P.O.V.: Jinyoung
Desço para receber a nova empregada e quando chego na sala vejo ela... não pode ser.
Ruiva... os cabelos longos e perfeitos da noite anterior, seu olhar profundo agora estava apavorado, seu rosto ficou pálido e temo ter ficado do mesmo estado. Respiro fundo antes cumprimentar ela como se fosse nosso primeiro encontro.
Jinyoung - Você deve ser Isabel, prazer em conhece-lá - estendo minha mão e por um momento penso que ela sairia correndo.
Vejo Eric cutucar ela, mas a mesma estava paralisada. Antes que pudesse recuar a mão ela a segura e as lembranças da noite anterior correm em minha mente.
Isabel - Obrigada pela oportunidade Sr. Bae.
Jinyoung - Jinyoung. Pode me chamar apenas de Jinyoung.
Isabel - Ok - ela solta minha mão ainda incomodada.
Bem, ontem ela foi clara, apenas uma noite e nada mais, melhor fingir que nada aconteceu e permitir que ela trabalhe confortavelmente, afinal pelo que entendi ela precisa desse emprego.
Jinyoung - Bem. Eric, você pode apresentar a casa pra ela, sei que deve ter bastante serviço, mas eu tenho um compromisso urgente agora.
Eric- Claro. Vai lá.
Peço licença e saio. Vejo a moto dela e os outros empregados da construção agitados com a chegada dela. Sem dúvidas ela é uma mulher que chama atenção de qualquer um.
Que mundo pequeno.
Durante a noite quando voltei a casa cheirava a limpeza e lavanda. Era tão bom, quando me dou conta Isabel me olhava na entrada da sala.
Isabel - Obrigada por hoje cedo.
Jinyoung - Por quê? - ela se aproximou e colocou uma bandeja de biscoitos quentinhos na mesinha de centro e sinalizou para que eu sentasse com ela. Assim fiz.
Isabel - Por ter fingido que nada aconteceu... sabe, achei que...
Jinyoung - Tudo bem. Você foi bem clara ontem sobre como seria.
Isabel - Obrigada por respeitar isso. E queria dizer que prefiro continuar assim, fingindo que nunca aconteceu.
Jinyoung - Claro. Sem problemas.
Tinha mil problemas, eu estava encantado por ela, e a noite de ontem me fez esquecer de vez sobre S/N, ainda gostava dela, mas agora podia viver sem lembranças constantes e sem culpa.
Comemos Biscoitos e jogamos conversa fora durante parte da noite, apesar de termos a ideia de beber achamos melhor evitar, e a atração que eu sentia por ela era tão evidente quanto a que ela sentia por mim, mas eu não pretendo insistir em nada sem que ela diga o que quer.
Mas eu sinto que em breve estaremos nos agarrando pelos corredores...
Eu estava certo. Uma semana depois de sua chegada a construção parou e ficamos sozinhos...
Na mesma noite ela veio até a sacada comigo e me beijou. Eu retribui e o beijo ficou intenso. Quando percebi já estávamos indo ao quarto com muito desejo.
Eu já sabia sobre o relacionamento perturbado que ela havia acabado de sair, assim como ela sabia sobre o meu, e nessa noite ela pediu para me usar como forma de superar o ex. E eu já louco por essa mulher aceitei.
E foi assim que começou o romance mais doido e único da minha vida. Eu soube naquele momento que ela seria minha eterna paixão, a mais forte que sentiria e mais intensa, e sabia que jamais seria capaz de deixar ela partir, jamais deixaria que ela ficasse triste ou sofresse.
Tudo ia bem... Soube a verdade sobre Gon, soube do casamento dele com Solji, Taehyung se tornou um dos braços direitos do Sr. Pereira, S/N Havia voltado a se envolver com meu tio, mas devo admitir que pelo que ouvi ele realmente estava mudado e mesmo que nao estivesse agora isso já não era mais assunto meu.
Pensei que estaríamos bem, até a chegada de Namjoon. Ele me encontrou e pediu sobre Jungkook e S/N, sobre aonde eles estariam. O melhor que pode foi passar o contato do Sr. Santiago... depois de dois dias as notícias que tive não foram nada boas.
