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História Amarelo é a Cor Mais Fria - BillDip - Prólogo


Escrita por: Byunue

Notas do Autor


Então, eu só tenho um aviso para vocês antes de começarem a ler: não julguem a história pelo clichêzasso que é esse primeiro capítulo, nem tudo é o que parece ser.

Tipo... Bem, esse primeiro capítulo é só aquela introdução chatinha que eles chegam e todo mundo já sabe o que acontece (mas não pule ele non, ele é legalzinho TwT)

Ah, e se você não gosta de ler tragédia...

Mano

Ta fazendo o que aqui?

Vai chegar um ponto que só vai ir de mal a pior então pode ir pegando aqueles lencinhos (ou vai enxugando com a manga do suéter mesmo) porque a partir de agora você está comprometendo seu psicológico :)

(Tô pagando até hoje terapia pra esse povo, slk TwT)

Boa leitura ^^

Capítulo 1 - Prólogo


Fanfic / Fanfiction Amarelo é a Cor Mais Fria - BillDip - Prólogo

Cinco anos depois...

Era verão, novamente. 

Dipper e Mabel haviam terminado o ensino médio e decidiram passar suas últimas férias antes de lidarem com a vida de adultos na boa e velha Cabana do Mistério de seus tio-avôs; estes que voltariam de uma bela viagem ao Caribe pela chegada dos gêmeos.

Os irmãos estavam a um quilômetro da placa de madeira com os dizeres "Bem-Vindos à Gravity Falls", quando começaram a arrumar a bagunça que fizeram no fundo do ônibus de viagem — que, a propósito, estava quase que completamente vazio.

— Ah! Eu estou tão feliz que, finalmente, voltamos! Tipo, depois de todos esses anos, nem acredito que nos deixaram voltar! — disse Mabel, eufórica, enquanto recolhia alguns papéis de balas do chão e escutava um riso vindo de Dipper.

— É claro que nos deixaram voltar, Mabel, nós que pagamos a passagem e só avisamos que estávamos vindo na metade do caminho! — disse recolhendo algumas latinhas de refrigerante e guardando dentro da mochila para jogar no lixo mais tarde. — A propósito, acho que vamos levar um sermão, mas pelo menos o Soos ficará feliz com nossa chegada...

— É, mas eu sei que na verdade você está querendo dizer é que está ansioso para ver a Weeendy! — cantarolou o nome da garota e Dipper revirou os olhos, ganhando um leve rubor em seu rosto.

— Você sabe que eu já superei, foi só uma paixonite de verão e... Ah, eu não ligo para o amor! — se justificou enquanto voltava para o banco.

— Hm, sei. Não se esqueça que eu sou sua gêmea, eu sei tudo o que você sente, maninho! — disse Mabel, dando um soco leve no ombro do irmão e Dipper arqueou as sobrancelhas.

— Espera aí, somos apenas gêmeos, não gêmeos de corpo e alma, não tem como você saber o que eu sinto!

 Mabel bateu a mão na própria testa, não contendo um riso.

— Você sabe que eu não quis dizer isso, queria dizer que eu te conheço o suficiente para saber o que você sente, duh! Não seja tão literal!

— Não estou sendo literal, você é que não se expressa direito e depois joga a culpa pra cima de mim!

— Bem, e com isso concluímos que nós podemos até estar prestes a nos tornarmos adultos, mas você continua imaturo como uma criancinha de 12 anos!

— Ah, eu que sou o imaturo? Claro, sou eu que ainda vivo rindo de coisas sem sentido, não sou paciente e discuto por conta de comida!

— Epa, espere aí! Não tenho culpa se você chama de biscoito e eu de bolacha.

— Francamente, Mabel, é tudo a mesma coisa! E a forma como é falada varia de região, não existe um termo universal!

— Mas-

— Olha só, acho que já chegamos... — ao interromper a irmã com a parada repentina do ônibus, ele se levantou.

Mabel resmungou, mas logo ficou de pé também, porém, ambos notaram algo de estranho com o ambiente.

— Ué, por que paramos aqui e não no ponto? — questionou Dipper e Mabel deu de ombros, pois não sabia de nada.

— Atenção, passageiros, o motor do ônibus está lenhado, por favor, retirem-se e esperem do lado de fora. — pediu com indiferença a voz da motorista, que largou o volante e saiu do veículo.

— Acho que é melhor irmos a pé mesmo, não estamos tão longe. — sugeriu Mabel, enquanto pegava suas coisas e também descia do ônibus.

