Ele pediu e me virei para esquerda.

    Mais flashes me deixando tonto. Mais uma vez.

    -Direita.

    Senti meu perfil ser captado por completo em questões de segundos. Rápida como uma piscada.

    Admito que quando assistia documentários com meu pai, sempre quis saber como seria a sensação de um indivíduo que segurava uma placa de penitenciária e sente aqueles flashes a cada vez que você está de frente ou de perfil seria sabendo que a partir daquele momento sua vida viraria uma merda.

    Meu pai nunca soube me responder quando perguntava. Em minha cabeça, os pais sempre estavam ali sabendo mais do que nós para poderem responder a qualquer pergunta a qualquer momento.

    Desta vez quem iria explicar seria eu. O filho iria explicar para o pai como é essa sensação que tanto despertei curiosidade sobre.

    Terminou.

    Já havia entregado meus documentos, carteira, celular, qualquer merda que eu estivesse possuindo naquele momento.

    Insatisfeitos, ainda pressionaram a ponta cada um de meus dedos em uma tinta esquisita e os pressionaram contra papéis, mantendo minhas digitais no papel da polícia.

    Me algemaram mais uma vez. E lá vamos nós.

    Chegamos no segundo subsolo, galeria E.

    Era um filme em câmera lenta.

    Eu passava junto do policial que me guiava por todas aquelas grades de ferro grandes e grosas.

    Lugar sujo. Escuro. Triste.

    Naqueles pouquíssimos segundos consegui identificar bastante coisa.

    Vi alguém ser agredido na sela à minha esquerda.

    À minha direita, homens implorando para sair dali.

    Ouvi também muitos nomes horríveis pelo quais fui chamado naquele momento.

    -Seu filho da puta!

    -Temos mais um marmanjo pro time!

    -Vai ficar sozinho, bonitinho?!

    -VIADO!

    -ESSE NOVINHO VAI APRENDER A SER HOMEM DE VERDADE!

    -MERECE MORRER!

    -SE ESTÁ ACHANDO QUE VAI SAIR RAPIDINHO, FILHINHO DE PAPAI SÓ SE ENGANA!

    Não paravam de falar enquanto eu passava.

    Pelo amor de Deus, calem a boca.

    Permaneci quieto na minha. Não dizia uma palavra. Apenas respirava.

    O policial destrancou a sela suja e vazia que ali me esperava.

    Libertou meus pulsos novamente e eu entrei.

    Fechou-a com força e a trancou, sem mais nem menos.

    Apoiei minha cabeça nas grades enquanto as segurava com minhas duas mãos.

    -Policial? -Disse num tom baixo.

    Pensei que ele nem fosse ouvir. E se ouvisse pensei que não daria atenção.

    -O que foi?

    -Promete que irá fazer o que eu pedir?

    -Seja rápido. Aqui não é lugar pra brincadeira.

    -Acha que estou de brincadeira? -Perguntei encarando-o, mas logo dei um suspiro e continuei. -Quando revistarem meu celular, por favor liguem para a Millie.

    -Millie?

    -Sim. Anotem o número dela e digam a ela para não se preocupar comigo. Diz a ela que enquanto ela estiver segura eu vou ficar bem. E que assim que eu puder, eu estarei a protegendo novamente como sempre prometi à ela. Por favor, ligue. Ela não merece nada disso.

    Ele apenas assentiu com a cabeça e saiu andando assobiando sem melodia alguma.

    Me dirigi até o canto da sela escura, onde ali me sentei e abaixei minha cabeça.

    Millie estava nervosa. Eu sentia isso. Ela precisava de mim tanto quanto eu precisava dela.

    -Onde é que eu fui me meter? -Sussurrei para mim mesmo enquanto prendia meus fios de cabelo aos dedos.

    Eram tantas perguntas que rodavam por minha cabeça e não conseguia responder a uma delas. A única coisa que sabia era que o responsável por tudo aquilo ainda iria pagar muito caro.

    Não a mim e sim a ele mesmo.

    Pagará os pecados. Pagará os erros cruéis de infernizar a vida de alguém como estava infernizando a minha e de um monte de gente. A vida da minha família.

    Mais cedo ou mais tarde ele irá ficar no mesmo lugar que estou agora. E quem ficará rindo, serei eu.

