1. Spirit Fanfics >
  2. Am I Loving You? >
  3. 2 Temp. - FELIZ ANIVERSÁRIO, FINNIE!

História Am I Loving You? - 2 Temp. - FELIZ ANIVERSÁRIO, FINNIE!


Escrita por: GiowObsessed

Notas do Autor


OpA, sExToU NoVaMeNtE (Qual é o meu problema?)
OI, AMIGUINHOS, COMO ESTÃO?! ESPERO QUE ESTEJAM BEM, POIS EU ESTOU SUR TAN DO, S U R T A N D O PRO DIA 04 DE JULHO, GENTE, JÁ PREPARA O CAIXÃO! (Credo, afasta, Senhor)
ENFIM! TROUXE O CAPÍTULO DO ANIVERSÁRIO DO NOSSO FINNIE!! ITI BEBÊS PERFEITOS DE MINHA VIDA <3
OK, BOM CAPÍTULO, MORES!!

Capítulo 67 - 2 Temp. - FELIZ ANIVERSÁRIO, FINNIE!


    Dia 23 de dezembro

   

    Millie

 

    E finalmente chegou. Hoje é o dia dele.

    Nem dá pra acreditar. Nem dá pra acreditar que já se passou um ano inteiro que todas aquelas terríveis situações aconteceram. E que hoje completa exatamente um ano daquela festa surpresa de aniversário que todos nós fizemos pra ele, poucos dias antes do incrível natal que tivemos em família, e da virada do ano inesquecível que vivenciamos todos juntos. Só de me lembrar dessas coisas, já abro um sorriso enorme involuntariamente, apenas por terem sido os melhores momentos da minha com eles. Assim como eu tive a melhor “época” que já pude ter vivenciado com o Finn e com os meninos. Podemos dizer que, realmente, muita coisa aconteceu em somente um ano. Muita coisa muito feliz e inesquecível. Acho que esse ano está sendo o melhor da minha vida inteira, até agora. Acho não, tenho certeza.

    E chegamos no dia vinte e três de dezembro. Dia do aniversário dele. Dia em que ele completa dezenove anos de vida, me orgulhando a cada dia mais. Sendo amado por mim a cada dia mais, se é que é possível.

    Permaneci quase que o mês inteiro pensando no que fazer para comemorarmos. Também no presente dele, que eu faço toda a questão de dar. Quero dar algo que ele ame, que seja insubstituível, que custe o preço que for, apenas pra deixá-lo feliz. E pra mostrá-lo, mais uma vez, o quanto eu o amo. Mas o Finn me conhece e sabe muito bem como eu sou em relação às minhas provas de amor por ele. E eu também sei como ele é nesse quesito, nós não nos preocupamos o tempo todo com presentes ou coisas caras. É óbvio que fazemos questão de presentearmos um ao outro nessas datas, mas nós dois sabemos que todas as nossas provas de amor vêm através de atos e ações. Demonstrações de amor e carinho, assim como todo o relacionamento deveria ser. Bom, nós fazemos desse jeito. Então, já que eu não queria me preocupar tanto assim com o presente, pelo simples fato de ele já começar o dia comigo e com nossos filhos na nossa casa, e queria um pouco de privacidade para comemorarmos só nós quatro, e não com tanta gente dessa vez, pensei em algo que não podia falhar. Na verdade, podia. E eu preciso tomar bastante cuidado com isso, mas eu vou tomar. Espero que ele não descubra nada enquanto eu organizo as coisas e não estrague a surpresa.

     A ideia é o seguinte: Ainda é madrugada do dia vinte e três. Ou seja: Ele está na cama dormindo ao meu lado. E eu permaneço meio acordada, porém abraçada a ele como se já estivesse dormindo há muito tempo. Estou esperando a Alison chorar, que provavelmente vai ser daqui a pouco. Feito isso, vou levantar e ficar com ela. E logo vou para o primeiro andar organizar tudo. Graças a Deus, Safira conseguiu arranjar todos os itens de festa dos quais eu precisava. E ele sem desconfiar de nada, mesmo morando comigo, pois eu sei ser bem discreta. Sei arrumar meus planinhos. Sendo assim, vou arrumar as coisas para surpreendê-lo ao acordar. E essa será a nossa comemoração, e ao mesmo tempo o “presente” dele, porque ele é um chato e não me diz o que gostaria de ganhar. Mas acho que ele vai gostar. O que me preocupa é o fato de eu ter que fazer tudo sozinha, e eu não levo muito jeito para essas coisas de organização. Mas por ele eu tento.

    -Millie? -Ele me chamou baixinho, num tom bem sonolento, mas eu não respondi. -Amor?

    -Hm? -Respondi.

    -Meu braço tá dormente. -Ele disse, por estar de conchinha comigo há um bom tempo. Sendo assim, nos ajeitamos em outras posições. -Tava dormindo?

    -Sim. -Afirmei num tom sonolento e me virei de frente pra ele. -Por quê?

    -Não demorou pra responder. Achei que estivesse acordada. -Ele disse. Ri abafado.

    -Você sabe que eu tenho sono leve. -Acariciei seu tronco.

    -É, tem razão... -Deu um suspiro e apertou os olhos com os dedos.

    -Você tá bem?

    -Sim, é que tá complicado pra dormir.

    -Por que, amor? O que você tem? -Perguntei e apoiei minha cabeça em minha mão, após apoiar meu braço na cama para vê-lo melhor. -Está ansioso? -Acariciei seus cabelos.

    -Não, só não consigo pegar no sono. Acordo o tempo todo.

    -Tem certeza? -Comecei a acariciar seu rosto com delicadeza, do jeito que ele gosta. -Pra mim você estava dormindo tão bem.

    -É... Sei lá, só espero pegar logo no sono.

    -Você vai. Fica tranquilo. -Disse e abri um sorrisinho. -E vai acordar muito bem amanhã pra comemorarmos. -Toquei na pontinha de seu nariz, fazendo-o pegar na minha mão, a mesma qual eu ainda o acariciava, e a encheu de beijos.

    -Vem cá. -Me chamou para mais perto dele, e assim eu fiz. Me aconcheguei nele, após ele envolver minhas costas com um braço e ali começar um carinho bem gostoso, mantendo meu tronco colado ao dele. Nossas pernas até se entrelaçavam um pouco.

    -Relaxa e dorme, tá? -Sussurrei ao começar a fazer um carinho bem gostoso nos cabelos dele, novamente. -Me chama se precisar.

    -Fica tranquila. -Afirmou e demos um selinho bem gostoso nos lábios um do outro. E me aninhei nele mais ainda.

    E a partir disso, comecei a ficar um pouco preocupada. Se ele não conseguisse dormir bem, poderia acabar percebendo que eu estaria ocupada com alguma coisa lá embaixo e acabar indo ver. Mas eu vou dar meu jeito. E eu espero que nada dê errado.

    Se passou um bom tempo e até eu acabei pegando no sono. E acredito que ele também acabou dormindo bem, pois não nos mexemos um minuto sequer pelo aconchego e relaxamento que tivemos. E ainda continuaríamos tendo, se não fosse pela Alison, que começou a chorar. Nem enrolei um pouco na cama, para não correr o risco dele acabar acordando, e logo fui para o quarto dela.

    -Oi, meu amor! -A retirei do berço e a aninhei em meu colo. -Ei, está tudo bem. Mamãe está aqui com você, tá? -A acariciei e comecei a amamentá-la, deixando-a completamente calma. E eu a admirava com um sorriso em meu rosto. Só queria que o mundo soubesse o quanto eu sou feliz e grata por tê-la na minha vida. E não que eu simplesmente a aturo, porque não tive escolha do que fazer com ela, como muita gente pensa por aí. Mas ela sabe o quanto eu a amo. Sabe que eu e Finn a amamos demais, um amor além da conta. Chega a ser impressionante.

    -É, você sabe que papai e mamãe te amam, não sabe? -Assenti para ela, que me admirava enquanto mamava. -Eu sei que você sabe, minha princesa. -Abri um sorriso novamente. -E quer saber? Hoje é aniversário do papai. -A acariciei e ela encostou a mãozinha em meu seio. -Sim, hoje é aniversário dele. E você vai ter que me ajudar com a surpresa, tudo bem? -Soltei uma risada. Ela é a coisa mais fofa que já vi na minha vida. -E não conta pra ele, mas tem um bolo na geladeira o esperando. -Peguei na mãozinha dela e a beijei, enquanto ela segurava em meu dedo.

    Ficamos ali acordadas durante um bom tempo, até porque ela não é tão rápida pra mamar, então fico ali à disposição dela. Então ela finalmente se deu por satisfeita e eu permaneci ali com ela em meu colo, para ver se ela pegava no sono de novo. E quando já estava quase fechando os olhos, a coloquei no berço e a apliquei um beijo. E então, dormiu.

    -Eu te amo, filha. -Sussurrei ao acariciá-la e dei outro beijo nela. Sendo assim, saí do quarto e encostei a porta. -Ok, gatinho, agora você precisa me ajudar e não acordar tão cedo. -Disse me referindo ao Finn, e voltei para o nosso quarto, logo me aproximando dele. -Finn? -Sussurrei e nada. -Lobinho? -E nada. Só preciso garantir. -Ei, quer fazer amor gostoso? -E minha resposta foi o silêncio, me fazendo abrir um sorrisinho. -É, está dormindo profundamente. -Dei um rápido beijinho nele e saí do quarto, fechando a porta em seguida. -E a noite começa agora.

    Fui para o quarto no final do corredor, o que contém algumas das nossas tralhas, e logo peguei as duas grandes caixas, quais continham tudo o que eu precisava. E logo depois peguei o grande e pesado cilindro de gás hélio. Eu não faço a menor ideia de como se usa esse negócio, então não vou me surpreender se eu acabar fazendo merda.

     -Ufa. -Me sentei no sofá, após deixar tudo aquilo ao meu lado no chão. E adivinhem quem estava ao meu lado no sofá? Ninguém mais, ninguém menos do que meu cachorro deitado de barriga pra cima e com a língua pra fora. Está apenas dormindo, fiquem tranquilos.

