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História Amantes - Ouvir o Coração


Escrita por: kerley

Notas do Autor


[i][centro]
Me desculpemmmmmm!!!
Eu sei que dessa vez eu demorei muiiiiiiiiiiiito!
Mas infelizmente estava sem Net! :(
E fora que esse cap foi complicado para fazer, por isso demorei tanto!

Agradeço muiiito por todos os comentários que recebi no capitulo anterior, saibam que li todos, porem não tive tempo para responder :(
Peço muitas desculpas mesmo pelo atraso, e espero que me perdoem. ( e que curtam esse cap xD)

Boa leitura :)
[/centro][/i]

Capítulo 11 - Ouvir o Coração



Ouvir o Coração

 


Paramore - That's What You Get

Sentindo meu corpo ainda dolorido, e uma pontada de leve na cabeça, acabei por despertar, nos lábios sentia um gosto amargo de remédio. As lembranças em minha mente eram apenas passagens rápidas, tudo o que lembro realmente era de ter entrado no carro dele, fora isso, é apenas um borrão, as luzes do lado de fora da janela, meu corpo sendo erguido pelos braços de Sasuke, a mansão, uma empregada com um remédio nas mãos, e por ultimo eu sendo pousada naquela cama macia. E depois apenas escuridão.

Abri os olhos devagar, eu estava de lado, em formato de conchinha, e ele estava deitado ao meu lado de bruços, vestia apenas a calça jeans que o vi usar na festa. Sua respiração era pesada e seu sono era profundo. Não sei por que, mas fiquei ali o admirando, e aos poucos meus olhos se enchiam de lágrimas, aquelas palavras ainda ecoavam na minha cabeça.
“Por que ele tinha que ser assim? Ou então por que, eu tinha que ter me apaixonado logo por ele?!”

Devagar e com cuidado comecei a me levantar, minhas botas estavam ao lado da cama, calcei-as fazendo o máximo para não fazer nenhum barulho. Ajeitei o vestido em meu corpo, limpei as lágrimas que escorriam por minha face, e peguei a bolsa que estava ao lado da cama. Em passos rápidos, fui até porta, porem antes de sair o olhei mais uma vez. “Dessa vez as coisas foram longe de mais”. - com esses pensamentos fechei a porta.

 

 

 

 


No sir, well, I don't wanna be the blame not anymore

 

 

 


Não, senhor Eu não quero ser a culpada, nunca mais

 

 

 


Caminhei pelo corredor pouco iluminado daquela mansão, tudo era quieto parecia que todos dormiam apenas meus passos eram audíveis. Desci os degraus da escada, e logo alcancei a porta. Assim que deixei a mansão caminhei por alguns instantes pelas calçadas escuras, estava praticamente tudo deserto, porem as ruas daquele lugar parecia seguro e eram bem iluminadas naquela madrugada. Em fim cheguei perto das movimentações de carros e ônibus que traçavam as pistas, logo peguei um taxi, indicando ao motorista o endereço da minha casa.

Sentia-me cansada, não só pelas dores no corpo, mas também pelo turbilhão que estava minha mente. Eu queria ser forte e encarar as coisas de uma forma passageira, onde quando eu menos esperasse tudo já estaria terminado, mas infelizmente as coisas saíram das minhas mãos, sempre dizia para mim mesma que iria dar o troco na mesma moeda, mas agora vejo que tudo que eu posso fazer é terminar com isso logo antes que eu me machuque de verdade. Ele parece saber dos meus sentimentos, e não quero que brinque comigo, como ele brinca com tantas outras.

 

 

 

 


It's your turn so take a seat We're settling the final score

 

 

 


É a sua vez Então sente-se Nós vamos acertar as contas

 

 

 


Limpei mais uma vez as lágrimas que teimavam escorrer pelo meu rosto. Paguei ao motorista, e sai do taxi, dando de frente com a porta da minha casa. Peguei as chaves e abri a mesma, estava tão distraída que me assustei ao notar os passos de alguém descendo as escadas. Virei-me bruscamente, dando de cara com a minha mãe, que segurava com a mão esquerda o corrimão da pequena escada de madeira que havia na nossa humilde residência. Mas meu olhar se prendeu ao dela, que me fitava com um ar estranho, que eu não soube decifrar.

