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História Am I Loving You? - 2 Temp. - Vida a Três.


Escrita por: GiowObsessed

Notas do Autor


GAL, VOLTEI!!!!!!
VOU ENTRAR EM SEMANA DE PROVAS, PERDÕES!!
ESTOU MEGA ATRASADA! BOM CAPÍTULO!!!

Capítulo 56 - 2 Temp. - Vida a Três.


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    Foi um fim de tarde incrível.

    Nos divertimos bastante com a partida do futebol e assistimos à um filme na TV do nosso quarto.

    Se não me engano, assistimos “O chamado”. Nunca tínhamos assistido esse filme antes. Na verdade, Finn já assistiu, mas disse que tinha se esquecido da história, então ele viu comigo. E adivinhem? Nos arrependemos profundamente. Eu me arrependi, pelo menos. Me recuso a ir na cozinha sozinha depois dessa.

     Após o filme, nós tivemos muita diversão. Decidimos assistir Backyardgans. Seria foda ir dormir depois de ver a porra da Samara na televisão, então nós optamos por dormir com esses bichos que falam em mente. Acho que a parte mais engraçada foi o fato de que Finn tentava me convencer o tempo todo de que o Austin era um Serial Killer. Eu acabei concordando, mas não, ele não é um Serial Killer. Espero eu.

    Alison acabou acordando. Não sei o motivo, pois ela não estava com fome. E nós já tínhamos parado de jogar FIFA, então não estávamos mais gritando. Mas enfim, consegui fazer com que ela dormisse novamente. Estava muito bem no berço lindo e confortável dela.

    Doug já estava bem exercitado. De uma hora pra outra começou a correr que nem louco pela casa inteira. Chegou a rolar escada à baixo, o que nos preocupou, mas voltou a correr feliz da vida. Esse cachorro é bem doido.

    Vocês devem estar achando que ele tem algum distúrbio ou algo assim. Eu também achava, até pesquisar na internet e descobrir que os filhotes fazem isso quando começam a ficar com sono. Ou quando querem fazer suas necessidades, mas no caso dele era sono. Sendo assim, o acalmamos para dormir.

    Ele dormia no nosso quarto. Na nossa cama. No nosso meio na maioria das vezes. Essa noite ele dormiu em nossos pés, o que era ótimo, por causa de sua pelugem quentinha.

    Eu e Finn permanecíamos dormindo tranquilamente bem, o que estava sendo uma bênção.

    Agora estava bem mais confortável na nossa cama do que na maca do hospital. Agora estava me sentindo bem mais segura sendo abraçada por ele durante a noite toda. Estava muito mais relaxante saber que dormiria junto dele sabendo que não terá que ir embora. A única coisa que ainda não me confortava muito era o incômodo dos pontos, mas fora isso está tudo perfeito.

    Estava sendo uma noite muito tranquila. O jeito que estávamos dormindo era melhor ainda.

    Permanecíamos praticamente de frente um para o outro. Mantinha minha perna dobrada e apoiada nele, o que nos deixava mais perto ainda. Permanecia abraçando-o com um braço, enquanto o dele se encontrava embaixo de mim. Ou seja: Ele também me abraçava. Me lembro de ter adormecido com o carinho das pontas de seus dedos em minhas costas.

    Era um silêncio gritante na casa inteira, até escutar um choro, mesmo escutando abafado. Mas não era qualquer um, eu reconheço o choro dela. Parece loucura, mas é sério. Tenho certeza de que reconheço o choro dela no meio de vários outros.

    Comecei a acordar lentamente. Demoro um pouco até raciocinar o que está acontecendo.

    -Vai eu, você ou o Doug...? -Perguntou como se estivesse bêbado.

    -Eu vou... -Disse e me joguei pra fora da cama. Sim, eu me joguei.

    Ia até a porta do quarto pior do que um zumbi. Eu estava com muito sono, sem contar que estava um breu. Consequência disso: Larguei meu tênis no meio do chão do quarto hoje mais cedo e tropecei nele, o que me fez cair. Nem assim eu despertei.

    -Merda, eu caí. -Disse e me levantei novamente.

    -Millie, tu caiu? -Finn perguntou que nem um bêbado novamente.

    -Caí, mas passo bem. -Afirmei e logo saí do quarto.

    Avistei o abajur aceso no quarto de Alison e apertei os olhos, começando a acordar. Ela ainda chorava.

    Cheguei em seu quarto e comecei a levantar meus braços para cima, como se estivesse os levantando no ritmo de alguma música.

    -Uhuuul, mamãe chegou. -Disse e fui até seu berço. Partia meu coração a ver chorando. -Filha, não precisa chorar, vem cá. -Disse e a retirei do berço.

    A envolvi em meus braços e tentei fazê-la dormir novamente, do mesmo jeito que havia feito algumas horas atrás.

    Estava se acalmando, mas ainda chorava.

    -Será que é sua fralda? -Disse e a deitei no lugar onde trocaríamos as fraldas dela.

    Não demorou muito e já estava quase no final do procedimento.

    Aquilo me deixava agoniada, porque poderiam ser vários fatores que causariam a insatisfação dela. Cólica, fralda, calor, frio, fo... Fome.

    Porra, como eu não pensei nisso antes? Ah, já sei. Estava com sono demais para conseguir pensar em algo.

    Terminei de trocar sua fralda e me sentei com ela em meu colo na poltrona onde ali havia.

    -Pronto, mata quem tava te matando e seja feliz. -Disse após ter dado início a amamentação.

    Eu lutava contra mim mesma para não acabar dormindo ali, pois estava sendo um desafio difícil.

    -Quer saber? Vou contar a história de uma garota aí bem legal. Você vai gostar. -Eu sou um desastre com sono, meu Deus do céu. -Era uma vez, tinha um reino lá no bosque. Mas era um bosque bem lindo, porque os anões cuidavam. Era sete anões. Sete anões, aí tinha o zangado, tinha também o... Era o... -Meus olhos ameaçaram fechar. -Ah, meu Deus. Tinha o zangado, quem mais que tinha, hein?! Tá, o zangado e mais alguns.

