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História Amaldiçoado - Capítulo nove: Distante.


Escrita por: AliceDracno

Notas do Autor


Olá, pessoas! Me desculpem o atraso de uma semana, mas é que fiquei sem internet por um tempo. Meu pai mudou a internet aqui de casa e agora, finalmente (é pra aplaudir de pé, igreja!), vieram instalar as bagaças tudo.
Pois é, o que me atrasou em muitas coisas!
Devo agradecimentos a:
Deyercardoso,
Thaay16,
Anamour,
LohanaAC.
Obrigada, meninas! Boa leitura, gente!

Capítulo 10 - Capítulo nove: Distante.


Era madrugada alta quando aconteceu. Narcisa arregalou os olhos e, num movimento muito rápido, sentou-se e pôs as mãos sob o coração acelerado. A vontade de vomitar veio ardendo. Correu até o banheiro e vomitou, o que era realmente surpreendente porque não havia nada no estomago para ser colocado para fora. O líquido que subiu garganta acima era amarelado e possuía sangue misturado. O ardor que estava sua garganta dizia a Malfoy que, com certeza, o que ela colocou para fora havia sido suco gástrico com sangue diluído, mas de onde veio o sangue?

Pior que isso, sentia sua garganta muito cortada, como se houvesse engolido agulhas que agora abriam caminho sanitário, tentando sair. Um acesso de tosse cortou seu raciocínio e a vez inclinar-se novamente sobre o vaso, dessa vez o que vomitou era sangue com suco gástrico diluído. Seu paladar experimentava o terrível sabor de poção para cólicas e ferro. Sentiu-se tonta, tendo que se agarrar a pia para não cair; baixou a tampa da privada e se sentou nela, colocando as mãos na cabeça. O banheiro, de repente, pareceu ficar maior e mais luminoso, doía-lhe as vistas ficar ali.

Incontáveis minutos se passaram até que ela não mais sentisse que iria cair se ousasse se levantar. De pé, olhou-se no espelho que viu que, numa noite, envelheceu anos. Passou a mão pelos cabelos desgrenhados e uma mexa gorda de cabelos platinados saiu, passou a mão novamente, mas dessa vez saíram apenas alguns fios. Abriu a torneira e jogou água no rosto, massageando as têmporas e o pescoço. Saiu do banheiro sabendo que precisava de um copo de chá. Geralmente pediria a Winki que lhe trouxesse, mas acordaria Andrômeda, além do mais, queria andar um pouco.

Encontrou a casa tão vazia e escura que podia ouvir sua própria e errática respiração. Ficava difícil enxergar, mesmo com a luz azulada que saia de sua varinha, uma película densa e escura cobria seus olhos. Chegar na cozinha em silencio foi difícil, seus passos trôpegos vez ou outra faziam com que ela se apoiasse na parede e quase derrubasse algo.

Sentou-se à mesa de tampa de madeira da cozinha, servindo-se de água. Lá fora, pela janela, viu a chuva se armando, os relâmpagos fazem um escarcéu e a chuva se negando a cair. A água desceu rasgando a garganta.

A mulher olhou uma última vez para a janela e retornou ao quarto.

 

(...)

 

O raiar de uma nova semana em Hogwarts começou. A caminho do Salão Principal, Hermione tentava afastar da cabeça uma sensação ruim. Acordou com um mal-estar, uma dor que não parecia física nem emocional. Passou pelas escadas e quase tropeçou em um degrau. Chegou no salão antes dos outros, e num modo automático, serviu-se. Divagou por tanto tempo, olhando um ponto qualquer da mesa, que só despertou de seu transe com as vozes de Gina e Rony brigando:

—Hermione! —A dupla de irmãos chamou a atenção dela, que quase não conseguiu disfarçar o pequeno susto que levou.

—Oi?

—Rony continua fazendo-se de idiota! —A ruiva cruzou os braços. —Ele ouviu Lilá e as gêmeas conversando, e elas disseram para Lilá que se ela quisesse sair com Rony, deveria chama-lo!

