História Amante Contratada - Coisa da minha cabeça

P.O.V.: S/N

Depois do episódio na cama com Jinyoung e Gon na porta as coisas estavam estranhas. Sabe... Jinyoung é sempre tão bom, ele conversa e brinca comigo como se aquilo nunca tivesse acontecido, mas sei que ele lembra. Não ousou me tocar além de mãos dadas depois daquilo.

Eu sei que errei, mas aquele rapaz Gon é a cara do meu ex, e eu realmente amava Byounggon. Amava mesmo. E Jinyoung sabe disso, mas ele morreu e eu prometi me casar com Jinyoung e irei fazer isso.

Olho pela janela e vejo o riacho ao longe. Seria bom uma caminhada agora? O tempo parece perfeito para isso, mas não começo a região. Bom, hoje já faz uma semana daquele acidente e todos os funcionários voltaram, talvez Jinyoung aceite vir comigo até lá?

Desco corredo atrás de Jinyoung porém esbarro com Gon. Me pego surpresa e imóvel em seus braços. Era forte e podia sentir seus músculos. Ele me solta e recua alguns passos. Estava incomodado, será que se sente desconfortável por mim olhar muito pra ele? Deve ser isso, se fosse eu também me sentiria, mas é difícil não olhar quando ele é idêntico.

S/N - Desculpe. Eu não olhei bem por onde corria... desculpa mesmo.

Gon -Tudo bem. Acontece. Jinyoung está próximo aos pessegueiros - Olho para ele surpresa - ah desculpe, mas pela presa era certo que estaria atrás do seu noivo. Ao menos foi o que deduzi... posso estar errado.

Suas últimas palavras foram sussurradas e as semelhanças com Byounggon só aumentavam me deixando mais boba. Recupero a consciência e agradeço. Era difícil continuar correndo até Jinyoung depois de Gon...

Antes que eu pudesse ir ele segura meu pulso com uma força surpreendente, confesso ter ficado sem ar com isso.

Gon - Seu ex... se me permite - apenas concordo de maneira automática, afinal qualquer segundo a mais com ele era satisfatório - ele tinha algum irmão gêmeo?

A pergunta soava muito estranha.

S/N - Bem... não. Era filho único. Apenas o pai. Por quê?

Gon - Eu achei que.... - ele corta a frase no meio, estava pensando no que falar - .... não é nada. Desculpe.

Ele me soltou e foi para os fundos da casa. Demorei alguns segundos para conseguir me mexer e ir até Jinyoung como era meu planejado. Finalmente fui e vi ele sentado ao lado de um pessegueiro saboreando um dos pêssegos.

Me aproximo e ele me escuta, sorri ao me ver e eu sento ao lado dele. Vejo mais quatro pêssegos sob suas pernas e ele me oferece um, aceito e como ele, estava doce e suculento, o melhor que já comi provavelmente.

Jinyoung - Acho que ainda não tinha te mostrado essa parte... confesso que tenho certo ciúmes com pessoas entrando aqui...

Olho pra ele... Era bem a cara dele, afinal ele amava pêssego, então uma area cheia deles seria seu tesouro secreto.

S/N - Prometo roubar apenas dois pêssegos por mês daqui.

Ele começa a rir por mim ter cruzado os dedos para a promessa. Depois atira um caroço na minha cabeça. Finjo estar com raiva mas depois dou risada. Ele estava pensando... desde dois dias atrás todo mundo aqui parece muito pensativo....

Jinyoung - S/N... tem algo que preciso te contar.

Olhei para ele apenas concordando. Então ele suspirou fundo e escorrou o corpo no tronco da árvore. Vejo a luz refletir seu rosto... agora me lembro o porquê o amei tanto um dia.

Jinyoung - Soube ontem, mas tive medo de te contar. Porém não posso esconder isso...

S/N - Aconteceu algo? - eu fiquei assuatda, parecia sério.

Jinyoung - Jeon Jungkook foi solto. Uma mulher pagou a fiança milionária dele.

Meu corpo parecia paralisado, não podia mover meus dedos, meus olhos, nem minha boca. Não havia reação para aquela notícia.

Jinyoung - Essa mulher se chama Solji, é a irmã do Dr. Taehyung. - meu corpo começou a reagir lentamente.

S/N - Por que ela soltou ele?

Jinyoung- São amigos... podemos dizer.

S/N - Por que ela soltou ele?

Jinyoung - Eu sinto muito.

Meu corpo estremeceu por um momento, me levantei e saí com presa em direção a mata. Mas ao contrário do que teria sido uma vez, dessa Jinyoung não veio atrás de mim e acabei parando próximo ao riacho que queria vir.

Eu estava prestes a chorar. Tantas pessoas se sacrificaram para prender Jungkook! Seunghun, Hyunsuk e Yoongi... eles morreram para conseguir provas contra Jungkook!

As lágrimas rolaram e em me ajoelhei perto do riacho. Como essa mulher pode fazer isso? Será que ela não viu as notícias sobre os crimes deles... não. Não pode ser.

P.O.V.: Gon

Estava me escondendo atrás da casa depois do esabrrao com S/N. Quase falei realmente o que pensava... "talvez eu fosse irmão gêmeo do sei ex S/N, já que sou idêntico a ele" ou pior " talvez eu seja seu ex S/N, pois me lembro de você ao meu lado num campo aberto, e olha que nunca tive memórias de antes do acidente"...

Qualquer coisa seria ridículo. Ainda bem que fiquei quieto no fim. Mas não devia ter perguntado nada. Sinto um toque em meu ombro e me viro surpreso, era Sr. Santiago.