    Era bem legal que eu contando a história no sufoco pra não dormir e ela ligando o foda-se. Parece eu. Que orgulho da mamãe.

    -Aí, um dia veio um príncipe no cavalo, o nome dele era Felipe, eu acho. Nisso, os anões falaram que ele ia coisar o dedo numa agulha, sabe? E que ele iria morrer, né, mas ele não ligou e continuou a jornada. Mas aí, ele viu um rio. Só que presta atenção que não era um rio comum não, tá pensando o que?! Tinha uma sereia lá. Tinha um peixe também e um siri, caranguejo, sei lá que porra é aquela, mas eles todos cantam. -Que porras eu estou falando? -Não, Alison, eu contei errado. Essa era da Cinderela.

    Apoiei meu cotovelo no braço da poltrona e apoiei minha cabeça em meu ombro.

    Sentia minhas pálpebras caindo. Estava cada mais difícil.

    Gente, não é exagero. Quando eu acordo de madrugada, é uma merda.

    Acordar na madrugada pra pegar avião?! Visto qualquer roupa e vou dormindo no carro, mas luto para manter a pose de famosa focada no trabalho.

    -Deixa eu terminar essa merda de história que eu inventei. -Continuei na tentativa de não dormir. -Daí, Alison, chegou a Frozen e congelou a porra toda. E todos viveram felizes para sempre. -Acho que acabei de estragar um pouco da infância da minha filha com essa história macabra que acabei de contar. Só não deve ser mais macabra do que a...

    -Samara... -Sussurrei e logo dei um pulo da poltrona.

    Ascendi todas as luzes do quarto dela em meio segundo. Fiquei com tanto medo, que agora eu duvido que meus olhos tentem se fechar de novo por causa do sono.

    -Ui, agora eu acordei! -Disse, com Alison ainda mamando em peito. -Desculpa pela mãe medrosa que você tem. E maluca também, mas eu te amo. -Acariciei suas costas.

    Permanecemos mais um bom tempo juntas.

    Eu ficava bem feliz em saber que estava se alimentando bem. Além de crescer forte, ela estava matando a fome. E eu fico muito, mas muito feliz quando mato a minha fome. Então, eu estava feliz por ela.

    Finalmente terminou de mamar e logo dormiu em meus braços.

    A deitei no berço novamente e apliquei um beijo nela.

    -Agora eu preciso ser rápida, antes que ela me pegue. -Posicionei os dedos no interruptor. Dei um suspiro. -Bora. -Apaguei e saí correndo que nem um tiro.

    Voltei para o quarto meu e de Finn e me taquei na cama.

    -Doug, vem se proteger dos males! -O peguei no colo e o trouxe comigo para de baixo do cobertor. -Acho que estamos seguros. -Sussurrei.

    Comecei a destapar o cobertor de minha visão bem devagar e observei o quarto. Era bem medonho.

    -Eu acho que a barra tá limpa. Pode ir. -Livrei Doug do abafado cobertor.

    Fui tentar dormir de novo, e...

    -Merda, eu to com sede! -Sussurrei para mim mesma e chequei as horas em meu celular. Marcavam 3:15 da manhã.

    Fodeu. É hoje que eu moro.

    -Finn... -O cutuquei de levinho. -Psiii, Finnie... -O chamava e ele nem se mexia. -Amor? Eiii...? -Encostei a pontinha de minha língua em seu nariz. E nada. -Amor, prova de matemática.

    -A FÓRMULA É MENOS B MAIS OU MENOS RAIZ DE DELTA... UFF...

    -Shhh, calma, passou. -Disse o abraçando.

    -Nossa... -Ele disse dando um suspiro. -Tava me chamando?

    -Eu até te lambi.

    -Lambe mais embaixo.

    -Lambo, mas primeiro me ajuda.

    -A Alison tá bem?

    -Sim, ela só estava com fome.

    -E você?

   -Eu estou com sede, vai comigo pegar água?

    -Vou, mas por que? O que houve?

    -Eu estou com medo do filme.

    -Owww, tá com medo do filme!

    -E são 3:15 da manhã.

    -Fodeu. Quero morrer não, Millie.

    -Mas vai comigo, amor, por favor!

    -Mas e se tiver alguma coisa lá embaixo?

    -A gente sai correndo.

    -E se o capeta for mais rápido?

    -Aí já era. Vem, vamos.

    -Aff, cara! Só você! -Disse e se levantou da cama comigo.

    Peguei meu celular novamente e ativei a lanterna.

    -Porra, que susto.

    -Que foi?

    -Você aí com essa lanterna! -Ele disse apertando os olhos, o que me fez rir. -Vamos.

    -Espera, leva o cão de guarda.

    -Ele é filhote.

    -E daí? Não pode ser um cão de guarda filhote?!

    -Ok, então. -Disse e pegou Doug no colo. -Doug, qualquer coisa você morde o fantasma.

    Permanecemos na saída do quarto e logo colocamos nossos corpos para fora, bem lentamente. Íamos em silêncio e sem fazer movimentos bruscos.

    Mantinha a lanterna do celular em mãos, enquanto Finn carregava Doug no colo.

    Chegamos na escada.

    -Quer ir na frente? -Perguntei.

    -Pode ir. -Ele respondeu, me fazendo continuar a jornada.

    Pra ser sincera, eu tava cagada de medo. Vocês não sabem o que é ir para a cozinha de uma casa imensa, toda escura, no horário que as coisas ruins acontecem nos filmes de terror, logo depois de assistir “O Chamado”. Tava foda.

    -Quer saber? Eu prefiro ficar com sede.

    -Estamos quase chegando. Relaxa.

    -Cara, essa casa dá um medo do cacete, hein! -Sussurrei, enquanto descíamos a escada.

    -E coloque medo do cacete nisso. Tá foda.

    Finalmente, primeiro andar.