– Posso saber onde você estava mocinha?- seu timbre não era zangado e nem me repreendia, e sim em um tom de deboche. – Não é assim que você me trata? - ela dizia ainda com o mesmo tom. – Me admira você, que aponta tanto os meus erros, chegar essa hora da madrugada.

– Muito obrigada pela preocupação. - falei no mesmo tom debochado, que ela. Eu realmente estava cansada e não ia ficar aturando piadinhas da minha própria mãe, que além de se preocupar comigo, estava jogando na minha cara toda preocupação que tinha para com ela.
Comecei a subir as escadas, porem ela segurou o meu braço, e me impediu de prosseguir. Olhei para ela interrogativamente, mas ela me olhava séria.

– Eu sei que você não dormiu em casa ontem também. - ela não parecia estar brava, mas seu olhar dava a entender que queria saber sobre o que aconteceu. – Eu sei que não sou uma mãe presente, se é que você ainda me considere uma, mas eu não quero que aconteça nada de mal com você. - fiquei um pouco surpresa com suas palavras, ainda mais por me dar conta que seus olhos castanhos pareciam ser sinceros.

– Não se preocupe. - falei baixo. – Estava na casa de Ino.

– Não minta pra mim Sakura. - seu tom era decepcionado. – Ino ligou para cá desesperada perguntando onde você estava, ou se você estava bem. - “eu deveria esperar por isso”, pensei comigo mesma. Porem eu não disse mais nada, e ela parecia que não iria cobrar uma resposta.
– Ehr... Eu vou subir, estou com muita dor de cabeça. - falei o que de fato era verdade.
– Se esta querendo esconder alguma coisa de mais alguém sugiro esconder as marcas no pescoço, são bem evidentes. - ela falou com um ar zombeteiro. Corei violentamente, em quanto subia as escadas.

Já no quarto, me esparramei na minha cama, eu estava exausta e preocupações rondavam minha mente, tudo o que mais queria agora era descansar. Talvez assim parasse de pensar nele...

 

 

 

 


oOo

 

 

 

 


Meu domingo se resumiu, em casa no meu quarto. Para minha surpresa minha mãe não saiu e até fez o almoço, foi meio nostálgico almoçarmos juntas depois de tanto tempo. Acho que eu ter passado duas noites fora de casa, afetou ela de alguma forma, talvez no final das contas, certas coisas beneficiaram outras.

Porem na segunda as coisas não foi um mar de rosas, falo isso em relação ao fato de Ino dar a louca, e ficou dizendo um monte de coisas, ela estava super preocupada, juro que nunca á vi tão histérica assim em toda minha vida, Tenten também se preocupou, as duas ficaram tentando arrancar de mim a todas as custas a verdade, com certeza eu não disse nada. Inventei algo de ultima hora, dizendo que me senti mal e fui embora mais cedo.

– Foi embora mais cedo?- a face dela franziu. – E deixou o coitado do Sasori lá, sozinho morrendo de preocupações?! Sabe eu não acredito nisso. Você não é assim Sakura, com certeza está escondendo algo de nós. - é Ino me conhecia mesmo! Revirei os olhos, estava cansada dessa historia. Se ela soubesse o que eu estava passando sei que não agiria assim comigo, me dava até um nó na garganta. Ele ainda não tinha chegado, e estava com medo de qual seria sua reação, quando lhe dissesse que não queria nada com ele. Será que ele seria capaz de contar sobre minha mãe? O pior é que não era só isso que estava em jogo, com certeza Ino nunca mais olharia na minha cara, quando ele enchesse a boca para falar o quanto eu gostava de ficar com ele. Abaixei os olhos já me sentindo mais nervosa ainda.

– Sakura, está tudo bem?- Tenten perguntou, notando meu estado frustrado.

– Sim- respondi baixo, querendo que meus pensamentos não voltassem á ‘ele’ novamente.
– Olha quem está vindo ali. - Ino anunciou.

