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História Amigas de Infância - Ela está de volta!


Escrita por: Crisvogt

Notas do Autor


Primeiro capítulo sendo postado, espero que gostem.
Personagens criadas por mim mesma, não são personagens fictícios e nem celebridades....

Capítulo 1 - Ela está de volta!


POV PÂMELA

Por que será que todo começo de ano a gente acha que aquele vai ser o melhor ano, que irá superar o ano anterior e que algo novo irá acontecer para mudar nossa vida? Não sei. Mas realmente estava pressentindo que esse ano seria realmente muito diferente. Acho que é porque passei no vestibular e vou começar a cursar a faculdade, o que é uma coisa novíssima pra mim, ou talvez eu possa encontrar um amor e enfim desencalhar! Bom, o que vai ser só o “ano” pode me dizer. Mas vamos ao que interessa.

Me chamo Pâmela Duarte, tenho 20 anos, sou bissexual, moro em Miami e sou órfã de Pai. Moro com minha mãe Clara na casa de seus patrões, sim minha mãe trabalha na mansão da família Martini, herdou o posto de governanta da minha avó, que já trabalhava e morava com estes e mesmo após se casando com meu pai, nunca deixaram de ser os fiéis empregados desta família.

Meu pai faleceu quando eu tinha apenas 5 anos de idade, mas minha mãe assumiu o papel dos dois e nunca me deixou faltar nada e os Martini também me adotaram como parte da família.

Mas a verdade é que aqui na mansão está uma confusão nos últimos meses e não sei se é isso que está me deixando com essa ansiedade ultimamente...!

Desde que me conheço por gente, vivo dentro dessa casa imensa, diga-se de passagem, mas nunca reclamei, gosto muito de viver aqui, pois espaço é o que não falta, principalmente depois que a filha mais nova deles resolveu ir estudar fora do país. Apesar de serem de uma família da alta sociedade são pessoas de coração muito bom.

Contudo, como ia dizendo, aqui está uma confusão. O dono da casa, chefe da minha mãe, o seu Augusto Martini, está trazendo de volta da Europa a Marina, sua filha que tem a minha idade, 20 anos.

Quando tínhamos mais ou menos 7 anos, eu e a Marina éramos melhores amigas... O seu Augusto sempre foi um cara bacana e nunca proibiu a filha dele de brincar com a filha da governanta, mas quando a Marina fez 10 anos, ele a mandou pra Europa morar com a mãe dela, sim, apesar de ser uma mansão, aqui só moram seu Augusto, seus pais e Gabriela, a filha mais nova de 12 anos, a qual nunca quis ir embora com a mãe dona Maria, visto que era muito apegada com o pai e não se acostumaria longe dele.

Dona Maria mora na França e foi pensando nisso, que seu Augusto quis que Marina fosse morar com sua mãe e assim ter um melhor suporte em seu crescimento.

Marina sempre passou épocas diferentes em vários países fazendo cursos de dança, seguindo o caminho da mãe que é bailarina.

Na época fiquei super triste e quase entrei em depressão, afinal, Marina era minha melhor amiga e a gente se divertia demais, mas no fim as amiguinhas do colégio me distraíram bastante. Thais, Camila, Débora e Eduarda sempre me deram muito apoio e faziam de tudo para não me ver mal.

A gente também tinha o mesmo círculo de amizade porque o seu Augusto sempre fez questão que eu estudasse no mesmo colégio da filha dele. Acho que pela consideração à minha mãe, e mesmo depois que Marina foi pra Europa, continuei estudando no mesmo colégio.

Acontece que depois dos nossos 10 anos, perdi totalmente o contato com ela, naquela idade a gente nem se “ligava” em falar por telefone e fofocar, a gente queria bagunçar. Hoje já não penso mais assim, claro, e confesso que sempre senti saudades da Marina.

Sempre nos demos muito bem e para falar a verdade é bem isso que me deixa cada dia mais ansiosa... Será que ela vai se lembrar de mim e de tudo que a gente com poucos anos de vida, já viveu?

Na verdade eu nem sei como Marina está hoje, não sei se vamos voltar a ser amigas por causa dos muitos anos que se passaram, não sei quais são seus costumes e gostos. Será que ela ainda se enche de sorvete de creme com cobertura de chocolate? Sei lá! Que pensamento mais infantil!

Bom, agora o seu Augusto decidiu trazer a filha de volta pra ver se ela tem vocação para cuidar dos negócios da família, já que a garota será a primeira herdeira e ele tá super animado e empolgado.

A mansão passou por uma pequena reforma para a chegada da filha e ela ganhou o terceiro piso, somente para ela. O seu Augusto acha que a filha já é uma garota super independente e precisa do espaço dela para se sentir mais à vontade e livre, como foi acostumada na Europa.