    -Vai, ascende a luz! -Ele disse e saí correndo para o interruptor. Logo, todas as luzes se ascenderam, pois nossa cozinha era daquelas Americanas, que têm ligação com a sala.

    -Tá tudo bem aí?! -Perguntei ao analisar a cozinha, enquanto ele analisava a sala.

    -Tá tudo bem aqui. -Respondeu e logo veio para a cozinha comigo. -Nossa...

    -Sobrevivemos. -Batemos nossa palma da mão uma na outra e eu logo peguei água. -Obrigada por ter vindo comigo.

    -Meu trabalho como namorado. -Sorriu pra mim. -Mas o cu trancou.

    -Trancou mesmo. -Bebi o último gole.

    -Mas então a Alison só estava com fome?

    -Aham. Nossa, eu quase dormi na poltrona. Não posso dormir com ela no meu colo de jeito nenhum.

    -Mas dormiu?

    -Não, eu comecei a misturar todas as histórias da Disney, porque eu estava bêbada de sono. Acontece.

    -Lembra de você lá em Las Vegas?! Foi hilário!

    -Nem vem, eu estava alta!

    -Mas foi hilário, do mesmo jeito! -Riu comigo.

    -É... -Ri mais uma vez e escondi meu rosto com as mãos. -Que desastre...

    -Ah, que isso. Foi ótimo. -Rimos mais uma vez. -Se lembra da casa mal-assombrada?

    -Lembro... -Bons tempos. -Aqueles dias foram totalmente loucos.

    -Foram sensacionais. Inclusive quando eu perdi no Beer-Pongue pra vocês. Isso aí foi inesquecível!

    -Sabe o que mais foi inesquecível?

    -Hm?

    -Aquelas nossas transas fodas de gostosas.

    -Nossa... Nem me lembre! -Abriu um largo sorriso.

    Ficamos em silêncio e ele logo me encarou.

    -Tá com sono, né?

    -Muito.

    -Então deixa.

    -Safado! -Rimos juntos. -Ei?

    -Hm?

    -Eu vou sempre dar atenção a nós dois. Ouviu?

    -Sim, eu sei...

    -Eu só acho melhor esperarmos um pouco. Sei lá, eu não estou muito bem.

    -Como assim? Aconteceu alguma coisa?

    -Não, eu me expressei errado. Eu acho que to bem emotiva ainda por causa da gravidez ou algo do tipo. Não tenho certeza. Só quero te dizer, porque sei que é um pouco frustrante. Não quero que você pense que não dou mais atenção pra você, ou coisas do tipo. E se por acaso eu acabar não dando a atenção que você merece, fala comigo. Me chama a atenção sempre que precisar.

    Disse e ele me abria um largo sorriso. Também ri. Acho que até corei um pouco.

    -Owww, você é tão linda, meu amor! -Começou a me encher de beijos no pescoço, me fazendo rir bastante.

    -Finnie, é sério! -Continuei rindo e ele logo segurou em meu queixo.

    -Eu sei que é sério. E para de se preocupar com isso, está tudo bem. -Acariciou meu rosto. -Não tenho pressa pra nada. Vamos fazer no seu tempo, tá?

    Não é possível ser tão perfeito.

    Abri um sorriso e assenti que sim com a cabeça.

    Nos abraçamos fortemente. Até fechei os olhos.

    -Te amo tanto... -Sussurrei.

    -Também te amo. -Me deu um beijo na bochecha, sem se desfazer do abraço. -Vamos dormir? -Ri pelo que ele disse.

    -Pelo amor de Deus. -Peguei meu celular novamente e ele pegou o Doug.

    Permaneci no primeiro degrau da escada, enquanto ele mantinha os dedos no interruptor.

    -No “Já” eu apago. -Ele disse e eu assenti.

    -Um...

    -Dois...

    -Três... -Disse e nos olhamos.

    -JÁ! -Apagou e saímos correndo. -BORA, BORA! -Sussurrava desesperado.

    -TO SUBINDO! -Sussurrei de volta.

    Chegamos no segundo andar e fomos para o nosso quarto o mais rápido possível.

    Nos jogamos na cama e fomos para debaixo do cobertor. Começamos a gargalhar baixinho.

    -Shhh! Ri baixo! -Ele dizia, tentando segurar o riso.

    -Sobrevivemos de novo.

    -Somos foda. -Ele disse e logo nos livramos do cobertor.

    -Ah, eu sei que somos. -Afirmei enquanto me ajeitava na cama.

    -Ei, deixa pra mim!

    -O que?

    -Você tá pegando todo o cobertor! -Disse e puxou um pouco para ele, me fazendo rir.

    -Ai, amor, calma. É só a gente ficar juntinho assim. -Disse ao colar meu corpo no dele.

    -Assim eu gosto. -Disse e me abraçou de um jeito bem forte.

    -AAI, Finn! Meu peito!

    -Te machuquei?!

    -Abraça devagarzinho, se não machuca.

    -Desculpa, meu amor, foi sem querer. -Disse e começou a me encher de beijos. -Vou dar um beijo que passa. -Aplicou um beijo em meu seio por cima do fino tecido de minha blusa.

    -Agora melhorou. -Afirmei e logo me aninhei no abraço dele. Nossa, que delícia era o conforto de estar ali. -Olha só, se ela chorar de novo, o moço que vai levantar.

    -Agora ela deve chorar só de manhã.

    -Então que você levante de manhã. Vou querer mais cinco minutos de sono.

    -Tá bom, sua preguiçosa. Deixa comigo. -Nos beijamos.

    Permaneceu sendo um beijo até que demorado, do jeito que gostamos. Em plena madrugada, mas tudo bem.

    -Finn, é sério. Vamos dormir. -Sussurrei e abri um sorriso tímido.

    -Você que não resiste ao beijo. -Sorriu pra mim.

    -Resisto sim! -Rimos.

    -Hm, então tá. Já que você diz... -Disse, o que me fez rir mais ainda.