– Hinata. - Tenten falou baixo. Levantei os olhos me deparando com os perolados de minha nova amiga.

– Sakura, onde esteve por toda festa?- ela perguntou em seu tom meigo e gentil.

– Fui embora mais cedo. - apenas disse. Ela não insistiu. Sentamos nós três em um dos bancos do pátio. E Tenten e Ino já falavam sobre as ‘novidades’ da festa.

– Quando fui ao banheiro retocar a maquilagem, encontrei a megera chorando. - Ino comenta super feliz. – Karin estava chorando muito, parece que o Sasuke-kun deixou ela sozinha e foi embora com outra. Dizem que até o viram entrando no carro com a tal garota, mais ninguém soube disser quem era. - gelei por um momento, mas fiquei aliviada quando Ino disse que ninguém me reconheceu.

– A Karin é muito idiota mesmo. Não é segredo pra ninguém que o Sasuke a trai, e ela fica se rastejando aos pés dele. - Tenten comenta.

– Tem razão, mas dizem que o Sasuke não estava mais ficando com ninguém. - Hinata falou pensativa. – A ultima noticia que ele estava com alguém, foi a dessa garota do carro. - fiquei atônita por um momento. Então quer dizer que, fora à namorada, ele só estava se encontrando comigo?! Não. Não pode ser, alias as pessoas só comentam não sabem de nada concreto. Deduzi.

– Olhe quem vem aí Hinata. - Tenten disse brincalhona. Hinata corou um pouco. Porem vi os olhos de Ino ofuscarem.

Quando olhei para frente, meu coração por um momento parou! Não era só Naruto que vinha, mas Sasuke também seguia á nossa direção, e para completar com Karin agarrada em seu pescoço. Minhas mãos já começavam a suar, e minha vontade era sair correndo dali.

– Naruto. - Hinata falou baixinho, e envergonhada, enquanto que seus olhos brilhavam.

– Sasuke. - Ino sussurrou alto de mais, o que fez Karin a olhar furiosa, e Tenten dar na loira uma discreta cotovelada, e eu apenas tentava manter meus olhos em qualquer direção, menos olhar para ele.

– Nossa Hinata, até você fazendo caridade. - a ruiva mencionou venenosa.

– Se esta incomodada, por que não sai?- Tenten disse aborrecida.

– E deixar meu Sasuke, nesse ninho de vadiazinhas?!- talvez seja mera impressão, mas parece que ela olhou diretamente para mim. É estou ficando paranóica.

– Se é tão medrosa assim, é pelo único fato de não confiar no seu próprio taco. - Ino falou me surpreendendo.

– Faz-me rir. Eu me preocupar com uma loira aguada que nem você? Por favor, né!- Karin revidou, e eu sabia que Ino tinha um pavio muito curto, e á qualquer hora podia rolar uma briga entre as duas.

– Não me compare com você, sua vaca! - Ino falou, e eu já sabia que ela devia estar com muita raiva.

– Sua va-

– Chega Karin! - a voz rouca dele soou, me fazendo quase tremer.

– M-as foi e-

Mas ele nem ficou para ouvir a resposta, se soltou dos braços dela, e saiu de a passos largos. Em nenhum instante o olhei, sabia que ele estava bravo comigo. Mas eu também tenho meu orgulho, e ‘aquelas’ palavras ainda me magoavam muito. E eu já tinha tomado minha decisão. Não mudaria de idéia.

 

 

 

 


oOo

 

 

 

 


Nos primeiros tempos de aula, tudo ocorreu bem, tirando o fato de Ino e Tenten ainda me atazanarem com a historia da festa. Mas o que estava se tornando realmente difícil, era o fato de eu ter em pressão de alguém estar me olhando, e o que incomodava é que eu sabia exatamente quem era. Mesmo sem ver, eu podia imaginar perfeitamente o seu olhar frio e bravo que seria direcionado á mim. Fechei os olhos suspirando pesadamente, quando escutei o sinal tocar, anunciando a hora do intervalo. Só de pensar que Ino e Tenten iriam falar sobre a festa fazendo me lembrar de tudo, já me deixava magoada, por mim passaria os minutos do intervalo inteiro no banheiro.

