História Amarrada pelas suas correntes. - Noite divertida

 
 -- Sim, o que é?  -- Ele respondeu um pouco confuso.
 -- Se lembra daquela vez em que viu aqueles casos no meu quarto?  -- A loira se referia aos papéis que mapeava as ações de sua irmã que envolvia os assassinatos que ela havia causado.
 -- Sim, o que tem Lucy?  -- Ele se aproximou da garota e colocou a mão em seu rosto, ele sabia que aquilo era importante para ela, mas ele não sabia que dessa vez, era mais do que importante. 
 -- Eu preciso achar um ponto em que todos eles se encontram de algum jeito, ela vai atacar de novo e quero estar preparada pra quando isso acontecer,  eu vou acabar de vez com essa bobagem -- Lucy tentava explicar meio por cima o que ela queria, ela não podia simplesmente dizer que a vida do rosado estava em perigo. 
 -- Então vamos fazer assim, amanhã de manhã, antes de eu ir para a reunião,  nós vamos dar uma olhada nisso -- ele falou com uma voz calma que tranquilizou a garota e logo em seguida depositou um beijo em sua testa -- nós ainda temos que tomar banho. 
 -- Pode ir primeiro,  eu faço o jantar -- ela falou com um sorriso inocente. Mas a verdade era que o rosado queria muito que ela fosse com ele.
 Lucy fez o jantar e tomou um banho, ela sabia que tinha que resolver os assuntos dos assassinatos logo, mas se o fizesse Natsu iria desconfiar, então ela decidiu ir com calma. 
 
 Na manhã seguinte Lucy acordou cedo e foi em seu apartamento buscar o seu notebook, ela fez o café e começou suas pesquisas, ela tinha certeza de que sua irmã não usaria o mesmo assassino, mas que ela usaria o mesmo padrão. A Loira passou um tempo pesquisando até que Natsu acordou e eles foram tomar café. 
 -- Você tem que estar que horas na reunião do Conselho?  -- A garota falava enquanto comia. 
 -- Nós temos que estar lá as uma da tarde -- Natsu não estava tão seguro de si para aquele dia, ele estava com medo.
 -- Nós?  -- A loira estranhou, pois acreditava que o único necessário ali era Natsu.
 -- Sim Lucy, você vai ter que falar com eles também que falar com eles -- ele disse rindo, mas sua risada era algo preocupante para loira, ele parecia tão aflito.
 -- Certo, vou estar com você... -- ela se levantou de sua cadeira e sentou em seu colo sorrindo para ele --... Sempre.
  O rosado apenas abraçou a garota em silêncio, aquilo era tudo o que ele poderia fazer no momento, depositar sua confiança nela. As horas passaram rápido para os dois, que passaram boa parte da manhã fazendo pesquisas sobre os assassinatos que Lucy estava interessada, a loira anotava qualquer fato importante que encontrasse,  tais como data, arma que foi usada e o local da morte. Quando deu meio dia eles se arrumaram e partiram. 
  Ao chegarem no local passado para Natsu, Lucy percebeu o nervosismo dele,  ela pegou sua mão e deu um sorriso doce, caminhando ao seu lado,  quando chegaram na recepção,  Natsu informou a recepcionista o que foram fazer no local e ela pediu que eles esperassem. Não passou muito tempo para que eles fossem chamados. Seguiram a mesma por um grande corredor que deu em uma porta de madeira escura, que dava acesso a uma sala com várias cadeiras,  o que mais parecia um júri. Pouco a pouco O Conselho foi entrando e Natsu e Lucy estavam a espera. 
 