    -Boa noite, Finn. -Sorri para ele e o abracei para dormir.

    Pensei por alguns segundos e dei o braço a torcer. Realmente, eu não resisto.

    -Só mais um então, vai. -Pedi baixinho e ouvi sua risada.

    -Ah, eu sabia! É claro que você não resiste!

    -Tá, eu não resisto, e daí?! Você também não resiste a um beijo meu!

    -É claro que eu não resisto. -Segurou em meu rosto e voltou a me beijar. Tenho que admitir, eu adoro quando ele começa a me beijar de surpresa. Ele faz isso com frequência e acaba que eu também faço. Parece ser até mais gostoso quando me pega desprevenida.

    Permanecíamos concentrados em nosso beijo tão gotoso, até que sinto quatro patinhas perambulando por nossos corpos. Começou a nos lamber sem pudor.

    -Ei! Quem mandou você interromper?! -Disse e o peguei no colo.

    -Filhote muito chato, não deixa nem os pais namorarem em paz.

    -Ele é um filhote lindo, ele! Está morrendo de saudades da mamãe, né, meu amor?! -Disse e apliquei um beijo em seu focinho. -Iti bebê.

    -Assim eu fico com ciúmes de você com o garotão.

    -Tá com ciúme de mim com o meu neném?! -Disse enquanto deixava Doug do outro lado da cama.

    -To com ciúme de você com o seu neném. -Ele disse em meio de risadas, mas logo peguei em seu rosto e colei nossos corpos mais ainda.

    -Mas você é meu macho alfa, não tem que ficar com ciúmes de nada. -Sorri maliciosamente e o beijei novamente. Apenas um selinho.

    -Eu acho bom mesmo eu ser seu macho alfa.

    -E sabe o que eu também acho bom?

    -A gente dormir?

    -Exatamente. -Nos aconchegamos um no outro. -Boa noite.

    -Boa noite. 

 

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[...]

 

    Acordei me sentindo bem descansado. Talvez porque agora com a Millie e a Alison perto de mim, eu consiga ficar mais tranquilo e relaxado, pois sei que agora elas estão mais seguras comigo. Não que elas não estavam seguras no hospital, mas sei lá. Eu fico bem tranquilo estando por perto.

    Abri meus olhos com uma certa dificuldade, por causa da pouca claridade que invadia nosso quarto. Mas não era aquela claridade de raio de Sol, era aquela claridade bem nublada. Pois sim, estava chovendo. Conseguia ouvir as gotas da chuva batendo fracamente na janela, deixando um clima gostoso pra cacete.

    Desabracei o tronco de Millie, que estava aconchegado entre mim e meu braço, e levei minha mão a meu rosto. Apertei meus olhos com os dedos.

    Estalei meus braços e meus dedos das mãos, e logo peguei meu celular, que estava na mesinha ao lado da cama.

    -6:43?! -Levei um susto após ver o horário. Estava cedo demais, mas eu não estava mais com sono. -Puta merda... -Dei um suspiro e o bloqueei novamente.

    Permaneci deitado com meu braço para fora da cama, até que sinto dentinhos finos e pequenos começarem a morder meus dedos. Recebia lambidas também.

    -Sai, peste. -Dei um leve empurrãozinho nele, mas permaneceu com a feição brincalhona. E com seu rabo abanando. -Que que você quer? -Voltou a me morder, o que me fez rir bobamente.

    Eu amo demais esse cachorro.

    Apliquei um beijo em Millie e me levantei da cama.

    Me dirigi ao quarto de Alison. Doug veio atrás.

    Desliguei o abajur aceso e abri as cortinas, fazendo a claridade entrar.

    Fui até seu berço e abri um sorriso de imediato.

    Se encontrava acordada, enquanto agarrava um dos cobertores coloridos dela que a esquentavam. Que fofura.

    -Ih, você deu pra acordar cedo e ficar quieta, foi?! -Disse e ela logo olhou pra mim. -Iti, você tá quietinha assim toda fofa, por que? Posso saber?! -Perguntei enquanto a acariciava na barriga e logo mandei um beijo estalado pra ela. -Coisa linda do papai. -A retirei do berço com delicadeza.

    Deitei-a em meus braços, a deixando encostada em meu peito nu. Sim, eu dormi sem camisa. Apenas com minha calça de moletom preta da Adidas.

    -Você é perfeita. -Afirmei ao acariciar seu rosto e logo apliquei um beijo em sua testa. -Vou trocar sua fralda, antes que você chore.

    E logo comecei. Troquei sua fralda corretamente como havia feito antes, mas sem o desastre com o talco.

    Vesti sua roupinha toda novamente e a coloquei de volta em meu colo para irmos ao andar de baixo. Mas antes, peguei alguns de seus pequenos cobertores a algumas miúdas almofadas que tinha em seu berço.

    -Doug, vem comer. -O chamei ao sair do quarto e ele continuava nos seguindo.

    Cheguei na sala e peguei o bebê-conforto que estava no sofá. O levei para a bancada da cozinha, ao lado do fogão.

    O enchi com os cobertores e almofadas, e logo coloquei Alison ali. Para ela poder ficar perto de mim.

    Enchi as vasilhas de Doug com água e ração. Sendo assim, ele começou a comer.

    Separei o necessário e logo comecei a fazer ovos fritos. Tinha começado a dar a fome negra.

    Eu sabia que Alison começaria a ficar com fome também, mas eu não queria ter que acordar a Millie. Sendo assim, pesquisei números de farmácias por perto e comecei a discar.

    Mantinha meu celular entre meu ombro e minha orelha, enquanto Doug comia, Alison se distraía ao meu lado com os cobertores dela e eu fazia dois ovos fritos.

    -Farmácia 24 Horas, bom dia.

    -Bom dia, eu queria uma lata de leite em pó pra recém-nascidos. Dos mais vendidos, por favor.

    -Nós temos os mais vendidos em relação aos mais baratos e aos de melhor qualidade. Qual é de sua preferência?