Como eu já as imaginava ficaram falando da bendita festa! E o pior ainda ficaram querendo explicações, pois a loira que é minha adorável e enxerida amiga, disse que não havia caído do meu ‘papinho’. Mas eu não disse nada, e para a minha sorte, ou não, Deidara, Hidan e Sasori vieram sentar conosco. O loiro sentou ao lado de Ino escorando a mão em volta dela, o que me fez imaginar o que tinha acontecido entre esses dois na festa, já Hidan sentou ao lado de Tenten, mas eles não pareciam tão íntimos para um contato físico como Ino e Deidara. Sasori sentou-se do meu lado, e seus olhos castanhos como sempre eram gentis, mas mesmo assim me sentia desconfortável, pois dava aparência que todos nós tínhamos algo mais que amizade, aliás, estávamos sentados em pares.

– Fiquei preocupado. - ele mencionou me olhando, e parecia realmente preocupado. – Você disse que não estava se sentindo bem e que iria ao banheiro. Mas demorou tanto que te procurei pela festa inteira. - essa revelação, fez com que eu me sentisse muito mal.

Ele não mereceu o que eu fiz, talvez se eu não fosse tão burra e tivesse ficado ao lado dele, teria me divertido, Sasori parecia ser uma ótima pessoa na qual pensaria suas vezes antes de me magoar.

 

 

 

 


Why do we like to hurt so much?

 

 

 


Por que nós gostamos tanto de nos machucar?

 

 

 


Já começava a sentir meus olhos lacrimejarem. Por quê? Por que as coisas não são tão fáceis? Por que eu tive que gostar logo de uma pessoa tão fria, insensível, e orgulhosa como o Sasuke? “Droga”!- pensei quando uma lágrima escorreu pelo meu rosto. Logo senti o polegar de Sasori limpar a maldita lágrima que caiu sem permissão.

– Eu disse algo de errado? - ele perguntou.

– Claro que não. - disse já me recompondo. – Só lembrei-me de algo triste. - forcei um sorriso.

– Você estava linda na festa. - ele sussurrou só para que eu escutasse. Corei um pouco. Mesmo aqueles olhos sendo gentis eram penetrantes e completamente atraentes.

– Brigada. - murmurei ainda corada.

– Queria ter passado mais tempo com você! Tenho certeza que te convenceria a dançar comigo. - ele falou em tom brincalhão.

– Convencido. - falei, entrando na brincadeira.

– Você vai me ajudar em álgebra? - ele me perguntou, me olhando agora um pouco mais sério. E um pouco esperançoso.

Fiquei o olhando por algum tempo, estava na hora de esquecer algumas coisas, e talvez me der uma chance, Sasori alem de bonito e atraente parecia ser a pessoa certa, onde poderia confiar. Mas eu também não queria apressar as coisas, deixar as coisas rolarem é tudo o que posso fazer.

– Sim, eu vou te ajudar. - ele sorriu um sorriso que me cativou.

– Você não vai se arrepender. Vou ser um aluno muito dedicado. - disse novamente em um tom brincalhão. Eu apenas sorri.

Bem o intervalo não foi tão ruim como esperei que fosse. Ino e Tenten também conversavam animadamente com seus ‘colegas’.

Mas como sempre ‘ele’ me perseguia, e nem precisava se levantar até mim para isso, pois quando de relance me deparei com seus olhos já sentia meu coração acelerar.

Ele estava sentado na mesa de frente da de onde eu estava, sempre com o mesmo grupinho, eles falavam sobre algo que nem ao menos ele parecia saber, pois me olhava de uma forma tão, tão intensa, que me fazia imaginar o que se passava por sua mente.

 

 

 

 


I can't decide You have made it harder just to go on Why?

 

 

 


Eu não consigo decidir Você tornou mais difícil para prosseguir Por quê?

 

 

 


E como eu já esperava seu olhar era frio, e muito mais raivoso do que eu esperava. Eu queria virar olhar para outro lugar, mas parecia que seus olhos me prendiam.