— Realmente... 

Apesar de concordar, Dipper não teve uma boa impressão daquilo. Ele não iria esquecer suas suspeitas, mas sua irmã estava com pressa no momento, portanto, para que esta não viesse lhe puxar pelos cabelos, ele ajeitou a mochila nas costas e se contentou em olhar em volta, somente para ter a certeza de que não se esqueceram nada, ou de que não havia nada de estranho por alí.

Em seguida, o garoto foi o último a sair do ônibus e respirou com apreço o ar de sua tão amada Gravity Falls, afinal, haviam anos que ele não visitava a cidade que mudara sua vida e mexera com sua mente.

— Vamos lá? Tenho certeza de que se chegarmos antes das 16h, você ainda tem chances de encontrar a Wendy. — comentou Mabel, toda risonha enquanto andava numa estrada de terra, ao lado da pista de mão única que deveriam ter seguido.

— Mabel! Eu já falei para você parar com isso, é sério! Fora que já se passaram cinco anos, é lógico que talvez ela já esteja com alguém e... — e ele foi interrompido pela gargalhada da garota.

Do que ele estava se justificando? Ele e Wendy nunca tiveram nada além de uma amizade, ele não precisava passar por isso. Assim, Dipper somente empurrou levemente a irmã, desistindo de seu discurso.

— Olha só! Parece que alguém aqui está preocupado! — brincou Mabel, passando um braço em torno do pescoço alheio e dando um cutucão na bochecha do irmão — Relaxa, Dipper, vou deixar a Wendy de lado, pode deixar o assunto comigo que eu te ajudo a encontrar uma namoradinha!

— E quem disse que eu preciso de uma namorada?!

— Verdade, um namorado bonitão combina mais com você!

— Cala a boca!

Em meio a discussões sem sentido e risadas, os dois andaram mais alguns metros até chegarem no centro da cidade, onde a partir de lá demoraram breves dez minutos para acharem a bia e velha Cabana do Mistério.

Ela estava exatamente da mesma forma de quando partiram, bem conservada e reformada em alguns aspectos. Soos fez um bom trabalho ao cuidar dela.

Assim que a viu, Mabel, ansiosa, mordeu o lábio inferior contendo um gritinho animado e entrou com tudo, o que assustou alguns clientes e fez o cuidador temporário apontar, rapidamente, uma arma em direção à garota, afinal, estava tudo muito calmo e de repente houve um alvoroço, quem não pensaria que poderia ser algum monstro ameaçador, conhecendo a cidade como o homem conhecia? 

Assim que reconheceu Mabel, ele abaixou a arma e a jogou de lado.

— Soos! — exclamou ela, indo abraçá-lo.

— Mabel! Você cresceu tanto! — disse Soos, ainda tentando conter algumas lágrimas e retribuindo o abraço, matando de vez a saudade.

— Bom, pelo menos eu estou de volta! E olhe você! A cabana está indo muito bem, se o tivô Stan estivesse aqui, ficaria muito orgulhoso de ti!

Soos sorriu e agradeceu pelo elogio. Os dois conversaram por longos minutos, até que o outro, finalmente, reparou em algo.

— Mas, espere um minuto, cadê o Dipper?

— Oh, é mesmo! Me esqueci completamente dele!

E se virou para procurar o irmão com o olhar.

— Hey! Dipper! —  Dipper, que estava entretido com algumas velharias, logo foi para perto da irmã lhe questionar o que houve, porém, bastou que chegasse para receber um abraço cheio de emoção e apertado vindo do homem enorme.

— Bem vindo de volta! — exclamou Soos, o esmagando nos braços e, assim que o soltou, pondo um chapéu com o familiar símbolo azul de pinheiro por cima da cabeleira bagunçada do jovem.

— É muito bom vê-lo também, Soos. — foi tudo o que Dipper conseguiu dizer, ainda achando um milagre que suas costelas não houvessem sido quebradas. 

Depois de uma breve conversa, Soos alertou que não poderia mais ficar fora de seu lugar nas vendas.

— Bom, serei breve: tenho que voltar logo ao trabalho, mas quero dizer que nesse meio tempo eu fiz uma pequena surpresa para. — os gêmeos o olham curiosos. — Vocês já estão bem grandinhos, então, dessa vez, cada um terá seu próprio quarto! — disse e sorriu satisfeito ao notar os olhos brilhantes e os sorrisos que recebeu.