    Eu espero que ele esteja rindo bastante agora, nesse exato momento. Pois irá precisar de dar muita risada quando ele chegar até aqui.

    Irá precisar de dar muita.

[...]

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 

    -Alô?

    -Matthew Duffer?

    -Quem está falando?

    -Sou juiz do Departamento de Polícia de Atlanta. Gostaria de tomar um pouco de seu tempo se for possível.

    -Sim, senhor juiz, o quanto quiser.

    -Soube que você e seu irmão estão sendo responsáveis por Finn Wolfhard, estou certo?

    -Sim.

    -Por acaso também estaria sendo responsável de Jack Dylan Grazer e Noah Schnapp?

    -Jack Dylan Grazer não é de minha responsabilidade no momento, juiz.

    -Certo. Gostaria que por favor, entrasse em contato com Noah e peça para ligar o mais rápido possível para nosso Departamento.

    -Está ocorrendo algum problema?

    -Não estamos conseguindo fazer contato com o celular do mesmo, sim? Receio de que Noah Cameron tenha estado em contato com nosso suspeito no dia em que o corrido foi iniciado. E o outro menino também.

    -Poderia responder por algo? Eu estou com os meninos o tempo todo.

    -Não é o que me parece. Realizaram uma viagem à Las Vegas.

    -Sim, sim, perdoe-me.

    -Não por isso. Por favor, Matthew Duffer. Estamos contando com sua ajuda.

    -Não vou decepcioná-lo, excelência.

    -Entraremos em contato o mais rápido possível.

    Desligara.

    Matt estava surpreso. Estaria tudo conectado aos amigos também? Estaria tudo desse jeito por terem deixado partir em busca de diversão em Las Vegas?

    -Matt, o que houve?

    -Era do Departamento.

    -Temos notícias do Finn?!

    -Não por enquanto...

    -Estou tão preocupado com esse menino.

    -Eu também, Ross. Eu também.

    -O que queriam?

    -Entrar em contato com Jack e Noah.

    -Jack e Noah?!

    -Pois é, Ross, pois é. Nós ainda vamos saber direitinho o que está acontecendo.

    -Vamos logo acordar o pessoal...

----------------------------------------------------------------------------------------------------------- 

    Millie havia dormido profundamente.

    Estava exausta. Exausta em dobro.

    Noah estava ao lado, cochilando em uma poltrona. Ele não iria a deixar passar o resto da noite sozinha. Não mesmo.

    Ela então após descansar um pouco, começou a acordar.

    Abria seus olhos devagar e via uma parte grande da cama vazia.

    -Não era um pesadelo... -Ela pensou enquanto passava as mãos em seu rosto.

    Eram tantas coisas ruim que finalmente estava na hora de colocar para fora. Sem nem tempo para pensar em algo, levou sua mão a boca e levantou com velocidade.

    Se sentou no chão do banheiro e segurou seu cabelo enquanto colocava tudo para fora.

    -Que droga... -Ela disse após passar as costas de sua mão na boca.

    Deu descarga, lavou seu rosto e prendeu seu cabelo em um coque bem bagunçado para poder entrar no banho, mas fez outra coisa.

    -Quem deve ser agora? -Ela perguntou deslizando o dedo na tela tão rachada que dali saiam cacos miúdos de vidro.

    -Millie Brown?

    -Sou eu.

    -Sou o policial Bringstown. Ligo do Departamento de Polícia à pedido do presidiário que foi preso nessa madrugada.

---------------------------------------------POV Millie ---------------------------------------

    Isso era sério?

    Estariam falando de Finn?

    Ele teria pedido para me ligarem?

    -Sra. Brown?

    -Estou aqui. -Respondi sem acreditar no que estava acontecendo. -O pedido foi de Finn Wolfhard?

    -Do próprio.

    Obrigada, Deus. Muito obrigada.

    -Ele está bem?! Posso falar com ele?!

    -Mantenha a calma, por favor. Ele me pediu para avisá-la que está bem e que irá ficar bem aqui. Disse para não se preocupar com ele e disse que logo irá te proteger novamente.

    Ah, Finn.

    Porque faz essas coisas comigo?

    Porque está sempre conseguindo pensar em mim sem nem mesmo antes pensar em você?