—E deixe-me adivinhar, Rony acha que ele quem deve chama-la para sair antes, mas tá com medinho de levar um fora? —Ela fez as orelhas de Rony queimarem. —Tão previsível... —revirou os olhos.

—Sério, sarcasmo?

—Ou você toma coragem e chama ela para sair, ou você espera ela te chamar! E se ela te chamar, trate de dizer sim e deixar esse orgulho bobo pra lá, não se esqueça que orgulho é uma característica da Sonserina —provocou.

—Eu só quero fazer tudo certo —ele murmurou, sem ligar para a provocação.

—Rony, é amor, não tem regras. —Harry finalmente disse alguma coisa. —Essa coisa de fazer tudo certo não existe. É só complicação —Gina sorriu para o namorado, agarrando a mão dele por baixo da mesa. Era um daqueles instantes que Hermione sentia que o tal do final feliz existia. Harry merecia, depois de tudo o que viveu, um pouco de paz e amor.

—O que você sente por ela, Ronald, é amor —uma voz atrás de Hermione soou. —Num mundo como esse, todo e qualquer tipo de amor é válido. —O quarteto olhou para o loiro com curiosidade. Os olhos de Gina cintilavam em satisfação. —Quer passar na biblioteca antes da aula? —Hermione sorriu para ele.

—Vamos, sim —ela aceitou a mão dele e pegou a mochila que estava aos seus pés. —Até depois, gente. —A dupla inusitada sumiu pelas portas e entre a pequena multidão de alunos que entravam. Gina parecia ainda mais confiante e satisfeita.

—Vocês viram o que eu vi? —Rony perguntou para Harry e Gina num cochicho, se inclinando na mesa. —Ela e o Malfoy. O Malfoy e ela!

—Nós vimos, Rony —Gina respondeu. E enquanto o famoso sorriso Weasley se formava naqueles lábios rosados, Harry e Rony sentiram que ela maquinava alguma coisa. —Malfoy e Hermione. Não parece interessante?

—Não, parece aquele tal erro de realidade do filme que o Harry me mostrou nas férias. Qual era o filme mesmo, Harry?

—Matrix, Rony, o nome do filme é Matrix. E o erro é chamado de erro na Matrix.

—É, é, isso mesmo! Parece um erro na Matrix.

—Não parece isso, não. Parece é que as coisas estão entrando nos eixos. Que as coisas estão se acertando para todo mundo —Gina estreitou os olhos para o irmão. —E que tal você ir atrás da Lilá e chamar ela para sair?

—Meu Deus, você nunca desiste? —Ela sorriu.

—Não.

 

(...)

 

 

—Falou com sua mãe sobre o livro? —Draco levantou uma sobrancelha para ela.

—Bom dia pra você também! Dormiu bem? Eu dormi como um bebezinho.

—Sério? Sarcasmo? A essa hora da manhã? —Ela revidou. Malfoy deu de ombros:

—Faz parte do meu charme —piscou para ela. —E sim, eu falei. Com minha tia, na verdade, e ela disse que se encontrasse o livro, me mandaria.

—Certo, assim que ele chegar, iremos ter uma visão melhor da situação. Por enquanto, vamos nos atear ao que temos. —Hermione parou bruscamente e mexeu em sua mochila, atrás de suas anotações. Quando ela puxou o bloquinho de notas, Malfoy notou que desde sábado ele havia aumentado bem de tamanho.

—Nossa, você não para, não? —As bochechas de Hermione coraram levemente e ele gostou do tom.

—Tive insônia esse fim de semana, virei a noite de sábado para domingo fazendo notas sobre o que aconteceu naquela pequena cidade no Brasil. Fiz as notas, mas isso não significa que você não deva ler o capítulo destacado. —Procurou o livro dentro de sua bolsa e entregou a ele, dizendo: —Abra-o na página do dia 19 de maio, por favor. —Draco assentiu.