    -Melhor qualidade.

    -Uma lata está saindo por cento e dez.

    -Quero mais não, obrigado.

    -É caro assim pelo tamanho. É uma lata bem grande.

    -Grande tipo como?

    -Dura até... dois meses. -Eu odeio essas propagandas de vendedor, cara. Te contar.

    -Ah, dura é? -Ri sarcasticamente, mas foda-se. -Tá, faz o seguinte então. Me vê duas dessa.

    -Saem por duzentos e vinte.

    -Aham.

    -Pagamento em cartão ou dinheiro?

    -Dinheiro.

    -Qual o endereço?

    -Youge Street, 2830.

    -Pra entrar em contato é com o número do senhor mesmo?

    -Sim, sim.

    -Mais alguma coisa?

    -Não.

    -Tudo bem. Já vamos entregar.

    -Obrigado. -Desliguei.

    Acho que sou um pouco grosso demais com as pessoas no telefone, mas dane-se.

    -Filha, hoje você vai tomar um negócio diferente, vai ser gostoso. Eu espero.

    Terminei os ovos fritos e logo os coloquei num prato.

    Aproveitei e fiz um copo de suco verde. Sim, eu sou bem saudável nesse quesito. Sempre gostei dessas batidas loucas de alimentos verdes.

    Comecei a comer os ovos, acompanhados da bebida saudável. Realmente, estavam gostosos. Fiquei até surpreso.

    Permanecia encostado na bancada, ao lado de Alison, enquanto mexia em meu celular.

    -Daqui a pouco você vai se alimentar também. -Apliquei um beijo em sua testa e tomei outro gole da bebida.

    Uns quinze minutos se passaram e fui disperso pela campainha. Doug começou a latir.

    Subi as escadas bem rápido e fui para o quarto. Peguei cinco notas de cinquenta em minha carteira que estava em cima da mesa.

    Desci correndo e fui até a porta e a abri com cuidado para Doug não correr pra fora de casa.

    -Bom dia. -Disse enquanto pegava o saco da farmácia e logo dei o dinheiro pro cara.

    -Bom dia. -Ele respondeu e me devolveu o troco.

    -Valeu. -Disse e fechei a porta, enquanto ele saía.

    Fui até a bancada e permaneci ao lado de Alison novamente.

    Livrei uma lata do saco plástico e peguei a mamadeira, que ficava no armário.

    -Show. Agora como é que faz isso? Perguntei a mim mesmo enquanto analisava o rótulo da lata, onde ali havia o procedimento.

    Coloquei a medida certa de água natural e abri o recipiente do pó.

    -É... Deve ser bom. -Afirmei enquanto analisava o produto e logo pus a quantidade certa para se diluir na água.

    Me lembrei daquela tal borrachinha necessária para o leite não vazar, então eu a coloquei ao fechar a mamadeira e logo a sacudi.

    -Alison, eu sou um pai foda. Olha que lindo que isso ficou! -Disse e comecei a apreciar. Realmente, ficou show.

    Peguei o bebê-conforto e fui para o sofá com ela.

    Liguei a TV e peguei Alison no colo. Ela parecia estar bem confortável.

    -Agora é com você, princesa. Vê se você gosta. -Disse e comecei a dar a mamadeira pra ela.

    Não é que gostou?

    Ela ficou tomando na maior tranquilidade. Graças a Deus.

    Mantinha ela um pouco inclinada em meu colo para não engasgar.

    Com uma mão eu segurava a mamadeira e com a outra eu a acariciava, pois estava aninhada em meu braço.

    Permaneceu bem satisfeita ali comigo e com o leite. De vez em quando, eu parava um pouco para me certificar de que ela estava bem, mas ela ameaçava chorar quando eu tirava o bico da mamadeira de sua boca. Então, já que ela gostou, está ótimo.

    Permaneci daquele jeito até ela terminar. E quando terminou, permaneceu em meu colo.

    Ficamos daquele jeito durante um bom tempo, enquanto eu assistia um programa infantil na televisão. À essa hora da manhã costumam passar os programas mais legais.

    Me deitei no sofá após perceber que Alison havia adormecido e a deixei deitada de barriga para baixo em meu peitoral, mas eu a segurava com minha mão, é claro.

    Chequei o horário e já marcavam quase nove da manhã. Aproveitei para cochilar um pouco também.

    Apenas permaneci de olhos fechados, enquanto acariciava Alison. Confesso que comecei a lembrar dos primeiros meses da gravidez de Millie. Também me lembrei de quando ela me contou que estava grávida. Acho que foi uma das melhores coisas que ela já me disse em toda minha vida. Na verdade, tenho certeza absoluta que foi uma das melhores coisas que ela já me disse.

    Peguei na mãozinha de Alison, que se encontrava fechada e encostada em meu peito nu, e comecei a acariciar com bastante delicadeza. Também aproveitei e apliquei um selinho na mesma.

    -Eu te amo tanto... -Sussurrei enquanto ainda a acariciava.

    Fui desperto de meus pensamentos, até que escuto um chorinho tanto agudo. Eu sabia que era ele.

    -Shiu, sua irmã está dormindo. -Disse e ele continuou abanando o rabo ao meu lado. Revirei os olhos e dei o braço a torcer.

    Estendi minha mão e ele logo depositou sua bolinha ali.

    -Pega. -Disse, fazendo-o se aproximar, mas desviei a mão. -Ah, moleque, quase. Bora, pega. -Desviei mais uma vez. -Oh seu bobão, tem que ser esperto! -Ri e ele logo agarrou meu braço com as patas, na tentativa de tirá-la de minha mão, mas eu logo a joguei para longe. Foi por pouco que não quebro a TV.

    Voltou correndo até mim com a bolinha boca. Se sentou ao meu lado e deixou a mesma no chão.

    -Dá. -Pedi com a mão estendida novamente e ali ele a depositou.

    Permanecemos na brincadeira de jogar e buscar a bolinha durante um bom tempo, até que meu braço começou a cansar.