    Não demorou muito e logo liguei a TV da sala para me distrair um pouco, enquanto me seguro pra não surtar, somente por não saber fazer um nó no balão de ar. A cada cinco balões que encho com esse gás hélio, quatro eu deixo escapar por não conseguir dar o nó. Estava sendo complicado, mas acho que já peguei o jeito. E sobre o cilindro de gás? Tive que assistir talvez vários vídeos no Youtube pra conseguir usar isso direito. E vamos dizer que até agora eu não esteja usando muito bem, mas vamos fingir que eu sei fazer.

     Eram balões coloridos, até que bem bonitos, já lá em cima no teto. Alguns com linhas amarradas neles para ser mais fácil de movê-los. Sim, somente alguns, pois perdi a paciência de amarrá-las nos balões e deixei pra lá. Mas tudo bem, depois a gente se vira pra tirá-los do teto.

    -Bom... -Disse após soltar o último balão que enchi, observando-o subir até o teto. -Acho que já deu. -Disse orgulhosa ao ver uns vinte e poucos balões lá no alto. -O que achou, filhote? -O acariciei, fazendo-o acordar. -Pois é, está ótimo. -Me levantei do sofá e logo me deparei com todo o resto do primeiro andar, sem balão algum. -Tá de sacanagem?! -Revirei os olhos e me sentei novamente. -Por que é que essa casa tinha que ser enorme, hein? -E lá vou eu de novo. Enchi mais vários balões e os espalhei pelo resto da casa. Ok, confesso que tive que pegar uma vassoura e os espalhar pelo teto com cuidado, porque eu não tenho altura pra fazer isso. Nem mesmo pulando. -Isso, muito bem. -Dizia, enquanto os guiava com o auxílio da vassoura. -Muito bem, sem estourarem. -Confesso que estava bem engraçado. Doug me olhava com a cabeça virada para o lado. -Que que é? Vai ficar me olhando fazer isso tudo sozinha? -Perguntei pra ele, fazendo-o vir até mim. E começou a se divertir bastante com os balões, pois pulava alto, com o rabo abanando, tentando pegá-los. Ele é um fofo.

    E finalmente – finalmente mesmo, porque eu não aguentava mais – terminei de encher e de espalhar balões pelo primeiro andar, e apenas concluí tudo com algumas coisas decorativas que ainda haviam nas caixas. E acreditem, até eu terminar tudo, já havia amanhecido. Mas eram umas seis e pouca da manhã, ele não vai acordar por agora.

    Subi para tomar meu banho, e quando fui deixar Alison dormindo no bebê-conforto para ficar perto de mim no banheiro, percebi que ela já estava acordada. Então, entrei no banho com ela. Assim eu já dava o dela também.

    Demoramos para terminar, é claro. Além de precisar tomar muito cuidado ao dar banho nela, eu também que tinha que tomar o meu. E eu só tinha uma mão disponível para isso, mas eu consegui. É claro que eu consegui. Sendo assim, me enrolei na toalha, após a embrulhá-la na mini toalha dela – que é a coisa mais fofa do mundo, pois tem um capuz com orelhinhas rosa de gatinho – e fui para o quarto dela, para escolher a sua roupa. E que pra ser sincera, é a minha parte favorita. O mini closet dela é surreal de lindo. Sem contar das roupinhas que ela tem, cada uma mais linda do que a outra. Realmente, eu e Finn arrasamos nesse quesito.

    -Qual que a gente escolhe pra você, hein, meu amor? -Perguntei pra ela, enquanto procurava uma roupinha bem bonita para o dia de hoje. Até que encontrei a maravilhosa peça que compramos no meu quinto mês de gravidez. A roupinha preta com a escrita em rosa “Daddy´s Rockstar”. Sem esquecer da linda sainha preta que faz parte do body. Era a primeira vez que ela a usaria. E é a perfeita ocasião, pois o Finn ama essa roupinha dela. -Olha, Alison, você vai gostar tanto dessa roupa, quanto seu pai gosta. Disso tenho certeza. -E logo comecei a vesti-la. -Ah, meu Deus! -E não é que ficou perfeita nela?  -Oww, filha, ficou lindo em você! -A peguei no colo para admirá-la melhor. -Mas que amor! -A apliquei vários beijos. Mas ainda faltava uma coisa, então peguei um dos vários acessórios que ela tem, que era uma faixa preta bem confortável com um laço da mesma cor, um laço bem fofo e lindo. Ou seja: A deixou mil vezes mais fofa. -Agora sim. -Abri um sorriso. -O preto comina com o mel dos seus olhos. -Minha mãe sempre me disse isso. E essa frase nunca fez tanto sentido pra mim até agora.

    Voltei para meu quarto, me certificando de que ele ainda dormia, voltando para dentro do banheiro em seguida para começar a me arrumar. Então dei início à maquiagem. Nada demais, apenas pra ficar um pouco mais arrumada e pra dar vida ao meu rosto com uma maquiagem mais rosadinha e bem natural.

    Até que nem foi tão difícil. Pelo fato de estar com ela em meu colo, pensei que seria bastante complicado, mas foi tranquilo. Bom, pelo menos estava sendo tranquilo.

    -Ok, estou quase terminando. -Mordi o tubinho do rímel e comecei a abri-lo com a minha única mão livre, para aplicá-lo em meus cílios. E eu estava conseguindo de boa, até que comecei a perceber que ela queria agarrar o tubinho ainda preso em minha boca. -Não. -Falei meio desajeitado ao virar meu rosto pro lado, e assim ela não o pegar. Mas não adiantou, pois ela tentou novamente. -Não, Alison. -Continuava concentrada no que fazia, mas ela continuou. -Para! -Disse ao virar meu rosto para ela, fazendo-a rir de mim. -Isso, pode rir, só me deixa terminar isso aqui. -E eu consegui terminar. Mas enquanto eu o fechava, com ele ainda preso à minha boca, ela quase o agarrou de novo, em meio de risadas. E eu apenas o tirei de minha boca e a olhei seriamente, fazendo-a cessar as risadas de imediato. Acho que a deixei com medo, o que me fez começar a rir por achar fofo a situação. E ela começou a rir comigo. Na verdade, estava gargalhando comigo. -Shhh! Pronto, filha passou. Vai acordar o papai assim. -Disse tentando conter a risada, enquanto ajeitava seu acessório. E ela ainda bem agitada rindo bastante. Ai, gente, que coisa mais gostosa. Não aguento. -Pronto, fica calminha. -Apliquei um beijo nela e a pus no bebê-conforto, que havia deixado na grande bancada da pia do banheiro. E então, dei um jeito em meus cabelos, apenas uns cachos bem naturais feitos na pressa. É a melhor coisa, pois quanto mais desajeitado eu os faço, mais naturais ficam. E mais bonitos também. Feito isso, apenas vesti a blusa com qual eu havia dormido, que é um blusão social branco do Finn. E que a propósito fica muito bem em mim, apesar de ser bem confortável e muito “sexy”, segundo ele. Pois sim, ele gosta de me ver vestindo as roupas dele, e eu gosto mais ainda. Então tá sucesso.

    Terminei de me arrumar e desci para o primeiro andar com a Alison. A estava no bebê-conforto, qual eu deixei na bancada da cozinha, podendo me ver e saber que eu estava ali com ela. A deixei com um brinquedo que ela gosta e dei a chupeta dela, pra deixá-la bem calminha enquanto eu arrumo e faço o essencial para comermos de manhã. Até porque, àquela altura eu já estava com bastante fome. Apenas fiz o café, que é essencial nas nossas manhãs, e organizei as frutas que ele gosta de um jeito bem bonitinho. E ele adora frutas, está sempre comendo alguma, então vai ser uma boa ideia. Mas eu não pude deixar de adicionar uma besteirinha ali, como um potinho de Nutella. Qualquer um merece uma gordice pra começar o dia bem.

    Permanecia sentada à bancada, acariciando minha filha com uma mão, enquanto eu segurava o jornal com a outra. Pois é, pela primeira vez na vida eu estava lendo o jornal. Até que é mais interessante do que pensei, porém só estou fazendo isso enquanto espero o café ficar pronto. Mas graças a Deus, uma ruiva maravilhosa me tirou do tédio, após eu notar seu número chamando na tela de meu celular.

    -Oi, coisa maravilhosa.

    -Oi, coisa angelical. -Ela disse e nós rimos.

    -Uau, nós somos fofas.

    -É, nem me fale. -Ela riu.

    -Bom dia, Sads.

    -Bom dia, Mills. E aí, como estão?!

    -Estamos ótimos. Um pouco ocupados, porém estamos ótimos.

    -Sim, eu já imaginava.

    -Pois é. -Ri. -O que está fazendo acordada?! Ainda está cedo!

    -“Cedo”?! -Ela riu. -E desde quando nove e meia da manhã é cedo pra vocês, depois que a Alison nasceu?!

    -“Nove e meia da manhã”?! -Perguntei surpresa.

    -Sim, por quê?!

    -Nossa, eu estava mesmo ocupada... -Ri abafado.

    -Como assim?

    -Estou acordada desde madrugada organizando as coisas pro dia de hoje. Ele merece.

    -Ah, mas é claro que merece! E que bom que tocou no assunto, porque eu tenho duas coisas pra dizer. A primeira é: -Limpou a garganta. -GAROTA, SEU CUNHADO VAI CASAR!

    -SIM, ELE... -Me controlei. -Sim, ele vai! -Disse bem empolgada.

    -ME CONTA ISSO AÍ!

    -Ah, o Finn sabe melhor das coisas. Bom, eu acho. -Ri.

    -Imaginei, mas eu liguei pro celular dele pra comentar e pra dar os parabéns, mas está fora de área. Ele está aí?

    -Sim, eu desliguei o celular dele ontem antes de dormirmos.

    -Por quê?

    -Porque eu sabia que iriam ligar pra ele bem cedo, e ele não pode acordar ainda, se não estraga tudo!

     -Ah, sim, ainda chegaremos nesse assunto, que eu to ansiosa pra saber! -Ela disse e eu ri. -Mas, Mills, que convite lindo! Foi tão do nada, o Finn nunca comentou sobre isso e nem você!