Gon - Olá.

Santiago - Parece distraído...

Gon - Me perdoe... eu só.... - ele me interrompe com dois talinhas no ombro antes de apoiar as mãos no bolso da calça de moletom.

Santiago - Gostaria de pedir um favor. Poderia fazer pra mim?

Gon - Claro! - digo sem pensar duas vezes.

Santiago - Andei próximo aí riacho esses dias. E vi um lindo pé de limão Cravo. Será que poderia ir lá pegar alguns para mim? Adoraria fazer uma limonada com eles.

Apenas concordo e pego a sacola que ele me entrega e vou em direção ao riacho conforme instruções que ele me deu. Porém vejo S/N quase correndo entre as árvores. Ela havia se cortado em alguns ganhos de espinhos, mas parecia não perceber. Olho em volta e nenhum sinal de Jinyoung.

Não posso deixar ela sozinha. Corro atrás dela, tento chamar, porém ela aprecia tão imersa em pensamentos que não me ouvia. Quando chega ao riacho vejo ela cair de joelhos na margem e seu choro começa. Era alto e podia sentir a dor somente pelo som.

Me aproximo de vagar. Nem sei o que eu deveria fazer em uma situação dessas... mas antes que eu tocasse no ombro dela minha cabeça novamente dói e a visão fica confusa me fazendo paralisar.

"Eu te amo Byounggon, sempre amarei" suas mãos no meu rosto... nós bebendo em um campo aberto... ela novomtante sorrindo livremente... eu puxo um volante.... carro na agua...

Votlo a realidade e recuo um passo, mas acabo pisando em um graveto e ela me vê, tenta se levantar mas cede, então seguro ela que se desculpava com lágrimas nos olhos...

Eu me lembro de você S/N. Isso não pode ser só coisa da minha cabeça certo?

Ela não conseguia ficar de pé então me ajoelho na frente dela. Estava agarrada aos meus braços chorando de cabeça baixa. Irei ouvir sobre o acidente de seu ex e irei falar com minha mãe, alguma verdade irei descobrir sobre meu passado antes daquele acidente.

P.O.V.: Solji

Paro o carro em frente a hospedagem que Jungkook ficou. Tinha de ser essa, afinal era a única na cidade que alugava para qualquer um sem levar em conta o histórico das pessoas.

Saio do carro e prendo meu salto no parelepipedo, acabo soltando um palavrão irritada, quando tiro o salto vejo que riscou a lateral do bico e reviro os olhos incomodada. Ando em direção a entrada da pousada e antes de subir as escadas vejo a porta se abrir e Jungkook aparece.

Jungkook - Eu odeio você.

Sorri, ele desce as escadas e eu o puxo até o carro. Entro no motorista e ele no passageiro, colocamos os cintos e eu ligo o motor. Acelero para dar partida e saímos em direção a um parque.

Jungkook - Por que você pagou a fiança?

Solji - Ué. Eu disse que iria te tirar de lá.

Jungkook - Devia ter me deixado. Não vou ajudar a prejudicar S/N.

Solji - Eu sei. Mas ainda preciso de você.

Jungkook- Pra que?

Dou risada, ele estava ansioso. Chegamos no parque e eu estaciono. Descemos e fomos até proximo do lago e nós sentamos em um banco abaixo de uma árvore gigantesca. Podia ver sua expressão impaciente já e isso me divertia muito.

Solji - Eu preciso ir até Jinyoung. Quero me confessar a ele.

Jungkook - Pra que? Sabe que ele ama outra mulher e que nunca olhou pra você.

Dou um tapa nas costas dele irritada. Eu tinha noção da realidade, mas não tinha a necessidade de jogar na cara certo?

Solji - Eu sei. Mas quero fazer isso. Eu não quero desistir assim dele sabe. Aquele dia na prisão eu estava eufórica com a ideia e acabei me exaltando. Desculpe.

Jungkook - Continua sendo loucura de qualquer forma.

Solji - Mas irie fazer.

Jungkook - Não entendo ainda onde me encaixo nisso tudo...

Solji - Fácil - dou risada e ele me olha assustado - não é nada que envolva S/N, garanto... - fico em silêncio até que ele relaxa ao notar que era verdsde - eu preciso de você atrás do meu irmão.

Vejo sua expressão surpresa. Mas ele já sabia o porquê. Concordou e escorrou mais no banco.

Jungkook - Aquele moleque deve estar com sérios problemas.

Solji - Eu queria pensar que não. Mas ele já tá muito tempo sem dar notícias. Como preciso ir logo atrás de Jinyoung se casar meu tempo é curto. Mas não posso largar as buscas a ele. Então me ajude daqui a achar Tae, creio que voltarei logo.

Jungkook era bom em rastrear pessoas, precisava admitir isso. Mesmo as vezes não gostando desse canalha ele era bom em muitas coisas, e agora que estava mudado poderia até ser amiga dele talvez.

Concordou em ajudar a achar meu irmão, depois respirou fundo. Tiro da bolsa o celular novo que comprei a ele e um envelope cheio de dinheiro.

Solji - Presente pra você.

Jungkook- Eu já disse que amo você demais? - ele sorria mexendo no celular e depois me abraça.

Ele estava mudado enfim. Quem diria que Jeon Jungkook abraçaria alguém em agradecimento.

Solji - Ok. Ok. Eu ainda não gosto de você- digo me afastando e ele sorri - salvei meu contato. Me ligue quando tiver notícias dele.

Jungkook - Pode contar comigo. Irei achar meu amigo Taehyung.