    -Chega, papai cansou. -Disse ao dar uma leve chacoalhada em sua cabeça.

    Levou a bolinha à boca novamente e logo subiu as escadas correndo.  Já era. Vai pular na Millie até ela acordar pra jogar a bolinha pra ele.

    Me levantei com todo o cuidado do mundo e deitei Alison no bebê-conforto, tendo certeza de que ela estava confortável.

    Fui para nosso quarto, no segundo andar, e flagrei Doug subindo na cama.

    -Ou, meliante! Sai daí! -Sussurrei em meio de risadas e ele logo abanou o rabo ao olhar pra mim. -Vem cá, vem, filhote. -O peguei no colo.

    Apliquei um beijo em Millie e a cobri novamente com o cobertor, que estava todo jogado para o outro lado da cama.

    Voltei para o primeiro andar e peguei o osso para ele brincar. É melhor do que ficar jogando a bolinha.

    Comecei a pensar que Millie iria acordar com fome. E muita, pelo que a conheço. Sendo assim, achei melhor fazer alguma coisa pra ela comer. Na verdade, nem sei o que fazer. Ela varia bastante a comida na parte da manhã, mas se tem uma coisa que ela adora é café. Uma caneca cheia de café. Então, bora.

    Separei o necessário, mais uma vez, e comecei a fazer. Dessa vez estava bem mais fácil, pois já estou bem acostumado a fazer café, pelo fato de minha mãe amar e eu ter que fazer pra ela em todos os dias das mães. Ou quando ela está puta comigo e com meu irmão. Então já fiz café inúmeras vezes.

    Permanecia concentrado no eu fazia, até que meu celular toca. Era o filho da puta do Jack. Eu amo esse garoto demais.

    -Fala.

    -Meu amor, eu perdi minha virgindade e foi simplesmente o pior dia da minha vida.

    -Putz, ele colocou tudo direto?! -Disse e comecei a gargalhar alto pela minha própria piada. Eu sou muito escroto.

    -Hahaha, engraçadinho pra caralho você, hein.

    -Mas, pera aí. São nove da manhã, você transou às nove da manhã com que disposição?!

    -Primeiro: Nem começa, porque se fosse a Millie querendo transar contigo às seis da matina, você iria todo animadinho. Segundo: Eu não transei agora, animal.

    -Então me explica isso aí, porque não tem como ter sido o pior dia da sua vida.

    -Ah, tem. Puta que pariu, tem e muito.

    -Se isso for drama teu...

    -Quem me dera se fosse, Finn. Na moral, que que a garota tinha na cabeça?! ELA PENSOU QUE TRANSAR FOSSE FOFINHO, PORRA?! -E eu gargalhando, mais uma vez.

    -Cara, essa história vai ser ótima!

    -Rapidão, que barulho é esse?!

    -A cafeteira que tá ligada. Barulho mó estranho, né?

    -Porra, demais. -Ele disse e comecei a ouvir o choro dela. -É impressão minha ou a sua cafeteira tá chorando?!

    -A cafeteira tá chorando, sabia não?! -Brinquei enquanto me dirigia à Alison e logo a peguei no colo e ela cessou o choro. -Passou, meu amor, tá? -Disse ao enxugar seus olhos, que estavam um pouquinho molhados. -Pronto, tá tudo bem.

    -MANO, VOCÊ TÁ FALANDO COM A CAFETEIRA?!

    -Com certeza.

    -Mas é sério, tá falando com quem?!

    -Tu não viu ainda não, cara?

    -Não, o que?!

    -Cara, vai no Instagram e vai no explorar. Mas tipo assim, agora.

    -Tá, pera. -Ele disse e ficou silêncio durante alguns segundos. -Mas o que é pra eu ver?

    -Ah, você vai saber assim que você ver. Tenta ir no...

    -CA.

    -Hm?

    -RA.

    -Que, cara?

    -LHO.

    -Ihhh, lá vem.

    -OH.

    -...

    -NA.

    -...

    -NA.

    -Terminou, moço?

    -SE EU TERMINEI DE MORRER COM A SELFIE SUA, DA MILLIE E DA ALISON?!

    -Selfie? Mas eu não postei essa foto.

    -DANE-SE, É UMA SELFIE QUE EU TO VENDO. VOCÊS TRÊS, DIZ QUE É A ALISON!

    -De que conta veio essa foto?

    -É UM PRINT DO STORIES DO NOAH, ANDA, ME EXPLICA.

    -Bom... Nasceu! UAUUU!! Né, filha?! Iti, ela é a coisa dotosa do papai, ela é! -Disse numa voz retardada, enquanto a admirava no meu colo.

    -FINN! MAS QUANDO QUE NASCEU?! QUE, COMO ASSIM?!

    -Se lembra que eu estava em Paris? -Perguntei, enquanto apoiava o bebê-conforto na bancada da sozinha, como estava anteriormente.

    -Sim!

    -Nasceu no dia que eu voltei. Na madrugada.

    -Mas não faltava uma semana?!

    -Pois é, mas ela quis ser prematura de uma semana, uai. Fazer o que? Deixa ela.

    -JESUS, QUE COISA LINDA!

    -É, você tem que ver. Ela é linda.

    -AH, DEVE SER!

    -Depois, quando tu puder você passa aqui.

    -Beleza, eu te aviso.

    -SHOW, SHOW!

    -UHUUL!

    -YEAH!

    -Coisa de maluco.

    -Eu hein.

    -Mas cara, é sério, me manda várias fotos dela depois. VÁRIAS, OUVIU?!

    -Ouvi, menino. Se acalma.

    -Não dá! A Millie tá aí?

    -Tá dormindo, ainda.

    -Ah é, o bonitinho acordou cedo.

    -Você também, mula.

    -Por isso mesmo, o bonitinho sou eu.

    -Nossa, ok então.

    -MEU AMOR, VOCÊ NÃO É BONITINHO! VOCÊ É PERFEITO. TÁ?! TÁ.