— Soos, você é incrível! — exclamou Mabel, dando um pequeno salto ao abraçá-lo — Então, onde ficam os quartos?!

— Bem... meio que eu só pude construir um, então...

— Okay, quem achar primeiro o novo quarto fica com ele! — disse Mabel olhando para Dipper, claramente propondo um desafio.

— Tá, e quem perder fica com aquele velho o do sótão!

E assim, com uma concordância de olhares, os dois saíram em disparada pela casa, à procura do novo quarto.

— Ainda são crianças... — comentou Soos, rindo e voltando a atender as pessoas que entravam.

[...]

Depois de muita correria e uma briga dolorosa na porta do tão sonhado novo quarto, terminou que Mabel foi quem saiu vitoriosa e Dipper ficou com o quarto no sótão.

— Claro, sempre a Mabel é quem tem que ficar com o melhor quarto! Pff! Acho que minha sorte não melhorou muito desde a última vez... — resmungou Dipper, enquanto subia todas as escadas até o quarto do sótão.

Quando, enfim, chegou, o ambiente ainda estava o mesmo.O ar era empoeirado, ainda haviam as mesmas manchinhas de mofo no teto e a única diferença é que parecia vazio, pois uma das camas precisou ser retirada para ocupar o quarto novo no térreo.

Cansado, Dipper respirou fundo e abriu a única janela que havia no cômodo, deixando a luz do alaranjado fim de tarde entrar e clarear o pequeno cômodo, permitindo que o ar parado circulasse lá por dentro.

Satisfeito, temporariamente, com sua condição, ele pôs a mochila em cima da cama e se debruçou na janela, admirando, então, a vista privilegiada que tinha da floresta. Ele observava os pássaros sobrevoarem as árvores, tão longínquos quanto se podia imaginar naturalmente, quando, de repente, se assustou com o barulho de algo se rasgando e dando sequência a um ruído metálico. 

Quando se virou, encontrou um longo rasgo em sua mochila e um bode comendo uma das latinhas que havia guardado no ônibus.

— Ei! Você não pode comer isso! — bradou, tentando tomar a latinha da boca do animal antes que o mesmo se ferisse, mas o bichano apenas saiu correndo do quarto com a lata na boca como se não se importasse com o alerta do garoto.

Aquilo foi estranho, mas era melhor deixar de lado.

Dipper apenas suspirou e decidiu arrumar de uma vez suas coisas.

[...]

Um dia se passou desde que chegaram e o garoto estava decepcionado com a tranquilidade nauseante do lugar, afinal, não havia nada para se fazer além de ajudar Soos nos afazeres da cabana e sair por aí para "curtir um ar fresco".

— Um tédio total! — pensou Dipper, quando, finalmente, perdeu as esperanças de algo fascinante acontecer.

Ele já havia dado um passeio na floresta à procura de algo sobrenatural, mas nada além de árvores, pedras, musgos e animais comuns foram encontrados. Até a estátua do tal Bill Cipher estava parecendo normal, nada de diferente.

E, por mais que detestasse admitir, no fundo ele queria que algo terrível acontecesse para ter um pouco mais de emoção, ele precisava de uma aventura! Entretanto, para sorte de muitos  e sua infelicidade, nada aconteceu.

Então ele voltou e se trancou no quarto pelo resto do dia, até que a porta barulhenta se abriu sozinha e ele encontrou o mesmo bode de antes parado na entrada.

— Ei! Eu não deixei você entrar! — disse se levantando e indo até a porta, mas antes que fechasse-a, escutou um riso familiar em sua mente. 

— Dipper, pare de pensar nessas coisas, você está começando a delirar! — repreendeu-se nos pensamentos, enquanto fechava a porta, mas para aumentar ainda mais a sua surpresa, foi impedido pelo casco do animal batendo contra a madeira.

— Mas o quê...?

— Isso mesmo, Dipper, pare de pensar nessas coisas, você está ficando louco! — disse o bode, olhando para o garoto, e o escutando soltar um grito.

— MAS QUE MERDA...?!

— Ah, vai dizer que nunca viu um bode falar? — disse o animal de forma tranquila, entrando no quarto na medida em que Dipper recuava. 

— Sai daqui! Espera, não! Um bode não pode falar comigo, quem é você?! — indagou e escutou em alto e muito bom som uma outra gargalhada. Por que ela lhe pareceu tão familiar?