    -Pois é, descobrimos no dia do nascimento da Alison. Mas nós deixamos na surpresa, mesmo.

    -Então vocês sabiam que ele e a Jenna iam nos chamar?!

    -Sim, eles...

    -Pera, os meninos também vão, né?!

    -Mas que pergunta! -Ri de deboche. -É óbvio que vão!

    -Ah, que legal! Falta tão pouco!

    -Sim, eu estou muito ansiosa!

    -E eu estou sabendo que você e o Finn são padrinhos! GENTE, QUE AMOR, QUE TUDO!

    -Sim, eu pirei também, ok?! É a nossa primeira vez como padrinhos de casamento!

    -E vocês vão juntinhos de braços dados! No casamento do irmão dele, que é seu cunhado! Nossa, como eu amo isso!

    -Realmente, é algo bem inacreditável. -Afirmei com um sorriso no rosto.

    -Total! Que sonho ver vocês dois lá! -Rimos. -Vai ser incrível, vai ser muito lindo!

    -Vai sim.

    -E aí?! Já viu o vestido?!

    -SIM!! Sim, eu vi com o Finn no início do mês!

    -AI, E COMO É?!

    -É lindo, Sads! É perfeito!

    -Com certeza! Qual é a cor?!

    -Ah, deixa ser surpresa!

    -Aff, que ansiedade!

    -Tá bom, é marsala!

    -MILLS, É UMA COR LINDA!

    -É lindíssima, você tem que ver!

    -Ai, você vai arrasar tanto, vai ficar mais poderosa do que já é!

    -Ah, e você também vai! Quero te ajudar a escolher o vestido, já aviso logo.

    -Pode deixar! -Riu. -E a roupa do Finn?

    -Ele quer resolver por último, ainda estamos decidindo o vestido da Alison.

    -AI, MEU DEUS, PARA TUDO QUE ELA VAI ESTAR DE VESTIDINHO!

    -Ih, ela vai ficar que nem uma princesa! -Ri. -Já não sabe como eu sou?!

    -NOSSA, VAI SER A COISA MAIS FOFA QUE EU JÁ VI! IMAGINA O FINN DE TERNO COM ELA NO COLO DE VESTIDINHO, JÁ PENSOU?!

    -PARA DE ME DEIXAR ANSIOSA! -Rimos.

    -Desculpa, vou me controlar.

    -Melhor mesmo!

    -Mas Millie, porra, sonho.

    -Se esse é o seu sonho, imagine o meu.

    -Aww, olha você apaixonada!

    -Sossega, tá?! -Rimos novamente. -Só sei que estou muito ansiosa.

    -Todos nós. -Deu um suspiro. -E o de vocês, hein...? -Perguntou numa voz maliciosa.

    -“De vocês” o quê? -Perguntei confusa.

    -O casamento de vocês!

    -Ah... -Ri. -Deve estar longe, ainda.

    -Como assim “deve estar longe”?! Nada disso!

    -É sério, Sads.

    -Mas vocês não conversam sobre isso?

    -Sobre nos casarmos?

    -Sim!

    -A gente não toca muito no assunto. Deixamos acontecer naturalmente.

    -Mas vocês não tocam no assunto porque não gostam de falar sobre isso?

    -Não, é claro que a gente gosta! Esse ano ele já me disse várias vezes que quer se casar comigo, até porque ele sabe que eu também quero me casar. Mas nós não pensamos tão sério no assunto, pelo menos não ainda. Talvez não seja o momento certo pra isso e não queremos forçar.

    -Sim, eu entendo.

    -Até porque, a maior parte nós já fizemos. Já moramos juntos e temos uma filha. E nós temos alianças, só vamos esperar um pouco pra nos casarmos oficialmente no papel. -Disse e dei uma risada. -Nossa vida ocorreu de trás pra frente, como minha irmã diz.

    -Como assim? -Ela riu.

    -O “ideal” seria termos casado, depois morados juntos, e aí os filhos. E essas coisas “deveriam” estar acontecendo daqui a uns vinte anos. Mas eu não ligo pro “ideal” e nem para o que “deveria” ser. Você sabe.

    -E estão completamente certos. Sejam felizes do jeito que querem ser! Nada tem um tempo definido, como todo mundo diz, pra acontecer as coisas se vocês dois se amam e têm certeza do que fazem, Millie. O que os outros acham não importa, só sejam felizes! -Ela disse, me fazendo abrir um grande sorriso.

    -Eu te amo, tá? -Disse e ela riu.

    -Eu também te amo, tá? -Rimos. -Mas eu te entendi. E que bom que vocês conversam sobre isso, a relação de vocês é bem forte.

    -É sim. -Sorri e admirei a Alison. -E o que nos fortalece é a nossa filha.

    -Para, eu vou chorar.

    -Desculpa. -Ri.

    -Tudo bem.

    -Mas, fica tranquila. Quando a gente se casar, nós chamamos vocês. -Brinquei.

    -Ah, como se não fossem! -Ela riu.

    -E quem sabe não chamamos um casal para ser nossos padrinhos, hein...? -Disse me referindo a ela e ao Caleb. E ela entendeu.

    -PARA, MILLIE, DE ME DEIXAR ANSIOSA!

    -Desculpa, é engraçado! -Disse em meio de risadas com ela.

    -Nossa, Deus me livre. Se eu vejo você de branco, entrando na igreja com um buquê nas mãos, enquanto o Finn te espera no altar, eu faleço.

    -Credo, Sadie! -Rimos.

    -Ué, é a verdade!

    -Ok, então fica tranquila que você não vai falecer tão cedo, tá?!

    -Chata! -Ela brincou. -Ok, a segunda coisa que eu queria dizer é: O ANIVERSÁRIO DELE!

    -Sim!

    -Então, que surpresa é essa que você está fazendo?!

    -Ah, estou fazendo uma festinha pra gente aqui em casa. Só pra nós.

    -Oww, que lindo!

    -Pois é, eu organizei várias coisas aqui em casa com a decoração de festa. E além disso, ainda tem toda a decoração de natal, então está bem bonito mesmo.

    -Nossa, é mesmo! Já arrumaram as coisas pro natal, então?!

    -Bom, nós enfeitamos bastante a casa por dentro e por fora. Foi bem divertido.

    -Que lindo, eu fico tão feliz!

    -Obrigada Sads. -Ri. -E nós temos duas árvores de natal na sala, porque talvez eu me empolgue.

    -Tiveram disposição pra isso?!

    -Que nada, fizemos tudo ontem. -Rimos. -Então agora temos decoração de festa e natal, duas coisas que ele gosta bastante.

    -Sim, ele com certeza vai amar!

    -Assim eu espero.

    -Você ainda duvida?! Pelo amor de Deus, Millie, ele vai passar o aniversário com você e com a filha dele, isso já é tudo que ele quer! Já é um presente só seu!

    -É... -E abri um grande sorriso outra vez. -E isso me deixa tão feliz, que você nem sabe o quanto.

    -Ah, eu sei, deixa todos nós felizes! -Ela riu. -Então, ele ainda está dormindo?

    -Sim, eu já vou acordar ele.

    -E a Alison? Vocês disseram no grupo que ela já começou rir, é sério?!

    -Sim, ela ri demais!

    -ITI, EU QUERO VER!

    -Ela ri bastante, quando está com sono então...

    -Oww, imagina esse sorriso todo babado, ti coisa gostosa!

    -É sim. -Ri.

    -Vocês devem ter se emocionado bastante.

    -Tá brincando?! Eu chorei pra cacete!

    -AAAA, OLHA VOCÊ SENDO MAMÃE!

    -Até o Finn chorou!

    -AAAAA, OLHA O FINN SENDO PAPAI!

    -Amiga, tá passando mal?! -Ri.

    -Ai, Millie, é muito fofo! Você não acha fofo?!

    -Mas é claro que eu acho!

    -Então pronto! -Rimos. -Por favor, tenta gravar ela rindo e me manda!

    -Pode deixar. Eu iria mandar uma foto dela mesmo, vocês vão amar a roupa que ela está vestindo.

    -Como é?!

    -Ah, é linda. Escolhi mais por causa do Finn.

    -Como assim?

    -Bom, vamos dizer que tem escrito: “Rockstar do papai”

    -MILLIE, VOCÊ QUER QUE O FINN MORRA DE AMOR E FOFURA HOJE OU AMANHÃ?!

    -Se acalma, ele já viu essa roupa! Ele comprou comigo.

    -Tudo bem, mas puta merda também! -Ela disse, me fazendo rir.

    -Ai, gente, amo essas reações de vocês.

    -Ah, com certeza ama! -Ela disse de ironia. -Mas vocês têm planos pra comemorar à noite?

    -É, eu pensei em sair com ele pra jantar.

    -Hm, que chique!

    -Mas não sei, não queremos ficar tão expostos pra mídia desse jeito. Não por enquanto.

    -Sim, eu já imaginava. Mas então, vocês devem estar em casa à noite, certo?

    -Bom, até onde pretendemos sim.

    -E à tarde? Vão fazer alguma coisa?

    -Ah, sim. Vamos almoçar juntos na casa dos pais do Finn. Só nós, os pais, e o Nick com a Jenna. Nada muito exagerado.

    -Que incrível, aposto que vai ser bem legal!

    -É, vai sim. A companhia deles é muito boa. -Afirmei com um sorriso.

    -Com certeza. -Riu. -E devem voltar pra casa muito tarde?

    -Hm... Acho que não. Até anoitecer, já voltamos pra casa. -Ri e franzi a testa. -Por quê?

    -Por nada, só queria saber como vão comemorar o dia de hoje!

    -Ah, sim. Bom, de qualquer maneira, a nossa festinha aqui em casa já está garantida.

    -Está sim. -Riu. -E você já pensou em um momento só de vocês dois pra comemorar...?  -Perguntou, me fazendo revirar os olhos em meio de risadas.

    -Sadie!

    -Que foi?!

    -Menos, agora eu sou mãe de família. -Disse e ela gargalhou.

    -OK, EU CONTO OU VOCÊS CONTAM?!