Do jeito em que me olhava era como se quisesse levantar e me tirar de perto de Sasori. Ele era possessivo, e talvez ciumento?! “–O que estava fazendo com ele?”- “–O cara só falta te comer com os olhos.”- “–Mas isso não explica o fato de você ficar de papinho com ele, eu vi que vocês estavam bem pertinho.”

Por que essas lembranças invadiram minha mente? Eu não deveria estar pensando nisso!
Mas eu não seria fraca mais uma vez. Para meu alivio o sinal tocou, desviei os olhos dos dele imediatamente. Logo estávamos na sala, às últimas aulas seguiram normalmente, porém minha mente estava vagando em outro lugar. Nele? Não exatamente. Mas sim no que deveria fazer, minha vontade era de ir ao encontro e dizer que tudo tinha acabado, falar que já não me importava com o que ele diria.

 

 

 

 


All the possibilities... Well, I was wrong

 

 

 


Todas as possibilidades... Bem, eu estava errada

 

 

 


Porém eu tinha medo. Medo de não resistir como tantas vezes, tantas vezes quis desistir e ele sempre acabou me fazendo mudar de idéia, era por isso que dessa vez não me encontraria com ele. Aliás, se me lembro bem havia dito que não queria mais ficar com ele. Talvez com o meu silêncio e ausência ele se da conta que já está tudo terminado.

 

 

 

 


That's what you get when you let your heart win Whoa That's what you get when you let your hear twin Whoa

 

 

 


É isso que você ganha quando deixa seu coração ganhar Woah! É isso que você ganha quando deixa seu coração ganhar Woah!

 

 

 


Essa é a coisa certa a se fazer, dessa vez não era por ninguém, e sim por mim. Esta com certeza era a melhor solução. Então por que sentia vontade de chorar? Como pode um garoto mudar tanto minha mente? Há algumas semanas estaria prestando bastante atenção no que o prof. Asuma dizia, agora mal consigo segurar as lágrimas.

– Senhorita Haruno, está tudo bem?- o professor perguntou, chamando minha atenção de volta para a sala de aula. Onde na minha carteira havia alguns pingos das minhas lágrimas.

– Eu posso La-avar o rosto?- perguntei baixo, quase soluçando. Ouvi uma risada debochada. Era Karin. O professor apenas afirmou com a cabeça, compreensivo.

 

 

 

 


I drowned out all my sense away with the sound of its beating. And that's what you get when you let your heart win Whoa

 

 

 


Eu afoguei toda a minha razão com o som da batida É isso que você ganha quando deixa seu coração ganhar Woah!

 

 

 


Sai da sala o mais rápido que pude, ainda podia ouvir os múrmuros dos alunos se perguntando o que deveria ter acontecido comigo. Fui direto para o banheiro, abri uma das portas das cabines, abaixei a tampa do vaso sanitário, e fiquei por chorar. Como eu me sentia idiota! Quem diria que logo eu, estaria aqui chorando por um garoto. Ainda por cima pelo garoto mais orgulhoso de todo o instituto, um garoto que sempre repugnava, e dizia para mim mesma que ele nunca seria aquele garoto que sempre sonhei. “Sasuke, como eu te odeio.”

 

 

 

 


oOo

 

 

 


I wonder... how am I supposed to feel when you're not here?

 

 


Eu me pergunto... Como eu deveria me sentir quando você não está aqui?

 

 

 


Uma semana se passou depois daquela segunda. Como havia decidido não fui ao encontro, e parece que ele entendeu perfeitamente meu silêncio, por que também não veio me procurar, porem quando me descuidava e quando dava por mim meus olhos estavam presos nos deles mais uma vez. E era através daqueles olhares que trocávamos que eu lia seus orbes escuros, tudo o que conseguia enxergar era uma certa raiva, mas sentia que tinha algo mais ali.

Arrependimento? Culpa? Compreensão? Eu não conseguia desvendar, porem me surpreendia quando era ele quem desvia o olhar como se quisesse me evitar também.

