1. Spirit Fanfics >
  2. Amada pelos Deuses >
  3. Pela Espada e Pelas Palavras

História Amada pelos Deuses - Pela Espada e Pelas Palavras


Escrita por: Vinilu

Notas do Autor


Desculpem a demora ^^'

Mas agora as provas acabaram o/
Tentar desenrolar o fim dessa Saga logo o/

Espero que gostem do capitulo... Boa leitura a todos!

Capítulo 88 - Pela Espada e Pelas Palavras


Com as mãos sobre a perna do Golem, Rogue fechou os olhos e ficou em silêncio por breves dois segundos. Mas logo suas pupilas abriram levemente revelando as íris em um forte brilho avermelhado. Mesmo estando de frente para aquele montante de terra, Rogue parecia encarar o vazio, enquanto as palavras começaram a sair pela sua boca em um tom suave.

—... Alma que sofre e paga pelos seus pecados, eu, o rei do Reino da Terra, lhe ofereço a oportunidade de diminuir seu tempo de estadia na Esfera das Almas, ganhando também o direito de escolha entre reencarnar ou seguir para o “Paraíso Desconhecido”... – logo em seguida a voz de Rogue se intensificou – Se isso lhe satisfaz, obedeça-me e habite este corpo morto de terra!

No mesmo instante um forte brilho esverdeado emanou das mãos do pequeno rei do Reino da Terra, seguindo para o Golem. Lentamente o monstro criado por Gajeel foi sendo coberto por aquela luz. Mas no segundo seguinte o avô de Natsu apareceu no local, se espantando com aquilo que chamara a atenção de todo o Reino das Águas.

O que ele planeja? Seja o que for, não posso permitir que o faça!”, o velho pensou ao ver que Rogue tentava algo com o Golem.

Mas ao avançar para impedir o pequeno, acabou por perceber o buraco que se abrira de repente em frente a seus pés.

— Espere mais um pouco, logo lhe ocuparemos... – a voz de Gajeel chamou a atenção do velho.

Aquele breve instante em que o moreno impediu o avô de Natsu, foi o suficiente para fazer com que a luz esverdeada cobrisse o Golem por completo. Mas no segundo seguinte aquela luz se dissipou, fazendo com que um silêncio permeasse por toda a cidade.

Esse mesmo silêncio só foi quebrado pelas pequenas rochas que começaram a cair do enorme Golem, sinalizando que o mesmo começara a se mover.

— DESPERTE! MOSTRE A TODOS O PODER DO REINO DA TERRA! – o pequeno Rogue bradou tomado pela excitação, fazendo com que o monstro abrisse os olhos e revelasse as enormes íris esverdeadas.

Com o abrir de sua boca, mais rochas e terra caíram do Golem. Mas fora isso, fez-se ecoar o urro da dor e da morte por todo o Reino das Águas. Tal som fez um arrepio percorrer por todo o corpo do antigo rei, enquanto mais ao longe Natsu se virou para trás para ver aquele monstro colossal. Logo depois o levantar de seu braço direito fez com que mais terra e pedras caíssem. O braço levantado desceu com toda a força que o monstro possuía, e ao se chocar com o chão, fez com que todos próximos voassem longe e a capital tremesse com o impacto.

Rogue apenas pôde tossir ao ser jogado para trás em meio àquela nuvem de poeira que se levantara com o ataque.

—... Acho... Que exageramos... – o pequeno comentou ao perceber o estrago que o Golem havia causado.

Não muito longe da parede de água, Lucy e Natsu encaravam com uma gota na cabeça à enorme nuvem de poeira que pairava mais ao fundo.

— Rogue maldito... Está tentando destruir o Reino das Águas? – o rosado indagou com certa indignação.

— Natsu, precisamos continuar... – a loira chamou a atenção do garoto, levando a mão até o peito como se algo lhe incomodasse naquela região.

—... Você está bem? – Natsu perguntou voltando a andar com Cana em suas costas.

