Seokjin
00:00
— Amor!? — Ela permanecia distraída brincando com o hashi. — Amor!?
— Hm!? — Ainda não tinha comido nada.
— Amor, estou terminando e você nem experimentou a comida.
— Estou sem apetite — ela fala empurrando seu prato.
— Enjoou!? — Parecia tão distante. — Amor? Você está com enjoou?
— Não Seokjin. — Se levanta irritada. — Eu não estou gravida, eu não estou com enjoou. — Segue em direção ao quarto.
Coloco sobre a mesa meu guardanapo e os hashi.
— Porque você está assim? — Acompanho-a.
A encontro no quarto já deitada sobre a cama de bruços, usando apenas uma 'calcinha' fio vermelha. Era provocante ver aquele fio sumir em meios as suas nádegas.
— Amor? — Permanece calada. — Eu fiz algo de errado? Você não quis banhar comigo, não comeu. — Me sento na ponta da cama e começo a fazer massagem no seu pé. — Se não é gravidez, o que é?
Ela me olha, parecia estar triste.
— Seokjin… você seria capaz de mim, trair? — Ela nunca havia me perguntado, coisa do tipo. Fica difícil esconder minha cara de supresso. — Não me olhe assim, apenas responda.
— Não meu amor. — Me deito do lado dela, e ficamos com os rostos próximos. — E você? Seria capaz de me trair?
— Não. — Começa a deslizar seus dedos pelos meus cabelos, adentrando e massageando meu coro cabeludo. Dou um sorriso. Já esperava aquela resposta. — Sou capaz de me vingar, se você fizer. — Mudo meu semblante, ficando sério, enquanto ela dá um sorriso provocante.
— Não fala essas coisas. — Me sento na cama. — Sabe que nem gosto de pensar isso. — Me levanto e vou até o guarda-roupa. — Jamais trairia você. — Começo a procurar uma cueca. — Então, você jamais vai me trair.
Tiro a toalha que estava enrolada na minha cintura e visto a cueca boxe vermelha.
— Estou com sono. Vai sair cedo?
— Sim, tenho uma reunião, quero começar cedo, assim posso almoçar em casa, com minha esposa. — Coloco a toalha em cima de uma poltrona que tinha no quarto e me deito. — Está animada? — Aperto o 'bumbum' dela.
— Estou com sono. O que vai querer para o almoço? — Ela dá um sorriso, um sorriso que sempre me faz derreter por ela.
— Pode escolher. — Puxo o edredom, nos cobrindo. — Te amo. — Puxo ela, deixando o seu corpo colado no meu e sua cabeça sobre meu ombro, começo a fazer carinho nos seus cabelos, ela sempre dormia mais rápido assim.
•••
WooJuy
08:00
Acordo, já estava sozinha, Seokjin sempre saia primeiro.
Levanto e fico sentada na berrada da cama, não consigo acreditar que ele tenha uma amante.
Abro a gaveta do criado mudo e tiro de dentro um papel.
— De quem será esse número!? — Coloco dentro da minha bolsa.
Não quero ser essas mulheres paranoicas que vai atrás da amante, sendo que o errado é o marido, mas tenho que descobrir quem é, até onde vai à relação dos dois.
Eu não vou simplesmente entregar ele de 'mão beijada'.
Vou até o banheiro, e tomo uma ducha, escovo os dentes e vou até o guarda-roupa. Escolho um vestido preto colado e midi, um salto preto 11, e um sobre tudo fechado vinho bordo. Visto primeiro uma 'calcinha' fio minúscula e um sutiã apenas de renda. Coloco o resto da roupa e uso meu perfume preferido. Pego minha bolsa e saio do quarto.
Vejo na cozinha a senhora Jiseo.
— Bom dia, senhora! — cumprimenta sorrindo.
— Bom dia Jiseo. — Ela já tem uns cinquenta anos, e trabalha para minha família há anos. Passava pela manhã, limpava a casa, fazia o almoço, e já estava liberada, tinha a chave da minha casa, entrava e saia a vontade, confiava totalmente nela.
— O que eu faço para o almoço senhora?
Abro a geladeira e fico parada em frente, apenas observando o que tinha tanto dentro.
— Não sei, Seokjin disse que eu podia escolher. — Era mais fácil quando ele escolhia. — Faça algo especial Jiseo. — Digo sorrindo e fechando a geladeira.
— Sim senhora, vai querer comer alguma coisa antes de sair? — fala mostrando algumas guloseimas e balanço a cabeça que não. — Senhora, o senhor disse que precisa se alimentar bem, está magra, como vai conseguir aguentar um bebê!?
— Não volte a falar isso Jiseo. — A olho repreendendo. — Já vou indo. — Abro a bolsa e tiro minha carteira, abrindo a também. — Quero que compre algumas coisas. — Tiro algumas notas da carteira e entrego para ela. — Um bom vinho, e o que estiver faltando.
— Sim senhora.
— Ah! Compra outra cartela de anticoncepcional, e coloca dentro do pote, está no mesmo lugar.
— Sim, senhora. — A deixo triste, sei o quanto ela quer ver minha família crescer, mas ainda não.
