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História Amada pelos Deuses - Uma Voz Que Ecoa


Escrita por: Vinilu

Notas do Autor


Ultimo capitulo da semana de APD...
Na próxima semana finalmente começa as tretas de verdade... Por isso não comecei nesse capitulo, pois assim me focarei melhor em tudo que está para acontecer o/

Uma amiga criou um grupo no Whatsapp relacionado às fics, então... Se algum de vocês leitores quiserem participar, receber alguns spoilers, tirar duvidas, conversar comigo e com outros leitores sobre as histórias e outros milhões de coisas, é só me mandar uma MENSAGEM com seu número xD


Espero que gostem do capitulo... Qualquer erro ou contradição, me avisem!

Boa leitura a todos ^^

Capítulo 85 - Uma Voz Que Ecoa


A conversa entre Rogue e os de mais se prolongou por algumas horas, até que algo chamou a atenção de Gajeel.

— Lucy, isso aí todo enfaixado é... – não precisou nem concluir, sendo que a loira o respondeu rapidamente.

— Sim, é o Tridente – confirmou um pouco mais calma, surpreendendo Cana e Rogue –... De certa forma pode vir a nos ajudar na luta... E se não ajudar, pelo menos ele já está no seu Reino pertencente...

Rogue se aproximou lentamente do Tridente, com seus olhos em um leve brilho avermelhado. Percebendo a intenção do pequeno, Lucy pegou aquele item que estava tão relacionado à sua vida, o trazendo para mais perto de si e impedindo o amigo de o tocar.

— D-De qualquer forma... Gajeel, vamos sair! Temos que descobrir onde os outros estão... Fomos criados no escuro, então não seremos pegos facilmente no meio da noite – o pequeno Rogue explicou ao chamar a atenção do irmão – Cana, fiquei aqui com a Lucy e não a deixe fazer nada precipitado... Conforme Gajeel e eu formos encontrando os outros, os mandaremos para cá.

— Eu não farei... – Lucy o respondeu com uma gota na cabeça, vendo os dois garotos de cabelos negros partirem logo em seguida, mas então a morena do Reino da Terra chamou sua atenção.

— Está tudo bem eles saírem assim? Digo, não tem perigo? – a garota indagou um pouco receosa, ouvindo a loira a responder no mesmo instante.

— Perigo há... Mas precisamos que eles façam isso... E também não podemos dizer o que se passa pela cabeça do Worer – Lucy se sentou em um canto ao concluir, colocando o Tridente ao seu lado.

Apesar da preocupação das duas garotas, cada uma com seu motivo, o que fez com que a noite parecesse ainda mais longa, após algumas horas a primeira pessoa chegou à casa. Os donos da residência já estavam a dormir quando Lucy pôde ver sua amiga Levy adentrar no local. Claro que ela seria quem Gajeel procuraria primeiro, e logo a pequena correu em direção à loira, a abraçando fortemente. A partir de então, de hora em hora um dos amigos chegava na casa. Juvia, Nina e Luca vieram respectivamente. E prestes a amanhecer, Rogue e Gajeel retornaram junto de Jellal e Happy.

— Acho que estamos todos reunidos... – o pequeno rei do Reino da Terra comentou um pouco cansado, vendo todos juntos –... Alguém aqui está com sono? Pois eu sinto que poderia virar mais três dias acordado direto – Rogue brincou ao ver as olheiras estampadas na face de seus amigos, onde Jellal o respondeu logo em seguida.

— Só não durmo a dois dias, mas quem poderia dormir? Além de estarmos sendo perseguidos, nosso amigo e futuro rei precisa de nós mais do que nunca... Dormir é apenas perda de tempo – o garoto mais velho do grupo falou em um tom mais sério, fazendo com que Juvia confirmasse com a cabeça.

— O que? Só eu que dormi como um bebê esse tempo todo? – Happy chamou a atenção de todos, provocando a ira de Nina de certa forma.

— Eu posso bater nele? – a pequena indagou já andando em direção ao menino de cabeça raspada, parecendo incorporar Wendy em indignação, mas logo foi impedida por Luca, percebendo que Rogue queria continuar a falar.