—Vamos chegar na biblioteca primeiro, sim? Menos risco deu trombar em alguém.

—Certo —ficaram em silêncio todo o percurso. Draco percebendo as olheiras que estavam debaixo dos olhos dela e Hermione tentando se concentrar em qualquer coisa que não fosse aquela dor de cabeça que martelava seu cérebro contra o crânio. Sentaram-se nos fundos, e pela primeira vez o cheiro de livros empoeirados fez o nariz de Hermione se contorcer em asco. 

—Você realmente está se sentindo bem? —Ele colocou a mão no ombro da grifa. Hermione olhou nos olhos dele e assim que conseguiu fugir dos tons labirínticos de cinza e azul que povoavam aqueles olhos, disse:

—Sim, só com um pouco de dor de cabeça. Pode ser falta de cafeína, já que hoje tomei chá.

—Hum, ok —sentaram-se lado a lado, com os ombros encostando quando se mexiam. Hermione espalhou suas coisas sobre a mesa e foi fazendo outras coisas. Draco a observou por instantes antes de começar a ler:

“19 de maio de 1809, Barra Mansa. Outra semana, mais mortes, nenhuma pista do que está havendo.

As mortes se concentraram, nos últimos dias, em escravos e negros livres. Um deles foi um capataz de Heitor. Tenho plena convicção de que o que quer que seja que anda matando nessa cidade, não é algo que já vimos. Um dos corpos empilhados por essa criatura é de um de meus companheiros. Encontramos seu corpo numa clareira, e seguimos uma trilha de sangue até uma caverna vazia. Mas era dia, a criatura parece ter hábitos noturnos.”

—Até aí, tudo parece obra de um lobisomem como Greyback —Draco disse o que segurava a dias. Não era possível que só Greyback pudesse ter toda aquela maldade e sede de sangue e carne humana. Antes de Hermione protestar, uma voz rouca e baixa o fez:

—Quem dera ser um lobisomem —olharam por cima de seus ombros e viram o professor Kalet. Ele deu a volta na mesa, sentando-se na frente de ambos. Hermione e Draco mantiveram seus olhos nele, surpresos e receosos. —É uma coisa muito maligna. —Ele pegou o livro entre as mãos, e viu que era a versão mais nova, de Iracema Bastos, a mãe da atual diretora de Castello Bruxo. —Essa é uma atualização do livro que li quando tinha a idade de vocês, bem aqui nessa mesma biblioteca. —Os olhos dele ficaram sombrios e ele devolveu a Hermione o livro. —Nessa época, Barra Mansa em si ainda não existia, era um condado da cidade de Resende. Só em 1839 que foi declarada uma cidade. A fazenda onde eles estão não existe mais, mas deu o nome do bairro em que ela ficava: Água Cumprida. E em minhas andanças, conheci a caverna. Termine de ler, Malfoy, e nós três teremos uma conversa sobre isso.

Draco fez o que o professor pediu, e Hermione engoliu em seco, com medo:

Sei que estou, definitivamente, paranoico. Ouço alguém gritar lá longe toda noite e estou convencido de que o barulho das folhas e do vento não são apenas isso. Em uma noite de vigília, pude ouvir com clareza o clack-clack de pés descalços quebrando galhos secos. E hoje, sob a luz tremula do último pedaço de vela que tenho, torço para que o que quer que seja que está lá fora espreitando a casa, coberto pela escuridão da floresta noturna, não consiga encontrar um modo de entrar.

Daniel e Heitor estão conversando a duas salas daqui, algumas de suas palavras posso distinguir. O cheiro de um café a ser passado por uma das escravas de Heitor domina o ar. Tenho medo que esse cheiro o atraia, que seja um convite para que ele entre. Sei da conversa abolicionista de Heitor, sei que ele quer que uma lei obrigue seu pai, que está em algum lugar da Europa, a libertar toda essa gente da semivida que têm. Principalmente agora, quando tantos acabam mortos de forma tão misteriosa e brutal.

