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História Amada pelos Deuses - Contando o Passado part.1


Escrita por: Vinilu

Notas do Autor


Acredito que teremos mais umas 10 partes kkkkkkkkkkkkkkkkkk Esse passado é meio comprido, por isso não quis enrolar muito no encontro de Worer e Eucliffe...

Bom... Boa leitura a todos, espero que gostem!

Se não entenderem algo, me perguntem!
Se houver algum errou ou alguma contradição, me informem!

Capítulo 75 - Contando o Passado part.1


Há pouco mais de dezoito anos, com o fim da tarde e o Reino das Águas perdendo lentamente a luz que iluminava seus dias, a capital parecia totalmente tensa. A bela e forte Grandine, que já havia dado a luz a doze filhos, dessa vez aparentava estar em uma gravidez de risco. Sua vitalidade parecia ter sido toda sugada pelo feto, seus belos cabelos azuis agora eram de um tom branco tão puro quanto a neve, que nas épocas mais frias cobriam o chão do Reino das Águas. Sua pele rosada agora era tão pálida como a de uma pessoa quase morta, enquanto Grandine em si mal conseguia sair da cama nos períodos finais de sua décima terceira gestação.

Todos no Reino pareciam preocupados ao ouvirem que o médico e as parteiras haviam corrido para o palácio. Os rumores sobre a gravidez da rainha corriam por todo o reino, por todas as cidades subaquáticas. Alguns acreditavam que poderiam vir a ser gêmeos e que por isso estava exigindo tanto da mulher mais importante do Reino das Águas, outros juravam que era uma maldição que assombrava Igneel e Grandine, e que por isso eles ainda não haviam tido um herdeiro direto, outros simplesmente achavam que aquilo era o esgotamento após tantos filhos.

Mas a verdade sobre tudo aquilo só foi descoberta após o choro do décimo terceiro príncipe ecoar por todo o castelo. Um choro forte que se tornou o preludio de tudo de ruim que estava para acontecer na família real.

Da porta do quarto onde o parto havia sido feito, Worer, o primeiro príncipe, apenas encarava àquela cena. Os olhos de Igneel brilhavam em um azul intenso enquanto segurava nos braços a seu mais novo filho. Todos os outros onze príncipes e princesas encaravam completamente fascinados ao pequeno, vendo o ralo cabelo rosado do mesmo.

— Ele é tão fofo! – a princesa mais velha exclamou – Me deixe pega-lo também!

— Ele é como qualquer outro bebê – uma das garotas, não a mais nova, mas a mais baixa entre as princesas, comentou calmamente com as bochechas tomadas por um leve rubor.

Marco – Qual o nome dele pai? – o rapaz indagou empolgado, vendo o pequeno rosado cessar o choro aos poucos enquanto se aconchegava nos braços de Igneel.

O rei então encarou o menino com seus olhos ainda em um tom azulado, e logo respondeu ao filho –... Natsu – falou em um tom sereno.

— Eh? – uma das princesas estranhou – Não entendi... O pai e a mãe basearam-se na água e no mar para nos nomear... Worer-nii, Marco-nii, Marian-nee, River-nee, Wave-nii, Rhain-nii... Então de onde vem Natsu?

Igneel – Ele é a criança que fará o sol brilhar mais forte sobre nós... Ele é a chama que tornará o Reino das Águas ainda mais forte, como jamais foi – explicou.

Da porta, ao ouvir tais palavras, Worer rangeu os dentes. O rapaz nunca havia ouvido tais palavras pronunciadas a ele, nunca tivera tanta esperança depositada nele.

Worer –... É melhor nos retirarmos agora! – chamou a atenção de todos – A mamãe precisa descansar... – fez todos encarar a mulher, e logo os mesmos concordaram com o irmão mais velho.

Minutos depois, a noticia sobre o nascimento de um herdeiro direto já havia se espalhado por toda a capital. Assim como as parteiras e as serviçais haviam corrido após o parto, as mesmas espalharam a noticia por todo o castelo, que logo começou a se espalhar para as pessoas que esperavam por noticias no portão do mesmo, e como um vírus a noticia se espalhou rapidamente.

Enquanto a capital do Reino das Águas era tomada pela alegria, Igneel permanecia sentado sobre uma poltrona ao lado da cama em que Grandine estava. A mesma parecia ter um sono leve, em que a qualquer momento poderia vir a despertar. Já o pequeno Natsu apenas dormia tranquilamente sobre os braços do pai. Igneel segurava o menino enquanto o mesmo se acostumava lentamente com as noites gélidas do Reino das Águas.

Pelos corredores do castelo, Worer caminhava lentamente em frente a seus irmãos, ouvindo os mesmos falarem alegremente sobre o novo membro da família.

Worer –... Não entendo de onde vem tanta felicidade... – chamou a atenção do restante do grupo ao comentar seriamente.

Marco – Bem, temos um novo irmãozinho, por que não estaríamos felizes? – indagou com um sorriso estampado em sua face.