—... De qualquer forma, vocês foram perseguidos até agora, mas com isso eles não esperam que ELES mesmos sejam perseguidos... – chamou a atenção de todos –... Voltando para cá, Gajeel, Jellal e eu vimos onde Worer planeja executar o Natsu... Assim sendo, já tenho uma ideia de como salvar nosso amigo, mas nesse momento meu irmão e eu chamaremos atenção e acabarão vindo atrás de nós... É ai que vocês entrarão... Não me importa como, mas se livrem desses tais “nobres”, não os deixem atrapalhar a provável batalha que acontecerá entre o avô de Natsu e eu... – explicou em um tom sério.

Apesar de ter o mesmo tamanho de Happy e as outras duas crianças, todos respeitavam e levavam em consideração as palavras de Rogue. Seu tamanho não mudava o fato de que ele era o grande rei do Reino da Terra. E em resposta a tudo que o menino falou, Juvia indagou:

— São quatro nobres, como nos dividiremos entre eles? – a garota indagou com os braços cruzados, fazendo com que Jellal confirmasse com a cabeça já que era a mesma duvida dele.

Rogue olhou um por um durante alguns segundos e logo tirou a duvida daqueles a sua frente.

— Jellal será responsável por um, Juvia por outro, Lucy e Cana terão que dar conta de um e Levy e as três crianças impedirão o ultimo... Lucy, assim como Cana, se perceberem que não darão conta, apenas fujam – o pequeno de cabelos negros concluiu, deixando Levy e Happy espantados.

— Eu terei que dar conta de um? E por que fui colocada junto a crianças? – a namorada de Gajeel indagou completamente inconformada, mas logo teve suas perguntas sobrepostas pelo desespero de Happy.

— Por que uma criança tem que lutar? Por que? Ainda mais contra um dos homens mais fortes do Reino das Águas! O que se passa pela sua cabeça? Pense um pouco! Droga! – o menino de cabeça raspada parecia que não pararia de falar, enquanto seus olhos se enchiam de lágrimas.

Cana estava prestes a dar um corretivo no menino, mas as palavras de Rogue foram o suficiente para fazê-los entender.

— Crianças ou não, fracos ou não, vocês estarão em quatro contra um... Levy, você é uma garota inteligente, então use sua cabeça para derrotar o nobre pelo qual ficará responsável e nos mostre que força não é tudo... E diferente de você Happy, aposto que os outros dois estão dispostos a lutar pelo bem de Natsu – concluiu ao apontar para Nina e Luca, fazendo os mesmos confirmarem com a cabeça, mesmo estando tomados pela insegurança, mas Levy ainda tinha uma duvida.

— E o Gajeel? Por que não deixa ele vir comigo? – a pequena percebeu que seu amado não havia sido relacionado para a luta contra os nobres.

— Ah sim, você não estava quando eu disse... Gajeel e eu lutaremos contra o avô de Natsu – Rogue a respondeu, voltando a surpreender o grupo, mas ninguém se atreveu a contrariar aquilo.

As horas se passaram desde então. E longe daquela casa, mais precisamente abaixo do palácio real, Natsu permanecia preso em meio à escuridão. O rosado mal conseguia se manter em pé, já que passara a noite inteira na presença de seu avô e de Worer. O príncipe mais velho não esperava que Grandine viria a se arriscar para solta-los, e isso o estava incomodando já que não estava em seus planos. Worer então fez com que “Gepeto-san” tentasse tirar à força do rosado onde Lucy e os demais poderiam vir a estar.

Mas não demorou muito para que Natsu visse a porta daquela cadeia, que o acomodara por todos aqueles dias, ser aberta. O rosado então percebeu que eram dois dos nobres que haviam se aliado ao seu irmão. Os mesmos abriram a cela e seguraram Natsu, um em cada braço, sem se preocuparem sobre o mesmo reagir, já que sabiam do estado do garoto. O rosado mal andava, parecia mais ser arrastado para fora daquele local. Só então Natsu percebeu como estava claro do lado de fora, acreditando já estarem no horário em que o sol se encontra no seu ponto mais alto na superfície.

Enquanto era encaminhado para fora das dependências do castelo, o rosado percebia como a quantidade de pessoas na rua apenas aumentava, onde as mesmas o encaravam completamente espantadas e incrédulas. Foi então que chegaram a uma parte da rua principal onde era quase impossível passar devido à enorme concentração de pessoas. No mesmo instante, todas as conversas e murmúrios cessaram, fazendo com que todo o local fosse tomado por um silêncio perturbador, podendo apenas se ouvir os passos pesados dos nobres que arrastavam o jovem príncipe para sua própria execução.