    -O que é?! -Ri.

    -Flor, você acha mesmo que eu não sei que o seu resguardo já acabou e que eu não sei que vocês já transaram?!

    -O Finn te contou?!

    -Ninguém me contou nada não, eu mesma sei!

    -Ah é?! E por que tem tanta certeza disso?!

    -PORQUE ESTÁ ESTAMPADO NA CARA DE VOCÊS! -Ela riu comigo.

    -Ai, você é chata!

    -Você que acha que engana alguém! “Sou mãe de família”. Sim, você é mãe da filha do Finn, e vocês dois são uns safados ambulantes, ponto final! -Ok, já estava gargalhando.

    -Só você, mano!

    -Tá vendo, a chata é você! -Brincou.

    -Ah, tá bom. Você venceu. -Ri.

    -Obrigada!

    -E eu estava brincando, tá?! Como se eu fosse parar de transar com ele porque tivemos filha. -Debochei.

    -Então hoje rola?!

    -Sei lá...

    -Pronto, voltou pra Millie chata.

    -AFF!

    -Qual a dificuldade?!

    -A dificuldade é que tem criança em casa, tá bom pra você?!

    -Ah, como se os bonitinhos não fossem dar um jeito! ME DIZ LOGO!

    -TÁ! -Ri. -Eu até pensei nisso, eu quero muito. Podemos até tentar, mas a chance de dar merda é grande.

    -Bom, vocês conhecem a filha que têm. E poderia ser pior, se algo acontecer, vocês só vão ter que parar e talvez depois recomeçar. Se ela fosse uma criança, seria pior. Teriam mais riscos.

    -É, você tem razão.

    -Mas é com vocês. Nunca conversaram sobre essa possibilidade? De tentarem enquanto ela dorme?

    -Nope.

    -Bom, talvez hoje seja o dia.

    -Pode ser... -Dei um suspiro. -Eu vou pensar no assunto. Qualquer coisa eu te falo depois.

    -Tudo bem. Só se divirtam muito do jeito que quiserem, fico feliz por vocês.

    -Obrigada, Sads. De verdade.

    -Para de agradecer. E eu vou ligar pro Finn mais tarde.

    -Liga sim.

    -Bom, vai lá. A gente se fala.

    -Tudo bem. Sinto saudades sua.

    -Eu também sinto a de vocês. -Desligamos.

    Dei um suspiro e fui despertada pelo barulhinho da cafeteira ao avisar que o café estava pronto.

    -Na hora certa.

    Peguei Alison no colo, junto de umas coisas que separei enquanto organizava tudo mais cedo. Apenas um bastão, daqueles que estouram coisinhas coloridas, uma língua de sogra, que é aquele tubinho que assopramos e se estica algo imitando uma língua. Só não sei o motivo do nome tão estranho. E peguei um chapeuzinho de festa para o Doug. Era um conezinho azul com um pompom pequeno no topo. É especial para cachorros, esse eu mesma comprei.

    -Vem cá, filhote. -Me agachei pra perto dele e vesti o chapeuzinho. -Iti coisa linda de cachorro da mamãe! -O apliquei um beijo e ele logo veio para o segundo andar comigo.

    Entramos no quarto e fui para o lado dele. E ainda dormia, graças a Deus.

    -Cadê o papai?! Vai chamar o papai, vai! -Disse e Doug subiu na cama, começando ir pra cima do Finn para acordá-lo. Sim, ele entende a frase “cadê o papai” e “cadê a mamãe”. Ele sabe quem somos. E começou a lamber o Finn, quase o acordando. -Ah, meu Deus, como é que usa isso?! -Dizia girando a parte de baixo do bastão, mas nada acontecia. E logo ouvi o suspiro de Finn, tendo certeza de que ele acordaria naquele minuto. -Qual é! Será que está quebrado?! -Sussurrei.

    -O que foi, Doug? -Ouvi sua voz sonolenta, enquanto Doug não saía de cima dele, mas ainda estava de olhos fechados. Só tenho alguns segundos.

    -Anda, estoura isso! -Tentava de todos os jeitos.

    -Mills?

    E ele foi respondido pelo alto barulho do estouro e por vários papeizinhos coloridos voando pelo quarto, caindo tudo em nossa cama. E então, assoprei o negócio que se chama “língua de sogra”.

    -SURPRESA, AMOR!

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 

    Levei um puta de um susto, após ouvir um alto barulho de algo explodindo, logo notando todos aqueles papeizinhos brilhosos caírem em cima de mim na cama. E então ouvi o barulhinho que aquelas coisinhas de festa fazem quando são assopradas.

    -SURPRESA, AMOR! -Ela disse do meu lado, logo fazendo-me começar a raciocinar melhor e me dar conta de que isso tudo foi pelo meu aniversário. E abri um sorriso desigual. -Feliz aniversário! -Terminou, com um lindo sorriso estampado em seu rosto. E foi só eu mirar os olhares nela, que fiquei encantado somente pelo jeito dela de ser, assim como sempre fui. O jeito que ela me admirava cheia de felicidade, com a linda beleza que sempre teve, porém agora um pouco mais arrumada, com o tipo de maquiagem perfeito pra ela. Também tinha os cabelos feitos, de um jeito que ela sabe que isso, pra mim, é um charme. Só de saber que ela se arrumou toda pra mim, já me faz ser um cara muito sortudo e muito satisfeito. Tanto por tê-la como minha mulher, quanto pelo fato dela ser a mãe da minha filha, que inclusive estava no colo, vestindo uma roupa que a deixava mais fofa e mais linda do que já é. Olhem, como eu sou feliz por tê-las. Ninguém faz ideia alguma do quão feliz e grato eu sou por isso.

    -Ei, meus amores, oi! -Disse, enquanto me ajeitava melhor na cama.

    -É o aniversário do papai, meu amor! -Disse Millie, enquanto animava Alison em seu colo. E logo a deu pra mim.

    -Oi, minha coisa linda de minha princesa maizi dotosa! -Disse transbordando de fofura enquanto a segurava por debaixo de seus braços, e então comecei a enchê-la de beijos, fazendo-a rir bastante. -Você veio dar parabéns pro papai, foi?! -A admirei ainda dando risadas, e prestei atenção naquela roupinha que ela vestia, sem contar do laço preto maravilhoso. E do body que eu tanto pirei quando vi pela primeira vez. -AI, COMO EU AMO ESSA MINHA PRINCESA, MEU DEUS! -E voltei a enchê-la de beijos, ouvindo suas risadas de bebê.

    -Ela fica muito feliz quando te vê. -Disse Millie, com um sorriso enorme no rosto.

    -E essa minha outra princesa ainda não está aqui por que, hein?! -Peguei em sua mão, enquanto ria com ela, e logo se sentou por cima de mim em meu colo. Demos então um demorado e gostoso selinho. -Posso saber o porquê está toda linda assim? -Perguntei com um sorriso no rosto.

    -Porque eu quis me arrumar pra você. -Sorriu. -E ficar linda pra você. -Brincou, me fazendo rir de deboche.

    -Garota, você é linda de todos os jeitos e maneiras possíveis. Aprenda isso. -Disse, sendo respondido por um grande sorriso. E outro beijo.

    -Parabéns, amor.

    -Obrigado. -Sorri, e Doug logo chamou minha atenção, ao começar a me lamber novamente. -Oi, garotão! -O acariciei, notando o lindo chapeuzinho de festa que ele tinha na cabeça, me fazendo rir. -Gente, que cachorro estiloso!

    -É, eu sei. -Ela riu.

    -Isso é coisa sua, né?! -Perguntei em meio de risadas.

    -Você ainda pergunta?!

    -Ah, já imaginei. Eles dois estão as coisas mais lindas do mundo com esses estilos! -Rimos.

    -É, eu escolhi tudo com carinho. -Riu. -Vem, ainda tem mais!

    -Tem mais?! -Perguntei surpreso.

    -Mas é claro que tem! -Saiu de cima de mim. E então me levantei, com Alison no colo.

    Fomos andando e logo descemos as escadas. E foi só eu chegar no primeiro andar, que me surpreendi demais. Mas que foda.

    -Wow! -Disse admirando tudo aquilo e abri um outro grande sorriso. -Mano, uau!

    -Gostou?!

    -Tá brincando?! Isso é incrível! -Afirmei ainda encantado, enquanto Doug pulava alto na tentativa de pegar os balões. -Como que você fez tudo isso?! Onde eu estava quando aconteceu?!

    -Você estava hibernando no quarto. E eu aqui fazendo tudo isso.

    -Pera aí, você fez tudo isso de madrugada?!

    -Fiz. Com muito medo de você acordar, mas fiz. -Afirmou e logo fez carinho em meu rosto. -E você ficou todo quietinho dormindo! ITI COISA MAIS LINDA, COMO EU AMO! -Me aplicou um forte beijo na bochecha.

    -Desde que horas você está acordada fazendo isso?!

    -Ah, acho que há nem tanto tempo.

    -Tem certeza?! Porque eu não iria conseguir fazer algo assim em menos de dez horas! -Disse e ela riu.

    -Nem foi tanta coisa assim, vai.

    -Mas é claro que foi! Você encheu todos esses balões, arrumou tudo na bancada da cozinha, se arrumou, arrumou ela... -Disse e abri um sorriso. -Cara, você é foda, garota. Tu não existe.

    -Para! -Ela disse sem graça e me deu um empurrãozinho no ombro.

    -É sério, tá?! E você fez tudo isso sem me deixar saber! Como você conseguiu esconder tudo de mim?!

    -Ah, eu dou meu jeito. -Fez uma feição como a de quem se gabava. -Agora vem, vamos comer.

    -Por favor. -Disse e assim fomos.

    Deixei Alison no bebê-conforto, perto de nós, e começamos a comer juntos. E é impressionante como a Millie sabe direitinho do que eu gosto de comer de manhã. Então já que ali tinham as frutas que eu mais gosto, peguei um pedaço de abacaxi. Porque, porra, é uma delícia.

    -Tá explicado. -Ela disse, após eu começar a comer.

    -O quê? -Perguntei ao franzir a testa.

