1. Spirit Fanfics >
  2. Amélie Dixon >
  3. Não é um bom dia

História Amélie Dixon - Não é um bom dia


Escrita por: lalimoonx

Capítulo 5 - Não é um bom dia


Fanfic / Fanfiction Amélie Dixon - Não é um bom dia

[ Amélie Dixon ]


Alguém já disse que as boas companhias são os bons amigos?

Ah, sim. Michonne diz isso todos os dias e ainda (como se não fosse o bastante) chama Beth para me persuadir, que por sua vez puxa Maggie que está lá apenas para murmurar "uhum" e me abraçar. E, por fim, Sun se intromete para dar suas lições de moral e, ainda por cima, consegue encaixar no contexto que tem o namorado mais lindo de toda Woolsey.

Ah, vá pra... Casa do... Seu...

Bom, o foco é que Amizade é algo que eu não sei muito, principalmente depois de alguns anos sem falar com pessoas da minha idade.

Agora, se eu não sei o que é amizade, imagine o que eu sei sobre essa coisa de parceiro-dupla?

N-a-d-a.

Porque eu sou minha própria companhia. Eu sou a minha parceira nas aventuras.

E é exatamente por isso que eu me joguei de cima da prateleira e corri pra onde ouvi a voz de Rick e sorrateiramente abandonei Dylan.

Mas o pior não é isso não.

O pior é que Rick estava correndo pra direção em que eu estava indo, mas... eu estava ocupada tentando não jogar todas as flechas no chão enquanto corria e nós dois bolamos no chão e, como a ironia da vida é uma coisa do caramba, atropelamos dois zumbis. Um deles acabou amassado por minha perna.
O outro, Carl cuidou assim que apareceu segurando sua arma, andando tranquilamente como se nada tivesse se quer ocorrido.

-Meu Deus, o que você pensou Amélie? -Rick se levanta rindo e me oferece a mão para levantar. -Quer me matar? -Completou.

- Que me matar... Você quer... Quer me matar!

-Amélie? -Rick me tira dos meus devaneios, balança meu ombro e me levanta em seguida. -Você está bem?

Pisco os olhos algumas vezes e forço um sorriso.

-Claro... Ahn... Por que gritou? Pensei que tinha acontecido algo grave com o Carl... -Disfarço meu rubor balançando as mãos para abanar o rosto e fingir estar com calor.

-Estava impedindo que ele entrasse na sala onde esses zumbis estavam. -Conta e olha ao redor.

-Eu me lembrava deles, é só esse cheiro insuportável que estava me incomodando. -Carl cruza os braços e olha para mim carinhosamente. -Onde está o japa? -Me pergunta lentamente.

-Ele é meio coreano. -Corrijo-o.

-Interessada em meios coreanos? -Me pergunta sorrindo.

Fico em silêncio e prendo a respiração, porque não basta pagar papel de idiota, tem que ser uma Amélie que gosta de um cara mais velho e com namorada. Sim, porque mesmo que ele tenha a namorada mais chata e enjoada do planeta infectado inteiro, ele tem alguém. E é isso que eu respeito. Ou tento.

As vezes é impossível.

-Ela me abandonou pra vir pra cá sabendo que o senhor estava com o Carl. -Fecho as mãos e viro para Dylan, tendo a imagem dele completamente banhado de sangue e vou afroxando o aperto. Vou até ele e começo a analisá-lo, procurando por alguma mordida. Levando sua blusa, analisou suas costas e até cutuco onde acho ter se ferido, mas tudo que ouço dele são risadas e "você está fazendo cócegas! Pare!".

-Ele claramente está bem, Mel. -Carl me puxa pela mão e, em seguida, envolve meus ombros com um braço, me levando para longe dos dois. -Agora vejamos... -Ele me leva para um balcão com potes de balas, logo atrás, presos na parede, tem alguns chaveiros com ursinhos de olhinhos grandes.

Levando as sobrancelhas e ele me solta e contorna o balcão.

-Então senhorita, -Ele abre um sorriso galante. -a promoção de hoje é moças bonitas não pagam. O que vai quer, senhorita Dixon? -Sorrio e olho os potes com balas dentro e aponto para as de melancia. - Ótima escolha, são as minhas preferidas! Depois de pudim, claro... E chocolate... E...

-Já entendi, o mundo dos doces são sua paixão -Corto-o e reviro os olhos.

-Na verdade, minha paixão são seus olhos maravilhosos -Ele concerta e ri, abrindo o pote para mim. Pego um e ele puxa da minha mão.

-Ei!

-Esse doce... -Começa analisando a embalagem do doce. -É premiado! 

-Como assim? -Digo sem entender e analiso o conteúdo na minha mão.

-Moça, você acaba de ser premiada à ganhar um chaveiro de... -Ele olha para os chaveiros e estala os dedos. - Cachorrinho com olhos muito parecidos com os meus! -Ele pega um chaveiro e coloca perto de seu rosto, para que eu compare. Olho para o cachorrinho, olho para Carl e depois olho para o doce na minha mão.

-Como uma bala de anos pode me beneficiar com um cachorrinho de olhos grandes e um vendedor bonito? -Penso alto e tampo a boca assim que me dou conta do erro. Tudo que posso ouvir é Carl rir e me abraçar por cima do balcão.