Worer – Por que ele não é um simples irmãozinho... A partir de agora as coisas serão diferentes... Um herdeiro direto nasceu... Rhain, acha que a mamãe dará mais atenção a você que sempre esteve grudado nela a seguindo, a ajudando, ou ao filho que governará o Reino das Águas? Marian, acredita mesmo que terá  liberdade para ficar lendo sempre que quiser na biblioteca DELE, quando o mesmo crescer? Nós, os filhos simples, seremos apenas servos dele...

Marco – Caramba, e pensar que um bebê seria alguém tão cruel assim... – comentou sarcasticamente – Ou será que... Era isso que você planejava fazer conosco após se tornar rei? – fez Worer parar, surpreendendo a todos.

Worer se virou para encarar o irmão, vendo como o mesmo tinha o olhar um pouco frio –... Vocês são iguais a mim, por que faria de servos os meus semelhantes? – o respondeu com uma pergunta.

Depois daquilo, os dias passaram rapidamente. Tirando às noites que era quando todos dormiam, Igneel e os de mais príncipes e princesas se revezavam para cuidar do pequeno Natsu. Apenas Worer que nunca tirou um único segundo se quer do seu tempo para ficar com seu irmão mais novo.

O príncipe mais velho cada vez mais era dominado pela inveja, pela raiva, pelo medo... Ver todos tão próximos do pequeno rosado o fazia acreditar que estava perdendo seu lugar, que estava perdendo tudo que era seu para Natsu. E em uma noite mais gélida que o normal, o garoto de cabelos claros resolveu fazer uma visita à biblioteca enquanto todos dormiam. Com apenas alguns insetos luminosos voando lentamente pelo local, o rapaz caminhou por entre as enormes prateleiras, nem mesmo olhando para as mesmas, como se já soubesse o que procurava.

Worer – Se não me engano, aquele livro pode me ajudar... O livro negro... – pensou ao caminhar para a parte mais profunda da biblioteca, onde os livros eram mais empoeirados acusando o abandono do local – Acredito que nem Marian tenha chegado até aqui ainda... – murmurou para si mesmo.

E não demorou muito para que o rapaz estendesse a mão sobre um livro. Com a capa completamente negra e desgastada, aquele pequeno objeto emitia algo que causava um arrepio, um frio na espinha, em todos que o tocavam. Mas Worer não se importou com aquilo, apenas abriu o livro, passando a ver o conteúdo do mesmo.

Worer – Isso... É magia negra, certo? – se perguntou enquanto lia – Mas isso funciona em pessoas como nós?

Após foliar pelo menos metade do livro, Worer fechou o mesmo, soltando um leve suspiro.

Worer – Terei que fazer alguns testes antes... Ainda preciso aprender a desenhar estes círculos mágicos – murmurou enquanto deixava a biblioteca com o livro de baixo dos braços – Talvez eu teste com alguns serviçais primeiro... – logo pensou – Mas esse não parece ser um livro único... Talvez haja mais dele por ai... Vamos ver se ele será útil...

No dia seguinte, Worer não deixou seu quarto nem mesmo para comer, passou o tempo todo lendo o livro. Mas já no final da tarde, o mesmo grafava um circulo todo detalhado sobre o chão, seguindo exatamente a uma das imagens do livro.

Assim que concluiu, chamou a uma das empregadas.

— Com licença Worer-sama... – a jovem de cabelos azulados adentrou no local – Precisa de alguma coisa?

Worer – Sim... Entre dentro desse circulo – apontou para o mesmo no chão.

— C-Certo – obedeceu, mesmo não entendendo as intenções de seu príncipe.

Worer – Agora me diga! Sente algum sentimento amoroso por mim? – indagou seriamente, surpreendendo à garota.

— Eh? – deu uma leve corada.

Worer – Seja sincera!

—... E-Eu sou casada Worer-sama... E amo meu marido... Então... – não quis ser indelicada com o rapaz.

Worer – Entendo... Apenas fique dentro do circulo por alguns instantes – ordenou em um tom calmo.

E logo a empregada pode ouvir o príncipe murmurar algumas palavras. Por durante quase um minuto, Worer ficou repetindo uma única frase, como se fosse um encantamento.

Worer –... Que seu coração e sua mente sejam meus, que seus desejos mais profundos se tornem reais, que seus ouvidos sejam feitos apenas para ouvir às minhas ordens e que nunca desobedeça aquele que será seu mestre... – continuou a repetir, até que percebeu como a mulher era afetada.

A bela empregada tinha sua respiração pesada enquanto o suor escorria por sua face. E logo os olhos da mesma ficaram opacos, sem nenhum brilho. Não demorou muito para que a jovem caísse inconsciente sobre o chão.

Worer então parou de recitar tais palavras e se aproximou da garota, se abaixando próximo à mesma – Será que está morta? – se perguntou sem nem mesmo se importar – Ei... – cutucou a empregada – Ainda está viva?

—... Sim... Worer-sama – o respondeu sem nenhum sentimento em sua voz, levantando a cabeça e revelando seus olhos ainda opacos, mortos.