    -Nada. -Assentiu que não e mordeu um pedaço do morango que comia.

    -Fala. -Disse e ela riu.

    -Não é nada, Finn! Pensei alto, só isso.

    -Hm. -E foi só eu olhar pro abacaxi, que entendi o comentário dela. E então comecei a rir. -Nossa, Millie, você é ridícula. -E ri mais ainda.

    -Que foi agora?! -Riu. -Eu hein, disse nada.

    -Disse nada, né? -Assenti pra ela.

    -Eu não. -Deu um sorrisinho de canto.

    -Então tá bom. -Afirmei e voltei a comer.

    -Ei, passa a Nutella aí.

    -Toma. -A entreguei. -Aí, como é que você come essas coisas, hein?!

    -Como assim?

    -Sei lá, você misturando fruta com chocolate. -Disse e ela riu.

    -Quê?!

    -Ué, você quem come.

    -Pera aí, que pergunta foi essa?! -Riu mais ainda. -Meu amor, você nunca comeu fruta com chocolate?!

    -Eu não!

    -Nunca pegou, sei lá, uma banana e comeu com chocolate?!

    -Não gosto de banana.

    -Tudo bem, mas nem com o resto das frutas?! -Ela perguntou e eu assenti que não.

    -Nunca fiz isso.

    -Pois vai fazer agora. -Passou Nutella na pontinha do morango. -Toma. -E mordi um pedaço dele na mão dela.

    -Qual a graça disso? -Perguntei enquanto mastigava.

    -Mastiga e engole pra ver a graça.

    -Tudo bem, mas... -Ok, que coisa deliciosa do cacete. -Puta que pariu.

    -Ah, pois é. De nada, meu amor.

    -Mas por que isso é tão bom?!

    -Eu sei lá!

    -Nossa, calma aí. -Disse e comecei a comer morango com Nutella junto dela. -Que isso, parceiro.

    -É, eu te avisei.

    -Porra, eu não esperava que fosse maravilhoso.

    -Nutella e morango já são perfeitos. Juntos então...

    -É, você sempre foi mó viciada em morango, mesmo.

    -Claro, é uma delícia. Assim como várias outras frutas.

    -Sim, são deliciosas, mas eu nunca tentei colocar chocolate nelas. Sei lá, acho estranho. -Disse e ela riu.

    -Finn, pelo amor de Deus!

    -O quê?

    -Me desculpa, mas você chupa buceta e vem me dizer que acha estranho comer fruta com chocolate?! É sério?!

    -Por favor, a sua buceta é deliciosa.

    -E isso aqui também. -Fez menção no que comia. -Sejamos honestos.

    -Tá, você venceu.

    -Ah, muito obrigada. -Riu comigo.

    -Aí, quer transar com isso um dia?

    -Morango e chocolate?

    -É.

    -Mas deve ser tão complicado, né?

    -Será?

    -Acho que sim. Imagina, espalhar o morango pelo corpo, daí vem o chocolate. Tipo, ok, mas aí alguém vai ter que comer, né.

    -Pois é.

    -E até a gente comer tudo, já acabou o clima.

    -Tem razão.

    -Ou é a gente mesmo que não faz ideia de como se transa com comida no corpo.

    -Vou pela segunda opção. -Rimos. -Mas eu concordo, deve dar trabalho.

    -É. -Ela disse. -Ei, será que ela vai gostar de alguma fruta?

    -Não sei. Ela pode comer alguma dessas frutas?

    -Dessas, só maçã.

    -Quer ver se ela gosta?

    -Sim. -Me deu uma faca. -Vê.

    -Ok. -Parti um pedaço da maçã com a faca. Passei a ponta de meu dedo na fruta e a encostei na língua dela. -Vamos ver. -E colocou a linguinha pra fora. -Ok, o que isso quer dizer?

    -Dá de novo. -Millie pediu e assim eu fiz. E Alison deu um sorrisinho em seguida. -Oww, ela gostou!

    -Gostou, foi, minha princesa? -Perguntei e a acariciei, mas ela ameaçou a chorar. -Ai, meu Deus.

    -Será que ela quer mais?!

    -Será?! -Perguntei e fiz a mesma coisa que havia feito antes, a acalmando. -Caraca, Millie, gostou mesmo. Acho que ela quer comer maçã.

    -Bom, eu ia dar leite pra ela, mas já vi que não vou mais. -Ela disse e se levantou.

    -Ela já pode comer frutinha amassada, né?

    -Pode, ela já vai fazer três meses. O médico liberou

    -Então beleza. -Disse e ela me deu uma colher rosinha bem pequena feita de silicone, que é da Alison por ainda ser um bebê. -Adoro essa colher, é um espetáculo. -Afirmei, enquanto Millie amassava pelo menos um pedaço de maçã. Mas tinha que ser muito bem feito, sem conter quase pedaços algum.

    -Toma. -Me entregou. -Dá pra ela.

    -Ok, isso vai ser bem fofo. -Disse e Alison ameaçou a chorar de novo. -Calma, criança. Paciência. -E comecei a dar a maçã amassadinha pra ela.

    -Ai, mas que amor! -Millie afirmou encantada.

    -É, ela até que está gostando bastante. -Disse com um sorriso no rosto, dando mais a cada vez que ela engolia. Tinha que dar em pouca quantidade, com bastante calma e com jeito, por ela ainda não conhecer o exato movimento de mastigar. Até porque, nem dentes ela tem, por isso não podem ter pedaços difíceis dela engolir.

    -Tá gostoso, meu amor?! -Millie perguntou com um sorriso enorme, e logo mandou um beijinho estalado pra ela.

    -Tá muito gostoso essa maçã, né, filha? -E continuei a dar, achando o máximo aquela cena.

    -Só cuidado pra não cair na roupa dela, amor.

    -Não vai não, eu to de olho aqui. -Disse e Alison me olhou, com seus olhos cor de mel. -Né, Alison? -Mandei um beijinho e ela riu, nos fazendo rir também.

    E a nossa manhã foi desse jeito. Desse jeito bem animado e feliz. Não poderia ter sido melhor.

    Acordei com essa surpresa maravilhosa junto da Millie e dos nossos dois filhos que tanto amamos. E ainda vivenciamos um momento bem inédito e incrível ao darmos a fruta pra Alison. E após tudo isso, Millie retirou um lindo e delicioso bolo de aniversário da geladeira, nos trazendo mais diversão e felicidade ainda. Acendemos as velas e cantamos parabéns pra mim várias e várias vezes, enquanto eu tinha Alison no colo, se divertindo com a bagunça toda, e o outro grandão bem feliz, sempre tentando subir na mesa pra comer o bolo no meio do parabéns. E foi assim que comecei meu dia completando exatos dezenove anos de vida.

    Passei o início da tarde inteiro recebendo ligações de amigos, parentes e outros. Além de agradecer aos meus fãs por todo o carinho que eles têm por mim, sempre postando coisas incríveis. E aos meu amigos famosos, que o tempo todo me mandavam mensagens ou postavam algo comigo. Já até imagino a quantidade de coisa que vou receber amanhã pelo Gary, pois sei que já encheram a minha caixa de entrada com presentes.

    Quando finalmente meu celular parou de tocar durante alguns minutos, logo fui fazer as coisas para irmos pra casa da minha mãe. Apenas tomei banho e vesti uma roupa qualquer. Millie só vestiu uma roupa mais arrumada e bem bonita, como todas as outras que ela tem, e Alison permaneceu toda linda do jeito que estava antes. E ela tinha aproveitado pra cochilar um pouco, então nem mexemos com ela.

    E então, fomos pra lá, encontrando meus pais, obviamente, o Nick e a Jenna. Nós mal chegamos, e já fomos comer com todos eles.

    Era bom estar em casa. E o melhor ainda era estar com todos eles, pois eu não vou mentir, sinto falta de morar com meus pais e com meu irmão, assim como a Millie também sente a de morar com os pais. Mas nós estamos tão felizes desse jeito, que não queremos mais outra coisa. Então, estar ali com todos eles, era realmente incrível. Até porque, a Jenna não costuma estar com a gente o tempo todo, quando meu irmão está. Até onde sei, ela é ocupada demais, mas ainda é uma cunhada incrível. É uma mulher que nos dá orgulho de ter na nossa família, tanto pra mim quanto pra todos eles. Sem contar que ela e a Millie se adoram, mesmo tendo idades tão diferentes. Realmente, nunca irei me cansar de esfregar na cara do meu irmão que, se não fosse por mim, ele nunca a teria conhecido. Então, me agradeçam.

    A comida estava deliciosa. Minha mãe sempre levou muito jeito pra cozinhar, coisa que acho incrível, pois eu queria ter essa habilidade e esse conhecimento todo sobre culinária. Mas a primeira vez que tentei assar uma carne de hambúrguer com o meu irmão, nós queimamos a frigideira. Não foi nem a carne, e sim a própria panela. Nem eu sei como fizemos isso, então sempre admiramos muito quem sabe cozinhar. Posso dizer que eu e meu irmão puxamos ao nosso pai, zero condição pra esse tipo de coisa. Nunca me esqueço da vez em que minha mãe viajou a trabalho e nos deixou sozinhos com meu pai. Realmente, foi terrível, mas deixarei a história pra depois.

    -E então, pessoal?! -Millie perguntou, após comermos e termos começado a conversar sobre coisas aleatórias, todos nós. -Como andam os preparativos?! Nos contem!

    -Ahh, bom! Disso aí todos queremos saber! -Disse minha mãe.

    -É mesmo, comecem. -Pedi.

    -Ah, está indo tudo ótimo! -Disse meu irmão.

    -Mas é sério, meu amor?! -Perguntei de deboche.

    -Nós queremos detalhes! -Disse Millie.

    -Ah, eu não sei contar detalhes. -Ele disse.

    -Ai, que bobo! -Disse Jenna, nos fazendo rir. -Explica pra eles, Nicolas! Nós fizemos a degustação dos doces e dos bolos na semana passada!

    -Sério?! -Millie perguntou empolgada.

    -Bem que eu percebi que o Nicolas tá cheinho! -Disse e gargalhei, fazendo-os rir.