-Os benefícios da vida estão disponíveis. Basta ser um Dixon! -Ele me solta e pisca, deixando o cachorrinho com corpo desproporcional à sua cabeça e olhos grandes na minha mão.

- Estou achando que você quer ser um Dixon, sr. Grimes. -Pego mais alguns doces e coloco no bolso da na jaqueta.

-Certamente, mas pra isso eu precisaria que o Daryl fosse meu pai -Ele comenta e pega um chaveiro de gatinho e guarda-o no jeans.

-Ou ser uma menina e eu um homem, se apaixonar por mim e se casar comigo. -Concluo e vou pegando alguns sacos de arroz, enquanto me dou conta de que falei uma coisa nada a ver.

-Meio impossível -Carl comenta e a voz de Sun ecoa na minha cabeça, zombando.

-Pegaram alguma coisa? -Rick grita do outro lado do armazém e Carl confirma, me tirando os sacos de arroz para me dar os de sementes.

-São mais úteis, acredite. -Comenta e eu sigo para a saída do armazém, novamente comprovando que eu sou uma péssima companheira-dupla, mas veja, acabei de levar um fora de nível 4.

Carl está logo atrás, carregando muitos três sacos de arroz e uma garrafa de vinho, que ele esconde em sua mochila.

-Vamos colocar as coisas no carro, OK?! -Carl avisa e eu caminho até o carro, abro a porta e jogo a aljava e o restante das coisas no chão do carro.

-Sobre aquele assunto... -Ele começa e eu entro no carro, me sentando ao seu lado.

-Esquece isso, você sabe que eu estava brincando, Carl. -Pego um doce na jaqueta e abro-o. - Qual é. -Coloco o doce na boca depois de examinar se estava comestível.

-Sim, mas eu preciso que você entenda que...

-Você tem namorada e é muito feliz com ela e blá blá. Entendi. -Olho para fora do carro e ouço-o estalar o céu da boca.

-Eu nunca disse isso! -Ele ri.-Eu não preciso bolar nenhum plano de troca pra estar apaixonado por você. -Meu coração falha na batida. -Qualquer um se apaixonaria por você -Continua. - e ainda bem que você não namora, porque você sabe como eu sou ciumento com as minhas loiras, né?

O sorriso de felicidade que estava prestes à aparecer se evaporou.

Carl chama "minhas loiras" como um termo de irmão mais velho, de cuidado, de carinho comigo e, obviamente, com Judith.

• • •

Quando os portões de Woolsey são abertos, nós somos os primeiros a entrar e eu apenas saio do carro, batendo de testa na porta do carro. Mas deixo tudo para trás sem me importar com Carl me perguntando se me machuquei.

Perto de casa, Daryl me espera com um copo mão, andando de um não para o outro, completamente nervoso.
Sinto algo me incomodar na testa e massageio, sentindo o líquido na minha testa.

Oh merda.

Olho para a palma da minha mão, vendo o sangue e corro para a tenda, desesperada. Como é de se esperar, está cheia de pessoas andando pra lá e pra cá, atrapalhando minha passagem.

-Emergência? -Uma senhora pergunta e assinto, em resposta. Ela examina a lista em suas mais. -Direita, com a Carol. -Pronuncia e me deixa lá, com cara de tacho.

Eu não senti nenhuma vontade de ir até a Carol pedir ajuda. Eu não a odeio, porque sei que sua raiva comigo é justa.

Mesmo relutante, caminho até o local e de longe Carol me vê e volta a separar algodões e gazes.

-Eu... Preciso de ajuda... -Fiz com que ela me olhasse com desprezo, embora seu rosto não esboçasse reação alguma.

-Sempre se fazendo de vítima, não é? Não consegue parar de mentir e enganar os ou...

-Eu não me faço de vítima, Carol. -Cruzo os braços, completamente cheia da mesma conversa toda vez que nos esbarramos.- Ao que tudo indica, você me odeia porque, lá trás, você não achou alguém que realmente pudesse ser odiado. É tão fácil julgar, não é? Me culpou e ainda culpa, mas você não estava lá. -Solto uma risada sarcástica. - Como sempre, não é? A começar pela Sophia, infectada porque a Maria-Sofredora não conseguia se proteger, quem dirá a própria filha e ainda culpou o Rick. -Fico calada, tentando ficar quieta.

Tudo que eu queria na verdade, era alguma coisa pra limpar esse sangue e só. Eu não gosto de perder o controle em discussões porque acabo ferindo verbalmente, mesmo que sem querer e, lá no fundo, Carol foi uma ótima companheira.

- Eu cansei das suas indiretas, Carol. -Suspiro, tentando procurar as palavras certas. -No final das contas, você se livrou do peso da culpa e jogou em cima de mim. Mas eu tenho uma coisa pra te dizer, Carol, a Sophia não vai voltar. Porque ela morreu e a Judith não é sua segunda chance!

Pela força, meu rosto é virado para a direita por causa do tapa que recebi.

 

-CALA BOCA!

 

Hoje, definitivamente, não é um bom dia.

 

 

 

 


Notas Finais


Comentários e críticas construtivas são sempre bem vindas!


Até o próximo capitulo!♡ 


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...