— Ora, ora, finalmente está usando a cabeça! Eu sou um espírito amigo que mora nessa floresta. Me faça um favor e eu lhe mostrarei minha verdadeira forma. — ofertou solenemente e Dipper franziu o cenho.

Não era como se ele fosse de ficar por aí ajudando de boa vontade “espíritos amigos” em corpos de bodes, mas ele, realmente, estava completamente cansado daquela calmaria!

— Hm, qual favor...?

— Bom, eu sou um espírito amaldiçoado, eu era livre, acredite no que lhe digo, mas acontece de que, no momento em que uma estátua apareceu lá, eu fiquei restrito no corpo deste bode! Então quero que quebre a estátua e liberte-me.

— Espera, você está falando da estátua do triângulo?

— Essa mesma. Ela é uma tremenda discórdia no ambiente, tanto que afasta as criaturas bizarras do local, como você já deve ter reparado.

Dipper não era burro, apenas idiota.

Ele sabia que aquilo tudo era muito bizarro, mas não decidiu pensar sobre, quanto menos soubesse das entrelinhas e verdades, mas estaria disposto a fazer aquilo. Porém, sua consciência falou mais alto, por alguns instantes.

— Eu não sei se o Ford iria gostar disso... — comentou pensando alto e o bode bufou indignado.

— Ora, vamos! Você está à procura de diversão, certo? Prometo não decepcioná-lo, você tem minha palavra! — disse e Dipper, finalmente, cedeu aos desejos do animal.

Se ele precisava quebrar uma estátua, então ele faria isso do jeito certo. Foi até os fundos da cabana e pegou o machado de cortar lenha juntamente com uma lanterna no depósito.

Já havia anoitecido e ele estava, praticamente, saindo sozinho rumo à mata no meio da noite.

Ele andava pela floresta com o machado em uma mão e a lanterna na outra, sendo guiado pelo bode até o local da estátua e, quando a achou, parou.

— E agora? O que eu faço?

— Béé, você tem que desligar a lanterna! A estátua precisa da luz natural da lua para ceder!

— Mas a lua não tem "luz natural".

— Você entendeu o que quis dizer, nem venha com suas nerdices! Apenas apague essa luz e destrua com toda sua força essa estátua! — ordenou o animal.

Dipper achou ridículo o fato de estar obedecendo um bode, porém, assim como lhe fora mandado, ele desligou a luz da lanterna e em seguida acertou a estátua com toda sua força, não sendo necessários mais que três impactos sob a luz da noite clara para que rocha se reduzisse a escombros em seus pés.

Depois, Dipper esperou. E esperou, esperou e esperou, mas nada aconteceu.

— Não aconteceu nada, você tem certeza que- — foi interrompido por uma forte ventania que lhe acertou de repente e logo avistou um intenso brilho dourado saindo de dentro das ruínas, com todas as luzes sendo apontadas para o bode. 

O animal começou a flutuar e a inchar, até que, como uma bomba de confetes, explodiu em um milhão de fagulhas brilhantes, que persistiram no ar juntamente com uma densa névoa azul.

Dipper tossiu algumas vezes e tentou enxergar algo através da densa neblina, até que quando essa estava quase se dissipando, viu a silhueta alta e escura de alguém.

Seus olhos se estreitaram e ele teve dificuldade em ver algo além da sombra, porém, antes mesmo que conseguisse reconhecer o que quer que estivesse à sua frente, foi atacado com força e empurrado com tudo no chão.

Ele mal conseguia respirar, sentindo uma mão firme apertar seu pescoço e em meio à seu tormento, a primeira coisa que pôde enxergar foi um par de intensos olhos amarelos que brilhavam como fogo no meio da escuridão.

— Espere! Pelo amor de Deus, que seja qualquer coisa, menos aquele cara!!! — pensou no desespero, tentando não sufocar em meio ao aperto, até que escutou um riso baixo.

— Já estava na hora... — disse o ser, com a respiração calma muito mais próxima de seu rosto do que realmente gostaria.

— ...? — Dipper não conseguia dizer nada.

— Oh, bem-vindo de volta, Pinetree!

Dipper esperava de tudo, de tudo mesmo, menos que fosse encontrar e cair de cara num truque do tão detestável Bill Cipher.

É, ele voltou.


Notas Finais


Bem... Desculpa aí qualquer erro.

Talvez esse primeiro cap não tenha ficado muito bom (mas ficou legalzinho né? Pelo menos eu tentei, caramba), mas espero que tenham gostado e o próximo capítulo será melhor, com toda certeza. ^^<3


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