    -É verdade esse bilhete.

    -Totalmente. Mas enfim, quando ela acordar me avisa. Vou querer dar os parabéns pra ela.

    -Beleza, aviso sim.

    -Mas e a história da garota lá, o que aconteceu?

    -Ah, relaxa. Quando a gente se ver eu te conto. É longa a história.

    -Ahh, meu Deus... Essa eu vou amar! -Disse em meio de risadas.

    -Mano, eu fiz muito estrago com a garota, HAHAHHA, TADINHA!

    -PORRA, QUE QUE TU FEZ?!

    -Nada que ela não tenha pedido.

    -Ok, então. Depois a gente se fala. -Disse ainda rindo.

    -Tranquilo. Parabéns pela Alison.

    -Valeu, cara.

    -E ela é minha sobrinha, tá ouvindo?!

    -To.

    -OUVIU, NÉ?!

    -OUVI, CACETA!

    -OK! BEIJOS, LINDO!

    -BEIJÃO, AMORE! -Desligamos.

    Permaneci encostado na bancada com Alison em meu colo, enquanto o café ficava pronto.

    -Quem escolheu essa família louca foi você, então nem vem. -Apliquei um beijo em sua bochecha.

 

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    Acordei me sentindo bem melhor. Foi uma noite muito gostosa e aconchegante.

    Me espreguicei e virei para o outro lado da cama, não o encontrando. Sendo assim, chequei o horário e me assustei por ele já ter levantado, sendo que estava tão cedo.

    Lavei meu rosto e penteei meus cabelos. Sempre faço isso ao acordar.

    Havia dormido apenas com um blusão que tenho e com a calcinha de alguma lingerie, mas logo vesti um par de meias bem legal. Eram rosa e vinham até o joelho. Acho que ganhei esse par quando tinha uns treze anos, mas uso até hoje. Só quando estou em casa, óbvio.

    Comecei a sentir um delicioso cheiro de café ao descer as escadas. Foi só chegar no primeiro andar, que meu coração se amoleceu completamente.

    Avisto Finn de costas para mim, enchendo uma caneca com café quente, enquanto tinha Alison no colo. Doug se encontrava sentado ao lado dele, provavelmente rezando para cair algum alimento no chão e ele logo abocanhar.

     Abri um sorriso e me dirigi até lá.

    O abracei delicadamente por trás e apliquei selinhos simultâneos em seu pescoço, percebendo nitidamente o largo sorriso que ele abrira.

    -Te amo. -Disse, ainda o abraçando por trás, mas logo recebi um forte selinho dele em minha bochecha.

    -Também te amo. -Ele respondeu e eu logo peguei Alison no colo.

    -IIIHHH, PRINCESA LINDA DEMAIS!! -Disse e apliquei um beijo em sua bochecha. -Coisa linda da mãe, meu Deus do céu.

    -Deve estar com saudades de você. Estamos acordados desde cedo.

    -Bem que eu achei estranho você não estar na cama.

    -Pois é, eu acordei sozinho, tava muito cedo. Iam dar sete horas ainda. Daí eu fui no quarto dela e ela estava acordada no berço com os cobertores dela. Não chorou nem nada.

    -Ih, que coisa fofa. Mas o que vocês ficaram fazendo?

    -Eu comi alguma coisa e ela dormiu no meu colo.

    -Ela deve estar com fome. Já chorou?

    -Não, porque eu dei mamadeira pra ela.

    -Você o que?!

    -Isso aí mesmo.

    -PORQUE EU NÃO VI ESSA CENA!? DEVE TER SIDO LINDO!

    -Ah, e foi mesmo. Eu pedi da farmácia esse leite em pó aí que ela pode tomar e ela tomou tudo. Depois ela dormiu.

    -Awww, mas que amor vocês dois! -Meu coração derreteu.

    -Depois você vê. Ela ficou quietinha.

    -Claro, ela ama ficar com o papai, né, meu amor?! -Disse em referindo a ela, o que fez Finn rir um pouco.

    -Jack me ligou. Ele está doido pra ver ela. -Ele disse, enquanto deixava Alison no bebê-conforto.

    -Porque ele não vem hoje? Quer chamar?

    -Tudo bem?

    -Tudo, claro.

    -Bom, eu falo com ele, então.

    -E os meninos, falaram alguma coisa?

    -Ainda não, deve estar cedo. E o Caleb está no avião agora, é provável que mande mensagem depois.

    -Ah, sim. -Encostei na bancada, permanecendo de frente para ele, e logo me abraçou na cintura.

    -Dormiu bem?

    -Tirando a parte de vir na cozinha pegar água com um medo do cacete, dormi perfeitamente bem! -Rimos.

    -Mas foi legal.

    -Ah, foi sim. Incrível! -Brinquei de ironia e logo encostamos as testas.

    Apliquei um demorado selinho em seus lábios carnudos.

    -Posso saber que cheiro maravilhoso de café é esse? -Perguntei, com um sorriso bobo no rosto.

    -Eu fiz, porque sei que você é viciada em cafeína.

    -Bobo!

    -Mas é, você adora café.

    -Ah, eu amo.

    -Viu?

    -Obrigada. -Roubei outro selinho e logo me virei de costas para pegar a caneca de café, mas logo senti um tapa tanto forte e um aperto em minha nádega.

    Me virei para ele e fingi que não ri e que não gostei, mas na verdade eu adorei.

    -Já disse que seu tapa dói! -Disse na tentativa de disfarçar o sorrisinho, mas ele sabe muito bem que eu gostei. Até porque me abriu o mesmo sorriso.

    -Ninguém mandou estar com a raba pro alto. Deu mole. -Não consegui disfarçar a risada.

    -Você, Finn Wolfhard, é um ridículo. -Ia dizendo em meio de risadas e de um largo sorriso, enquanto ele fazia o mesmo.

    -Sou o ridículo que você mais ama. -Pegou em meus braços e juntou meus pulsos atrás de sua nuca, colando nossos corpos. -Disso eu estou certo.

