História Amada pelos Deuses - Jude e o Carro

Jude encarava o grupo todo sentado em seu sofá – Como assim noivo? – estreitou os olhos.

Natsu – Noivo... Eu sou o homem que vai se casar com sua filha daqui alguns meses – explicou calmamente.

Jude – Lucy? – encarou a loira – Quem é esse rapaz?

Lucy – Foi ele quem me sequestrou e me levou para debaixo do mar – fez o pai encarar o rosado friamente – E ainda quer que eu me case com ele, contra a minha vontade.

Todos puderam ver Jude socar Natsu, mas o mesmo apenas coçou o local onde Jude havia acertado, bocejando logo depois.

Lucy – O senhor tem que molhar a mão, senão não funciona – explicou calmamente entregando um copo de água para Jude, fazendo o rosado arregalar os olhos.

Jude apenas molhou a mão no copo e depois o devolveu para a loira

Segundos depois Natsu virou o rosto, sentindo a dor do soco.

Natsu – Mas que... Vadia – pensou indignado por Lucy ter falado a fraqueza de sua raça.

Lucy – Ele acabou de me chamar de vadia – avisou ao pai com um dedo dentro da água do copo.

Mais uma vez Jude acertou o rosto do rosado.

Natsu – Está aprendendo comigo... Querida? – estava começando a se irritar.

O restante do grupo apenas assistia a cena enquanto seguravam a risada.

Lucy – Ah sim... – ficou com os olhos opacos – Ele me deu um afrodisíaco sem que eu percebesse, para que assim ele pudesse abusar de mim sem que eu reagisse.

Jude acertou mais um forte soco no rosado, o deixando meio tonto.

Natsu apenas encarou a loira fortemente, fazendo com que a água dentro do copo da mesma secasse.

Lucy pode perceber pelo rosto do rosado, que o mesmo a xingava mentalmente.

Jude – Quem você pensa que é pra fazer isso com a minha filha? – perguntou friamente.

Natsu – Eu? Eu não sou ninguém – respondeu normalmente – Mas infelizmente para o senhor, isso não muda o fato de que ela vai se casar comigo.

Jude já ia socar Natsu novamente, mas acabou parando ao ouvir o rosado.

Natsu – O senhor deveria me agradecer... Sua filha deveria me agradecer – fez os dois ficarem indignados.

Lucy – Por que eu deveria lhe agradecer? – perguntou irritada.

Natsu – Por que se não fosse eu, seria o Rogue ou o Sting que te sequestrariam – explicou calmamente, surpreendendo à loira – E acredite, nenhum deles te amariam como eu... Nenhum deles te respeitaria como eu respeito... Nenhum deles permitiria que você ainda estivesse viva depois de tudo que fez.

Levy apenas suspirou mais ao fundo.

Lucy – Q-Quem é Sting? – perguntou um pouco mais calma.

Natsu – O homem que vou matar para poder cumprir o contrato – falou calmamente, espantando Jude.

Jude – M-Matar? – se virou para Lucy – E-Ele é um assassino?

Lucy – Quase isso – respondeu calmamente, fazendo Jude empalidecer.

Natsu – Já está na hora, vamos embora! – falou seriamente, vendo quase todos confirmarem com a cabeça.

Lucy – O que? Mas já? – não pode acreditar.

Natsu – Sabe, eu não aguento ficar mais que dois dias fora da água... Me deixa nervoso – explicou – E seu pai não gosta muito de mim – mostrou o rosto um pouco inchado.

Lucy – Mas você disse que eu poderia ficar por uma hora! – exclamou indignada.

Natsu encarou a loira por alguns segundos –... Tá, você pode conversar com seu pai por mais dez minutos – suspirou – Vou conhecer seu antigo quarto – saiu em direção ao mesmo.

Lucy corou – N-Não, espere! – não queria que o rosado visse seu quarto.

Jude apenas pode ver Lucy correr atrás de Natsu.

Levy – Não se preocupe – chamou a atenção do homem – Ele a ama... Ele não faria nada de ruim a ela – explicou calmamente.

Jude – Ele a sequestrou para que ela se casasse com ele – falou revoltado.

Jellal – É como ele disse... Dos males, o menor – falou seriamente.

Após toda aquela apresentação, Lucy conseguiu enrolar Natsu até que o dia escurecesse.

Natsu – Podemos ir embora agora Lucy? – perguntou calmamente com o corpo quase todo mergulhado dentro da banheira dos Heartphilia.

Pela banheira ser grande, a loira estava junto com Natsu, de frente para o mesmo.

Lucy – Ainda não, vamos ficar só mais uma hora – respondeu calmamente.

Por algum motivo, Lucy já gostava de ficar dentro da água, não possuía mais o medo que antes lhe fazia ter até mesmo pesadelos.

Natsu – Você está esperando pelo Gray não é? – perguntou seriamente.

Lucy – C-Claro que não! – respondeu no mesmo tom, mentindo.

