História Amantes: Sentimentos reprimidos - Errei, Larguei, não nego, não.

Narrador o.o.v:

Antes de se encontrarem todos no parque, Débora e Artur foram buscar Daniel e Luana, que estavam na frente da casa esperando, entraram no carro, mas Luana esqueceu algo e voltou para buscar.

— Débora, me desculpa por ter te xingado, estava com um raiva de Arthur, então acabei descontando tudo em ti, fui um escroto. Perdoa meu erro?— Diz Daniel, assim olhando para Débora, a mesma sorri alegre e sutilmente.

— Claro que perdoo, não me importo com essas coisas, sou familiarizada com xingamentos, querido.— Terminou de passar seu batom no lábios, então fecha o espelho e a luz dentro do carro, continuando.— A única coisa que quero é ver vocês bem unidos.— Débora estava dando uma risada baixa e insinuando algo.

Daniel não entende, mas nem teve tempo de perguntar, pois Luana volta para o carro, preferiu deixar quieto, não quer que Luana fique falando merda. Buscam Daira e logo partem para o parque de diversões. Todos finalmente chegaram, mas estavam desconfortáveis.

"Eu não estou feliz de ficar perto da Luana, mas vou tentar ao máximo não transparecer isso, pois tenho uma ideia", Arthur diz em seu pensamento.

— VAMOS SE DIVERTIR GALERINHAAA!!!— Daira fala com uma espontânea alegria, assim animadíssima.

— Por mim tanto faz, por tanto que vocês fiquem felizes e bem unidos.— Daniel estava sem graça, incrível ouvir isso de Luana, mas parecia um tom de desafio.

Débora e Daira estão animadas para ir nos brinquedos, puxando todo mundo para comprar os ingressos. Débora então quando menos percebe vê que Daira havia evaporado, tentou buscá-la na multidão, notando-a entrando na montanha russa.

— AÍ, LUANA, TÁ AFIM DE IR NA MONTANHA-RUSSA?— Ela grita no ouvido da outra, Luana estava entediada.

— Eu não gosto dessas agitações.— Luana responde.

"O que ela veio fazer em um parque de diversões afinal de contas? Tomar banho?", Débora pensa, vendo a falta de vontade de Luana, que não tira os olhos de Daniel mesmo ele estando a seu lado, vigiando-o.

— Vamos logo, você vem para evitar que vomite nos brinquedos.— Segurou a mão da garota e saiu correndo para a fila dos brinquedos.— Os garotos se viram, tchau, tchau rapazes!

Arthur p.o.v:

Débora arrastou Luana até a fila gigantesca da montanha russa, depois acenou para mim. Agradeci a ela mil vezes, ela ajudou mais do que pode imaginar.

— Então, é só nós.— Quis insinuar algo, mas sabia que Daniel não entenderia aquilo naquele tom.

— Como antes. Exatamente como queria, certo?— Daniel acenou para sua patroa, digo, a namorada.

Então fomos andar pelo parque conversando, como bons amigos, mas na verdade, não quero isso, queria algo profundo com ele, tenho que fazer algo para melhorar isso.

— Dani-ni-ni-el, v-vamos na roda gigante?— Gaguejava freneticamente, Daniel me olha curioso.— Gostaria de te dizer uma coisa importante que não pude dizer antes...

Estou com medo de falar aquilo, afinal, quem nunca se decepcionou por causa de amor, não é? Porém quero fazer certo dessa vez, pois decidi não perder mais a oportunidade de falar algo tão importante como isso.

— Sim.— Respirou, olhando para uma barraca de jogos ali perto.— Mas só depois se você conseguir um urso, ali naquela máquina.— Daniel aponta para uma pelúcia fofinha de ursinho com touca e pijama.

Daniel parecia contente por poder se divertir, Luana deve mesmo burla-lo de muita coisa para ele parecer uma criança vindo no parque pela primeira vez. 

Chegamos na máquina, estou nervoso e tenso, quero agrada-lo, só que mal conseguia mexer o maldito gancho. Então de repente senti uma mão sobrepor a minha mão, a segurando sutilmente. Percebo que é Daniel tentando me ajudar a mover o gancho da máquina, ele apoia o queixo no meu ombro, senti sua respiração na pele, pois estava de regata apenas.

Meu coração parecia que pularia na hora do peito, tentava me concentrar, no entanto, acabei corando instantaneamente com aquela atitude, estava tão próximo do meu ouvido. O rapaz era mais alto que eu, quando achei que tudo estava se estabilizando, senti ele ficar ainda mais próximo.

— Droga...— Sussurrou, não conseguimos pegar o urso à tempo.— Na volta a gente tenta.

Me virei, tentando disfarçar o rosto corado, mas Daniel parece perceber, logo toca com leveza no meu rosto.

— Está com febre? Seu rosto está tão vermelho e quente, Arthur.

— N-N-N-Não!— Afastei a mão dele, mesmo que estivesse gostando da sensação.— Vamos logo.— Comecei a andar para direção da roda gigante.

— Tem certeza?

Segurou em meu ombro, ele estava próximo novamente, desde quando fico tão emotivo com coisas que Daniel faz sempre? Que aceleração e calor estou sofrendo com seus toques em mim.

— Tenho!

— Tudo bem.— Se afastou rapidamente, andando o meu lado.

Narrador p.o.v:

Enquanto os meninos se divertiam, as garotas desistiram de ir na montanha russa, pois estava um "climaço", foram lanchar um belo hamburger de siri, do Mcdonald's.

— Débora, qual a sua intenção comigo?— Deixou seu refrigerante na mesa, assim olhando para a linda Débora que ajeitou-se na mesa.— Sei que não é santa, muito menos é minha amiga.— Luana declara, estressada.

— Agora não pode mais ser amigo de ninguém?

— Essa não é a pergunta...

— Ai Ai, só queria poder conversar melhor com você e te conhecer, mas a senhorita não passa de uma escrota que trata mal todo mundo que te olha torto e se aproxima.— Débora diz, assim quase derrubando o refrigerante na mesa.

— Do que você tá falando? Jamais tratei ninguem mal, eu...

— Trata Artgur como um qualquer desde que o viu, ele disse a mim e vi com meus próprios olhos e ouvidos suas provocações sem propósito.— Declara, apontando para ela, não parando de falar, acrescentando mais altura na voz.— Não gosta das pessoas que não lhe convém, tão pouco ama Daniel! Vejo sua possessão com ele, o faz de escravo!

— Amo o Daniel, sim!— Diz assim quase rosnando, Débora apenas se alinha na almofada da cadeira.— E nunca faria isso com ele. Você e seu namoradinho de merda quer tirar ele de mim.

— 1°, Arthur é im companheiro exemplar quando ama alguém e está com essa pessoa.— Bateu com a ponta do dedo indicador na mesa para marcar.—2°, Arthur só odeia você por esse seu jeitinho estressante e por voce tratar Daniel como um merda.— Põe mais um dedo para contar.— 3°, Daniel não te ama, sua vaca.— Luana apenas se choca.— 4°, Amor não se trata de objetos e nem tratar a pessoa como se fosse um empregado por ele querer mostrar serviço.

— Mas...

— A única coisa que vale é você demonstrar o que sente e nada mais. É algo que você nunca dará pro Daniel.— Luana com muita raiva se levanta, quase voando em Débora.

— VOCÊ É UMA DESGRAÇADA MALDITA.— Grita, chamando uma atenção enorme ao redor.

— O Daniel é gay!— Luana se cala por um tempo, chocada.

Continua...