História Amarrado ao Amor, Preso aos Amigos - Não Se Preocupe!

Já se passou uma semana desde a morte de Suel. Steve vinha me ver quase todos os dias. Meu pai felizmente tinha simpatizado muito com ele.

Hoje eu e Steve iriamos ao shopping com o pessoal, provavelmente assistiríamos a um filme de terror. Era algo que eu já estava acostumado a fazer.

Steve: Oi meu amor! Tudo bem?
Tony Stark: Tudo sim, já estou pronto! Quando quiser vir... já estou à sua espera.
Steve: Ta bem, já estou indo. Irei pegar minha jaqueta e sair. Beijos!

Não demorou muito para Steve chegar, ele sempre chega rápido na verdade. Nós chamamos um taxi e fomos para o shopping. Quando chegamos Nat, Bucky, Sam e Clint já estavam lá. Provavelmente Bruce não iria, ele nunca participa dessas coisas.
Nós compramos os ingressos do filme e fomos andar um pouco no shopping. Clint já tinha falado umas cinco vezes que estava morrendo de fome, então decidimos ir comer alguma coisa.

-Ei vocês dois. – Clint falava enquanto fitava Steve. – Está dando certo?
-Sempre direto né?! –O loiro respondeu tentando conter sua risada. – Sim, está! Bom, pelo menos para mim!
-Está sim, Clint! – Falei fitando minhas mãos. 
-Que bom! Fico feliz por vocês.
-Então, me falem como aconteceu! Vocês estão juntos a quase dois meses e ainda não sei o que aconteceu.
-Como você é exagerada Nat! – Steve falava. – Mas vou contar como foi. Bom, eu pedi para ele chegar mais cedo na minha casa no dia daquela festa, eu já me sentia atraído por ele, mesmo que não quisesse admitir. Quando ele chegou não tive como conter minha vontade. Quando ia acontecer algo vocês chegaram. Não sei como consegui esconder minha cara de puto. Bom, pelo menos na festa nada nos impediu. –Falava Steve.
-E foi assim que rolou. – Completei. Não queria que ele falasse dos detalhes para eles.
-Ah sim. Ai que bom. Nunca imaginei que Steve que ia querer primeiro. Bom, estava enganado!
-Pois é ne Sam. Parece que eu surpreendi vocês!
-É. Gente, sem querer cortar o papo, mas nós precisamos ir assistir ao filme.
-Verdade Bucky. – Nat falou, dando um selinho em Bucky. – Precisamos mesmo!

Eu já suspeitava que eles tinham algo, não concretizei isso antes por ter ficado um tempo afastado da turma, mas agora não tinha como não saber.
Nós levantamos e seguimos para o cinema. Compramos três pipocas e refrigerantes grandes. Por sorte chegamos alguns minutos antes do filme começar.

Estar com Steve era isso, gastar dinheiro com filme de terror e nunca assistir ao filme, ou por estar com medo ou por estar ocupado fazendo outra coisa.

Steve nem esperou chegar no meio do filme e já posicionou sua mão em minha nuca, fazendo com que eu olhasse para ele. Me puxava aos poucos para perto até que finalmente nossos lábios selaram. Foi um beijo tenso, e certamente inseguro. Era a primeira vez que nos beijávamos na frente da galera.

-Vem cá Tony. – Falava Steve, com um tom de voz tão baixo que não sei como consegui escutar.
-Eles estão aqui Steve. Eu, eu...
-Eles não ligam. Não se preocupe. – Ele me cortou e em seguida me deu um selinho.
-Mas e se eles falarem algo? Você sabe que eu não gosto de fazer isso na frente das pessoas.
-Você não precisa se preocupar com nada disso enquanto estiver comigo. – Ele falou, selando nossos lábios novamente.

Quando o filme acabou nós ficamos andando pelo shopping, ficamos vários minutos escutando Sam e Clint reclamando de terem ficado de vela.
Eu iria dormir na casa de Steve, então fomos andando para casa. Deixamos Bucky e Nat em casa, e seguimos para o apartamento de Steve.

Não demoramos muito para chegar, Steve estava andando rápido, quase correndo. Ele parecia preocupado, eu já tinha reparado nisso, mas resolvi não comentar. Seus pais não estavam em casa, tinham ido jantar em algum restaurante.

-Tony, eu queria falar uma coisa para você!
-Pode falar! – Falei.
-Eu já sabia que Suel iria morrer. Sua mãe tinha falado comigo. Ela pediu para que eu te convencer a ficar em casa. Sei que eu não deveria ter feito isso, mas ela me pediu! – Ele falou, em meio a lagrimas. Aquilo tinha doido, era a primeira vez que alguém se referia a Suel de forma tão direta, tão indelicada.
-Por que você não me falou Steve, mesmo que não tivesse me falado na hora, podia ter me falado antes, eu não ficaria chateado com você! – Falei enquanto passava a mão no rosto de Steve.
-Por favor, não deixe de me amar por isso!
-Meu Deus Steve, você acha que o amor é assim? Bom, se acha, saiba que não é! Eu não deixarei de te amar por querer me proteger! – Falei me aproximando para abraça-lo. – Eu te amo Steve! E por mais que você não veja, eu não irei deixar você.
-Eu que te amo, Tony! Tive medo de te magoar por isso. Sinto muito!
-Não sinta! Te proíbo de se sentir mal por algo assim! –Falei. Steve me abraçou apertado, parecia que nossos corpos iriam se tornar um só.

Ficamos assim por um bom tempo, abraçados, apenas curtindo o momento. Ficar com Steve era algo sensacional. Ele me passa segurança, me dá carinho. Ele faz com que eu me sinta protegido, ele faz com que eu me sinta amado! Mesmo com nossos defeitos, eu não consigo nos imaginar separados, não consigo me ver sem Steve. Não mais.

***

Já estava de madrugada, entre três e quatro da manhã. Eu não estava conseguindo dormir, ainda mais sabendo que Steve estava no outro quarto, então levantei e fui até ele. Nem me preocupei em bater na portar, apenas entrei. Steve ficava tão fofo dormindo. Ele estava enrolado na coberta, deitado de lado. Fui até sua cama e me deitei ao seu lado. Não queria acorda-lo, mas não queria dormir, então resolvi abraça-lo.

Não sabia o que estava acontecendo, mas Steve estava se mexendo demais. Ele começou a suar frio. Eu não queria, mas tive que o acordar.

-Steve? Steve, por favor, acorda! – Falei enquanto o sacudia. Ele despertou agitado, se sentando na cama, estava ofegante. – Calma, fica calmo, eu estou aqui!
-Tony? Ah Tony, tive um sonho terrível! – Ele falou enquanto me abraçava.
-Calma, já passou! Acabou! Eu estou aqui!
-Que bom que está aqui. Eu, eu não sei o que faria se perdesse você! – Ele disse, acariciando meu rosto.
-Ah Steve Rogers, eu vou ter que te falar quantas vezes que você não vai me perder? – Falei enquanto sorria para ele.
-Talvez você tenha que me lembrar todos os dais! – Ele falava enquanto me fitava.
-Então eu falarei, meu amor! – Falei o abraçando apertado. – Agora esquece esse sonho idiota e vamos dormir, tá bem?
-Tá bem, vamos! – Ele falou, e em seguida beijou minha testa.