Natsu – Que bom – inclinou a cabeça pra trás – Pois ele já veio aqui umas três vezes – surpreendeu a loira – Só que eu mandei o Gajeel fazê-lo desmaiar e o abandonar em um barranco mais ao norte da cidade nessas três vezes – informou calmamente.

Lucy se entristeceu – Por que você faz essas coisas? – perguntou em um tom mais baixo.

Natsu – Não vou repetir as mesmas palavras que já lhe disse dezenas de vezes – respondeu calmamente.

Lucy abraçou os joelhos – Eu só queria ter uma vida normal como todas as outras garotas – falou em um tom entristecido.

Natsu – Se você olhar bem, a culpa disso tudo é sua – falou calmamente, chamando a atenção da loira.

Lucy – Como a culpa é minha? – não entendeu.

Natsu – Se você não tivesse me chamado naquela época, eu não teria me interessado por você – explicou.

Lucy – Mas nem eu sei como fiz isso – falou emburrada, quase afundando a cabeça na banheira.

Natsu – Eu me lembro de ter fugido do castelo um dia... – chamou a atenção da loira quando a mesma percebeu que o rosado iria contar uma historia – Não fazia muito tempo que meu irmão havia morrido... Eu briguei com a Wendy e por causa disso ela me odeia até hoje – suspirou – E minha mãe... – se entristeceu – Adoeceu... Toda vez que eu ia visita-la no quarto dela, ela não falava comigo e me olhava com desprezo... Meu pai estava quase em depressão por não ter impedido que meu irmão morresse.

Lucy ouvia a tudo atentamente.

Natsu – Eu fugi de tudo aquilo e acabei caindo... – pensou bem e não concluiu – Foi quando encontrei o tridente em pé sobre uma pedra – os olhos da loira ganharam um leve brilho – Ele brilhava e me atraía de todas as formas – se empolgou enquanto contava – Quando encostei nele, diversas vozes falaram comigo.

Lucy – Que vozes? – perguntou curiosa.

Natsu – As vozes de todos os antigos reis que encontraram o tridente – sorriu.

Lucy – Mas não é dito que o tridente foi perdido? Então por que haviam tantos reis que tiveram contato com ele? – não entendeu.

Natsu – Atualmente e talvez desde o inicio, somos um Reino que “depende” do Reino do Céu – explicou – Então os antigos reis temiam que o tridente pudesse ser tomado por meio do contrato.

Lucy – Mas isso ainda não explica o que eu tenho haver com isso – bufou.

Natsu – Eu pude ouvir sua voz também – espantou a loira – Você parecia sofrer... Você chorava e chamava pela sua mãe.

Lucy se lembrou de que quando era pequena, chorava e chamava pela mãe todas as noites.

Natsu – E mesmo depois que sai de onde o tridente estava, eu pude continuar a te ouvir – falou calmamente.

Lucy – Por que será? – não entendia.

Natsu – Por que somos destinados a ficar juntos por toda a eternidade – sorriu – Por que mais seria?

Lucy nada respondeu, apenas corou e estreitou os olhos. Mas logo os dois puderam ouvir alguém bater na porta.

Jude – O que vocês dois estão fazendo? – perguntou em um tom mais elevado – Já faz quase uma hora que estão ai dentro.

Lucy já ia responder, quando o rosado tampou a boca da mesma.

Natsu – Já... Já estamos saindo... Estou quase lá – respondeu ao fingir em um tom ofegante, fazendo Lucy corar violentamente – E-Espere... L-Lucy... Assim eu vou... Eu vou... – completou pronunciando um som de como se tivesse chegado ao ápice do prazer.

Jude acabou derrubando a porta – O QUE VOCÊS ESTÃO FAZENDO? – apenas pode ver os dois completamente vestidos e sentados dentro da banheira, um de frente para o outro, com a loira completamente corada.

Natsu – Só estamos conversando – respondeu calmamente – Por quê?

Jude – Ahn? – não entendeu nada.

Lucy – Você não presta! – queria rir depois de tudo.

Jude – Todos já estão prontos para ir embora moleque – informou ainda confuso – Só falta você.

Natsu – Vocês! – o corrigiu – A Lucy vai voltar comigo.

Jude – Não, ela não vai – respondeu seriamente.

Natsu – Se você não quiser que ela morra em menos de dois meses, ela vai sim voltar comigo – se levantou e saiu da banheira.

Jude – Que historia é essa Lucy? – perguntou preocupado, vendo o corpo do rosado absorver toda a água da roupa, deixando a mesma seca.

Lucy – Infelizmente eu sou como eles agora – informou ao se levantar, mostrando como seu corpo também absorvia a água – Então eu não posso ficar muito tempo fora da água – explicou, seguindo o rosado.

Jude – Mas minha filha... – foi interrompido ao seguir a loira.

Lucy – Não se preocupe, eu vou fazer a faculdade, então devo estar de volta daqui um mês mais ou menos – explicou – E... – se aproximou do ouvido do pai – Se ver o Gray, mande-o me esperar – sussurrou.

Natsu viu Lucy sair da casa e andar até o lado do carro de Jude.

Jude viu o rosado ficar de frente pra ele – Se você fizer minha filha sofrer... – pronunciou friamente.

