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História Amigas de Infância - Siga o seu caminho!


Escrita por: Crisvogt

Capítulo 35 - Siga o seu caminho!


POV PÂMELA

LIGAÇÃO ON

- Alô?

-Cadê você? – Era Eduarda perguntando.

- Estou em casa, ué!

-Você não vai vir para a aula? Temos que finalizar aquele trabalho!

-Aula?

-Pâmela, acorda! Já são 8 e meia!

- O quê? Estou indo Eduarda, logo chego aí!

LIGAÇÃO OFF

 Levantei rapidamente, mas caí no chão de novo. Meu corpo estava todo doendo, cada músculo. “Eu não acredito que a Marina me deixou aqui a noite toda!”

Desci, tomei um banho rápido e fui correndo para a faculdade. Consegui chegar antes do intervalo, mas Eduarda não me perdoou.

-O que deu em você, Pâmela? Pô, nosso trabalho!

-Desculpa, Eduarda! Eu não passei bem à noite e meu celular acabou não despertando!

-Parece que você passou a noite na zona! Deus o livre, sua aparência está péssima!

Eu só pude rir do que ela tinha dito. Ri de mim também, do nariz de palhaço que a Marina estava me botando!

No horário do meu almoço, tentei novamente falar com ela, mas nada. Liguei pra Camila e pedi para ela tentar ver se Marina atendia. Nada feito, não estava atendendo ninguém. Decidi então ligar em casa e falar com a minha mãe.

-Mãe, cadê a Marina? Eu queria falar com ela!

- Ela está ensaiando e pediu para não ser interrompida.

- O Enzo está aí com ela?

- Está sim, filha.

-Tudo bem, mãe. Eu falo com ela depois então.

O que está acontecendo? Eu fiz de tudo para ela falar comigo e nada adiantou, o Enzo chega la e ela já abre a porta? Depois ainda diz que sou eu quem ela ama. Ama é o caralho!

Tomei um remédio para dores musculares e fui trabalhar. Não fiz absolutamente nada! Não porque não queria, mas sim porque não conseguia!

Naquele dia, não consegui contato com ela novamente. Nem por celular, nem por mensagens, nem pela porta. Ela simplesmente estava me ignorando e ao menos sabia o porquê de tudo aquilo. Marina se fechou em sua fortaleza e negou o meu acesso, como se estivesse me descartando.

Não sabia mais o que imaginar. A semana foi passando e não tive mais notícias da garota pela qual era totalmente apaixonada. A gente vivia na mesma casa, mas desde aquele dia não consegui mais olhar pra ela.

Uma bailarina trancada em sua caixinha de música. Minha mãe também não tinha notícias. Sempre que eu chegava do serviço, Enzo já tinha ido embora e a cobertura já havia sido tomada por um silêncio perturbador.

-------------

Era sexta-feira e estava disposta a falar com ela naquele dia. Mesmo que tivesse que derrubar a porta daquele estúdio. Mas tive uma ideia melhor. Depois da faculdade, conversei com Adriana e disse que não poderia ir ao serviço naquele dia por problemas particulares. Ela não negou o que achei estranho, mas não questionei.

Fui pra casa e entrei em silencio, sem que ninguém me visse. Subi ao terceiro andar e pude ouvir os ruídos vindo do estúdio. Não conseguia ouvir a música, pois o lugar era dotado de uma acústica especial. Me sentei no chão e fiquei ali, esperando o momento certo. Antes do relógio marcar 5 e meia da tarde, ouvi barulhos perto da porta e me levantei. Encostei na parede e fiquei ali, quieta, esperando. De repente ela se abriu para Enzo sair. Num movimento rápido, empurrei o garoto e a porta, entrando no estúdio. Bati com força e a tranquei. Quando me virei, Marina estava ali, estática, me olhando. Com uma aparência abatida e olheiras debaixo dos olhos, tentava manter a compostura.

- O que você está fazendo aqui, Pâmela?

-Eu é que pergunto! O que você está fazendo comigo e com você Marina?

Fazem cinco dias que você não fala comigo e se eu não invadisse o seu estúdio você iria continuar sem falar. Até quando?

-Eu não quero conversar! -- abaixando a cabeça.

Fui em sua direção, parei bem na sua frente e disse firme:

-Agora você vai conversar SIM! Eu tenho o direito de saber o porquê de você estar me ignorando! O que eu te fiz?

-Você não me fez nada, pelo contrário! Você me fez a pessoa mais feliz desse mundo e eu jamais poderei retribuir!

-Do que você está falando? Já que eu estou aqui seja sincera! -- olhava fixamente para ela.

-Eu ia falar com você, só estava criando coragem!

-Fala de uma vez, pelo amor de Deus!

-Eu vou voltar pra Paris, Pâmela!

Aquilo caiu como uma pedra na minha cabeça!

- COMO ASSIM?

- Minha mãe conseguiu uma bolsa para mim numa escola de dança conceituada.

- O QUÊ? Você disse que não voltaria mais, que queria ficar aqui e de repente, de uma hora para outra decide ir? Eu não entendo! -- tremia.

-Eu preciso disso, preciso te esquecer Pâmela, sei o quanto teu namoro com Adriana está indo para frente, enquanto o meu com Enzo já acabou faz tempo, desde quando voltamos da fazenda. – ela falava gritando.

- Porque isso agora Marina, me fala!

- Pâmela só entenda, quanto mais cedo a gente se distanciar e acabar com tudo, menos sofrimento depois!

-Menos sofrimento? Você está me torturando desde segunda-feira! Eu dormi na porta do estúdio te esperando, perdi a conta de quantas vezes te liguei e de quantas mensagens te enviei!

-Desculpa, Pâmela. Espero que um dia você me entenda!

-Um dia?

-Eu não posso mais ficar perto de você!

- Não me deixa Nina, abracei-a com força. Ela se aninhou nos meus braços. Beijei o seu pescoço e quando fui beijar a sua boca ela se afastou.

-Pâmela, minha vida nunca foi normal. Eu vivi de cidade em cidade. A única certeza que levo comigo é a dança, além do mais, não posso estragar a sua vida!

- Estragar?

-O que a gente viveu nunca vou esquecer! E jamais vou encontrar uma pessoa no mundo que ame tanto como eu te amo! -- as lágrimas começaram a cair dos seus olhos.

-Não faz isso comigo, Marina. Pelo amor de Deus, não me machuca de novo!

-Não é para ser, Pâmela!

-Eu não entendo! Até o final de semana você implorava para voltar para mim. Por que tudo isso agora? -  Eu estava completamente sem chão. Não sabia o que fazer, se corria, se me jogava do terceiro andar ou se a pegava nos meus braços e a fazia esquecer toda aquela loucura! Naquele momento se ela me pedisse eu a dava mais uma chance e esquecia tudo que me fez. Eu era uma completa idiota e apaixonada por ela. - Marina, o que está acontecendo? É impossível você jogar todo o nosso amor para o alto e fugir assim de mim!

-Pâmela, as nossas vidas têm destinos diferentes, você mesma me disse que não estava pronta para me perdoar. Eu nem tenho uma casa fixa. Eu amo tanto você que quero que fique com uma pessoa que te faça feliz e sei que Adriana poderá fazer! Você me fez a pessoa mais feliz do mundo, mas isso vai acabar, Pâmela! Eu estou abrindo o meu coração. Eu vou te amar para sempre. Mas quero que siga sua vida que eu vou tentar seguir a minha! Siga seu caminho que vou em busca do meu!



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