  -- Primeiro iremos falar com Natsu Dragneel a sós -- um dos homens falou, e Lucy se retirou receosa. -- Natsu Dragneel,  você pediu por uma reunião com o Conselho,  diga o seu objetivo com isso. 
  -- Meu objetivo é que vocês mudem as regras ditas que professores e alunos não podem se relacionar. Ou pelo menos que abram uma exceção.  -- Ele falou sério. 
 -- Você sabe o motivo da existência dessa regra é agora quer que nós a mudemos para que possa ficar com uma aluna?  --  Uma mulher indagou.
  -- Sim, eu sei, mas dessa vez é diferente -- ele respirou fundo antes de continuar -- Lissana foi algo do momento, mas eu quero passar minha vida toda com a Lucy. 
  -- Então espere ela se formar -- um homem de idade falou com um pouco de irritação,  o que deixou Natsu irado.
  -- Vocês querem saber o que eu realmente acho?  -- Ele aumentou seu tom de voz -- Vocês são uns merdas,  aceitam que qualquer um leve alunas para a cama, mas não aceitam quem deseja se relacionar de verdade,  vocês são totalmente hipócritas,  além disso, por culpa de vocês e da sua " medida de proteção " que é muito falha, acabei sendo chantageado e fiquei semanas sem falar com a mulher que eu amo. Antes de vocês decidirem que devem ou não desfazer essa lei, pensem em melhora- lá, por que não adiantou de muito. 
  -- Rapaz,  com quem você pensa estar falando?  
 -- Escuta aqui, eu não vim aqui pedir permissão ou algo do tipo, se eu e Lucy quisermos ficar juntos, nos vamos!  -- Agora Natsu já havia passado da irritação, sua raiva era visível para todos -- Achei que talvez seria melhor se eu tentasse dessa forma, mas quer saber, vocês que se danem. 
 Ao terminar de falar Natsu saiu da sala e puxou Lucy pela mão em direção a saída,  a garota havia ficado sem entender nada. 
 -- Natsu -- ela disse quando chegaram na moto -- o que foi?  
 -- Foi um erro ter vindo aqui -- ele deixou seus ombros caírem -- eles provavelmente não vão fazer nada.
 -- Hummmm.... E estávamos esperando que eles fizessem algo?  -- Lucy falou de forma gentil -- Natsu, nós moramos juntos, e estamos vivendo como se fossemos casados, precisamos mesmo de mais alguma coisa?  
 -- Foi isso que me dei conta lá dentro -- ele a segurou pela cintura e a beijou gentilmente -- eu só preciso de você. 
   Lucy sorria um pouco envergonhada,  quando teve uma idéia. 
 -- sabe, nós nunca saímos para comer juntos antes, e eu estou faminta -- ela disse com um olhar pidão. 
  -- Certo, vou te levar a um restaurante -- Natsu ria, mas dessa vez uma risada de verdade, algo que para a loira era gratificante. 
 
 Eles passaram o dia dando um passeio na cidade e quando voltaram para casa já era perto das cinco horas, Lucy pediu para Natsu comprar as coisas para ela fazer uma lasanha enquanto ela terminava suas pesquisas. Em suas anotações ela havia descoberto algumas coisas que se ligavam. Primeiro, todos os assassinatos havia acontecido de noite e no domingo, segundo todas as armas eram snipers, terceiro Michelle nunca estava por perto, então ela nunca tinha certeza se o assassinato realmente havia acontecido até que o mesmo saísse nos jornais. Aquelas informações eram escassas, mas eram o suficiente para que Lucy pudesse fazer um bom plano. 
 Por volta das sete horas, os amigos de Natsu e Lucy foram chegando e todos estavam curiosos para saber o que havia acontecido. 
 -- Então como foi lá?  -- Gray perguntou curioso. 
 -- Natsu ficou irritado e saiu aos gritos da sala -- Lucy explicou com calma.
 -- O que? Mas é a reunião? -- Era havia ficado surpresas com o que a loira  tinha dito.
 -- Bom,  acho que eles não vão mudar nada -- o rosado disse enquanto se sentava no chão da sala. 
 -- Juvia não acredita que todo o esforço foi em vão --  a azulada falava desacreditada.
  -- De certa forma não,  Natsu acredita que o Conselho não pode interferir no nosso relacionamento, vamos esperar pra ver o que acontece. -- Lucy explicou vindo da cozinha -- o jantar está pronto.  
 Após o jantar, todos se reuniram na sala novamente, Natsu tinha um vídeo game, então os rapazes ficaram jogando enquanto as garotas conversavam animadamente.
 -- Hey Lu, você não se esqueceu de contar algo para gente?  -- Levy olhava de uma forma sacana para a loira.
 -- Hmmm, eu e Natsu estamos morando juntos a alguns dias -- ela dizia com uma risada envergonhada.
 -- Sério? Então vcs já fizeram aquilo?  -- Erza perguntava com o rosto avermelhado.
 -- Na..na..não -- a pergunta fez com que ela ficasse envergonhada. 
 -- Juvia está curiosa, por quê não? -- A azulada perguntava 
 -- Bom.... É complicado -- a verdade era que ela mesma não sabia o motivo de tanto evitar o rosado.

   a noite se seguiu assim, com conversas, risos e brincadeiras, eles pareciam não ter preocupação nenhuma naquele momento, apenas uma noite divertida com os amigos. 
  Quando todos já tinham ido embora, Lucy e Natsu foram se deitar,  a loira se lembrou de uma coisa.
 -- Natsu.... Podemos sair amanhã?  -- Ela perguntou como se não quisesse nada.
 -- Claro,  onde quer ir?  -- Ele a abraçava perto de si.
 -- não sei, mas tem que ser um lugar longe de prédios e com bastante pessoas -- ela surpreendeu o garoto, como poderia não saber onde quer ir e ser tão específica? 
 -- Já sei onde vamos -- ele disse em meio a risada.