Natsu – Infelizmente ela vai sofrer um pouco ainda – falou normalmente, surpreendendo Jude – Já que ela ainda ama outro, até esquecê-lo... – suspirou – E queria deixar avisado, que daqui umas duas semanas, virão uns homens que dirão trabalhar para uma empresa chamada R.A – fez o homem ficar confuso – Eles vão reformar os quartos dessa casa e irão construir mais quatro quartos, já que só tem três aqui contando com o seu.

Jude – Como assim? – não entendeu.

Natsu – Quando meus amigos e a Lucy vierem para a faculdade, será difícil eles voltarem para o mar já que estamos um pouco longe do litoral, então eles ficarão aqui com o senhor e sua filha – explicou – Só que para que nada de ruim venha acontecer, precisamos reformar os quartos.

Jude não entendeu direito, mas se alegrou ao saber que Lucy voltaria a ficar com ele naquela casa.

Natsu – Mas não conte isso pra Lucy por enquanto – sorriu – Vamos fazer uma surpresa, certo? – pode ver Jude sorrir e confirmar com a cabeça – Ah sim, também pagarei pela estadia de todos, então não se preocupe com despesas... Agora vamos?

Jude apenas sorria ao sair atrás do rosado.

Lucy viu o pai se aproximar todo sorridente – O que você fez com meu pai? – sussurrou para o rosado.

Natsu – Disse que logo a casa dele estará cheia de netinhos – sussurrou para a loira, fazendo a mesma voltar a corar.

Wendy – Né... Como irão caber oito pessoas em um carro com espaço para cinco? – perguntou seriamente.

Natsu – Isso é simples... – suspirou – Primeiro, Jude-san no volante – viu o mesmo entrar e conforme falava, os amigos entravam e se sentavam onde Natsu mandava – Juvia vai se sentar atrás de Jude, Wendy no colo da Juvia, Gajeel se sentará no meio, Levy no colo de Gajeel – pode ver a pequena corar e o rapaz sorrir e fazer sinal de positivo com a mão – Então eu sentarei no outro canto e a Lucy no meu colo, já que é mais leve... E o Jellal vai na frente – fecharam as portas do carro.

Jude – Agora podemos ir! – deu a partida no carro e deixou o local.

Gajeel – Meu rei, você é um gênio – murmurou alegremente.

Natsu – Não sou? – sorriu.

Lucy – Se eu sentir algo, “diferente”, se considere morto... Natsu – falou friamente.

Levy – O Mesmo serve pra você Gajeel – falou no mesmo tom que a amiga.

Gajeel e Natsu apenas suspiraram.

Por um tempo a viagem foi tranquila, mas logo o rosado começou a reclamar.

Natsu – Não estou mais sentindo as minhas pernas... – encostou a testa nas costas da loira.

Lucy – Você está me chamando de gorda? – perguntou revoltada.

Natsu – Não... É só que, você está tão pra frente, que o peso está ficando todo sobre meus joelhos – explicou.

Lucy apenas murmurou algumas palavras inaudíveis, afastando o corpo para trás até sentir o peito do rosado em suas costas.

Natsu – Obrigado – suspirou mais aliviado.

Após alguns minutos, Jude acabou passando em um trecho ruim da estrada, fazendo com que todos dessem pequenos pulos em seus lugares.

Gajeel e Natsu coraram violentamente com aquilo.

Levy – Gajeel... – chamou corada, espantando o rapaz – Onde pensa que está segurando?

Gajeel – S-Sua cintura – respondeu calmamente.

Levy – E desde quando minha cintura fica nos meus peitos? – perguntou completamente sem graça.

Gajeel desceu as mãos – Perdão, não percebi – fez a pequena se deprimir.

Lucy – Natsu – chamou em um tom mais baixo, tentando esconder a vermelhidão em seu rosto.

Natsu – S-Sim? – continuava com o rosto todo vermelho.

Lucy – Por que... Está me cutucando? – não queria acreditar naquilo.

Natsu – N-Não estou – tentou disfarçar.

Lucy – Está... Sim – tentava arredar pra frente, mas não conseguia.

Natsu – Não se mexa – sentia a situação piorar enquanto a loira tentava sair daquela situação.

Lucy – Tira isso dai – pediu completamente sem graça enquanto todos prestavam atenção naquilo.

Natsu – Não dá... – não conseguia.

Lucy bateu a cabeça no banco da frente – Não acredito... Que estou quase perdendo minha virgindade dentro de um carro – estava prestes a chorar.

No mesmo instante, Jude perdeu o controle do carro, freando o mesmo logo depois.

Após algumas mudanças de lugares, Jude voltou a dar partida no carro.

Jellal continuou na frente, enquanto Juvia, Wendy e Gajeel permaneceram em seus lugares. Lucy se sentou no lugar do rosado e Levy passou para o colo da loira.

Jellal – Sabe, isso é errado – suspirou.

Jude – Que nada – sorriu, passando nos buracos de proposito.

Natsu – EI! – batia a cabeça enquanto viajava dentro do porta-malas.