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História Amar é Deixar Ir - Lembranças


Escrita por: BiiaCM

Notas do Autor


oieee, cheguei com mais um!
Gente, a partir daqui teremos alguns acontecimentos, entre eles, o surgimento de novos personagens... kkkk
O personagem que vai aparecer hoje será muito importante pro desenrolar da história, então vou deixar a foto dele nas notas finais (é o crush de mais quem aqui, além de mim? hahaha)
Vcs tb vão perceber que vou usar os flashbacks em alguns capítulos pra poder interligar os acontecimentos, e tb, inspirada na novela! Inclusive, não deixem de conferir o link de hj nos comentários!

Música do capítulo:
Não é fácil - Marisa Monte
https://www.youtube.com/watch?v=BapB0Tp9WQw

Capítulo 4 - Lembranças


Narrador

Alguns dias se passaram desde que o William foi embora e ainda era difícil pra todo mundo se adaptar com isso. Ele tentava trabalhar cada vez mais, no intuito de esquecer um pouco de tudo. Com Fátima não era diferente. Ela trabalhava, fazia seus exercícios físicos, voltava a trabalhar e no tempo que sobrava, tentava sempre inventar algo pra fazer.

Naquele dia ela estava sozinha em casa, chegou do projac e foi sentar na área da piscina, brincando um pouco com os cachorros. Ficou olhando os quatro cachorros correndo atrás de uma bola enquanto seus pensamentos estavam longe. Sim, quatro cachorros. Alguns meses antes, ela chegou no apartamento do William e se deparou com um vira-lata muito serelepe e fofinho por lá, que posteriormente foi batizado de Apolo.

Em outro país, a milhares de quilômetros de distância, havia um grisalho tendo justamente a mesma lembrança que ela. Ele pegou uma foto dela com o pequeno Apolo em seus braços e recordou-se daquele dia que ela e o pequeno foram apresentados.

            Flashback

- Ai, que lindo! Desde quando você tem esse cachorrinho? – Ela perguntou já sentando ao lado dele no sofá e segurando o pequeno no colo.

- A gente tem! – ele respondeu também fazendo um carinho no cachorro.

- Como assim a gente? De onde ele veio?

- Eu estava correndo perto da lagoa e ele tava lá, perto da água, olhando muito pra baixo, daí eu fui e peguei ele antes que ele pulasse!

- Você não resiste a esses pequeninhos, né?! Mas eu entendo, ele é muito fofo e lindo! – Ela disse beijando o pequeno que já estava todo animado pro lado dela!

- Espera, fica aí rapidinho. – Ele disse pegando o celular e começando a tirar várias fotos dos dois, tentando manter o pequeno quieto enquanto ela posava pra foto.

- Muito lindo esse cachorro, amor! Tô apaixonada! – Disse ela puxando ele pelo pescoço e depositando um beijo nos lábios de William.

- Gostou? – Ele perguntou enquanto a beijava.

- Adorei! Melhor presente! – Ela respondeu ficando ainda mais próxima dele, ainda com o pequeno no colo.

- Vai lá, seu lugarzinho é ali. – William disse enquanto pegava o cachorro no colo e o colocava na outra extremidade do sofá e deitava por cima de Fátima ali, mas o pequeno resolveu não obedecer muito e queria brincar com eles, pulando em cima dela.

- Agora a gente tem plateia, amor! – Disse ela rindo contra a boca dele, sem parar de beija-lo.

Flashback Off

Ela ficou ali por mais um tempo vendo a diversão dos cachorros enquanto lembrava mais uma vez dele, mas logo entrou procurando algo que a ocupasse um pouco, com o intuito de tentar esquecer.

Do outro lado, William parou um pouco pra refletir se aquela decisão que ele tomou estava certa. Se perguntava se ela estava bem, se tinha ficado triste por causa dele. Talvez Fátima nunca fosse entender, mas ele realmente fez aquilo com a intenção de vê-la melhor, mas mal sabia ele que duas pessoas que se amam tanto não conseguem melhorar quando não estão juntas.

Dois meses depois

O tempo foi passando e William estava se adaptando com a rotina nova e já se sentia bem tranquilo no novo cargo. Estava se dando super bem com a nova equipe e ficava muito feliz por isso. Ele falava todos os dias com os filhos, e as meninas prometeram que iriam visita-lo em Nova York o mais breve possível, para conhecer o novo apartamento dele e matar as saudades.    

Ele também falava muito com Marcos e vez ou outra não conseguia segurar e perguntava por ela. O amigo apenas dizia que ela estava bem, já que era só isso que Patrícia o contava. William se sentia mais tranquilo por ouvir isso, mesmo que a saudade que ele sentia dela só ficasse cada dia ainda maior.

Fátima B.

Ainda estava sendo difícil lidar com tudo que aconteceu, mas a cada dia que passava e também com os muitos conselhos que eu ouvia de Patrícia, comecei a acreditar que eu realmente precisava seguir minha vida, mesmo sabendo que não deixaria nunca de amar o William. Eu tinha notícias dele através das meninas, que comentavam entre si na minha presença de propósito.