Worer – Certo... – se levantou – Se coloque de pé! – ordenou, e pode ver a mesma fazer o que lhe havia sido mandado – E agora... Tire a roupa!

Sem hesitar, a empregada se despiu, ficando completamente nua em frente ao príncipe, não demonstrando nem mesmo um pingo de vergonha.

Worer admirou a beleza da jovem por alguns instantes. Para ele, aquela era a mais bela empregada do castelo, e agora poderia fazer o que quisesse com ela. Após alguns segundos pensando, um sorriso malicioso brotou sobre os lábios do rapaz.

Passados algumas horas, Worer abriu a porta de seu quarto, terminando de vestir uma camisa. Enquanto mais ao fundo, a jovem empregada parecia dormir sobre a cama do príncipe, coberta apenas por um lençol.

Worer – Segundo o livro, ela voltará ao normal e não se lembrará de nada após passar pela porta do quarto... Isso irá me poupar de problemas – soltou uma pequena risada – Mas isso é bom... Agora posso dar continuidade ao meu plano – murmurou para si mesmo – O trono será meu, tendo herdeiro direto ou não... Nem que pra isso eu tenha que usar meus irmãos e matar Natsu...

Na manhã seguinte, Worer já havia partido do Reino das Águas, o que surpreendeu Igneel de certa forma, já que nem mesmo ele sabia para onde o filho havia ido.

O príncipe mais velho andava em meio a uma rua movimentada enquanto olhava para cima, como se procurasse por algo.

Worer – O prédio mais alto... O prédio mais alto... – procurava pelo mesmo – Já deve estar na época do Reino do Céu estar passando por aqui... Pelo que me lembro, a família real são os Strauss, mas o papai disse que havia um nobre não muito feliz com as ações do rei... Se não me engano, seu nome é Eucliffe... – abriu um sorriso de canto ao encontrar o edifício – Quem sabe não podemos nos ajudar?

Logo o príncipe fez todo o processo para chegar ao reino que ficava sobre as nuvens. O jovem se jogou do edifício mais alto, e logo sentiu suas costas baterem sob a Nuvem das Prisões. Ao finalmente se colocar de pé sobre a nuvem mais alta, chamou a atenção de algumas pessoas que ali estavam, já que as mesmas não haviam sido informadas sobre uma visita do Reino das Águas.

Worer – Nosso reino realmente faz coisas belas... – murmurou ao ver quão lindo era o local, mas não demorou muito e pode ver um homem de cabelos loiros se aproximar seguidos por fortes soldados ruivos.

— Poderia nos informar o motivo de sua visita, sendo que nem mesmo deu um aviso prévio? – o homem loiro indagou seriamente.

Worer – Eu vim para conversar com o senhor Eucliffe... Eu sou o primeiro príncipe do Reino das Águas – informou calmamente.

— O que desejas comigo? – estranhou.

Worer – Será que podemos conversar a sós? É um assunto de seu interesse – falou com um sorriso de canto no rosto ao perceber que aquele homem era quem procurava.

Eucliffe encarou o rapaz por alguns instantes, mas logo confirmou com a cabeça, não tinha nada a perder com aquilo. Então o mesmo dispensou os soldados que o acompanhavam, ficando a sós com o jovem de cabelos azuis próximo à borda da nuvem.

Eucliffe – Nosso rei sentiu sua presença, então nos enviou para recepciona-lo e confirmar suas intenções... Mas se está aqui para falar comigo, então não há necessidade de seguirmos para outro lugar...

Worer – Sim... – confirmou – Vou ser direto... Sei muito bem que queres ser rei – surpreendeu o homem – Não se preocupe... Estou aqui para lhe dizer que o apoiarei... – foi interrompido.

Eucliffe – E em que seu apoio pode me ser útil? – indagou sem entender.

Worer – Eu sou o primeiro príncipe do Reino das Águas, logo, sou um representante do mesmo... Você terá a força do nosso reino ao seu lado... Pelo menos será nisso em que Strauss irá acreditar, e conhecendo sua personalidade... – explicou, fazendo os olhos de Eucliffe se arregalarem – Basta você conseguir apoio entre os nobres de seu reino... Claro, não será algo tão simples, mas eu sei que sou aquilo o qual você precisava para tomar uma atitude...

Eucliffe – Imagino que seu apoio não sairá de graça...

Worer – Exato! – sorriu – Assim como lhe ajudarei a tomar o trono do Reino do Céu, você terá que me ajudar a tomar o trono do Reino das Águas!

Eucliffe – Se eu de fato me tornar o próximo rei, então você terá todo meu apoio! – exclamou, estendendo a mão para o jovem a sua frente.

Worer apenas apertou a mão do homem de cabelos loiros, firmando o acordo entre eles – Isso foi rápido... Pelo visto ele está realmente desesperado para ascender ao trono... – logo comentou – Lhe darei um ano para formar sua base, conseguir mais apoio e colocar um plano em prática... Daqui trezentos e sessenta dias estarei de volta, e nesse dia sua cabeça terá a coroa do Reino do Céu sobre ela...


Notas Finais


até o próximo!


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