 

 

 

 


Cause I've burned every bridge I ever built
when you were here.

 

 

 


Pois eu queimei todas as pontes que havia construído Quando você estava aqui

 

 

 


Eu não podia dizer que estava tudo bem comigo, por que não estava. Tentava a todo custo, mas tinha vezes que não conseguia segurar o choro, e acabava deixando as lágrimas escaparem, para minha sorte essas horas eram apenas quando me pegava lembrando fixamente dos nossos momentos, e sempre ficava concentrada assim em casa, sozinha no meu quarto. Desde daquele dia nunca mais me permiti chorar na escola.

 

 

 

 


I still try holding on the silly things. I never learn.

 

 

 


Eu continuo tentando me prender a coisas bobas Eu nunca aprendo.

 

 

 


Não queria parecer fraca nem diante dele, e nem de ninguém. Não queria que ele pensasse que era dependente dele, que nem metade das garotas do Instituto. Era por isso que me concentrava em não pensar nele, algo que às vezes era impossível. Como agora...

– Está certo? - a voz de Sasori me tirou do meu transe. Ele estendia o caderno em minha direção, e ao olhar sua face visualizei um pouco de receio. Dei um sorriso de canto, enquanto pegava o caderno em minhas mãos.

Já era a quarta vez que lhe ajudava em álgebra, sempre nos encontrávamos na ala de estudos, onde tinha diversos livros gramáticos. Era aqui que sempre estudava para as provas, ou testes. Sasori estava sentado ao meu lado, e nossas mochilas estavam pousadas nas carteiras.

Nesse tempo que estive com ele, percebi o quanto ele era legal e gentil, e acima de tudo muito esforçado, notei que o mesmo estava cada vez mais melhorando. E também não era nenhum fingimento, ou interesse pessoal o que ele estava fazendo, quando ele disse que queria ajuda, ele falava a verdade. E eu, particularmente o admirei por isso. Também descobri que o mesmo compõe musicas e alguns versos, lembrei do quanto ele ficou vermelho quando lia algumas de suas composições.

Fiz uma cara de mistério em quanto via os deveres que havia alternado para ele fazer. Internamente eu ria do jeito nervoso que ele me olhava como se estivesse fazendo uma prova final. Sorri abertamente, lhe devolvendo o caderno.

– Está tudo correto. - falei contente. Ele exuberou seu sorriso, me fazendo por um momento o admirar mais intensamente.

– Acho que meu pai não vai querer mais quebrar o violão na minha cabeça. – ele brincou. –Sempre que chegava com uma nota horrível em álgebra ele quase me engolia.

– É. Muitos pais são assim mesmo. - disse sorrindo.

– Bem, agora tenho que ir. - ele disse pegando sua mochila, e guardando as coisas. – Quer uma carona? -me ofereceu.

– Não precisa, vou ficar mais um pouco. Preciso estudar para física. - falei ainda sentada.

– Então nos vemos amanhã. - ele se aproximou me dando um beijo na bochecha. Ele sempre fazia isso, mas dessa vez foi praticamente no canto da boca. Eu corei, e vi formar nos seus lábios um sorriso de canto. – Você fica ainda mais linda corada. - disse maroto, me fazendo ficar ainda mais vermelha.
 

 

 

 

 


Oh why? ... all the possibilities... I'm sure you've heard.

 

 

 


Oh, por quê? Todas as possibilidades... Eu tenho certeza que você já ouviu

 

 

 


Ele tocou levemente a ponta do meu queixo, e me fez encará-lo, estávamos próximos e eu sabia muito bem o que virinha pela frente. Íamos, nos aproximando cada vez mais, eu olhava fixamente para seus olhos, mas der repente não eram mais orbes castanhos que via, e sim negros como ônix. O rosto branco de traços perfeitos, os cabelos negros, e aquela expressão fria e ao mesmo tempo desejosa que ele fazia antes de me beijar. O que eu via á minha frente, não era Sasori, e sim Sasuke Uchiha. Era Sasuke que eu queria que estivesse na minha frente agora.