A escrava bateu em minha porta alguns segundos atrás. Perguntou se eu queria me unir aos outros para um café. Recusei. Estou suficientemente desperto, um café me faria despertar ainda mais, o que significaria que nem mesmo quando alvorada chegasse, eu poderia descansar. Quando mais informações surgirem, escreverei mais. Agora, vou pedir a escrava que ela me faça um chá calmante e vou espiar a janela, espremendo os olhos até conseguir encontrar um resquício de luz das estrelas e tentar capturar tal criatura com meus olhos.”

Houve silêncio sóbrio por instantes até que o professor o quebrasse: —Podem perguntar.

—Como ele morreu, o Lucas? —Hermione perguntou. Quando o professor ergueu seus olhos para ela, ambos estremeceram levemente.

—Louco, num hospício. O mesmo com Heitor e aqueles que não morreram pelas garras de um Chupa-Cabras.

—Merda, afinal de contas, o que diabos é um Chupa-Cabras? —Draco rugiu, espalmando as mãos na mesa.

—Vocês querem saber o que são os chupa-cabras? São seres amaldiçoados. —O estreitar de olhos do professor não permitiu que o casal de alunos fizesse o protesto que estava na ponta de suas línguas. —Como começou a maldição? Seu primeiro atingido? Não sabemos, e talvez nunca venhamos a saber. Mas vou lhes contar uma coisa que não está nesse livro, ou em nenhum livro dessa biblioteca ou em qualquer outra, até mesmo livrarias, a não ser na biblioteca de Castello Bruxo: quando um Chupa-Cabras morre, outro nasce.

—Quê? Como isso é possível?! —Hermione, muito surpresa, exclamou. O professor suspirou.

—Vamos supor que ele, um Chupa-Cabras, mordeu sua mãe e ela sobreviveu, Hermione. Melhor, ele a arranhou em forma humana sem querer. Sua mãe foi contaminada. Simples assim. Mas ela nunca se tornou um. Encare isso como um “gene mágico”, ou um tipo de patógeno, que ela ganhou no contato com tal criatura, seja como for esse contato, e que foi passado para você assim que você nasceu, você também o tem. Ele ficou adormecido em sua mãe, e por um bom tempo, em você também. Mas aí, o Chupa-Cabras que a arranhou morreu de velhice ou desnutrição. E então, você e sua mãe se transformam em Chupa-Cabras. O que acontece depois? O patógeno que vocês dividem, o gene mágico dessa maldição, vai escolher o mais forte dos dois e matar o outro. Em resumo, sua mãe morre na primeira transformação e você vira, permanentemente, uma dessas criaturas. Ou vice versa.

Pararam para pensar nisso. Era horrível. E foi pior para Draco, a maldição de Daphne voltou a sua mente.

—Obrigada, professor, pelo esclarecimento —Hermione murmurou, de cabeça baixa. —Essa maldição soa tão... terrível!

—Sim, é terrível. —Concordou. —Em níveis diferentes. Muitas pessoas carregam isso sem nem saber. Os Chupa-Cabras, inevitavelmente, em algum momento vão atrás de comida humana e pode contaminar outros.

Hermione coçou os olhos, tentando conter a dor de cabeça.

—Como você descobriu sobre essa pesquisa? —Draco perguntou.

—Eu sabia, pelo histórico de Hermione, que ela iria acabar pesquisando mais. —Foi a vez dele coçar a cabeça. —Agora que eu vi a determinação dela e a sua, vim oferecer a vocês a fazerem uma visita a Ivone, a atual diretora de Castello Bruxo, para encontrarem alguns livros a respeito de Chupa-Cabras e coisas do tipo. Aceitam?

—Sim —Hermione falou pelos dois, e pelo modo com que o olhou, fez Draco assentir. —Quando?

—Vou falar com ela e marcar um dia. Provavelmente nas férias de Natal e fim de ano de vocês, que são férias de verão lá.

—Só em dezembro? —Draco perguntou.