    Aquilo foi o suficiente. Você está bem.

    Acho que já aprendeu que eu só consigo relaxar quando sei que você está bem.

    Nem sabia mais o que dizer.

    -Obrigada, policial. Pode dizer algo à ele?

    -Perdões, mas te receito fazer uma visita.

    -Como faço isso?

    -Agende comigo.

    -Gostaria de ir agora mesmo, se possível.

    -Ele não poderá receber visitas hoje.

    -Nenhuma?

    -Os pais dele o visitarão.

    -Quando?!

    -À tarde.

    Merda. Como queria poder vê-lo.

    -Pode tentar amanhã.

    -Ok, eu... e-eu irei.

    -Tudo bem.

    -Foi você quem o prendeu?

    -Sim.

    -Quando se encontrar com ele novamente, pode dizer que recebi a ligação? E de que estou bem e estou tentando de todas as formas possíveis de tirá-lo daí? Por favor?

    -Escuta, garota. Eu nem poderia ter realizado essa ligação, mas realizei. Eu quero te ajudar. Quero ajudá-lo. Sei que esse garoto não fez nada de errado, eu sinto isso. A maioria daqui, mas infelizmente ele precisa ser acusado. É apenas o nosso trabalho. Eu sei que irá tirar seu homem daqui. Eu sei que irão conseguir, eu irei tentar ajudar. Mas por favor, tenham provas. As mínimas que sejam. Esse menino não merece ficar mais uma noite preso aqui dentro. Por favor, Millie. Venha o mais rápido possível e o tire daqui. Ele disse que irá te proteger, mas quem mais precisa de sua proteção nesse momento é ele.

 

    Desligou.

 

    Que porra foi essa?! O que aconteceu?!

    Acreditam em mim?! Acreditam no Finn?! Acreditam em nós?!

    Consegui me sentir muito mais segura pelas palavras do policial. Esqueci o nome dele, era difícil de gravar.

    A família dele iria mesmo visita-lo? Bom, eu espero que seja algo. Espero que estejam indo para darem apoio e segurança, e não apenas julgar como alguns pais sabem fazer. E disso eu sei bem.

    Parecia que tudo estava começando a querer melhorar.

    Entrei no banho com um sorriso fraco em meu rosto. Foi muito bom ter escutado aquilo.

    Mais uma vez, relaxei um pouco. Ao mesmo tempo que deslizava a barra do sabonete por meu corpo, tirava as coisas ruins. As angustias deixadas. Ia tudo por água abaixo. Ou pelo menos quase tudo.

    Após terminar meu banho, consegui perceber que Noah acordara. Devo muito á ele. Teria sido impossível passar a noite sozinha sem o Finn, e agora ele sabia do que estava acontecendo por completo. Estava ali disposto a me ajudar.

    Me troquei e saí do banheiro. A feição dele não parecia muito boa.

    -Noah?

    -Bom dia, Mills.

    -Está tudo bem?

    -Um pouco cansado. Você está bem?

    -À medida do possível... O que aconteceu?

    -Recebi um telefonema.

    -Também?

    -Querem me interrogar. Eu e Jack.

    -Sério? -Perguntei me sentado ao lado dele.

    Ou melhorava ou piorava de uma vez! Parece que tenho bipolaridade!

    -Sim. Temos que dar um jeito de ir hoje.

    -Mas como vocês vão?

    -Vou pedir para o Joe me dar carona, os Duffer, sei lá. Eu dou um jeito.

    -Tem algo que eu possa fazer?

    -Nada, Mills. Relaxa, nós vamos apenas responder as perguntas. Quem sabe não tire o Finn de lá mais cedo? -Ele brincou um pouco.

    -Tomara. -Disse e logo me levantei com ele.

    -Bom, Millie, eu vou pro meu trailer tomar um banho, trocar de roupa e nos vemos depois.

    -Sim, vai por favor. Descansa um pouco.

    Fui até a porta com ele.

    Não queria que fosse embora, mas nem tudo é como a gente quer.

    -Se cuida. Obrigada Noah, por tudo.

    -Para, Millie. Não precisa agradecer. -Ele disse me fazendo dar um sorriso. -Só mais uma coisa que fiquei de perguntei ontem. Acha que vai ser menino ou menino?

