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História Amar é Deixar Ir - Cuida bem dela!


Escrita por: BiiaCM

Notas do Autor


Boa tarde, meu povo! Mais um horário de almoço calmo por aqui que me possibilitou de postar o capítulo cedo de novo!

A música de hoje é:
Cuida Bem Dela - Henrique e Juliano
https://www.youtube.com/watch?v=2Q6eFRuYa2w

Capítulo 11 - Cuida bem dela!


Narrador

A noite chegou e William resolveu chegar um pouco mais cedo que o horário marcado na casa de Marcos. Não saberia como se comportar se quando chegasse ela já estivesse lá. Não saberia nem como cumprimenta-la, então seria melhor assim!

Dirigiu até a casa dos amigos e tentava ensaiar mentalmente até o que falaria quando a visse, se é que ela iria querer falar com ele.

Quando chegou lá, foi recebido na porta pelo amigo que o conhecia bem o suficiente pra saber o motivo do grisalho ter chegado mais cedo.

- Meu amigo! Você fez falta por aqui, cara! - Marcos o cumprimentou, puxando-o para um abraço.

- Nem me fale! Que saudades eu senti de tudo por aqui! - o grisalho devolveu o gesto caloroso e entrou encontrando Patrícia, que também o cumprimentou afetuosamente.

William e Marcos foram sentar na área externa da casa carregando seus copos de whisky enquanto Patrícia terminava de organizar a mesa com alguns petiscos na sala.

- Me conta, aconteceu muita coisa na minha ausência? - William questionou enquanto olhava a piscina à sua frente.

- Sim e não… na verdade, o que aconteceu de mais relevante você sabe, né? - Marcos perguntou sugestivo e ele apenas assentiu positivamente. - Mas me conta você, como foi lidar com as últimas notícias estando sozinho e longe daqui? E nem ouse me dizer que foi fácil, porque te conheço o suficiente pra saber que não!

- Pois é, não foi fácil mesmo não. Na verdade, ainda não está sendo, para ser sincero. Mas eu acho que não me resta outra opção a não ser desejar a felicidade dela. Afinal, ela deve estar melhor sem mim agora. - Ele proferiu as últimas palavras num tom de voz mais triste é reflexivo.

- Você sabe que não é bem assim, William. Ela sofreu muito com a sua ida, inclusive ao ponto de ir correndo atrás de você no aeroporto, lembra?! Te falei isso. Até hoje a gente sabe que ela sofre, afinal de contas vocês dois se amam e isso é fato, mas o cara estava aqui no momento de maior carência dela, quando ela estava sofrendo… e aí rolou, né. Ela não esconde de nós que não ama ele, mas eles estão se dando aparentemente muito bem.

- É difícil demais pra mim lidar com isso, mais difícil do que eu mesmo imaginei. Achei que seria fácil porque o que eu mais queria era vê-la feliz, só que na prática não é tão simples.

Os dois homens continuaram conversando por mais alguns minutos e foram interrompidos pelo som da campainha.

- Oi, gata! Que bom que você veio! - ouviram Patrícia falar e a voz que veio a seguir fez o coração de William acelerar automaticamente.

- Oie! Você sabe que eu não resisto a umas taças de vinho em boas companhias e amo vir pra cá! - Respondeu Fátima.

Fátima B.

Depois que o Henrique me disse pra ir sozinha para a casa de Patrícia e Marcos, eu decidi que iria mais cedo, afim de já estar lá quando o William chegasse. Mas parece que a vida decidiu me pregar uma peça e quando cheguei, apenas quem tinha chegado? Isso mesmo: ele. Patrícia me deu um aviso discreto com o olhar e eu já entendi logo. Quando caminhei até a área externa, ele estava lá, com Marcos.

- Olá! Boa noite! - ofereci o cumprimento aos dois para evitar um maior contato, mas Marcos levantou, me abraçando, e eu não tive outra saída que não fosse fazer o mesmo com ele.

- Oi, William! Tudo bem? - O cumprimentei educada e nós trocamos dois beijos no rosto, rapidamente.

- Oi! Estou bem, e você? Como vai a vida? - Notei o nervosismo estampado na cara dele e me senti aliviada por saber que não estou sozinha nessa.

- Estou bem também! A vida vai bem, por mais que eu não esteja morando na terra da Times Square! - tentei ser descontraída e ele riu, provavelmente entendendo que eu falei aquilo porque sempre amei aquele local!

Logo Patrícia chegou com uma taça de vinho me entregando e eu sentei com ela, me afastando discretamente dele, pois não saberia fazer a egípcia por muito tempo mais.