—Eu disse provavelmente —corrigiu Draco. —Pode ser que possamos fazer uma visita a escola antes. —Ele suspirou novamente. —Só não contem com isso, Caiporas, Curupiras e Sacis são os seres mágicos que mais fazem estardalhaço naquele colégio. E acreditem, eles conseguem, cada um individualmente, ser pelo menos 10 vezes pior que Pirraça. Fora os alunos.

—Então, provavelmente, no fim do ano vamos até Castello Bruxo? —Draco perguntou, seriamente. O professor assentiu. —Eu li que eles formam os melhores em herbologia e magizoologia. Há mais alguma matéria em que eles são muito bons?

—Na retirada de maldições. É por isso que está na mão deles os Chupa-Cabras. Até porque, também são os melhores com criaturas, e Chupa-Cabras são criaturas da noite.

—Que tipo de maldições? —Hermione perguntou.

—Não nas iguais a que o cargo de DCAT tinha. Há poucas maldições que só podem ser retiradas quando o indivíduo morre. Há outras que perpetuam além da morte de quem a lançou, e há aquelas que são um meio termo. Para o primeiro tipo, pouco pode se fazer. Para as outras duas, há rituais que podem ajudar a retirar a maldição e salvar aqueles que forem afetados por ela.

—Eles estudam esse tipo de coisa como matéria? —Draco perguntou e fez o professor sorrir.

—É como adivinhação, é optativo. Porém, é um optativo diferente: os alunos que parecem ter maior aptidão são chamados para estudar esse ramo da magia. A mãe da atual diretora, a mulher que escreveu esse livro —indicou o livro sobre Chupa-Cabras que estava entre Draco e Hermione —, era uma mulher de talentos excepcionais na retirada de maldições.

—E como funcionam esse tipo de magia? Como se retira essas maldições? —Os olhos da bruxa mais inteligente de sua época brilhavam como faróis. A sede de conhecimento cintilava nos olhos dela.

—Acreditem ou não, estudando os resultados da maldição, lendo auras, estudando quem lançou a maldição e se sua família vem de uma longa linhagem bruxa com excepcional talento nesse tipo de maldição... se você falar com um profissional ou com um estudante, poderá obter melhores respostas. Há poções e rituais... muitos meios.

—Isso é muito interessante —a menina murmurou. Uma pergunta capciosa surgiu na mente de Hermione e ela a fez: —Você conheceu alguém que atingido pela maldição do Chupa-Cabras?

—Sim, uma estudante. Ela ainda não se transformou ou coisa parecida, mas a mãe dela foi contaminada pouco depois da menina nascer, e quando descobriu o que poderia se transformar, cometeu suicídio.

—Como a mãe foi contagiada? —A voz de Draco não passou de um sussurro.

—Nunca soubemos, mas tenho certeza que foi do primeiro marido abusador. Conversei com a aluna e ela disse que, quando tinha sete anos, foi quando a mãe se separou do primeiro marido, o primeiro padrasto dela —Draco e Hermione ficaram tensos. —Ela correu o país, México, inteiro fugindo dele, a mãe se casou de novo e tudo ia às mil maravilhas. Até o dia em que a menina completou a idade de ir para Castello Bruxo e recebeu a carta. E no primeiro ano, ela descobriu sobre os Chupa-Cabras, e foi nas férias daquele ano que ela contou a mãe sobre e ela cometeu suicídio dias depois. Quando rastrearam o primeiro padrasto dela, descobriram que ele era portador da maldição.

 —Isso deve ter sido horrível pra uma criança descobrir, ainda mais dessa forma —Hermione sussurrou, os olhos meio molhados em lágrimas. Com certeza ela imaginava como a criança se sentia sem a mãe. Draco apertou a mão dela por baixo da mesa.

—E foi —o professor se levantou. —Agora, eu tenho que ir dar aula e creio que vocês estão atrasados para suas aulas, não?

—Merda —Draco xingou. —É verdade.

