“Mas nenhuma delas
Me fez tão feliz como você me faz...”
Ao ouvir aquelas palavras, a loira estremeceu. Estava acostumada às investidas de Jiraya, mas desta vez, não resistia. Não queria resistir. Mas não podia ser ali. Era a sala do Hokage. Era a sala de seu avô. Seria um desrespeito com ele e todos os outros. Seu tio, seu mestre. Suspirou. Pensou em uma boa maneira de tirar a prova real e saber se Jiraya faria realmente qualquer coisa para tê-la.
_Tudo bem, Jiraya – disse, batia três dedos na mesa alternadamente – Você venceu – sorriu irônica.
_Eu... Venci? – se espantou e fez sua típica expressão cômica de “não entendi nada”.
_Que cara é essa? Você não é o “terror da mulherada”? Por que essa cara de quem comeu e não gostou? – o alfinetou com seu sorriso de canto.
_É que eu não estava esperando por essa resposta – coçou os cabelos e ruborizou. Estava se sentindo de volta aos seus quinze anos – Eu não planejei essa parte! Achei que fosse me atirar a cadeira ou tentar me matar... – disse com indiferença.
_Então é assim que você diz que me deseja? Que me ama como nenhuma outra? – se sentou sobre a mesa e o puxou pela camisa, lhe trazendo para perto – Não era isso o que esperava de você, Jiraya – revirou os olhos e soltou lentamente a gola da blusa do outro.
_Tsunade, não é nada disso! É que eu realmente... Não sei o que deu em mim.
_FROUXO! Você é um frouxo! – soletrou a última palavra de forma lenta e pausada. No mesmo instante, ele a pegou no colo e a pressionou na parede, prendendo suas mãos ao lado da cabeça – PARA JÁ COM ISSO!
_Não era isso o que você queria? – tencionou seu membro contra a intimidade dela, que sentiu toda a sua virilidade – Hein? – mordeu o lóbulo de sua orelha, ainda a segurando firme pelas pernas.
_Me põe no chão!
_Admita que não sou frouxo!
_Só se você me provar – virou o rosto para o lado, mas não fazia menção de se render.
_Como eu faço isso? Me diga... Eu faço qualquer coisa! – perguntou junto ao ouvido da loira de forma provocante.
_Então me coloque no chão... E te digo o que você fará – sentiu seu corpo ser solto lentamente, mas ele ainda permanecia colado em si – Bem... Quero um jantar...
_Só isso? – suspendeu uma sobrancelha.
_É claro que não... Quero que VOCÊ cozinhe para mim... Quero que me surpreenda – tocou no rosto dele – Conhece meus gostos, não é mesmo?
Ele inflou as bochechas. Não fazia ideia do que Tsunade gostava de comer. Não sabia cozinhar um ovo que fosse. Então ela estava lhe testando? Então ela teria o que queria!
_Mas é claro! – cruzou os braços – Você vai comer na minha mão, Tsunade Senju! – olhou desafiador para a mulher.
_Estou esperando! – ela retribuiu o olhar e o viu sair como um raio de sua sala. Sorriu. Será mesmo que ele aprenderia a cozinhar em algumas horas somente para satisfazê-la? Só esperando para ver.
Jiraya correu em disparada até a casa de Naruto, que o atendeu com cara de poucos amigos, visto que já era tarde da noite.
_Garoto, preciso da sua ajuda! É um caso de vida ou morte! – fez seu típico drama, adentrando na casa pequena sem ao menos pedir permissão.
_Ou ou ou ou! Como entra assim na casa dos outros sem pedir permissão, seu velho tarado? – dizia o loirinho, coçando os olhos azuis.
_Desde quando você é “os outros” pra mim, garoto? Enfim, preciso de sua ajuda... Você mora sozinho, logo deve saber cozinhar – andou até a cozinha e começou a vasculhar os armários de Naruto, encontrando uma porção de cereais e comidas prontas – Mas que diabo é isso, Naruto? Você só come porcaria!
_Mas que diabo é isso pergunto eu! Você invade a minha casa igual a um foragido, vasculha meu armário e quer me dar sermão? E você, que só faz beber? – apontou o dedo para o mais velho, mas se lembrou da mordida que ele lhe deu, então recolheu-o – Diz logo o que quer!
_Preciso fazer um jantar pra Tsunade!
_E eu com isso? – suspendeu uma sobrancelha – Faz favor, dá licença, ero-sennin, tô afim de dormir!
_Você precisa me ajudar, garoto! – uniu as mãos numa súplica.
_E o que eu ganho com isso?
_Mas que moleque interesseiro você se tornou! – fingiu aborrecimento – Onde está seu espírito de equipe, meu garoto? – circundou o braço de Naruto, que já batia o pé no chão impacientemente.
_Olha só, seu velho safado, a amiga é SUA, quem conhece ela é VOCÊ e quem quer fazer sei lá o que com ela é VOCÊ! Isso não me diz respeito! – o empurrou para fora da porta e a fechou.
_Isso vai ter volta, hein! – disse, batendo na porta novamente.
_AGUARDO ANSIOSAMENTE! – respondeu à altura e voltou para a cama.
Jiraya andou pelas ruas e pensou ser seu dia sorte: Shizune estava caminhando pelo mesmo lugar.
_Shizune-san! – correu até ela, que se assustou um pouco – Sem querer perturbar, mas já perturbando, será que poderia me ajudar? – perguntou ofegante.
_Er...- a sempre tímida sorriu corada – Dependendo do assunto, acredito que possa, sim... O que há?
_Entre aqui! – olhou para os lados para se certificar de que ninguém escutaria sua conversa com a sobrinha de Tsunade. A conduziu para a loja de lámen e se sentou com ela em um dos bancos que havia à frente do balcão.
_O que houve? – dizia a morena, segurando Ton-Ton nos braços.
_Preciso fazer um jantar para Tsunade – suspirou – Mas eu confesso que sou um péssimo amigo e cozinheiro, Shizune... Não sei de quê ela gosta e muito menos sei cozinhar!
_Mas... Como eu posso ajudar? – perguntou sem jeito.
_Preciso saber pelo menos do que ela gosta, sabe. O que ela gosta de comer?
_Ela gosta de peito de frango... Na verdade sua comida preferida é peito de frango – tocou e seu queixo, como se estivesse pensando – Ela gosta de morangos como sobremesa. Acho que poderia fazer um onigiri com peito de frango como jantar. Morangos para a sobremesa... Mas se é o senhor quem vai fazer, onde será esse jantar, que mal o pergunte?
_Eu não tinha pensado nisso – deu um tapa em sua própria testa. Como não tinha pensado nisso antes? Precisava pensar e rápido! – Olha, Shizune-san, você foi de grande utilidade para mim! Agora preciso ir! Provavelmente será uma noite mal dormida!
_Por nada... Boa-noite, Jiraya-sama! – deu um adeus com a mão e saiu do bar.
Tsunade observava a conversa de Jiraya com sua sobrinha. Tinha um sorriso de canto constante. Então, além de importunar o pobre do Naruto, ele ainda pediu auxílio a Shizune? Ele estava se saindo melhor que a encomenda!
_O que será que você vai aprontar, Jiraya?
Continua
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