- Amiga, o Henrique não vem hoje? - Patrícia me questionou enquanto nós sentávamos nas espreguiçadeiras perto de sua piscina.

- Pra ser sincera eu ia preferir que ele não viesse e até tentei convencê-lo disso, mas ele só vai se atrasar mesmo, Paty.

- Você sabe que se ficar dando muita bandeira ele vai se tocar e encaixar as peças quando ver o William aqui, né?!

  - Pior que sei, por isso espero que eu saiba lidar com esse momento, viu!

Narrador

O tempo foi passando e os demais amigos foram chegando e estavam todos espalhados pela área externa da casa, conversando. Fátima estava com Patrícia e Flávia quando ouviram o som da campainha. Ela imaginou, pelo horário, que fosse Henrique. Patrícia, percebendo a fisionomia da amiga ficar apreensiva no mesmo momento, levantou para ir atender.

- Fá, muda essa cara quando ele chegar aqui pra não deixar um clima chato entre vocês!

A personal entrou na casa e voltou ao lado do médico, que cumprimentou a todos coletivamente e se surpreendeu vendo William ali, pois não sabia que o jornalista tinha voltado ao Brasil. Ele se perguntou internamente se Fátima sabia e não tinha falado nada, mas decidiu conversar sobre isso com ela quando estivessem sozinhos.

Henrique caminhou até a namorada, que àquela altura fazia um mantra interno na tentativa de acalmar-se, e, forçou-se a colocar um sorriso no rosto quando o viu se aproximar.

- Oi, meu amor! – Ele abaixou-se dando um beijo leve nos lábios dela, que instintivamente quebrou logo o contato.

- Oi! Muito cansado? – Ela o puxou para que ele sentasse ao lado dela, tentando manter ele e William o mais distantes possível.

- Um pouco, mas é sempre bom tomar um vinho em boas companhias! – Ele disse a ultima frase olhando para as amigas dela, que apenas sorriram em resposta.

- Eu vou lá buscar mais uma garrafa de vinho pra ficar aqui perto, volto já! – Disse Patrícia apenas dando uma desculpa para deixar o casal a sós, vendo o olhar diferente que Henrique possuía. A personal aproveitou e olhou discretamente para Flávia, que entendeu o recado.

- Amiga, vou lá com você pra pegar um carregador de celular emprestado!

Após as duas se retirarem e os deixarem a sós, Henrique aproveitou o momento para fazer a pergunta que estava martelando em sua cabeça desde o momento em que chegou ali.

- Fátima, você sabia que o William estaria aqui? – Ele tentou manter um tom ameno na voz, torcendo para que ela dissesse que não sabia.

- Sabia sim. – Ela se limitou a responder apenas isso, já prevendo que talvez eles tivessem a primeira DR do relacionamento.

- Ah, então você sabia também que ele estava no Brasil, né?

- Claro que sabia, Henrique! Esqueceu que as minhas filhas também são filhas dele e era de se imaginar que elas comentariam isso em casa, né?! – Ela retrucou num tom irritado.

- Ei, calma! Eu só te fiz uma pergunta, ué. Achei que você comentaria comigo, por isso perguntei. Mas está tudo bem! Não tem ninguém brigando aqui não.

- Desculpa! Nossa, desculpa mesmo, tá? É que não deixa de ser estranho ter vocês dois no mesmo lugar, mas os meus amigos também são amigos dele, então é provável que isso aconteça mais vezes quando ele estiver por aqui!

- É um pouco desconfortável pra mim, afinal sei da importância dele na sua vida e não esperava que nós dois fossemos nos conhecer nessas circunstancias, de surpresa. Mas está tudo bem, mesmo! – Ele depositou um selinho nos lábios dela e seu celular começou a tocar. – É meu sócio da clínica, preciso atender! Já volto! – Ele disse levantando e se afastando dela, entrando na casa para poder ter mais silêncio na ligação.

Quando Patrícia e Flávia viram que eles dois já haviam conversado, voltaram a sentar com a amiga e não deixaram de notar que o clima estava um pouco pesado, mas não tocaram no assunto e começaram a conversar outras coisas entre elas.

Dentro de casa, quando Henrique finalizou a ligação e se virou para voltar à área externa, deu de cara com William, que ia saindo de dentro do banheiro. Os dois se encararam rapidamente e perceberam que não poderiam simplesmente se ignorarem, então Henrique foi o primeiro a tomar a atitude de puxar assunto.