    -“Cheinho” porra nenhuma, sossega aí!

    -Você não para de implicar com seu irmão, hein! -Millie me chamou a atenção, enquanto ria.

    -Ah, não mesmo! São um porre esses dois!

    -Po, valeu mãe.

    -Mas ela tá certa.

    -Valeu também, pai. -Disse Nick.

    -Mas e aí, vocês já escolheram o bolo?! -Millie continuou.

    -Ah, depois do escândalo que ele deu no dia, escolhemos! -Jenna assentiu para Nick, em meio de risadas.

    -Que escândalo?! -Perguntei rindo também.

    -Nós provamos um bolo que deixou ele louco, ficou dizendo “É esse! Vamos escolher esse, pelo amor de Deus!” e mais um monte de coisa! -Nós gargalhávamos.

    -Ok, eu posso me explicar! -Ele disse, após cessar as risadas. -Aí, tu se lembra do bolo daquele casamento que a gente foi quando éramos pequenos? -Perguntou pra mim.

    -Aquele que nós fomos daminhos?

    -Não, depois.

    -Aquele que eu derrubei a noiva?  

    -Gente?! -Perguntou Jenna.

    -Não, depois.

    -Aquele que meu pai ficou louco de tanto beber e se tacou na piscina?

    -Comecem não, hein. -Disse meu pai.

    -Não, foi antes. -Disse Nick.

    -Ah, foi aquele que você colocou fogo no cabelo da nossa prima?!

    -Tudo bom?! -Perguntou Millie.

    -Primeiramente, quem botou o fogo foi você. Segundamente, não. Foi aquele que minha mãe deixou você de castigo na mesa da festa sem deixar você levantar.

    -Então, foi o que eu derrubei a noiva!

    -Não senhor. -Disse minha mãe. -Nesse casamento eu deixei os dois de castigo na mesa, porque derrubaram o painel da mesa do bolo na hora da foto.

    -Ah, foi? -Perguntou Nick.

    -Foi. -Ela respondeu.

     -Mas enfim! -Continuou. -Se lembra desse casamento, né?!

    -Claro, po. Quê que tem?

    -Se lembra do bolo?!

    -Óbvio, a gente comeu tanto, que passamos mal na casa da minha tia. Por quê?!

    -Eu escolhi o mesmo recheio do bolo!

    -TÁ ZOANDO?!

    -TO NÃO!

    -CARACA, BROTHER, VOCÊ É SENSACIONAL! -Disse e logo apertamos as mãos. -TU É BRABO.

    -Valeu, valeu. -Se gabou.

    -Ganhou meu respeito.

    -Então o Finn também conhece esse bolo?! -Perguntou Jenna.

    -Se eu conheço?! -Ri. -Eu e Nicolas acabamos com o bolo daquela festa.

    -Gente, é sério?! -Perguntou Millie.

    -É sério. -Disse meu pai. -Passaram a noite vomitando, bem feito.

    -Nem sabe da história, eu nem tava aqui, pai! -Disse.

    -Ah, vocês acham mesmo que a tia de vocês não contou?! -Disse minha mãe. -Eu avisei pra maneirarem no chocolate, nenhum dos dois me ouviu.

    -Aff, tá bom!

    -É que tava gostoso demais.

    -Realmente. -Disse e logo prestei atenção que Millie não parava de rir. -Que que foi, hein?!

    -“Que que foi”?! -Riu mais ainda. -Gente, vocês são um espetáculo! -Gargalhou.

    -Não existem, mesmo. -Disse Jenna em meio de risadas.

    -Por favor, escrevam um livro das histórias de vocês!

    -Ihhh, são tantas! -Disse Nick, enquanto ria comigo.

    -Ah, imaginem quando chegarem na minha idade. -Disse meu pai.

    -Ah, que isso, Eric. Tu é mó novinho, vai. -Disse, dando tapinhas no meu pai.

    -É um gordinho gostoso. -Disse Nick.

    -Sim, podem crer. -Ele riu.

    -Mas e esses comentários todos de vocês?! -Perguntou Jenna. -Contem as histórias desses casamentos!

    -Sim, por favor! -Millie pediu.

    -Ih, meu Deus. -Suspirei. -Faz as honras, lobo.

    -Querem que eu conte qual?

    -Conta aquela que você colocou fogo no cabelo da nossa prima. -Pedi.

    -Oh, meu querido, quem colocou foi você!

    -Conta só, pra ver que foi você.

    -Então tá bom. -Suspirou. -A gente foi num casamento de uns amigos da família, que foi bem legal até. Era Cláudia o nome da noiva, né, mãe?

    -Era Shannon, meu filho. -Ela disse, nos fazendo gargalhar.

    -Boa, Nicolas. -Disse.

    -Tá, pode ser.

    -Quantos anos vocês tinham? -Perguntou Jenna.

    -Eu tinha treze. -Respondi.

    -Eu tinha dezenove.

    -Tá vendo?! Já adulto colocando fogo no cabelo dos outros! -Disse, assentindo que não com a cabeça. -Ai, ai, ai.

    -Oh, pirralho, a culpa foi tua!

    -TÁ! -Me exaltei.

    -Tá bom, daí tinha sido aniversário dessa Cláudia aí no mesmo dia.

    -Shannon. -Disse.

    -Pra mim é Cláudia. -Rimos. -Aí, a minha mãe foi inventar de pegar as velas depois do parabéns e deixar na nossa mesa, não sei porquê.

    -Aí, mãe, te meteu no meio.

    -Finge que eu nem tô ouvindo. -Ela respondeu.

    -Ué, mas foi isso. Só que a vela ainda tava com aquele foguinho que fica aceso, sabe? Pois é, aí eu coloquei perto da nossa prima e disse “Olha, ainda está aceso.”

    -Coisa de retardado. -Disse.

    -Ah, mas aí chegou você, que é mais retardado ainda, e empurrou minha mão que tava segurando a vela pra cima do cabelo da garota!  -E já estávamos gargalhando.

    -Ah, mas foi legal, vai! -Disse e reparei que meu pai ria. -Alá, até o outro tá rindo!

    -Mas foi engraçado mesmo! -Gargalhamos mais ainda.

    -E o que aconteceu depois?! -Millie perguntou.

    -Nada. -Respondi.

    -“Nada” não, eu tive que jogar água no cabelo da garota! -Disse minha mãe, rindo também.

    -Ai, ai, foi hilário. -Disse Nick.

    -E o casamento que você derrubou a noiva? -Millie perguntou.

    -Ah, esse aí eu não tive culpa não. -Me defendi.

    -Ah não! -Disse Nick de ironia.

    -Ué, a mulher cai no chão, a culpa é da gravidade, não minha!

    -Mas conta! -Elas pediram.

    -Cara, só me lembro de que eu tava passando pela pista de dança, cheia de adulto suado bebendo, um porre aquilo ali. Mas bebiam tento, que tinha bebida derramada no chão. Aí eu escorreguei feio, mas eu caí em cima da noiva, que caiu mais feio ainda no chão. -Disse e todos começamos a rir

    -Cara, vocês eram um inferno! -Millie gargalhava.

    -Ah, eram. -Disse meu pai.

    -Ué, ninguém mandou encher a cara em cima do salto quinze. Deu mole.

    -Mas ela ficou bem?!

    -Ficou ótima, morreu de rir. -Afirmei.

    -Com quantos anos isso?

    -Eu tinha, sei lá, treze. Não foi muito tempo depois do fogo no cabelo da minha prima.

    -Mary, conta quando eles ficaram de castigo!

    -Bem lembrado! -Ela disse.

    -Pronto, vai nos esculachar agora. -Afirmei.

    -Cara, parece que eu falo japonês com esses três, nunca me escutam!

    -Ih, não me mete não.

    -Meto sim, Eric. Enfim, estávamos num casamento e fomos tirar foto no painel do bolo com o resto da família, só que Finn e Nicolas ficaram de palhaçada com aquele painel. Ficaram os dois “Olha, Nicolas, tá caindo!” e riam horrores, aí o outro respondia “Ih, vai cair!” e riam mais ainda, os dois mais bobos do que não sei o quê.

    -Poxa. -Disse.

    -É, “poxa” mesmo. Aí, de tanto que riam e mexiam na merda do painel, e eu mandando parar de mexer um milhão de vezes, pronto, caiu tudo pra trás. Não é atoa que ficaram os dois pianinhos na cadeira sem levantar.

    -HAHAHA, AI, JESUS CRISTO! -Disse Millie, já quase se are de tanto rir.

    -Gente, mas que gracinhas! -Disse Jenna.

    -Ah, mas foi engraçado.

    -E eles eram pequenos, pelo menos?! -Perguntou Millie.

    -Nada! Nicolas já estava um rapaz de quase dezesseis anos!

    -Ah, mas eu era pequenininho ainda, po. -Disse.

    -Ah, meu filho, mas com dez anos de idade já não é mais criancinha!

    -Oww, tinha só dez aninhos! -Millie me deu um beijo na bochecha.

    -Sensacionais, vocês dois. -Disse Jenna. -Eu queria ter irmãos, deve ser bem legal.

    -Bom, ter um irmão até que é legalzinho. Já ter três, como a Millie tem, deve ser o bicho. -Disse.

    -É mesmo, como é ter três irmãos?! -Jenna perguntou.

    -Ah, é bem complicado. Muito divertido, mas três é complicado.

    -Você é a do meio, né?

    -Eu e Charlie. A mais velha é a Paige e a mais nova é a Ava. E ainda teríamos o quarto irmão.

    -Sério?! -Perguntei surpreso.

    -Sim.

    -Como assim?! -Perguntou Nick.

    -Quando a Ava fez cinco anos, minha mãe quis engravidar de novo. Ela estava com muito desejo, mas meu pai não quis mais. E conversou com ela sobre isso, até que ela cedeu e mudou de ideia. -Bebeu um gole de água. -Se não, gente. Sabe-se lá Deus quando parariam de ter filhos.

    -Você não acha que eles poderiam querer só mais um? -Perguntou Jenna.