—Digam aos professores de vocês que eu estava conversando com vocês uma coisa importante. Agora, vão —mandou e viu a dupla se despedir com acenos de cabeça. Draco saiu pensativo e Hermione de cabeça baixa.

 

(...)

 

Quando Pansy abriu os olhos naquela manhã, percebeu que sua visão estava turva. Sentou-se na cama e tentou ficar de pé. Aquela maldita dor de cabeça persistia em atormenta-la. Ficou de pé, tentando chegar no corredor e chamar ajuda para conseguir chegar na enfermaria, tantos andares acima da masmorra. Todavia, antes de conseguir chegar a porta, desmaiou.

E só foi encontrada horas depois, quando Theo entrou no quarto dela a sua procura, bravo porque ela era sua dupla em poções e que graças a falta dela, o professor o colocou com um Lufa-Lufa que explodiu sua poção:

—Parkinson! É bom que esteja devidamente vestida e sem um garoto nu na sua cama! —Gritou, entrando no corredor dos quartos. —Ou melhor, nua você pode até estar. Mas que não tenha nenhum garoto aí! —Invadiu antes que ela pudesse fazer alguma coisa. Queria pegar a menina em flagrante nua. Seria a oportunidade perfeita para zoar a cara dela. Só que o que encontrou foi uma cama bagunçada e vazia, e uma garota no meio do quarto, entre a cama e a porta, caída de pijama. —Pansy! —Gritou, ajoelhando-se ao lado dela, esquecendo-se de que estava bravo. —Pan, se isso for uma brincadeira, saiba que não tem graça nenhuma! —Gritou. Ela não se moveu, não além dos movimentos ritmados de sua respiração frágil. —Merda, Pan! —Pegou a garota no colo e correu para fora do salão comunal da sonserina, atraindo olhares aflitos. —Será que dá pra pararem de olhar e chamarem a merda de um professor, porra? —Bradou.

Sem parar para esperar algum professor, ele continuou sua corrida alucinada até a enfermaria. E quando finalmente chegou nela, colocou Pansy numa maca e gritou pela Madame Pomfrey, que antes de ver a menina desmaiada, brigou com o garoto.

Após o almoço, toda Hogwarts sabia que Pansy Parkinson estava na enfermaria graças a um desmaio, e que não acordara ainda, que Theodore Not correu desesperado com ela no colo. Quando Draco correu para encontrar os amigos e a amiga, topou com Blásio e Theo no corredor, e ambos estavam com olhos inchados. Inquisidor, encarou os dois sem dizer nada, querendo como resposta um manear de cabeça ou uma palavra que pudesse conter o desespero crescente em seu peito. Blás e Theo, num movimento sincronizado, baixaram as cabeças e negaram.

—Não sabem o que ela tem —Theo murmurou, enfiando o rosto entre as mãos. —Eu a encontrei caída no chão do quarto, horas depois dela ter desmaiado! Merda, eu sou a dupla dela em várias matérias, deveria ter ido atrás dela!

Antes que Draco pudesse falar que ele não tinha culpa, Blás o fez: —Você não pode se sentir culpado, cara. E se você pensar isso outra vez, lembre-se que eu e Draco também somos amigos dela e que também não fomos atrás dela.

—Todos nós pensamos exatamente a mesma coisa: que ela matou aula como faz de vez em quando. Como poderíamos adivinhar que ela estava doente? —Draco perguntou.

—Ainda mais porque ela anda distante —Blás murmurou. Draco e Theo trocaram olhares cumplices. Ambos sabiam que ela andava distante de Blás por ele não notar que ela era completamente apaixonada por ele e que Blás a machucava sempre que saia com outra garota. —Que foi?

—Nada —disseram juntos. —Só que, você tem razão —Theo mentiu. —Ela anda distante.  


Notas Finais


Haha, vocês têm teorias? Bom, por hoje é só. Se encontrarem erros, por favor, avisem! Beijos, e se puderem, comentem! <3


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