História Amigas de Infância - No tempo em que eu era sua!

POV MARINA

Hoje é sexta-feira e dispensei o Enzo. Só por hoje não quero vê-lo, não que ele tenha feito algo de errado, mas depois de ontem, preciso de um tempo sozinha.

FLASHBACK ON

Eu não gostei nada do jeito como ele falou comigo, mas já era tarde para voltar atrás. Ele me jogou na cama e veio para cima de mim. Primeiro tirou sua camiseta depois a minha, voltando a beijar e morder meu pescoço, atacou meus lábios com força, senti sangrar minha boca, apertava com força meus seios. Levantou-se um pouco e tirou sua calça, ele usava uma cueca box branca e eu notei o tamanho de seu pênis, só pelo volume que fazia. Não sei se eu estava mesmo preparada para aquilo, ele poderia me machucar. Arrancou meu calção com agressividade e sua mão foi direto para minha intimidade, começou esfregar meu clitóris por isso da calcinha mesmo.

- Espera um pouquinho gatinha.

Enzo pegou algo em sua carteira e foi ao banheiro, provavelmente colocar o preservativo. Voltou já completamente nu e com seu pênis completamente ereto, veio para cima de mim novamente e quando foi tirar minha calcinha, ouvi uma voz em meu ouvido:

- Nina, eu te amo! – a voz de Pâmela ecoou dentro de minha cabeça.

- Enzo, para!

- O que houve Marina, porque me fez parar agora que estava ficando bom?

- Acho que não estou preparada para esse passo.

- De novo esse papo Marina? Você mesmo me trouxe aqui e começou com isso, agora vem com esse papinho?

- Enzo por favor, me entenda.

- Eu já entendi Marina, entendi que ainda ama aquela imbecil e por isso não quer transar comigo. Supera esse fim pelamor de Deus e segue em frente, esse namoro só difere de uma amizade porque tem beijo na boca, mas nunca passamos disso. Sou homem Marina, tenho minhas necessidades.

- Você está sendo grosseiro. – nesse momento as lágrimas rolavam sem parar.

- Vou embora Marina, preciso me aliviar, já que você não faz seu papel direito como namorada.

Enzo saiu batendo a porta, aquilo me assustou, ele foi super grosso comigo e nunca havia se comportado daquela maneira. Talvez eu não estivesse mesmo exercendo meu papel como namorada e ele tinha razão de estar como estava, mas essa noite daria pra ele o que tanto queria, mesmo contra minha vontade se não tivesse a voz da Pâmela ecoado no momento. Porque isso aconteceu? Ela não me ama mais e talvez nunca tenha me amado, pois nunca veio atrás de mim desde que terminamos. De tanto ficar pensando acabei adormecendo.

Acordei, tomei um banho e fui para o estúdio ensaiar. A dança me fazia esquecer do mundo, mas fui interrompida com meu telefone tocando.

- Bom dia meu amor!

- Agora sou seu amor? Ontem quando gritou daquela maneira comigo você não se lembrou disso.

- Me perdoa amor, eu agi como idiota, mas depois que entrei no carro eu vi como te amo e como é importante para mim, preciso de você e prometo te esperar o tempo que for. Me perdoa?

Eu queria mais era terminar tudo de uma vez, mas sabia que se ficasse sozinha, eu voltaria sofrer pela Pâmela e só pensaria nela todos os dias, o dia inteiro.

- Claro Enzo, mas prometa que não irá mais acontecer.

- Não vai meu amor!

- Tudo bem! E ai, tudo pronto para amanhã?

- Então meu amor, esse é outro assunto que queria fala com você. O meu carro amanheceu com algum problema, ele não funciona nem com reza brava, levei no mecânico, mas só ficará pronto na segunda-feira, foi algo no motor. Acho que teremos que ficar por casa mesmo ou sair com alguns de meus amigos.

- Não! Nós vamos e não se preocupe como, vou falar com as meninas, deve ter espaço com alguma delas.