P.O.V.: S/N
Os dias passaram rápido, eu não gostava disso, mas aproveitei ao máximo Jungkook. Meu pai inclusive o obrigou a vir morar conosco e fazia dois dias que morávamos juntos quando meu pai recebeu a ligação de Namjoon. Ele queria falar com Jungkook.
Marcaram o encontro pra hoje a tarde e eu mal consegui trabalhar no escritório sabendo que eles se encontrariam. Fiquei com o celular grudado em mim, e a cada pouco conferia se havia alguma mensagem.
De noite Jungkook chegou, seu rosto cansado e abatido, mas ele não quis conversar a respeito. Não jantou.
Santiago- Ele não parece bem.
S/N - Sim. Mas não sei o que ele tem.
Santiago - Fique com ele lá em cima. Eu limpo a mesa.
Eu queria discutir e ficar para ajudar meu pai, mas não conseguia pensar em recusar, estava preocupada com Kook. Subi e entregui devagar no quarto, ele estava com o celular em mãos, sentado em um banquinho olhando pela janela a noite estrelada, mas sua mente não estava presente.
Me aproximo dele e sento ao seu lado. Ele me olha e volta a si, forçou um sorriso e arrumou uma mexa do meu cabelo.
S/N -O que houve?
Jungkook - Nada demais - apoiei minha cabeça no ombro dele enquanto ele fazia cafuné no meio cabelo.
S/N - Namjoon não viria desesperado atrás de você se não fosse algo sério. Me conte o que ele precisava conversar com você.
Jungkook - Nada. É sério.
Não quero forçar ele a nada, o abracei pela cintura e ele me abraçou. Beijou minha cabeça e se apoiou em mim.
Jungkook -Eu te amo. Eu realmente te amo muito S/N.
Ele começou a chorar e eu queria saber o proque, mas percebi que era difícil pra ele aquele assunto e apesar de preocupada e assustada con a situação decidi confiar no silêncio dele.
No dia seguinte ele não voltou do trabalho na hora certa e fiquei aflita, eu sabia que algo de ruim havia acontecido.
Santiago- Calma filha, ele deve ter ido fazer compras.
S/N - Ele não está atendendo o celular-disse andando de um lado pro outro, meu pai apenas me observava sentado no sofá.
Santiago- Deve ter ficado sem bateria.
S/N- Ele avisava quando estava pra ficar sem bateria, ele avisava quando ia fazer compras... eu sei que tem algo errado.
Antes que meu pai pudesse falar meu telefone toca e eu atendo sem nem se quer olhar a tela, mas a voz que escuto não era a que eu queria ouvir. Era uma voz feminina.
? - Lembra de mim doce S/N?
S/N - Quem é? Seu número não esta salvo...
? - Como pode esquecer de mim... depois que fui tão boazinha com você.
Meu corpo estremece, eu sabia sim quem era... Anna.
S/N -Aonde está Jungkook?
Meu pai se levantou aflito e eu saí para a sacada, vejo o carro de Namjoon parar e ele correr em minha direção.
S/N- FALA LOGO SUA VAIDA! - ela gargalhava do outro lado da linha.
Anna -Te mandei o endereço, se quiser se despedir dele é melhor correr.
Quando Nam chega até mim a ligação é finalizada. Meu corpo cede e ele me segura... um dos homens que estava com ele entra e acolhe meu pai que estava assuatdo também.
Nam -S/N, o que ela disse? Ela falou onde está? Ele tá em perigo, eu queria contar a você, mas não pude...
S/N - No quarto... tem o endereço sobre a cama.
Eu menti e ele correu até lá. Assim que entrou em casa eu me levantei sentindo as penras tremerem e corri para o carro, a chave havia ficado dentro então dei partida acessando o GPS. Ouvi os gritos de Namjoon logo em seguida atrás de mim, mas ele não pode acompanhar o carro.
Eu pisei no acelerador para chegar a tempo. Procurei com a mão esquerda no banco alguma arma escondia e encontrei uma abaixo do acento, peguei ela e conferi se estava carregada. Estava. Guardei ela na cintura e acelerei mais.
Cheguei a uma velha escola abandonada, destruí o GPS e o localizador do carro. Desci e fui ao pátio, meu telefone tocou e eu atendo ja sabendo quem era.
Anna - Chegou rápido. Terceiro andar, sala 15. Melhor correr.
A desligou e eu corri.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.