Não era certo usar meu amigo para satisfazer a saudade que estava sentindo ‘dele. ’ Por isso que antes de Sasori (Sasuke), me beijar eu reuni todas as minhas forças, e virei meu rosto.

– Me desculpe. - ele falou. – Não quero forçar as coisas entre nós dois.

– Não se preocupe. - falei calma, mesmo que por dentro ainda podia sentir certo tipo de sensação. Sensação que sentia nitidamente quando ‘ele’ ia me beijar.

Sasori me de um “tchau”, eu apenas acenei.

 

 

 

 


That's what you get when you let your heart win Whoa
That's what you get when you let your heart win Whoa I drowned out all my sense away with the sound of its beating. And that's what you get when you let your heart win Whoa

 

 

 


É isso que você ganha quando deixa seu coração ganhar Woah! É isso que você ganha quando deixa seu coração ganhar Woah! Eu afoguei toda a minha razão com o som da batida É isso que você ganha quando deixa seu coração ganhar Woah!

 

 

 


Suspirei tristemente, mesmo que tentasse á todo custo parar de pensar nele, ao mesmo tempo, vinha milhões de lembranças, até os pequenos detalhes das feições dele eu havia guardado em minha mente. O jeito de como ele sorri de canto quando está pensando em algo louco, aqueles olhos frios e ao mesmo tempo incrivelmente sedutores. O modo de como me abraçou naquela biblioteca, de quando entrelaçou sua mão á minha enquanto descíamos as escadas daquela mansão. Os beijos eram sempre calorosos e urgentes, como se ele realmente tivesse alguma urgência em estar comigo.

Na verdade estava se tornando difícil estudar para física, eu simplesmente não conseguia mais pensar em nada, que não fosse ‘ele’. Pus as mãos nos bolsos do meu casaco, e fiquei por olhar o entardecer pela janela que havia ao lado da minha carteira, meu olhar era fixo, porém meus pensamentos eram uma confusão. Tudo que mais queria era ser forte, mas era como lutar com uma maré em ressaca.

 

 

 

 


Pain make your way to me - to me and I'll always be just so inviting. if i ever start to think straight this heart will start a riot in me...

 

 

 


A dor guia seu caminho até mim...até mim E eu sempre serei muito convidativa Se algum dia eu começar a pensar direito, Esse coração vai começar um tumulto em mim...

 

 

 


No final era só eu ali naquela ala, enxergando o mundo através daquela janela, com meu mp4 ligado e fones nos ouvidos, mas o que me deixava com mais raiva de mim mesma era o fato de não conseguir segurar as lágrimas. E mesmo querendo negar, perguntava-me o porquê dele não ter me procurado. Será que eu era tão insignificante assim? Mais uma lágrima caiu, mas enxuguei-a rapidamente. Não poderia ficar pelo resto da vida, aqui sentada no canto chorando, por alguém que não merecia. Por isso ajuntei minhas coisas que estavam esparramadas pela carteira, as pus dentro da mochila, mas no processo parei bruscamente quando escutei algo. Devia ser por volta das 18h00minh, e em minha opinião á essas horas quase não fica ninguém no Instituto.

 

 

 

 


Why do we like to hurt so much? Why do we like to hurt so much?

 

 

 


Por que nós gostamos tanto de nos machucar? Por que nós gostamos tanto de nos machucar?

 

 

 


– Hn. Pelo visto continua a mesma nerd de sempre. - aquela voz! Meu coração batia totalmente disparado, e os meus olhos que eu fizera o máximo para manter secos, agora voltavam a encherem d’água. Virei-me devagar, e sem sombras de duvidas, era Sasuke que estava ali na minha frente. Com aquela jaqueta de couro inseparável, e as mãos nos bolsos da calça jeans.

Fiz de tudo para não chorar, mas era quase impossível tê-lo tão perto e não deixar uma lágrima escapar.

– Também vejo que continua o mesmo frio de sempre. - tentei soar seria porem minha voz saiu fraca de mais. Ele deu um dos seus sorrisos de canto, e se aproximou perigosamente, olhando fixamente em meus olhos.