— Sim... É só a marca... Está ardendo um pouco – Lucy explicou.

Marca? De que?, a pequena de cabelos castanhos se pegou em meio à curiosidade, apenas prestando atenção na conversa dos amigos.

—... Perdão... Mas precisávamos... – o garoto então foi interrompido pela loira.

— Sim, eu sei... – Lucy abriu um sorriso gentil ao responde-lo –... Né, o que você pretende fazer quando tudo isso acabar?

Natsu hesitou em responder àquela pergunta. O mesmo passou a encarar a loira, vendo como a mesma parecia meio nervosa. Era como se ela não estivesse confiante de que tudo acabaria bem, onde aquela pergunta foi feita para que a resposta cheia de confiança de Natsu viesse a lhe confortar.

—... Por que essa pergunta do nada? – o rosado queria fazer com que Lucy dissesse o que realmente estava sentindo, mas a mesma não queria parecer tão fraca na frente de seu amado.

— A toa... Bem, eu irei comer tudo o que tenho direito! Depois irei dormir até meu corpo e o colchão se tornarem um! – a garota comentou parecendo se animar só de se imaginar realizando aquelas duas coisas.

—... Então eu... – Natsu parou para pensar, chamando a atenção das duas garotas –... Simplesmente não a deixarei dormir...

— C-Como assim? – Lucy perguntou já meio corada, desconfiando sobre o que o rosado estava falando.

— Bem, já faz um tempo desde a ultima vez que ficamos juntos a sós... Eu te contei sobre o que meu irmão havia feito... Então você passou a me ignorar... Não quis nem mesmo ir a um encontro comigo... E depois teve aquela foto... – o garoto explicou um pouco mais chateado.

Realmente... Eu agi como uma idiota, não é mesmo? E agora estamos nessa situação... Se o plano do Rogue não der certo, então... Não haverá uma próxima vez... Um primeiro encontro...”, a loira foi tomada pelo arrependimento enquanto sua cabeça era tomada por tais pensamentos, mas Natsu continuou a falar.

—... Há várias coisas novas que quero tentar... Tantos fetiches e posições que ainda não experimentamos... – o rosado comentou com um sorriso sacana em sua face, fazendo a pequena em suas costas corar levemente.

— Me deixe participar também! – Cana pediu com o mesmo sorriso do amigo.

Mas logo os dois estranharam ao não perceberem nenhuma reação de Lucy. E ao olharem para a mesma, se surpreenderam ao verem como a garota encarava o vazio enquanto as lágrimas escorriam por sua face inconscientemente.

—... Né... Quando tudo isso terminar... Podemos mesmo... Ir a um encontro? – a loira indagou em um tom mais baixo, o que fez com que Natsu soltasse um leve suspiro e levasse sua mão direita até o topo da cabeça de Lucy.

— Claro... Será um daqueles encontros bem clichês... Vamos andar de mãos dadas enquanto te levo para conhecer o restante da cidade... Farei você experimentar a especialidade do Reino das Águas... E então... – Natsu não concluiu, apenas tirou a mão da cabeça da garota ao chegarem em frente à parede de água.

Após colocar Cana no chão, o rosado parou em frente a Lucy, pegando a mão direita da mesma e a encarando seriamente.

—... Quando você se sentir perdida, apenas pense naquelas palavras... – Natsu comentou em um tom mais sério, deixando a loira confusa –... Siga o caminho da água e não a traia...

Tais palavras deixaram Cana um pouco confusa, enquanto Lucy foi surpreendida pelas mesmas, se lembrando da primeira vez que ouvira aquilo:

“– O que ele quis dizer com aquilo? – a loira perguntou calmamente enquanto andavam, chamando a atenção dos outros quatro – “Sigam o caminho da água e não a traiam”.

–“Siga aquilo que você acredita e não a traia” – Levy a respondeu calmamente.

–“Siga o seu caminho e não o deixe” – Jellal falou em um tom mais sério.