Natsu olhava de um lado para o outro com a fraqueza estampada por todo seu corpo, tentando encontrar seus amigos. Mas eram tantas pessoas, que tornava tal ato praticamente impossível, fazendo com que o rosado logo desistisse. Não demorou muito para que o garoto de cabelos rosados pudesse avistar um enorme palanque que pegava de um lado ao outro da rua, a fechando praticamente. Em cima do mesmo estavam Worer, seu avô e um homem encapuzado com uma enorme lamina cortante em suas mãos, mais parecido com um machado.

O rosado então subiu os degraus, que o levariam à morte, a passos lentos, até chegar ao ponto mais alto do palanque. Lá o mesmo foi forçado a se ajoelhar de frente para as pessoas. Nesse momento Natsu entendeu que todas as pessoas da cidade, de crianças a idosos e até mesmo de outras cidades do Reino das Águas ali estavam. O silêncio continuava, mas em meio à toda aquela multidão, os olhos de Natsu se cruzaram com o de uma garota pouca coisa mais alta que Wendy, mas que nunca havia visto antes. A mesma possuía as íris tomadas por uma mancha branca, o que fez Natsu entender que ela não enxergava nem mesmo um palmo a sua frente. O rosado então abaixou a cabeça, acreditando que as pessoas pareciam se interessar em sua execução, para até mesmo um cego estar ali para presenciar tal ato...

Ainda assim, misturados em meio às pessoas, Jellal e os de mais do grupo possuíam alguns panos em suas cabeças, presos como bandanas para que não fossem reconhecidos, ainda mais Lucy, Gajeel, Rogue e Cana. Os mesmos assistiam a tudo como os outros, até que começaram a se separar, com os pequenos grupos definidos por Rogue seguindo em direções opostas.

Mas logo algo prendeu a atenção de todos. Uma voz feminina ecoou em meio ao silêncio, mas os mais afastados não conseguiam ver quem era, já que a jovem era baixa e parecia se esconder entre as outras pessoas.

— Qual o motivo pela execução de nosso futuro rei? – a garota indagou o que todos queriam saber. Aquela voz mexeu com Natsu, por algum motivo o garoto sentia conhecer a dona daquele timbre, mas não sabia de onde.

Foi então que Worer respondeu à pergunta.

— Natsu foi julgado indigno de ascender ao trono pelo antigo rei, ele provocou a ira do Reino do Céu, do qual dependemos, transformou uma humana que viria a ser a futura rainha, quase deu sua vida por causa dessa mesma humana, sem se importar com o reino... E ele também “penhorou” o Tridente em uma troca – o jovem explicou calmamente – Uma pessoa dessas não trará nada de bom para o Reino das Águas... E antes que o Reino do Céu se volte contra nós, acalmaremos sua ira com a morte de Natsu... E assim nossos dias seguirão em paz...

Tais motivos deixaram o povo confuso. Alguns entendiam, mas outros não aceitavam. Foi então que a mesma garota que levantou a dúvida voltou a indagar:

— Não acredito que alguém aqui odeie a Lucy-sama! A partir do momento que Natsu-sama a escolheu, ela se tornou uma de nós... Então está dizendo que não devemos nos aceitar? – aquela pergunta ecoou em um tom mais elevado, fazendo com que outras pessoas gritassem em confirmação.

— Isso mesmo! Isso não é motivo para matarem Natsu-sama!

As vozes formavam um coro em concordância a jovem, até que a mesma tornou a falar, fazendo as pessoas se calarem novamente.

— E que história é essa de Tridente? Ele não estava perdido? Nos expliquem isso antes de quererem tomar a vida de alguém! – mais uma vez incitou o povo a estar ao seu lado, jogando a todos contra aqueles homens que estavam em pé atrás de Natsu. A multidão só tornou a se calar quando a menina falou por uma última vez – E desde quando o Reino do Céu se tornou superior a nós? Assim como dependemos deles, eles também dependem de nós... Se Natsu-sama os irritou de alguma forma, com certeza eles devem ter feito algo também... Então só tenho algo a dizer sobre isso... FODA-SE O REINO DO CÉU! – com seu brado, um coro alto e forte em resistência às ações de Worer e seu avô ecoaram prolongadamente por toda a cidade.


Notas Finais


Até o próximo o/


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