    -Noah! -Disse rindo com ele. Não estaria muito cedo para isso? -Menino. -Disse com um sorriso.

    -Nome? -Ele perguntou empolgado.

    -Tyler. -Respondi sem desfazer o sorriso.

    Sorriu mais uma vez e foi embora.

    Espero que fizesse as coisas rápidas para podermos ficar todos juntos novamente.

    Ia calças meu tênis para ir comer algo e matar a fome que estava nos matando, mas meu celular tocara novamente. E eu indo atender pela milésima vez com caquinhos saindo em meu dedo.

    -Alô? -Atendi prendendo meu celular entre minha orelha e meu ombro enquanto ia calçar meu tênis, mas ele quase caiu novamente.

    -Millie? Você está bem, meu amor?

    Jacob Sartorius.

    Quando iria parar de me perseguir feito louco me chamando de algo que nunca fui pra ele? Que ódio.

    -O que você quer, Jacob?

    -Não precisa me tratar assim, grossa! Você está aparecendo em todos os noticiários e fiquei preocupado com você! Você está bem?

    -Estava ótima, Jacob. Mas você me ligou.

    -Não acredito que aquele marginal desgraçado teve coragem de fazer algo estúpido e ainda te abraçar como se te amasse! Mas fica tranquilo, ele vai pagar agora. Você está segura, está comigo.

    Eu juro que iria matar esse garoto um dia.

    -Me sinto mais segura com o marginal que ele é.

    -Mas isso não são atitudes de uma mulher como você. Não merece ficar com alguém assim, não pode. Não é de seu costume.

    -E desde quando isso importa?

    -Desde o dia em que terminamos.

    -Jacob, você está perdendo seu tempo, meu querido. Vai arranjar alguém pra chupar e me esquecer pelo amor de Deus!

    -Eu nunca irei fazer isso com um alguém que não fosse você. Você sabe que te amo.

    -Que pena. Eu não.

    -Por favor, me deixa te proteger. Eu errei, Millie. Mas agora eu vou fazer as coisas certas. Você diz que todos os seres humanos merecem uma segunda chance, porque eu não mereço ter uma?

    -Porque você não parece ser um ser humano. Apenas um maníaco.

    -Essa palavra é muito forte, Millie. Cuidado para não usá-la para se referir a mim.

    -Eu não tenho medo de você.

    -Pois devia ter.

    Que doente. Não sei porque ainda perco tempo falando com ele.

    -O que quer dizer?

    -Por favor, me deixa tentar de novo.

    -Porque eu faria isso?!

    -Porque eu nunca serei preso pela polícia e te envolver nessa como ele fez.

    -Ahh, Jacob! Vai pro inferno! -Desliguei.

    Que garoto retardado. Só rindo mesmo.

    Calcei meu tênis, puxei a maçaneta da porta para baixo na intenção de abri-la e algo passou pela minha cabeça, me arrepiando da cabeça aos pés.

    Não pensei duas vezes e mandei mensagem para os meninos.

    “SALA SECRETA, AGORA!!!!”

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    Estava com minha cabeça enterrada em meus joelhos.

    Batia na metade de meu braço pegando um pouco de minhas pernas a pequena brecha de sol que caía na sela.

    Não havia dormido por conta da dor de cabeça. Eram tantas perguntas sem respostas...

    Será que ficaria por muito tempo?

    Completaria 18 anos atrás das grades?

    O que nós comemos aqui?

    Como vivemos aqui?

    Será que o pessoal está sentindo falta? Será que estão me achando culpado?

    Não, não, não, não... Não podia ser.

    Eu sabia que ela estava me defendendo. Nesse exato momento ela deve estar me defendendo.

    Quando irei vê-la? Que saudade da minha princesa... Da minha mulher...

    Que saudade do cheiro dela, do toque dela...

    O que será de mim daqui pra frente?

    Será que minha família me culpa?

    Será que Nick estaria desejando que eu apodrecesse aqui dentro?!

    O que será da minha vida? Da minha família?

    O que direi para meus filhos?! Que o pai deles já foi preso?!

    Tenho que parar de pensar nisso, tenho que parar de...

    -Você tem visitas. -Disse o policial que me prendera.

    Graças a Deus. Assim consigo parar de pensar um pouco.