- E aí, William! Aproveitando as férias no Brasil?

- Pois é, ainda não deu para aproveitar porque acabei de chegar, mas essa é a intenção mesmo. Aproveitar os dias sem trabalho com a família e os amigos. – William estava dando o melhor de si para ser simpático.

- Aproveita mesmo, é muito bom. Já morei longe da família e sei como é. Foi bom te conhecer pessoalmente! – Eles trocaram um aceno de cabeça e ambos entenderam que a conversa estava encerrada e Henrique se virou para sair do ambiente.

- Henrique, espera! – O médico voltou ao olhar o jornalista, estranhando a atitude. – Olha, cara, eu não sei o que você sabe sobre o meu relacionamento com a Fátima, mas eu quero te pedir uma coisa, e é do fundo do meu coração: cuida bem dela, tá? Você não vai conhecer uma mulher melhor do que ela! Me prometa que vai cumprir tudo que você jurar pra ela, pois ela não merece sofrer de novo. Eu quero muito que ela seja feliz, e, espero de verdade que você faça pra ela aquilo que eu infelizmente não pude. Faça ela feliz! – Henrique notou que William estava sendo sincero em suas palavras, pois viu que o homem estava até com os olhos marejados.

- Pode deixar, prometo que farei o máximo que estiver ao meu alcance para faze-la feliz, acredite! Agora vou voltar pra lá pois ela já deve ter estranhado o fato de justamente nós dois termos sumido. – O médico deu dois tapinhas no ombro do jornalista e voltou para a área externa da casa, sentindo que aquelas palavras o afetaram mais do que ele esperava. Pôde perceber que o amor existente entre William e Fátima era algo muito forte, pois ao mesmo tempo que viu sinceridade nele, também viu dor e tristeza e era impossível não ficar inseguro.

- Tá tudo bem? Aconteceu alguma coisa com você? Voltou estranho. – Fátima falou baixinho pra só ele ouvir, quando notou que o namorado estava estranho. Antes que ele pudesse responder, ela viu William sair pelo mesmo lugar que Henrique saiu e logo imaginou o que poderia ter ocorrido.

- Tá tudo certo, nada demais. Acho que você tinha razão quando disse que seria cansativo pra mim vir pra cá depois do trabalho. – Ele estava distante e ela começou a sentir uma ponta de culpa crescer dentro de si.

- Você quer ir embora daqui? As meninas vão dormir na casa de uma amiga hoje, podemos ir pra lá que é mais perto, ou se você preferir nós podemos passar lá e eu só pego uma roupa pra irmos pro seu apartamento!

- Não, acho que eu vou embora sim, mas quero ir sozinho mesmo, pode ser? Fica aqui, eu te aviso quando chegar em casa. – Ele disse dando um beijo na bochecha dela e levantando. A mulher não teve muita reação, mas sabia que era melhor assim, ele visivelmente não queria ficar com ela agora e não ia insistir.

- Então tá... descansa, viu?! Vou com você até o carro. – Ela levantou também e Henrique começou a se despedir de todos, apenas dizendo que estava cansado e iria pra casa enquanto ainda conseguisse dirigir sem correr o risco de cochilar. Obviamente, todos os presentes estranharam a partida repentina do médico, mas sabiam que era melhor fingirem que não estavam vendo nada e continuar as coisas normalmente.

Após mais um tempo de conversa, os demais começaram a ir embora aos poucos também, já que era início de semana e a maioria acordaria cedo no dia seguinte. William foi embora e Fátima logo em seguida. Já no carro, a mente da apresentadora estava um turbilhão de emoções, de questionamentos internos que a faziam se sentir à beira de um surto! Foi num impulso de coragem que ela dirigiu para fora do condomínio onde morava e pegou o caminho que levava para a Lagoa. Tinha uma conversa pendente com William, e, se ele não tinha a iniciativa, ela iria ter!

William B.

Fazia pouco mais de uns cinco minutos que eu entrei em casa e estava tomando água na cozinha quando ouvi a campainha tocar. Estranhei o fato de não ter sido interfonado, o que queria dizer que só podia ser alguém conhecido. Caminhei em direção a porta e quando vi no olho mágico, não acreditei ao ver Fátima ali, em pé. Prontamente abri a porta.

- Fátima?

- Será que a gente pode conversar? – Notei pelo semblante dela que aquela não seria uma conversa fácil.

 

Continua... 


Notas Finais


E aí? Me contem o que acharam e preparem o coração e o colete a prova de balas para o próximo!


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