Nesse tempo de reforma, ele vivia me pedindo dicas de decoração e de como deveria ficar o “espaço” por eu ter a mesma idade dela... Até dei uns toques de como acho que ficaria legal, mas o meu mundo realmente é bem diferente e pode ser que os meus gostos também, afinal, durmo no primeiro andar, num quarto onde eu mesma decorei, mas que por sorte é só meu.

O vôo dela chegaria somente na próxima semana, então, uma semana antes fui para cinema, com Thais, Camila, Débora e Eduarda. Elas são minhas amigas desde a época que eu e Marina entramos no colégio, e realmente são minhas melhores amigas. Sou uma pessoa de poucos amigos e bem tímida, o que dificulta um pouco a minha aproximação para com as pessoas, mas amo incondicionalmente as poucas que tenho perto de mim.

A Thais é morena, alta, de cabelos enrolados nas pontas, mas sempre está os alisando completamente. É responsável, sempre toma atitudes sensatas, e eu acho que tem uma quedinha, ou melhor um tombo por Eduarda, afinal desde pequenas, ela demonstrava ter mais afinidade e apego com a mesma.

Por falar em Eduarda, essa é a palhaça, desbocada e debochada, cara de pau ao extremo, é o tipo de pessoa que faz a gente queimar o filme e mesmo assim conseguimos rir da situação.

Já Camila é totalmente o contrário. É completamente meiga, mas ao mesmo tempo forte e determinada. O que eu acho super bonitinho. Uma Loirinha e baixinha, mas que arrasa o coração dos marmanjos por ai.

Foi quando, no meio do filme, meu celular começa a vibrar na bolsa, olhei no visor e era a minha mãe, achei melhor sair da sala e atender, porque ela só me ligava nessas ocasiões em caso de extrema urgência.

- Oi, dona Clara! -- ela odiava quando a chamava assim.

- Pâmela, filha, assim que acabar o filme vem para casa que ela voltou, Marina chegou de surpresa! -- ela nem ligou pro “dona Clara”.

- Como assim?! Como ela voltou? Ela não vinha só semana que vem? -- comecei a suar frio, aquilo realmente me pegou de surpresa e de repente eu estava com medo de voltar pra casa.

- É, mas a garota chegou de surpresa até mesmo para o seu Augusto e ela perguntou de você! -- eu só consegui ficar muda. -- Pâmela? Alô?

- Está bom mãe, logo estarei em casa. Nem quis mais saber de assistir nada, passei o resto do tempo só pensando, pensando e pensando. Até que o filme acabou. E decidimos tomar um milk-shake. Sim, eu estava atrasando ao máximo o tempo antes de ir para casa.

- Pâmela, que foi?! Você, sei lá, está toda estranha.  – Eduarda perguntava tomando um gole enorme de seu Milk-shake.

- Minha mãe ligou -- depois de um tempo eu consegui concluir a frase -- e disse que Marina chegou de surpresa uma semana antes!!!

- Não creiooooooooooo, que máximo, você não tem noção da curiosidade que estou de ver ela. -- Dizia Camila.

 - Pâmelaaaaaaaa, o que você está esperando? Vai para casa e depois liga para gente para combinarmos de sair para reencontrar Marina! – Berrava Thais em meus ouvidos, já indo em direção à porta do shopping para me fazer pegar um táxi.

 Minhas amigas estavam praticamente me expulsando! Mas seria ridículo se eu dissesse que eu estava com medo de ver Marina, enquanto elas estavam mega animadas e então sem opção, peguei um táxi e fui para casa, quando cheguei minha mãe mais do que rápido me chamou na cozinha:

- Pâmela do céu, a Marina quer te ver, fala um oi rápido e vai se arrumar porque o seu Augusto inventou um jantar de boas vindas pra hoje à noite!

- Mããããeeeee, mas que jantar? Você sabe que eu odeio as cerimônias do seu Augusto.

- Eu sei, mas ele faz questão que a gente participe!

- Tá, então eu vejo a Marina no jantar, certo? -- tentando dar uma de desentendida para adiar um pouco mais o tal encontro.

- Claro que não, ela pediu para que assim que você chegasse, subisse pra o 3º andar para vê-la! -- não sei por que, mas eu estava tão incomodada e tão insegura.

- Vaaaiii menina que ela está esperando.

- Tá tá, estou indoooooo!!! -- e saí batendo o pé. No caminho tentei descobrir o porquê desse negócio estranho dentro de mim, uma mistura de felicidade e medo, não sei, eu queria vê-la, mas não sabia se ia superar as expectativas... Marina pra mim era um enigma agora!!!