    Ele destrancou as grades e segurou meus dois pulsos.

    Quem estaria esperando por mim aqui na cadeia?

    Será que era Millie?

    -Quem quer me visitar?

    -Mary, Eric e Nicolas Wolfhard.

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 

    -Não poderiam demorar mais um pouco?! -Disse de deboche quando eles começaram a entrar na sala. Eu estava a mil.

    -Calma, nervosinha! -Disse Sadie entrando com Caleb.

    -Porque a Millie nos chamou daquele jeito? -Perguntou Gaten.

    -Porque eu preciso falar muito sério com vocês.

    -Vá em frente. -Disse Noah sendo o último a se sentar.

    Pensei duas vezes para não sair acusando um qualquer. Mas porque estou fazendo isso?! Não preciso nem pensar! É óbvio!

    -Foi ele. -Disse na maior certeza de todas.

    -Que?

    -Foi ele.

    -Ele quem e o que?

    -Foi ele. -Continuei e dei um suspiro em seguida. -Jacob Sartorius.

    Todos se calaram.

    Se olhavam, me olhavam... Não sabia o que aquilo queria dizer.

    -Como assim foi ele? -Perguntou Sadie.

    -Eu sei que foi. Ele me ligou. Queria saber como eu estava.

    -Mas isso não são provas.

    -Mas serão.

    -Millie, o que quer dizer?

    -Não podemos piorar mais as coisas. -Disse Gaten.

    -Mas não iremos. Pessoal, por favor. Eu o conheço o suficiente para saber que foi ele.

    -Tá mas... nem provas temos!

    -Mas teremos!

    -Como?!

    -Fazendo ele desembuchar. -Disse num tom rigoroso.

    -Como vamos fazer isso, Millie?

    -Eu sei qual é o ponto fraco dele.

    -Óbvio, o ponto fraco dele é você! -Disse Caleb.

    -Exatamente. Eu prometi a mim mesma que faria o necessário para tirar o Finn de lá, não prometi?! Chegou a hora de cumprir.

     -Mas Millie...

    -Me escutem. Pode ser arriscado. Mas eu não vou deixar escapar uma única prova que o declare inocente. Uma.

    -O que você sugere então? -Perguntou Gaten.

    -Eu tenho um plano. Mas só vai funcionar com a ajuda de vocês. De todos vocês.

    Por favor, concordem em fazer o plano comigo.

    Se eles concordassem eu sabia que daria certo. Sabia!

    -Ok... -Disse Noah.

    Graças a Deus.

    -Tá né. -Disse Gaten.

    -Estou dentro. -Disse Sadie.

    Vamos, Caleb, por favor, por favor...

    -Contem comigo. -Ele disse.

    Pronto. Agora era só esperar...

    Disquei o mesmo número que me ligou há exatos 15 minutos atrás. E ele atendeu.

    -Decidiu me dar uma segunda chance? -Ele perguntou me deixando com nojo.

    -Por quanto tempo durará?

    -Ele não sairá de lá daqui a bons anos...

    -Quero que venha aqui amanhã à noite. Quero dar algo que eu espero que você adore...

    -Se isso for brincadeira...

    Estava dando certo. Óbvio que estava. Comecei a fazer uma voz ainda mais sensual para ele ceder de uma vez. E não é que cedeu?

    -E quando eu brincaria com você? Apareça amanhã e vai saber da brincadeira que faremos....Mas não chama atenção, tá? Não quero que alguém saiba sobre o que vamos fazer... Pra não ficar feio se o Finn descobrir.

   

 


Notas Finais


PUTA QUE PARIU! VAI DAR PT ESSA PORRA AÍ! (Que que eu estou falando)
Gostaram?! Quem tiver teorias para os próximos capítulos comentem aqui embaixo! Vou adorar responder cada uma delas!
GALERAAAAA!!!! Para vocês que amam Fillie, gostaria de divulgar a Fanfic de uma escritora que tanto admiro! Por favor, vão dar uma olhada nessa história tão linda que me arrepia a cada palavra!
Eu ADOROOOOO!!
Agora corram lá no link! ESSA MENINA ARRASA!! <3
Bjs e até o próximo!
LINK: https://www.spiritfanfiction.com/historia/ensina-me-a-viver--fillie-11891204


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