    -Não mesmo. Paige me disse que eles pensaram em parar depois do segundo filho, daí vieram mais dois. Então...

    -Nossa, cinco filhos deve ser sinistro. -Disse.

    -Com certeza. -Disse Nick.

    -Mas somos só nós quatro. E sabem o mais engraçado? -Ela riu. -Eu fui um acidente.

    -Sério?! -Perguntamos todos surpresos.

    -Sim. -Riu de novo. -Eu nasci antes do desejado. Vamos supor que hoje eu deveria ter... -Pensou um pouco. -Talvez uns doze anos.

    -Que isso, princesa.

    -É sério?!

    -Sim, é sério. Mas, eu nasci e aqui estou eu. -Riu mais uma vez. -Meus pais dizem que eu sou o melhor acidente que já aconteceu.

    -Ah, e é mesmo. -Disse.

    -Gente, chocadíssimo! -Disse Nick.

    -Todos nós. -Respondi.

    -Bom, eu que não sabia mesmo! -Disse Jenna.

    -Nem nós! -Disseram meu pai e minha mãe.

    -Bom, dizem que nada ocorre por acaso, não é mesmo? -Disse Nick.

    -Realmente. Mas a última gravidez dela foi esperada.

    -A Ava deve ser uma gracinha! -Disse Jenna.

    -Ela é. -Afirmei.

    -Ah, ela te adora! Gosta mais de você do que de mim! -Millie brincou. -Mas é uma graça, sim. Chata ao triplo, mas é uma graça.

    -Não fala assim dela, vai.

    -Ah, falo sim! Não é você que convive!

    -Mas morar com todos eles, era fácil? -Perguntou minha mãe.

    -Mais ou menos. Digo, nós sempre nos acostumamos com isso, sempre nos demos muito bem, mas aquela casa era um hospício. Quando eu era a mais nova, então...

    -Implicavam com você? -Perguntei.

    -Tá brincando?! -Riu de deboche. -Nunca vou me esquecer de quando nos mudamos pra Reino Unido, a casa era enorme e bem antiga. Aí nós ficamos contando histórias de terror na madrugada, eu, Paige e Charlie, porque meus pais não me deixavam ver e nem ouvir essas coisas. Na hora de dormir, o Charlie e a Paige me deixaram trancada no escuro do meu quarto, sem conseguir sair. Ficaram os dois rindo de mim do lado de fora.

    -E eu achando que eu era maldoso. -Disse Nick.

    -Mas por que isso?! -Perguntou Jenna.

    -Eles só queriam brincar comigo, nós éramos pequenos.

    -E você ficou bem?! -Perguntei.

    -Comecei a chorar demais, choro de fazer escândalo mesmo. Aí meus pais acordaram e brigaram feio com a gente.

    -Ah, não, tadinha! -Disse cheio de pena e acariciei a mão dela.

    -Mas ficou tudo bem, eu entendi que foi brincadeira.

    -Mas você chorou de medo!

    -Não, acho que eu chorei, porque fiquei puta. Nossa, eu fiquei transtornada. -Ela disse e riu, nos fazendo rir também. -Bons tempos aqueles.

    -A Millie deve ter bastante história pra contar com os irmãos dela. -Disse meu pai.

    -E deve mesmo! -Disse Nick.

    -Ah, tenho. Tanto de quando eu morava na Espanha, quanto depois quando fui pra Inglaterra. E até mesmo aqui nos Estados Unidos.

    -Você já morou na Espanha?! -Jenna perguntou.

    -Sim, eu nasci lá.

    -Então você é espanhola, na moral?! -Disse Nick.

    -Sou. -Ela afirmou em meio de risadas.

    -Eu achei que você só tivesse crescido lá!

    -Não, eu realmente sou espanhola, de nascença.

    -Que foda! -Ele disse. -Por que tu nunca me contou?! -Assentiu pra mim.

    -Sei lá, ué. -Disse.

    -Nossa, que legal! Eu sabia que você era da Inglaterra, porque você tem sotaque. Bem pouco, mas tem. Mas nunca pensei que você fosse espanhola, você sabe a língua?! -Perguntou Jenna.

    -Ela é fluente. -Afirmei.

    -Você é?! -Perguntou minha mãe, e ela assentiu que sim.

    -Já ouviu ela falar, Finn?

    -Não, ela que me disse.

    -Fala pra gente!

    -Em espanhol?! -Perguntou sem graça.

    -Sim! -Respondemos em coro.

    -Ah, gente... -Riu. -Eu perdi um pouco do sotaque espanhol, não falo há um tempo.

    -Mas tenta! -Pedi. -Por favor, vai. -Pedi novamente e ela deu um suspiro, junto de um sorriso.

    -EBA, VAI FALAR! -Disse meu irmão e nós logo prestamos atenção.

    -Sé que no entiendes nada de lo que digo, pero insististe. Así que voy a comentar que los quiero a todos, hoy es maravilloso, tanto para mí como para mi novio. Y espero que todos podamos estar juntos así en París, sólo parejas sin adultos. -Terminou e estávamos em choque, sem reação. -Parem de me olhar, gente. -Pediu envergonhada.

    -GENTE, QUE COISA MAIS LINDA! -Disse e a enchi de beijos.

    -CARACA, ÍCONE!

    -TEMOS UMA BILÍNGUE NA FAMÍLIA!

    -SE ELA PERDEU O SOTAQUE, IMAGINE SE NÃO TIVESSE PERDIDO!

    -GENTE, QUE SENSACIONAL! -Afirmei outra vez. -MILLIE, QUE ISSO!

    -Calma, amor.

    -NÃO, VOCÊ É FODA!

    -Obrigada.

    -Por que não trabalha com isso?! -Perguntou Jenna. -Digo, por que não vende sua imagem para a Espanha?! Seria tão legal!

    -Já pensei sobre isso, mas acho que não é a hora certa. E, basicamente, ninguém sabe sobre o meu conhecimento da língua espanhola, então deixo quieto. -Riu. -Já pensei em vender minha imagem pra Espanha, sim, mas por enquanto não. Estou muito bem aqui.

    -Entendo. Mas seria incrível, você é uma atriz incrível! E uma modelo linda demais!

    -Muito obrigada. -Agradeceu com um sorriso enorme no rosto, e logo ouvimos o choro da Alison, que estava dormindo tranquilamente no bebê-conforto deixado no sofá enquanto comíamos.

    -Ah, meu Deus, nós a acordamos?! -Perguntou Nick.

    -Talvez. -Ela se levantou. -Mas ela tinha que acordar de qualquer jeito pra comer.  -Disse e logo a pegou no colo. -Oi, meu amor!

    -Meu coração se aperta todo quando ela chora. -Disse Nick.

    -O meu também. -Disse Jenna.

    -Somos três. -Afirmei.

    -Todos nós. -Disse meu pai.

    -Ela vai tomar na mamadeira ou não?

    -Não sei. Millie, quer que eu dê?

    -Não precisa, tá de boa. -Disse e se sentou ao meu lado novamente, enquanto a amamentava.

    -Gente, ela é a coisa mais, mais, mais, mais linda que eu já vi na minha vida. Juro pra vocês, mas que coisa fofa. -Disse Jenna.

    -Obrigada. -Millie sorriu.

    -Não ia dizer nada não, mas ela é mesmo. -Sorri também.

    -Ela já vai fazer três meses, não vai?!

    -Vai, daqui a dois dias.

    -Oww, é no natal!

    -É sim.

    -Por falar nisso, já enfeitaram a casa de vocês?

    -Já, a Millie é bem ansiosa pra essas coisas. -Afirmei em meio de risadas.

    -Nem vem, que você também adora!

    -Vai ser o primeiro natal dela. -Nick assentiu para Alison.

    -Vai mesmo. Espero que adore.

    -Ah, ela vai. -Disse.

   -Gente, eu to adorando essa roupinha dela. A coisa mais linda. -Disse minha mãe.

    -Essa foi uma das primeiras que compramos. Antes mesmo de sabermos que ela seria uma menina. -Disse Millie.

    -Foi mesmo. A Millie me mostrou isso aí na loja e eu pirei. Piro até hoje.

    -Por que será, né?! -Nick brincou.

    -Mas está linda, mesmo. Estou ansiosa pra vê-la de vestido no nosso casamento. -Jenna assentiu para Nick.

    -Nossa, nem me fale! -Ele riu.

    -Ainda estamos vendo o vestido dela. -Disse. -E vai ser lindo, né, amor? -Assenti para Millie.

    -Ah, mas é claro que vai. -Ela sorriu. -Inclusive, pessoal, já comprei o meu vestido de madrinha. Só pra avisar.

    -É um vestido lindo, quase que ela arruma barraco na loja.

    -Ei, nada a ver! -Rimos. -Claro que não, Finn, eu arrumo barraco desde quando?!

    -Mas foi quase.

    -Foi nada.

    -Mas é lindo?! -Jenna perguntou empolgada.

    -Demais, fica pronto mês que vem!

    -Ai, que tudo!

    -E o vestido de noiva?! Já comprou?!

    -Ah, depois de mil tentativas e provas, consegui comprar! Tinha que ser o vestido perfeito!

    -Sim, com certeza! Ai, eu estou tão ansiosa!

    -Todos estamos. -Disse meu pai.

    -Vou amar ver vocês lá. Vai ser tão incrível, até evito falar pra não chorar antes da hora! -Disse minha mãe e nós rimos.

    -Fica tranquila, mãe. -Disse Nick.

    -Mas então, tudo para o casamento está indo bem? -Perguntei.

    -Tudo ótimo. -Começou Nick. -Já decidimos toda a decoração da maioria das coisas, já decidimos todas as comidas e tudo mais. E depois desse puta bolo, ficou tudo mais perfeito ainda! -Ri com ele.

    -Mas é claro! -Concordei. -Que bom que tudo está se saindo bem, fico feliz por vocês.

    -Obrigada. -Jenna agradeceu. -Mês que vem a gente faz o ensaio com os padrinhos.

    -Ah, claro. É só avisar, que a gente vai! -Disse, com a concordância de Millie.