Entrei em meu quarto no primeiro andar antes de tomar coragem e subir para o andar de Marina no terceiro. Fui direto para o meu banheiro, queria tomar um bom banho antes, porém minha mãe me forçou passar dar um oi à ela antes, sendo assim somente lavei o rosto, estava suando frio e tremendo. Dei uma ajeitada com a mão no cabelo, afinal adoro aquele jeito rebelde, quando ele fica com aquele ar de “bagunçado arrumado”. Meu cabelo é bem louro, liso, tenho os olhos meio puxado, meus avós paternos eram asiáticos.

Dei mais uma olhada no espelho, revi meu visual e percebi que até gostava de como aquela calça jeans preta e rasgada nos joelhos e a regata branca de uma banda de rock vestiam no meu corpo, mas acho que preciso ir para a praia urgente e pegar um, estou mais branca que um papel.

Sim eu estava linda, meu visual era impecável diante de meu ver, cabelos claros, olhos puxados e boca bem vermelha, com aquele meu novo batom que eu super amei. “Ei, espera ai, se concentra! Não pode ver um espelho que já fica enroscada na frente e babando em si mesma?!” Respirei fundo e depois daquele auto meditação, senti uma pontinha de confiança... deixo bem claro que foi só uma pontinha, apesar de eu sempre ser muito confiante e ter um auto estima em alta, neste exato momento eu estava tremendo igual vara verde...

Respirei fundo, contei ate três, arrumei meu cabelo mais uma vez, fui ate meu frigobar que seu Augusto havia posto em meu quarto, peguei uma garrafinha de agua, tomei quase que tudo de uma vez só e decidi então sair para ir encontrar Marina pela primeira vez após 10 anos.

 Sai caminhando em direção ao terceiro andar. Quando já estava subindo as escadas ouvi uma música gostosa, que me lembrava muito o Musical Lago dos Cisnes. Imaginei que ela estaria treinando balé no estúdio de dança que o seu Augusto fez na reforma. Porém, quando coloquei os pés no terceiro andar, a música mudou totalmente e radicalmente, me fazendo estranhar toda aquela situação. Talvez ela estivesse descansando ou praticando alguma outra dança. A música era Magic – Rude e apesar de eu amar rock, aquela música eu adorava dançar com minhas amigas, tínhamos até uma dança que nós mesmas inventamos.

Pela primeira vez desde a reforma, eu estava subindo ao terceiro andar e então percebi como era aquela nova sala construída especialmente para Marina. Era toda cercada por espelhos e algumas barras de ferro fixadas em uma das paredes, provavelmente aonde ela faria os seus alongamentos. Percorri toda a sala com o olhar, até que me perdi observando uma bela garota virada de costa para a porta, eu ainda não havia visto de frente, mas olhando por trás, não se parecia nada com aquela menininha de 10 anos quando foi embora. Seus cabelos estavam maiores, lisos e com as pontas enroladas, seu corpo estava esplêndido, belas curvas e uma bunda tão linda. - Pâmela em que está pensando, ela é sua amiga. Droga eu me xingava por ter tido aquela visão de Marina.

Marina virou-se e seu olhar veio de encontro ao meu, realmente ela não se parecia nada com aquela menina que foi embora há 10 anos atrás.... Mas os olhos cor de mel e o sorriso não se deixavam enganar... Ela realmente estava dançando aquela música..

Meu coração deu uma breve disparada, eu não conseguia parar de olhá-la, usava uma saia de renda rosa com um top branco colado no corpo, seus seios não eram grande, mas aquele top deixavam eles realçados e ainda, sua barriga delicada e definida ficava a mostra. Afinal, que corpo de dar inveja era esse que Marina havia conquistado? Quando foi que ela cresceu assim e se tornou tão linda?

Sua dança era leve, encantadora, totalmente sensual... Eiii, como assim? Sensual? O que está pensando de novo Pâmela? Não! Tenho que admitir, ela está Linda, mas nos criamos como irmãs e apesar de eu ser bissexual, jamais olharia Marina com outras intenções.

Enfim, não sabia que eu gostava tanto de ver pessoas dançarem!

Ela dançava e fixava seu olhar no meu, eu estava sem palavras, sem reação, ela estava me provocando? Não, não podia ser. Para Pâmela com esses pensamentos? O que está dando em ti? Minha cara deveria ser de uma completa imbecil, sem conseguir olhar para alguma outra coisa. A música parou, Marina foi até o aparelho enorme de som que seu pai havia instalado no ambiente e o desligou. Olhou mais um vez para mim e veio ao meu encontro, se jogando meu colo, entrelaçou suas pernas em minha cintura e encheu meu rosto de beijos, fechei os olhos e senti um cheiro que me deixou completamente abobalhada, ela ainda tinha aquele cheiro de baunilha com flores . 



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