•••
09:00
— Bom dia queeriida. — A voz do Taehyung vindo do fundo do escritório, sempre me animava. — Meu amoor, você está magniiiiiifica. — Ele se aproxima fazendo coração. Não consigo esconder o sorriso, ele sempre melhorava meu dia.
— Bom dia Tae. — Ele se senta na mesa e começa a separar uns papeis. — Já estou lhe aguardando.
Digo entrando na minha sala. Coloco minha bolsa em cima da mesa e tiro de dentro o papel com o número.
— Amada. — Tae entra na sala, segurando papeis de bloco de anotações. — Namjoon ligou três vezes hoje. Sua cunhada chega a qualquer momento.
— Depois eu vejo isso. — Pego o telefone e disco o número.
— Aí amada, não dá. — Não conseguia me concentra no Tae. — Adivinha… — Ele dá uma pausa. — Meu amor, minha função aqui é fazer ligações, atender, anotar e lhe passar. — Tae fala tirando o telefone da minha mão.
— Não Tae. — Não quero entrar em detalhes com ele.
— Alô! Um instante meu amor… — Ele coloca a mão no telefone, tampando o fone. — Estamos atrás de quem mesmo?
— Não sei… — Me olha com deboche e tira a mão do telefone.
— Amada, quem está falando? … Prazer meu amor, aqui é Kim… — Ele coloca a mão novamente. — O nome é Sun meu amor, diga o que você quer com ela.
— Preciso saber a relação dela com meu marido. — Tae me lança um olhar, dos pés à cabeça.
— Ele não é nem louco meu amor. — Tira a mão. — Meu amor, eu sou Kim. — Dá a volta na minha mesa. — Nem me pergunte como achei seu número. — Ele se senta na minha cadeira acomodado. — Sou de uma agência de modas, amada, e quero saber se está disposta a trabalhar connosco, vou logo falando, apenas uma vez. — Tae parecia estar acostumando com aquelas situações. — Isso… — Começa a girar na cadeira. — Certo, temos algumas perguntas, idade… perfeito… agora meu amor, as fotos serão de ‘lingerie’… então, você tem namorado? Hmmm… Entendo…
— Diz… — pediu um tempo com a mão.
— Pois meu amor… as fotos, são para daqui uns três meses… o quê? — Ele fica assustado, se levanta da cadeira, leva sua mão a boca. — Ah! Amada, pois meus parabéns. Qualquer coisa te ligo. Tchau! Princesa. — Desliga o telefone.
— Diz Tae. — olha assustado.
— Amada, ela tem apenas 22 anos.
— Minha idade.
— O que é estranho né meu amor. Porque você… — O interrompo.
— Me elogie depois Tae, continue.
— Amada, ela disse está se envolvendo com um homem, que ele é casado, mais tudo indica que ele já vai largar a mulher, porque ela… — Ele dá a volta na mesa e chega bem perto. — Ela está gravida.
— Meu Deus! — Minha visão fica turva e Tae me segura.
— Meu amor, não vá passar mal devido a macho.
Respiro fundo, e consigo me instabilizar.
Pego meu celular na minha bolsa. Rapidamente ligo para o Seokjin.
Ligação On
— Amor. — Coloco a mão na testa. “Amor nada”.
— "Oi! Minha vida."
— Estou precisando falar com você urgente.
— "Urgente, mais dá de esperar até o almoço?"
— Não, temos que conversar agora. Cancela sua reunião.
— "Está bem meu amor."
Ligação Off
— Amada, não vai se precipitar. — Coloco meu celular na bolsa.
— Não consigo me controlar, ou resolvo isso agora, ou desisto. — Coloco a alça da bolsa sobre o ombro e seguro a mão do Tae. — Me deseja sorte.
— Do mundo todo, querida. — Saio do meu escritório e vou direto para casa.
•••
10:00
Chegando em casa, ainda era cedo, Jiseo ainda estava preparando o almoço.
— Senhora!?
— Oi! Seokjin chegou? — falo jogando minha bolsa sobre a mesa de jantar.
— Não senhora. — Ele entra. — Olha aí! Chegou.
— Amor? O que foi? — Ele chega ofegante. — Você está sentindo alguma coisa? — Ele segura minha mão.
— Vamos para o quarto.
Passamos pela Jiseo, que estava disfarçando, fingindo que não estava nos ouvindo, fecho a porta do quarto e vou direto ao ponto.
— Você está me traindo com uma tal de Sun. — Ele se assusta.
— Isso é um absurdo, de onde tirou essa ideia? — Ele me olhava incrédulo.
— Você só pode supor que sou muito burra né!? Não menti mais Seokjin. — Estava com o tom alterado. — Eu quero o divórcio, você não vale nada.
Dou lhe, um tapa no rosto dele. Que me assusta, até minha mão ardeu, “nunca havia feito isso na vida”. Ele leva a mão no rosto, havia deixado a marca dos meus dedos. Ele me olha com raiva e abri a porta do quarto.
— Jiseo?
— Sim patrão. — Ela responde da cozinha.
— Desligue todos os fogos acessos e pode ir para casa, AGORA. — Ele fecha a porta do quarto na chave. — Preciso ter uma conversa com minha esposa.
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