Sinceramente eu não estava nenhum pouco afim de sair com aqueles insuportáveis dos amigos dele de novo.

- Se é assim que você quer, então tudo bem.

- Otimo, depois te ligo para avisar.

- Beleza, beijo amor, te amo!

- Beijo Enzo.

LIGAÇÃO OFF

Eu preciso ligar para Eduarda ou para alguma outra menina para ver essa questão da carona. Conversei com Eduarda e ela me avisou que todas já estavam na fazenda, exceto eu, Enzo, Pâmela e uma amiga que também iria. Elas resolveram ir antes para irem arrumando tudo para a festa a fantasia. Droga! A amiga da Pâmela só pode ser a sua chefinha. Assim sendo, só tinha carona com elas, eu poderia pedir para o motorista de meu pai nos levar, mas ele viajou também, então não tinha outra alternativa e eu não ia deixar a Pâmela e sua namoradinha ficarem em clima de lua de mel. Aceitei a ideia e pedi para ela falar com Pâmela e depois me avisar. Logo meu telefone tocou, era uma mensagem de Eduarda avisando que ela após muito resistir acabou aceitando. Decidi naquele momento tomar coragem e ir até o quarto dela falar para ver como faríamos. Sabia que ela estava porque vi quando chegou.

Sai do estúdio, desci as escadas e fui para seu quarto, suada do jeito que estava. Bati na sua porta e logo ouvi aquela voz rouca que deixava em êxtase e eu tanto sentia saudade:

- Pode entrar!

- Desculpa incomodar Pâmela, mas Eduarda me avisou que poderemos ir com você e sua amiga para a fazenda e eu sei que se não descesse aqui, você não iria até meu quarto.

-Eu ia! É que estou morta de cansaço, estava criando coragem para tomar um banho antes.

-Hum! Já arrumou suas coisas para a viagem?

-Ainda não!

-E sua fantasia?

- Está pronta! E a sua?

- Está pronta também. Mas você só vai ver no dia!

- Eu nem iria pedir para ver mesmo, prefiro surpresas! – me olhou de uma forma intensa. - Vou tomar um banho Marina, se não se importa e depois quero ficar sozinha, quero descansar.

-Eu também vou. Da para ver que estou precisando de um urgente, mas antes, me responda, como vamos?

-  Vamos com o carro da Adriana!

- Então não vamos! Eu mal a conheço e não quero ser taxada de intrometida.

-Para de coisa, eu vou estar junto!

-  Então que fique bem claro que só aceitei porque você estará junto.

- Amanhã sairemos as 8h, assim não chegaremos tão tarde e poderemos aproveitar mais. Não se atrasem, caso contrário irão ficar, não vamos esperar ninguém.

-Relaxa, Pâmela! - Vi que Pâmela foi levantando-se e pegando sua roupa para entrar no banho. Eu não estava gostando do jeito que ela estava me tratando, mas ela havia falado comigo, já era um grande passo, já que antes nem isso ela fazia. - Ei! Está com pressa?

- Marina preciso arrumar as minhas coisas ainda.

-Vou subir então, tomar banho também e arrumar a minha mala.

- Ok, amanhã a gente se fala.

Eu estava queimando de ódio! tinha que admitir que o ciúme da Pâmela com aquela mulher, estava correndo nas minhas veias. Eu não queria nem olhar para cara da dita Adriana que beijava aquela boca tão doce e macia! Para Marina! Você namora o Enzo e Pâmela tem todo direito! Mas eu não conseguia me controlar, estava inquieta e nervosa. Por que estou me sentindo assim? Por que esse sentimento de posse?

- Ei Marina, não vai sair não?

- Desculpa, já estou indo.

Fui me despedir dela e de repente meu coração disparou e eu gelei, ela me deu beijo no rosto, foi de raspão, mas valeu sentir um beijo seu, foi no canto da boca, mas por um momento eu voltei no tempo em que eu era sua.