–“Confie em sua família e não tema” – Wendy disse no mesmo tom que os outros.

Lucy ficou confusa – Não estou entendendo... Eles também não entenderam?

– Aquela frase não possui apenas um significado – Natsu chamou a atenção da loira – Para mim, ela quis dizer “Ouça o seu coração e siga em frente, não o traia, faça o que ele mandar”.

Lucy continuou confusa.

Natsu – Para você, o que aquelas palavras significaram? – perguntou calmamente enquanto se aproximavam da parede de água.”

Logo depois a loira pôde sentir o garoto soltar sua mão, vendo o mesmo entrar na água e se afastar da cidade.

Siga o caminho da água... E não a traia...”, tal frase tomou todo o espaço na mente de Lucy. Mas não demorou muito e a mesma viu um pequeno ponto brilhante vir do local para o qual Natsu havia se direcionado.

O rosado se mantinha sentado, flutuando com as pernas cruzadas, parecendo meditar enquanto seu corpo emitia uma fraca luz, indicando que o processo de reestruturação de seu corpo havia começado.

Com os olhos fechados, Natsu sentia toda a água ao seu redor e em seu interior, revertendo lentamente todo o estrago que seu avô havia causado.

Pouco tempo antes, não muito longe dali, após o forte tremor que o Golem havia causado em toda a capital, Jellal e os de mais ainda mantinham suas posições na espera de que algum dos nobres traidores pudesse vir a passar por perto.

O que está acontecendo? O que foi esse tremor de agora? Rogue e Gajeel já estão lutando? E o Natsu? Droga... Será melhor eu sair daqui e me juntar a eles? Os nobres traidores já devem ter feito isso...”, Jellal pensou já preenchido pela ansiedade, até que ouviu alguém correr em direção ao beco que o mesmo se escondia.

Tal pessoa parecia tentar acessar a outra rua mais rapidamente, de forma que pudesse chegar logo ao local em que o Golem se encontrava. E foi então que Jellal percebeu que era quem ele esperava.

Eu não preciso ter medo... Essas pessoas receberam o título de nobre por causa da proximidade que tinha com Igneel-sama, assim como temos com Natsu... Eles podem controlar a água igual a nós, a única diferença é a experiência que os mesmos têm... Mas isso não quer dizer que eles sejam impossíveis de se derrotar, afinal, eles não possuem os Olhos do Rei... Em uma luta, aquele que der o primeiro passo ganha!”, Jellal pensou de cima de uma das casas, vendo o velho passar apressadamente pelo beco.

O jovem então destampou um de seus frascos d’água e espalhou o liquido pela lâmina da espada. Sem nem mesmo hesitar, Jellal pulou em direção ao velho. O mesmo acabou por ter êxito em seu ataque, abrindo um extenso corte vertical nas costas do nobre, que após tal ferimento ainda tentou se virar para ver quem havia feito aquilo, mas nem mesmo teve tempo para isso, já que sentiu a arma de Jellal atravessar seu peito.

— E pensar que vocês seriam tão frágeis se pegos de surpresa... O senhor não aprendeu que não se deve abaixar a guarda em meio a conflitos? – o garoto indagou tirando sua espada do peito do velho, suspirando de alivio ao ver o mesmo cair para frente –... Como será que os outros estão? – o mesmo se perguntou em um sussurro.

Não muito longe dali, em uma rua menor, Juvia estava frente a frente com um nobre que aparentava ser mais novo que os dois já mortos, encarando o mesmo diretamente nos olhos.

— Você tinha a chance de um ataque surpresa, mas não o fez... Por quê? – o homem indagou seriamente, recebendo a resposta logo em seguida.

— Não seria honrado da minha parte, ainda mais com alguém que fez tanto pelo Reino das Águas... – Juvia o respondeu no mesmo tom.

— Se sabes disso, por que então estás a tentar me impedir? – o nobre perguntou tentando entender a jovem.