    -E depois disso tudo... -Meu irmão deu um suspiro. -Já sabem, né? -Perguntou com um sorriso no rosto.

    -Paris, amores. Paris. -Segurei na mão de Millie, com um sorriso no rosto, nós dois.

    -Isso aí, fera. -Disse Nick.

    -Nossa, eu nem sei mais quantas vezes eu já agradeci vocês dois por isso. Sério. -Disse Millie.

    -Relaxa, Mills.

    -É, não precisa agradecer! -Disse Jenna.

    -Ah, mas agradeço, porque nossa... Que presente, hein! -Rimos.

    -Isso porque nem nossa lua de mel é. -Ri.

    -Mas alguma hora vai ser. -Disse Nick.

    -Quando vai ser?! -Perguntou Jenna.

    -Como assim? -Perguntei.

    -Já vão se casar?! -Ela perguntou com um sorriso no rosto.

    -Ah, não. -Respondi. -Ainda não.

    -Por quê?!

    -A gente pensa no assunto, mas ainda temos muito com o que nos preocupar. Não é o momento certo, ainda temos a vida toda pra isso. -Disse Millie.

    -Sim, achamos melhor esperamos fluir naturalmente. Quando tiver que ser, vai ser.

    -Mas vocês têm alianças na mão esquerda.

    -Sim, nós nos “casamos” na virada do ano. Foi o presente de aniversário que eu dei pra ele, sendo ao mesmo tempo o nosso casamento privado. Mas ainda vamos nos casar no papel. -Millie acariciou minha mão. -E por tocar no assunto, no dia trinta e um, nós completamos um ano de “casados”, amor. Ou já se esqueceu?!

    -Que “esqueci” o quê. -Ri. -Até parece.

    -Sei. Só se lembrou, porque eu falei.

    -Ih, meu amor, mas é claro que não. -Apliquei um selinho nela.

    -Cara de pau do cacete, você.

    -Ahh, que lindos! Então, bem ou mal, vocês já são casados sim, já vai até fazer um ano! -Disse Jenna.

    -Pois é. -Disse.

    -Mas vocês querem se casar oficialmente, não querem?!

    -Queremos. -Respondemos. -Real e oficial. -Brinquei.

    -Ah, bom. Caso contrário, eu casaria vocês dois aqui agora, nessa mesa mesmo. -Disse Nick e nós rimos.

    -Mas enfim. -Começou Jenna. -Espero que esse dia esteja próximo de acontecer!

    -Se Deus quiser está. -Millie disse ao entrelaçarmos nossos dedos.

    -Mas já que é assim... -Comecei. -E vocês?

    -O quê?

    -Quando vão ter filhos? -Perguntei.

    -Ah, eu também to querendo saber. -Disse minha mãe.

    -Calma, hein, Mary.

    -Ih, Eric, deixa de chatice.

    -Pronto, levei esporro.

    -Mas e então, gente?! -Millie perguntou com um sorriso. -Vai ser quando?! -E eles riram um pouco sem graça.

    -Talvez em breve. -Disse Nick.

    -Parou com a palhaçada, Nicolas, tira esse “talvez” daí. Anda. -Disse e ele riu.

    -Não precisa não, Finn, porque vai ser sim em breve. Vai ser em breve com certeza, né, Nicolas?! -Brincou em meio de risadas.

    -Então pera, é sério mesmo?! -Perguntei empolgado.

    -Ih, essa aqui é doida pra ter filhos! -Ele afirmou em meio de risadas.

    -SÉRIO?! -Perguntei todo feliz.

    -AI, ENTÃO VÃO TER! -Millie disse, feliz da vida também.

    -MILLIE, NÓS VAMOS SER TIOS!

    -VAMOS!

    -Gente, calma aí. -Jenna nos interrompeu. -Eu não estou grávida!

    -Ah, mas vai ficar! -Disse e olhei pro Nick. -Anda, Nicolas. Diz que vai ficar. -Pedi e ele riu. -Diz. -Suspirou e olhou pra ela.

    -Vai ficar.

    -EBAAAA!! -Festei junto de Millie. Até meus pais ficaram felizes. -Querem ter menino ou menina?! -Perguntei.

    -Trigêmeos?! -Millie perguntou.

    -Gêmeos! -Afirmei e pensei melhor. -UM CASAL! -Afirmei com a Millie.

    -Gente, calma.

    -Oww, se for um casal vai ser a coisa mais fofa do mundo! -Disse Millie.

    -Imagina se vem gêmeos idênticos!

    -Iti, coisa linda! Dois meninos, imagina!

    -Imagina se são duas meninas!

    -MELHORES AMIGAS DA ALISON!

    -SIM!

    -TENHAM GÊMEOS, POR FAVOR! -Millie pediu, fazendo-os rir.

    -Pessoal, calma aí! -Ele disse e nos acalmamos. -Nós vamos ter filhos, ok? Porém, mais pra frente.

    -Ah, e eu espero que esse “mais pra frente” esteja pertinho de acontecer! -Disse.

    -Eu também! -Disse Millie.

    -Tudo bem, mas antes de tudo, temos o casamento.

    -AMÉM! -Disse bem ansioso.

    -E depois do casamento... -Millie começou, com um sorrisinho no rosto.

    -PARIS!! -Respondemos todos bem animados.

 

    [...]

 

    -E então? -Ela me perguntou, acariciando minha coxa, enquanto eu dirigia. -Gostou do seu dia?!

    -E você ainda pergunta?! -Ri. -Foi tudo maravilhoso. Mesmo tendo comido tanto bolo, depois do meu segundo parabéns cantado hoje. -Ri novamente. -Eu amei, amor.

    -Fico tão feliz que acha isso. -Me deu um beijo. -E agora você tem, oficialmente, dezenove anos.

    -Isso aí. -Ri. -E agora você volta a ser dois aninhos mais nova do que eu. -A admirei com um sorriso, fazendo-a dar o mesmo.

    -Bobo. -Afirmou sem graça.

    -Aí, se eu disser, você acredita que eu já estou cansado?

    -Já?! -Perguntou e viu as horas. -Amor, são sete e pouca da noite!

    -Mas eu não estou com sono, só estou cansado.

    -Ahh, já sei. Se preocupa não, é a velhice fazendo efeito! -Gargalhou, me fazendo rir também.

    -Deve ser, mesmo. -Acariciei a coxa dela. -Só quero chegar em casa, tomar um banho e descansar.

    -Ah, vai querer descansar?

    -Acho que sim.

    -Hm. Então deixa.

    -O quê? -Perguntei curioso.

    -Acho que eu vou ter que dar seu presentinho depois, se é que me entende.

    Ri bobamente com o que ela disse.

    -Você quer me dar um presentinho, é?

    -Talvez... -Deu de ombros, só pra me provocar.

    -E por que é que você vai ter que dar o presentinho depois, posso saber?

    -Mas é claro que pode. Porque agora você é um velho que só pensa em descansar! -Rimos.

    -Meu amor, não importa quanto anos eu tenha, a minha libido por você vai estar além de mim. Disso você pode ter certeza.

    -Ah, é?! -Cruzou os braços.

    -É. -Ri. -E eu continuo sendo novinho demais com dezenove anos, pode falar. -Disse e ela riu de deboche.

    -Eu que sou novinha demais pra você. -Brincou.

    -Hm, que tesão você falando assim, hein... -Brinquei, mas falando sério, enquanto apalpava sua coxa, a acariciando com vontade.

    -Ah, tá com tesão?!

    -To com tesão.

    -Lamento, porque agora você vai chegar em casa e descansar! -Ela disse e nós rimos, mas logo falamos sério.

    -Então você quer mesmo tentar?

    -Sim.

    -Está disposta a parar se acontecer? E talvez ter que recomeçar?

    -Ela dormiu assim que entramos no carro, só vai acordar tarde da noite. Talvez a gente nem precise parar.

    -É um bom argumento. -Brinquei.

    -E se por acaso ela acordar, acho que conseguimos recomeçar. -Entrelaçou nossos dedos e aplicou um beijo nas costas de minha mão. -Acho que estamos dispostos a isso. Nós dois. -E a aplicou outro beijo. -Hein, o que me diz?

    -Está mesmo afim? -Perguntei e ela assentiu que sim com a cabeça. Me abriu até um sorrisinho angelical, o que me fez abrir um sorrisinho também. -Tudo bem... -Suspirei. -Então, a gente tenta.

    -Isso. -Abriu o mesmo sorrisinho de antes e me beijou fortemente na bochecha.

    Minutos se passaram e eu apenas estacionei o carro ao lado de casa, ao chegarmos, e nós logo saímos do mesmo. E então, pegamos Alison no colo para entrar em casa, até que notamos que as luzes do primeiro andar estavam acesas, mesmo ainda sem entrarmos em casa.

    -Amor, você esqueceu as luzes acesas quando saímos? -Perguntou, enquanto eu inseria a chave na fechadura. E ela tinha a Alison dormindo em seu colo.

    -Não, eu me lembro que estavam apagadas. -Afirmei com a testa franzida e logo abri a porta.

    -Tá de sacanagem... -Ouvi Millie sussurrar, após nos depararmos com aquela cena toda.

 

    Estava Noah sentado nos ombros de Gaten, tentando pendurar uma grande faixa escrita “Feliz aniversário” na parede. Ao lado, Caleb segurando Doug no colo, que mordia a ponta da mesma faixa com raiva e agressividade. E para finalizar, Sadie agachada no chão tentando limpar algo, que obviamente era bolo caído.

    Todos imóveis nos admirando. Sem contar que o chapeuzinho de festa em cada um deles também estava presente.

    Puta merda.

 

    -FELIZ ANIVERSÁRIO, FINNIE!

   

 


Notas Finais


EBAAAA, FELIZ ANIVERSÁRIO, FINNIE! TI FAMÍLIA, NEM AMO <333
TO QUERENDO ESSE NATAL, ESSE ANO NOVO, CADA VEZ MAIS PERTO DE EMOÇÕES, DO NÍVER DA MILLS, DO CASAMENTO, DE PARIS, AAAAAAAA!!!!
TCHAU, AMORES, AMO VOCÊS!!!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...