Nos últimos dias eu estava acompanhando meus pais no check-up anual deles. Faço questão de cuidar diretamente de tudo que consigo em relação a eles, e ir nas consultas é prioridade pra mim. Hoje era dia levar a minha mãe para fazer um ecocardiograma solicitado pelo cardiologista dela. O médico que faria era outro, que até então eu não conhecia, só sabia o nome, que era Dr. Henrique Barcellos.

Entrei com a minha mãe no consultório e preciso sim confessar que me surpreendi. O médico era um homem muito bonito, de cabelo grisalho e bem charmoso. Também muito cheiroso, a julgar pelo fato de que o perfume dele invadiu minhas narinas mesmo estando de máscara.

Tentei espantar aqueles pensamentos e agir naturalmente, acompanhando a consulta em silêncio e só falava quando queria tirar alguma dúvida. Ele pediu para sua assistente levar minha mãe até uma salinha dentro do próprio consultório mesmo, onde ela vestiria uma roupa adequada para o exame, já que precisava estar com o tórax descoberto.

Não sei porque, mas fiquei constrangida pelo fato de estar sozinha com ele ali, mas logo fui tirada dos meus pensamentos por ele.

- Muito bonito de sua parte acompanhar sua mãe na consulta, imagino que a sua vida seja bem corrida. – Ele disse olhando pra mim e percebi um sorriso, mesmo que seu rosto estivesse parcialmente coberto pela máscara.

- Minha vida é bem corrida mesmo, mas tem algumas coisas que eu não abro mão, e cuidar da saúde dos meus pais é uma dessas... Não consigo delegar essa função pra outra pessoa, sabe?! – Respondi sincera e senti o constrangimento indo embora aos poucos.

- Sei sim, eu via isso na minha esposa. Ela era médica, tinha uma rotina louca, mas sempre estava cuidando dos pais, ela dava a vida por eles, admiro muito isso. – Ele falou e senti uma certa nostalgia em sua voz, me deixando curiosa e não consegui evitar a pergunta.

- Você se refere a sua esposa no passado, por acaso ela...? – Deixei a pergunta no ar com medo de ser invasiva demais e ele prontamente respondeu.

- Ela faleceu faz dois anos. Quando dizem que nós que somos da área da saúde acabamos não cuidando da nossa própria saúde, é verdade. Ela descobriu que estava doente, mas já era tarde, sabe?! Não tinha muito o que fazer, infelizmente. – Eu pude sentir a tristeza presente em suas palavras.

- Nossa, eu sinto muito, de verdade! Me desculpe se fui invasiva em perguntar!

- Obrigado, e fique tranquila, você não foi invasiva! Eu ainda fico triste em falar da morte dela, mas hoje a dor deu lugar ao carinho e às lembranças boas!

Eu ia responde-lo, mas minha mãe voltou já devidamente preparada para o exame e nós levantamos, indo para o local. Fiquei ao lado dela e o tempo todo ele ia me falando sobre o que víamos na tela. Aparentemente, estava tudo certo no exame e eu me senti muito tranquila.

Quando o exame acabou, a assistente dele voltou a levar minha mãe para vestir a roupa dela e eu sentei novamente de frente pra ele, esperando ela voltar, enquanto o olhava anotar algo no computador, em silêncio e observava que ele ficou ainda mais bonito usando óculos de grau !

- Fátima, eu preciso de algum telefone pra contato, pois nós enviamos o exame em pdf pelo WhatsApp, além do impresso que está pronto até amanhã pra você retirar aqui. – Ele pediu e eu estranhei aquilo, já que geralmente quem fazia isso era a secretária, ou então eles pediam apenas o e-mail mesmo, mas deixei pra lá esses pensamentos.

- Claro! Pode anotar o meu número, é melhor. – Eu falei e se eu não estiver delirando, notei um discreto sorriso por baixo da máscara, a julgar pelo seu olhar. Falei meu número e ele anotou diretamente no celular dele e não no computador, o que não passou despercebido por mim!

Minha mãe voltou já pronta e eu levantei para que pudéssemos ir embora. Ela se despediu dele e da assistente, e eu fiz o mesmo, agradecendo primeiro à moça simpática que tratou minha mãe muito bem, e, quando virei para falar com ele, ele estendeu a mão e segurou a minha, dando um aperto meio “demorado”, eu diria.

Quando chegamos no carro, eu notei um risinho discreto por parte da minha mãe e não entendi direito.

- Que foi, Dona Eunice? Viu um passarinho verde, é? – Brinquei enquanto colocava o cinto.

- Passarinho verde eu não vi não, mas vi aquele médico bonitão sendo todo simpático com você e te olhando daquele jeito, Dona Fátima! – Ela respondeu no mesmo tom que eu usei e não pude evitar o sorriso.

- Ai, mãe! Ele só estava sendo educado, a senhora tá vendo coisa onde não tem!

- Mães sempre sabem, minha filha! Sempre sabem!

Decidi não tocar mais no assunto com ela e fomos conversando sobre outras coisas no caminho, mas não pude deixar de pensar naquilo que ela falou. Será?! Ai, claro que não! Bobagem da minha parte imaginar essas coisas! Balancei a cabeça na tentativa de deixar aquilo pra lá e esquecer esses pensamentos.

 

Continua... 


Notas Finais




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