— Eu realmente não entendo seus motivos... Se aliar a alguém que fez o que fez apenas para assumir o trono... Traindo toda a tradição do Reino das Águas, traindo àquele que nasceu com o direito de se tornar seu próximo rei... – Juvia estava a falar, quando foi interrompida pelo homem.

— O que há de errado em querer o melhor para o Reino das Águas? E quem disse que estou fazendo isso pelo Worer-sama? Eu faço isso para que Igneel-sama continue como rei... Ele é visto como um rei comum, mas sua grandeza é apagada pelo brilho de seu pai, enquanto o povo espera que Natsu-sama o substitua logo... Não quero que ele seja esquecido ou então lembrado como um rei que não fez nada... Igneel-sama merece mais que isso – o nobre explicou, surpreendendo Juvia.

— E você acha que matar Natsu seria a solução para isso? – a garota indagou um pouco indignada.

— Não vejo como uma solução aceitável, mas o que mais poderia fazer? Natsu-sama ainda é muito jovem, irresponsável! Já imaginou o que pode vir a acontecer com o Reino das Águas se ele assumir o trono? Geralmente isso ocorre após o casamento, quando o herdeiro direto ganha sua imortalidade... Por causa do antigo rei, Igneel-sama demorou a se casar... O fizeram esperar, pois não queriam que seu pai deixasse o trono... E assim ele o fez, mas Natsu-sama já está com a mulher com a qual deseja se casar, enquanto os outros nobres estão o apressando para realizar a cerimônia, já que a mesma está em posse dos Olhos do Rei...

— Sinto muito por Igneel-sama, mas o tempo passa e as gerações mudam... Apesar de tudo, não será ele que terá que enfrentar as mudanças que estão acontecendo e que estão para acontecer em todos os reinos... Natsu nasceu destinado a enfrentar tudo isso e a mostrar que o Reino das Águas é o maior entre todos! – Juvia o respondeu em um tom mais sério, deixando o nobre sem palavras por alguns instantes –... Mas se ainda assim quiser tirar a vida de meu amigo e meu futuro rei, então... – a garota então retirou duas adagas de suas bainhas, segurando uma em cada mão enquanto começara a encarar o homem com um olhar frio –... O pararei aqui nem que isso custe a minha vida...

O nobre ficou a encarar a jovem sem mexer um único músculo, demonstrando que não tinha a intenção de lutar com a mesma.

— Eu não sou tolo o suficiente para participar de uma luta onde tanto sua perda quanto a minha poderia vir a ser prejudicial ao Reino das Águas... Você é uma criança em mil que agracia nosso reino com seu talento e sua honra... – o homem de cabelos grisalhos comentou em um tom sério – Sem falar que já percebi como você se preparou para caso tivesse que recorrer à violência... – o mesmo apontou para os jarros espalhados pela rua, entendendo que os mesmos estavam repletos de água. Sendo assim, mesmo que ele também usasse da água, a luta realmente levaria a morte de um ou de outro, ou até mesmo de ambos –... Eu entrei nessa pois aqueles com mais experiência diziam com toda a certeza que Natsu só traria a desgraça para o Reino das Águas... E também pois quero o melhor para Igneel-sama... Se puder me provar que estão enganados, podemos terminar isso pacificamente entre nós...

—... Não sei o que você quer que eu diga, mas... – Juvia voltou a embainhar suas adagas –... Aonde você acredita que Igneel-sama ficaria melhor com a morte de seu filho ao qual sempre sonhou ter? E pense... Se ele realmente se importasse com o tempo em que está no trono, acha que se preocuparia em ter um herdeiro direto? Se Natsu morrer, então Igneel-sama não terá alguém que venha a sucedê-lo mais para a frente, afinal, Grandine-sama não tem mais forças para dar outro filho a ele... Logo, Worer é quem assumiria tal papel... Acredita mesmo que Worer seria um rei melhor que Natsu?

Mais uma vez Juvia deixou o homem sem ter como responde-la.


Notas Finais


Até o proximo!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...