    -Pode ser que esteja. -Abri um sorriso e apliquei um selinho demorado em seus lábios.

    Permanecíamos nos admirando, com sorrisos no rosto sem mostrar os dentes, até que um agudo latido toma conta do silêncio, nos fazendo rir bobamente.

    -Owww, filhotinho da mamãe tá com saudades, meu Deuzo! -Disse e logo o peguei no colo.

    -Daqui a pouco esse latido vai ficar forte pra caramba. Espera só.

    -Ah não, ele é bebê ainda, né, meu neném?! Iti, é sim.

    -Algum dia a puberdade chega.

    -Ah, mas eu não quero que ele deixe de ser bebê.

    -Mas não vai deixar. Só vai ser enorme, com latido forte pra caceta e vai sair trepando com tudo que ver pela frente. Faz parte. -Gargalhei alto.

    -Ah, meu Deus, só você! -Continuei rindo.

    -Mas é a verdade! -Riu comigo.

    -Eu sei que é. Só espero que não saia trepando com as pernas das pessoas.

    -Ah, com certeza vai.

    -Mas enfim... -Disse e logo nos sentamos nos altos bancos que haviam na bancada do meio da cozinha e logo comecei a tomar meu café. Acabei não comendo nada. -Hm, tá uma delícia isso aqui.

    -É, nisso aí eu já sou experiente.

    -HAHAHA, eu lembro quando estava na sua casa, daí a sua mãe começou a ficar muito puta contigo por causa do seu quarto. AÍ VOCÊ, HAHAHAHAHA, LEMBRA?!

    -Que?! -Perguntou rindo, sem entender nada.

    -Calma... -Disse e comecei a respirar fundo para parar de rir. -Ok. Daí você começou a fazer café e disse que era pra ela se acalmar e não ficar puta contigo. Ai ai, muito bom aquele dia.

    -Cara, você é muito aleatória!

    -Mas aquele dia foi hilário!

    -Porra, eu fiquei cagado de medo dela. Eu tenho medo da minha mãe, você não tem medo da sua?!

    -Tá brincando?! Quando ela me chama de “Millie”, fodeu. Tá puta pra caralho comigo.

    -A Alison vai ter medo de você. Se prepara.

    -Ah, mas é pra ter mesmo. TÁ OUVINDO, NÉ?! -Disse olhando para Alison. -MENTIRA, NENÉM, MAMÃE TE AMA! -Mandei um beijo estalado. -Mas se fizer merda, já viu. Vou logo avisando.

    -Já vi que quando você brigar com ela, ela vai vir pra cima de mim, porque eu sou o pai tranquilo que protege a filha e acalma a mãe nervosa que quer matar todo mundo.

    -DUVIDO! Espera só ela ouvir um grito seu pra ver se não vem correndo pra cima de mim pra ficar protegida.

    -Ah, nem é tanto assim.

    -Ah, não?! Vamos ver.

    -Ah não ser que seja tipo: “ALISON, VAI DORMIR, PORRA!”. Aí vai ser foda.

    -Po, aí até eu teria medo de você depois desse... -Ia dizendo, até ouvir algo que nos chamou a atenção. -Ah, meu Deus.

    -Puta merda, mas foi sem querer! -Ele disse se levantando da cadeira. Sim, Alison havia começado a chorar pelo grito dele.

    -Finnie, você assustou ela!

    -Filha, desculpa, papai fez em querer! -Ele disse pegando-a no colo. -Millie, e agora?!

    -Vai passar, só faz carinho nela.

    -Pronto, já passou. Deus, me perdoe.

    -Calma, ela tá bem!

    -Eu nunca mais vou me perdoar depois dessa, mano. -Ele disse enquanto a aninhava nos braços dele. Já havia parado de chorar.

    -Finn, fica tranquilo. Foi só um susto.

    -Eu espero. -Se sentou ao meu lado, com ela nos braços.

    -Pronto, ela tá bem. -Disse ao fazer um carinho nela. -Ai...

    -Que houve?

    -To com dor.

    -Dos pontos?

    -Sim. O foda é que ainda tem duas semanas com isso.

    -Mas depois vai passar. -Disse acariciando minha perna. -Passou a pomada?

    -Não, eu esqueci.

    -Po, Mills...

    -Foi mal, vou passar daqui a pouco.

    -Quer deixar pra descansar hoje e chamar os meninos outro dia? Por mim tudo bem, só quero que você fique confortável.

    -Está tudo bem, amor, eles podem vir. Sério.

    -Ok, mas qualquer coisa você fala comigo.

    -Relaxa.

    Terminei de beber o café quente e logo fomos nós três para o sofá.

    Ficamos um tempinho juntos conversando e assistindo à TV. Também ficamos brincando com Alison e Doug.

    Mandamos mensagens para o pessoal e eles confirmaram que viriam hoje à tarde. Todos juntos. Também mandamos mensagem para Jack, mas ele não sabe ainda se conseguirá vir.

    Não demorou muito e começamos a fazer os essenciais.

    Dei banho na Alison enquanto Finn tomava o dele e logo tomei o meu. Também arrumamos algumas coisas que podiam estar bagunçadas e lavamos a pouca louça que tinha.

    Já estava tudo pronto para poder recebe-los. Era a primeira vez que eles iriam na nossa casa nova. Digo, a casa em que moro com Finn agora. Acho o máximo dizer isso. Às vezes falo pra ele: “A CASA É NOSSA, PORRA!” e faço mó festa com isso.

    Algumas horas se passaram e permanecíamos nos distraindo, até que escutamos os latidos de Doug e a campainha logo nos chamou a atenção.

    -Graças a Deus! -Disse enquanto me levantava com Finn.

    Pegamos Alison e Doug no colo.

    Abrimos a porta e fomos recebidos por todos, acompanhados de vários balões.

 

    -SURPRESAAAAA!!!!

   


Notas Finais


AMO VOCÊS!!!!! <3 <3 <3


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