– Você não sabe o quanto é difícil saber que você sempre se encontra aqui com aquele idiota. - ele disse, ainda com os olhos presos nos meus. – Todos os dias sinto vontade de entrar aqui e quebrar a cara dele.

– Por quê? É tão difícil perder o brinquedinho para outro? - disse com mágoa, enquanto mais lágrimas caiam. Ele apenas continuava me olhando. – Eu sabia. - falei decepcionada, e tudo que mais queria agora era sair dali. Mas como esperava, ele me impediu, segurando meus ombros.
 

 

 

 

 


That's what you get when you let your heart win Whoa

 

 

 


É isso que você ganha quando deixa seu coração ganhar Woah!

 

 

 


– Eu não vou te deixar ir. - me puxou para mais perto, fazendo que nossas respirações se mesclassem. – Nunca mais! - e antes que eu pudesse reagir, seus lábios já estavam nos meus.

 

 

 

 


That's what you get when you let your heart win Whoa
That's what you get when you let your heart win Whoa I drowned out all my sense away with the sound of its beating. And that's what you get when you let your heart win Whoa

 

 

 


É isso que você ganha quando deixa seu coração ganhar Woah! É isso que você ganha quando deixa seu coração ganhar Woah! Eu afoguei toda a minha razão com o som da batida É isso que você ganha quando deixa seu coração ganhar Woah!

 

 

 


Era aquele mesmo sabor que tanto sentia falta, porém era ainda melhor do que minhas meras lembranças. Por que era real. E não vou mentir, dizendo que fiquei me debatendo, por que na verdade eu me entreguei completamente naquele beijo. Minhas mãos agarravam suas costas com vontade, enquanto ele enlaçava minha cintura fazendo que nossos corpos ficassem praticamente colados. Separamo-nos em busca de fôlego, seus olhos semi cerrados me encaravam profundamente, eu apenas respirava um pouco acelerado.

– Eu falo muitas besteiras quando estou bêbado. - ele disse. Eu sabia que falava isso com relação daquelas palavras que me disse na festa. Bem no mundo de Sasuke isso que ele acabara de dizer era um pedido de desculpas, eu sabia perfeitamente que ele não se ajoelharia e me pediria perdão, até por que esse com certeza não seria Sasuke Uchiha. Dei um pequeno sorriso.

– Você não precisa estar bêbado para falar besteiras. - disse tirando uma com a cara dele. Ele apenas rolou os olhos.

– Vamos cdf, eu te levo pra casa. - disse se sentindo o maioral.

– Não precisa. Eu vou sozinha. - disse passando em sua frente.

– É, to vendo que continua a mesma teimosa. - e me puxou pelo braço, e entrelaçou suas mãos com as minhas. O olhei de canto um pouco surpresa, e ele me encarou de volta.

– O que foi? - perguntou despreocupadamente.

 

 

 

 


Now, I can't trust myself with anything but this And that's what you get when you let your heart win Whoa

 

 

 


Agora, eu não posso confiar em mim mesma Com nada além disso É isso que você ganha quando deixa seu coração ganhar Woah!

 

 

 


– Nada. - falei, mesmo que estivesse corada. Mas eu vi aquele sorriso de canto dele. E eu me perguntava se estava indo pelo caminho certo, seguindo meu coração, ou se era melhor ouvir a razão. Foi aí que percebi que ao lado de Sasuke nunca terei razão, ou consciência, por que ele tem poder sobre mim, um poder que me pergunto se um dia terei forças para resistir.

 

 


Notas Finais


[i][centro]
E aí gostaram?!
Eu sei que a Sakura não deveria sentir tantas saudades do Sasuke o quanto que ela sentiu, porem ninguém manda no coração, né! :)

Também sei que ficaram bastantes coisas entreabertas, como o fato do Sasuke desviar o olhar do dela, mas garanto para todos que tudo será esclarecido no decorrer da historia, e digo que não está tão longe de tudo ser desvendado! ;)

Bem talvez se der tempo, postarei uma previa do próximo cap no meu blog amanhã!
Bjs e até a próxima! :)
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